sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

"Ditados populares e estilo de vida"

Na sequência do que escrevi no último parágrafo do artigo publicado ontem, ") que falta agora, é fazer", lembrei-me das sábias palavras do médico Lima-Reis, na sua coluna do notícias magazine, no passado dia 18 do corrente mês:

"(...)

Hoje, que tanto se fala em estilo de vida saudável, como remédio para todos os males, e se lêem centenas de artigos com projectos-leis adequados à normalização do nosso comportamento diário, é difícil, ouvindo ou lendo, não estabelecer paralelo com tudo o que já foi dito, redito e consagrado depois de certificado pela experiência quotidiana de muitas gerações.

Algumas expressões mencionadas por ele:

<< homem em jejum não houve nenhum>> (a importância do pequeno almoço / café da manhã)

<< nem sempres galinha, nem sempre sardinha>> (a importância de variar os alimentos)

<< apressado come cru>> (a importância de mastigar bem e salivar)

<< dormir é meio sustento>> e << a preguiça é a mãe de todos os vícios>> (a importância do "não sedentarismo")

<< guarda de comer e não do que fazer>> (a importância da poupança)

<< só o necessário deleita, o excesso atormenta e << de fartas cheias estão as sepulturas cheias>> (a importância de fugirmos da gula)

<< quem do vinho é amigo cedo está perdido>> e << bebe vinho, não bebas o siso>> (a importância da moderação nas bebidas alcoólicas)

"a discorrer sobre a catastrófica obesidade infantil que aumenta no nosso país a cada dia que passa, esquecendo a máxima <<muito come o tolo, mas mais tolo é quem lho dá>>


"Poderíamos desmultiplicar exemplos de locuções proverbiais normativas que, (...) foram entrando na memória dos povos (...) para lhes indicar o sentido do estilo de vida saudável. (...) basta sumarizarmos o seu conteúdo [de algumas locuções] para obtermos regras de ouro suficientes para a nossa conduta.

Assim, deita-te cedo e levanta-te cedo, não falhes a refeição da manhã, mantém-te activo, come frugalmente, varia a alimentação, come devagar [e saliva bem!], não exageres nas refeições, particularmente no jantar, adequa a alimentação à tua idade, zela pela alimentação dos teus filhos, não cometas exageros quando consomes bebidas alcoólicas, constituem o corpo principal do conjunto das várias recomendações que se nos vieram murmuradas pelo tempo e que, admitimos, não se distanciam quase nada das que propalamos aos quatro ventos como fundamentais para a saúde perfeita. Contudo pugnar por ela obriga a seguir rigorosamente as indicações (...) e não fazer como de costume, ouvidos de mercador."

Ou seja, só falta fazer!

Abraços saudáveis,


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