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terça-feira, 13 de setembro de 2011

Hoje à tarde tenho uma reunião em Olisipo Felicitas Julia


O hábito diário de ler um pouco à noite com a minha filha Carolina (8 anos) tem destas coisas. Ontem, rimos muito, quando ela soube, através do livro PORTUGAL - Histórias e Lendas de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, que Lisboa, no tempo do Império Romano, tinha o nome de Olisipo Felicitas Julia.

Relembro os meus leitores, que no próximo fim de semana (17 e 18 de Setembro), Olisipo Felicitas Julia, vai ser palco, do Verde Movimento, com uma agenda cheia de coisas boas para si e para os seus filhos.

Abraços saudáveis


terça-feira, 8 de março de 2011

A inteligente estratégia da Babel de Paulo Teixeira Pinto!


Publiquei hoje no Facebook:

"--Cada problema tem uma solução diferente, cada oportunidade tem uma fisionomia distinta,-- observa ele, que mergulhou a tal ponto na nova profissão que é, hoje, presidente da Associação Portuguesa de Editores eLivreiros. -- A Guimarães é uma coisa, a Verbo é outra. Mas essas são marcas ligadas à vida portuguesa. No Brasil começamos do zero, e não faria sentido criar, do zero, uma editora com divisões.
Costumo dizer que a Babel é uma editora de língua portuguesa, mas não uma editora portuguesa. A Babel não será, no Brasil, a filial de uma editora portuguesa, mas uma editora brasileira, com personalidade própria." (Paulo Teixeira Pinto - Babel)

Vale a pena ler o artigo da jornalista Cora Ronai (clique aqui ), para entendermos bem o que é a (inteligente!) estratégia da Babel para Portugal e Brasil.

Abraços saudáveis

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Carlos Pinto Coelho - "O livro da minha vida é um!" (vale a pena entender o porquê!)


Escrevi hoje no Facebook a propósito de um vídeo em que perguntam a Carlos Pinto Coelho, qual é o seu livro favorito (clique aqui para assistir):

Mais um Grande Homem que nos deixa. Portugal ficou mais pobre!

Usemos este excelente vídeo, para resgatarmos a memória de alguém que nos vai fazer falta, mas ao mesmo tempo, vai estar mais presente no nosso dia a dia.

Fiquei com uma enorme vontade de ler O livro da vida de Carlos Pinto Coelho, em parte por mérito do próprio autor, mas também pela belíssima forma, como o próprio Carlos Pinto Coelho, contextualiza aquelas 3 frases, na sua própria vida.

Saibamos nós, FAZER a nossa parte, para manter vivo, tudo aquilo que Carlos Pinto Coelho, fez por todos nós.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Tecnologia de ponta para ler quentinho na cama, sozinho ou acompanhado!

Este blog também tem como função divulgar tecnologias de ponta que contribuam para uma melhor Qualidade de Vida dos seus leitores.

Clique aqui para saber como pode ler quentinho e confortável na cama, sozinho ou acompanhado.

Boas leituras e ...

Abraços saudáveis

sábado, 6 de fevereiro de 2010

3a Livraria Babel em Lisboa - "verdadeira livraria gourmet"


Para quem desfrutava regularmente das charmosas livrarias (e restaurantes!) de São Paulo (Brasil) é com muita satisfação que tomei conhecimento e partilho a notícia da abertura da 3a livraria Babel em Lisboa (na António Joaquim Aguiar) que "terá um conceito completamente diferente de todas quantas existem no nosso país, porque será uma verdadeira livraria gourmet, no duplo sentido da palavra: literário e gastronómico" [Paulo Teixeira Pinto em entrevista á revista do jornal Expresso de hoje].

A inauguração será no próximo dia 23 de Abril, Dia Internacional do Livro.

Caminhar em Lisboa e desfrutar daquilo que uma livraria como esta tem para nos oferecer, é a garantia de passarmos bons momentos com Qualidade de Vida.

Abraços saudáveis

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

"PORQUE OS LIVROS CURAM"


É com uma enorme satisfação que publico algo sobre o tema mencionado em epígrafe, retirado da última edição da revista GINGKO, projecto editorial que os meus leitores sabem que admiro desde que tomei conhecimento da sua existência.

Abaixo alguns trechos do artigo que pode ser lido clicando aqui:

"Giuseppe Berto, em vez de uma embalagem de ansiolíticos? Ou a leitura de As Mil e Uma Noites para combater a insónia que há meses lhe rouba horas de repouso? Pode soar a esotérico, mas não é. Os livros têm o dom de nos transportar para mundos e vidas paralelas, estimulam a imaginação e a criatividade, e aumentam o número de ligações neurológicas, facto cientificamente comprovado.

A perspectiva dos livros como agentes de transformação tem séculos de existência. Nas bibliotecas antigas eram referidos, frequentemente, como "remédios para a alma" ou "medicina para a alma". A noção da leitura como terapia recua a Platão, mas foi necessário esperar uns séculos até que surgissem as primeiras experiências médicas. O termo biblioterapia foi cunhado por Samuel McChord Crothers em 1916, um dos primeiros a utilizá-lo, e a terapia ganhou novo fôlego a partir da década de 30 do século passado, com sessões em escolas primárias, hospitais e lares.

(...) Mas atenção: a leitura de um livro "não é uma fórmula mágica para a resolução de problemas; é uma ferramenta terapêutica", adverte. Afinal, e como escreveu o poeta e jornalista brasileiro Mário Quintana; "os livros não mudam o mundo, quem muda o mundo são as pessoas; os livros só mudam as pessoas" [maravilhoso!].
(...)
O livro oferece aos leitores um manancial de experiências e conhecimentos, mas não só. "São também o reino dos afectos", defende Isabel Alçada, comissária do Plano Nacional de Leitura e uma das autoras da famosa colecção juvenil Uma Aventura. É que o autor, normalmente, para além das acções descreve também emoções, pensamentos e estados de espírito dos personagens. "Entramos no íntimo dos outros como não fazemos na vida real", sublinha. Talvez por isso não seja raro que se estabeleçam laços de afecto entre leitores e personagens.
(...)
Mas também na vida real os livros fomentam inter-relações e estreitam amizades. "Lembramo-nos da pessoa que nos recomendou um livro, o ofereceu, ou com quem falámos sobre ele", diz Isabel Alçada. Episódios literários que entrecruzam histórias e afectos.

Cura interior

Para os defensores da biblioterapia a leitura é uma experiência terapêutica sem contra-indicações. "Excepto o possível vício dos livros", remata Ella Berthoud, biblioterapeuta em The School of Life. Qualquer pessoa que saiba ler pode praticar esta terapia. Mas é preciso gostar de o fazer para que surta efeito.
(...)
A biblioterapia é seguida pelos leitores de forma mais ou menos consciente e cada um pode traçar sozinho o seu caminho nos trilhos da literatura. Essa é, para Isabel Fagundes, a principal vantagem desta terapia: "Poder fazê-la sozinha, não depender de outros, estar no meu espaço, a qualquer hora, concentrar-me no conteúdo de um livro e vivê-lo intensamente".
(...)
"Ler aumenta a sabedoria e a boa disposição, também bloqueia a ignorância e a apatia", afirma em tom revolucionário José Luís Matias, (...). "

Atentos à importância dos livros para todos nós, incluindo o simples prazer da leitura e de estar rodeado de bons livros, a minha mulher apresentou-me virtualmente o "Library Hotel" (que descobriu via Casa das Letras) cujas imagens do site explicam melhor do que quaisquer palavras do signatário.

Boas leituras e...

Abraços saudáveis



quarta-feira, 25 de novembro de 2009

"Médicos de família levam mais de 18 mil crianças a ler"


Do jornal Diário de Notícias da passada segunda feira, publiquei ontem uma notícia difícil de aceitar e hoje publico uma outra muito gratificante, como poderão ver abaixo (cliquem aqui para lerem o artigo na íntegra, do qual selecionei alguns trechos).

Esta é a tal visão holística que sempre defendo e procuro praticar e onde os profissionais de saúde têm uma papel relevante.

"Plano envolve 132 centros de saúde e destina-se a meninos dos seis meses aos seis anos. Permite avaliar o desenvolvimento e incentivar a leitura

Martim Gomes de 17 meses entrou no Centro de Saúde de Sete Rios bem-disposto, mas na sala de consultas começou a fazer birra. Só acalmou quando lhe puseram um livro nas mãos. A criança brincou e folheou as imagens durante toda a consulta. E quando o médico acabou de o ver nem a mãe lhe conseguiu tirar o livro.

Mais de 18 400 crianças tiveram no ano passado consultas médicas nos centros de saúde para incentivar a leitura. O projecto, que envolveu 121 centros de saúde e 731 médicos de família, destina-se a meninos dos seis meses aos seis anos e tem como objectivo avaliar o desenvolvimento e familiarizar os mais novos com a leitura.

O programa, nasceu em 2008 de uma parceria entre o Plano Nacional de Leitura, a Associação Portuguesa de Médicos de Clínica Geral e da Sociedade Portuguesa de Pediatria. Desde aí o número de unidades abrangidas não parou de crescer. Atinge agora 132 centros de saúde de todo o País e potencialmente centenas de milhares de crianças.

"O projecto foi integrado em consultas de vigilância, em que fazemos a verificação da saúde da criança, cuidados preventivos, o estímulo e aconselhamento à leitura, dando aos pais instrumentos para cuidar da saúde dos filhos", explica Risério Salgado médico de família do Centro de Saúde de Oeiras, o primeiro onde o projecto arrancou. "É fácil observar a interacção das crianças com os livros. É um instrumento que fortalece a relação entre pais e filhos", acrescenta.

(...)

Jessica, de nove anos, passa horas a ler-lhe histórias e ele está sempre com atenção. Começou a gostar mais de ler, não só em casa mas também na escola, e até os professores notaram a diferença de comportamento.

Segundo o especialistas, são inúmeras as vantagens do contacto com livros para o crescimento das crianças, quer na introdução do gosto pela leitura quer na integração escolar ou na transmissão de valores.

"Ajuda na aprendizagem da língua portuguesa. Ela está ao fim-de-semana com o irmão a ler e a brincar", confirma a mãe.

A introdução de livros nas consultas, tem uma componente técnica de reforço da leitura e de aprendizagem da linguagem, mas também de distracção e alívio da dor, explica a enfermeira Ana Maria Araújo, de Sete Rios. Torna o atendimento pelos médicos mais fácil.

(...)"

Vamos apoiar, incentivar e procurar multiplicar iniciativas como esta!

Abraços saudáveis

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

"(...) o que passa pela cabeça de uma professora (...) para fazer tamanho investimento (...) com remotas chances de um retorno financeiro à altura?"


O facto de estarmos a falar de uma professora oriunda de uma família com recursos financeiros, não retira o mérito do projecto cultural que tornou realidade numa "pequena cidade com cerca de 20 mil habitantes, localizada a 112 quilômetros de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul [Brasil]".

A resposta ao título deste artigo é: "Fazer história"

Para os meus leitores que queiram conhecer melhor a "Livraria Miragem, em São Francisco de Paula, ponto turístico e referência no segmento e que cultua estilo saudável de vida", cliquem:

a) aqui para verem umas fotos e obterem mais algumas informações
b) aqui para informações mais detalhadas, inclusive da proprietária, Luciana, bem como um pouco da história da sua família

Acredito que conhecer estas realidades, são verdadeiros momentos de Qualidade de Vida, que podem nos ajudar a concretizar os nossos próprios sonhos!

Abraços saudáveis

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Vamos usar o Natal para VOLTARMOS à cozinha (com a ajuda do Jamie Oliver)!

Hoje respondi o seguinte a propósito de uma troca de “Idéias para presentes de Natal originais”:

Uma vez que tenho acesso a mais informação do que a maioria das pessoas (quase toda ela está disponível para todos, mas parte do meu trabalho é ir atrás dela) sobre a evolução da saúde da nossa população em geral, gostaria muito de ver vários de nós a reverterem essa tendência.

Por isso, para já, entre outros que existem, sugiro o livro do Jamie Oliver intitulado "Jamie em Casa", onde ele nos incentiva de uma forma prazerosa, a VOLTARMOS à cozinha usando ingredientes que plantemos no nosso jardim (para aqueles que o possam fazer).

Eu por exemplo, comprei um para a minha mãe, por que sei que vai adorar plantar mais uma sementes na sua horta e melhorar a saúde dela e do meu pai, fazendo umas novas receitas , algumas delas com os próprios alimentos cultivados por ela.

Temos que volta a ter o gosto de cozinhar e o prazer de estar à mesa comendo algo feito por nós com comida caseira e confiável (e quando possível, rodeados de familiares e ou amigos!!!!!)

Espero que alguns dos meus leitores "comprem" esta idéia!

link (brasileiro) onde podem tirar informações sobre o livro:

http://www.siciliano.com.br/produto/produto.dll/detalhe?pro_id=2588180&ID=C92C93877D80B1B102E390818&PAC_ID=24201&FIL_ID=102

Abraços saudáveis

PS: a minha mãe vive no meio do "campo" e não utiliza estas “coisa moderna” chamada internet. Por isso peço aos meus irmãos e amigos da família, para não me estragarem a surpresa!!! Risos...

domingo, 18 de maio de 2008

Proposta para os meus leitores (primeira parte)


A conjugação de alguns resultados positivos alcançados esta semana, com a leitura de alguns livros e entrevistas, dos quais extraí alguns trechos que copio abaixo, levaram-me a fazer uma proposta que pretendo apresentar aos meus leitores, na próxima semana, por falta de espaço neste artigo (mantenho o princípio, quase nunca descumprido, de escrever uma tela de computador no máximo!) .

Do livro “COMO MUDAR O MUNDO – empreendedores sociais e o poder das novas idéias, de David Bornstein:
“O que sabemos é que a existência de conhecimento e a aplicação disseminada de conhecimento são coisas muito distintas. Se apenas o conhecimento fosse bastante, milhões de crianças não continuariam a morrer de desidratação devido à diarréia.
Mudar um sistema significa mudar atitudes, expectativas e comportamentos. Significa superar a descrença, o preconceito e o medo. Os velhos sistemas não abraçam prontamente as novas idéias ou informações; os defensores do status quo podem ser teimosamente impermeáveis ao bom senso (...). Em sua análise clássica sobre política e poder, O príncipe, Maquiavel observava: “Nada é mais difícil de realizar, de sucesso mais duvidoso, e nem mais perigoso de manipular, do que iniciar uma nova ordem de coisas. Pois o reformador tem inimigos em todos aqueles que lucram com a velha ordem, e defensores pouco entusiastas naqueles que lucrarão com a nova.”

Esta pode ser uma das razões do porquê a sociedade necessita de empreendedores sociais movidos pela ética, como foi Florence Nightingale (sugiro aos meus leitores que pesquisem, por exemplo no Google, a extraordinária história desta mulher e o impacto que teve na sociedade) para romper padrões negativos e iniciar novas ordens de coisas. É preciso atenção concentrada, criatividade prática, em uma fonte de energia de longo prazo para mudanças no sistema e garantir que a mudança esteja bem enraizada em instituições e culturas. Devido à qualidade de sua motivação – suas inexplicáveis obsessões, sua ação e orientação de crescimento, sua crença inabalável na razão de sua idéia certas pessoas parecem adequadas a liderar este processo.”

Da entrevista a Simon Schwartzman (sociólogo e ex-presidente do IBGE), com o titulo “É preciso ir à luta”, publicada nas páginas amarelas da edição de 7 de maio da revista VEJA:

“(...) Em geral, elas (pesquisas acadêmicas no Brasil) ficam restritas ao âmbito acadêmico e não se transformam em produtos serviços úteis à sociedade. Não há transferência de conhecimento, nem mesmo quando se trata de uma pesquisa aplicada. (...) A experiência mostra que uma instituição só se volta para fora quando precisa de buscar recursos.

O sistema de avaliação utilizado pelo Capes (...) já está ultrapassado. Ele dá muita ênfase aos trabalhos acadêmicos e desestimula qualquer iniciativa prática. Os critérios de qualidade levam em conta o número de artigos publicados, o número de doutores formados e a participação em congressos internacionais. A aplicação da pesquisa não é valorizada.(...) Depois de o artigo ter sido publicado, eles (pesquisadores) não se interessam em procurar uma empresa para desenvolver o produto. Consideram mais vantajoso à carreira iniciar outra pesquisa para publicar um novo artigo.

O governo também perde, pois não usa o saber acadêmico para auxiliá-lo na formulação de políticas publicas.
Acho que o melhor caminho é de baixo para cima. Ou seja, dando mais autonomia às universidades e estimulando para que elas não fiquem restritas ao meio acadêmico.

De outro lado, as instituições têm de ser motivadas a buscar parceria com as empresas. Precisam ganhar alguma coisa com isso, mas também têm de perder se não o fizerem. Vou dar uma sugestão. Se cada departamento da universidade recebesse apenas 50% do seu orçamento e tivesse de levantar os outros 50%, já seria um estimulo.

O pesquisador morre de medo de alguém dizer a ele o que deve pesquisar. E às vezes tem boas razões para isso. (...) acho que cada instituição tem de eleger prioridades estratégicas, voltadas para as demandas da sociedade.

O principal fator é o humano. Em todos os casos que estudamos, havia um pesquisador com mentalidade empresarial, que liderou o processo de integração com o mercado.(...) Precisa estar o tempo todo antenado com o que acontece fora da universidade para quais temas de pesquisa estão surgindo, quais as linhas mais promissoras e onde estão as oportunidades. Ele tem de saber convencer os outros da importância do seu trabalho. Isso cria uma dinâmica. (...) É preciso dar mais liberdade para que líderes de departamento com capacidade empreendedora possam agir.

Continua...

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Cuide do seu intestino ("cérebro desconhecido") e seja mais feliz!


Extratos do capítulo “O Resgate de um Órgão-chave” do livro “O Cérebro Desconhecido” do Dr. Helion Póvoa que todos deveríamos ler:

Os dados conhecidos hoje sobre o sistema gastrintestinal são impressionantes. Nada menos do que 80% do nosso potencial de imunidade se concentra na mucosa do intestino, que é ainda um grande produtor de hormônio de crescimento, o maior trunfo moderno do combate aos sintomas do envelhecimento. (...)

Quanto à serotonina, pesquisas recentes demonstraram que este neurotransmissor está intimamente relacionado com a digestão e a absorção. Isso porque sua secreção depende fundamentalmente da boa absorção pelo intestino de alguns minerais, especialmente o zinco, que vão garantir a síntese das substâncias precursoras da serotonina.

Enquanto os tratamentos clássicos da depressão procuram fazer, por meios artificiais, que a serotonina atue por mais tempo no cérebro dos deprimidos, terapias modernas preferem outro caminho: garantir que o organismo recupere a sua capacidade de fabricar a serotonina, conduzindo novamente o indivíduo ao bem-estar e à felicidade. Este caminho passa, certamente pela integridade do sistema gastrintestinal.

Acredita-se hoje que a depressão é uma bola de neve de deficiências nutricionais, que vão impedindo a fabricação de serotonina, noradrenalina, dopamina, e demais neurotransmissores que são responsáveis pelo nosso bom humor. É possível que muitas pessoas que hoje vivem à base de antidepressivos necessitem na verdade de uma profunda investigação sobre suas condições de digestão e absorção.(...)

Entretanto, precisamos de serotonina não apenas para evitar a depressão, mas também para encontrar soluções para os nossos problemas, selecionar as melhores amizades, manter um trabalho prazeroso e enxergar na vida os seus aspectos mais positivos. Isso é a inteligência emocional, que é na realidade o maior fator preventivo da depressão.(...)

É interessante notar também que o próprio desenvolvimento científico, com sua ênfase nos processos curativos em detrimento das práticas preventivas, fez com que certas doenças acabassem dissociadas do seu órgão gerador, principalmente quando este era o intestino. O remédio pronto na farmácia, acabou tomando o lugar de práticas mais simples de cura, como mudar a dieta alimentar.(...)

A adaptação ao modelo industrializado, pobre em nutrientes e rico em substâncias artificiais, pode ter rompido em muitas pessoas, mecanismos importantes da digestão e da absorção. A doença é o resultado desse rompimento.(...)

Acredito que em breve nossa medicina se verá obrigada a repensar muitos dos seus conceitos, aproximando-se finalmente da sabedoria oriental, que sempre afirmou estar no intestino a origem de todas as doenças. Somos o que comemos, e a nossa própria aparência reflete o tipo de dieta que adotamos - a aparência da nossa pele é um bom termômetro. É a obesidade, porém, o sinal mais claro de que há algo errado na forma como lidamos com as questões gastrointestinais.(...)

Afinal, não são as doenças – que, como acreditam os orientais, começam no intestino – os maiores obstáculos para a felicidade? (...)

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

"Dificilmente obteremos uma explicação melhor sobre de onde vem a nossa comida" (The New York Times)


O nosso programa de nutrição saudável, sempre teve como uma das premissas para garantir a sua sustentabilidade por uma boa parte dos nossos leitores, não sugerir qualquer restrição do produto A ou B. Acreditamos que o importante e o que dá efetivamente resultado, é uma nutrição que nos dê prazer, balanceada (garanta diariamente, que as nossas células possam assimilar os nutrientes essenciais nas quantidades adequadas) e distribuída ao longo das três refeições principais e sempre que possível, de dois lanches entre elas (para além de procurarmos tomar no mínimo, cerca de 2 litros de água por dia, ou dito de outra forma cerca de 4% do peso do nosso corpo).

Mas, á medida que vou tomando conhecimento da realidade do que, efetivamente comemos, não posso, por razões éticas, profissionais e até de sobrevivência (principalmente da geração da minha filha Carolina), deixar de ter a flexibilidade e diria até a coragem, de contribuir para tornar públicas, práticas dos nossos dias, de algumas empresas responsáveis por aquilo que colocamos no prato inconscientemente (ou com algum grau de consciência mas baseado numa “desinformação propositada” por parte daquelas).

Como sou otimista por principio, esta semana vou-vos apresentar o lado mau do “filme” (ou melhor dizendo de um dos muitos capítulos de um livro com 439 páginas) e prometo que na próxima semana, vos trarei algum conforto sobre como é possível fazer diferente e de forma a que todos possam ganhar (Homem, animais e meio ambiente). Este artigo é um pouco mais longo, mas vão ver que vale a penas os minutos que vão dedicar á sua leitura!

A minha fonte desta vez, é o livro “O dilema do onívoro” de Michael Pollan (escritor e professor de jornalismo da Universidade da Califórnia, colaborador do New York Times e autor de outros livros) que durante 5 anos, estudou, vivenciou e escreveu sobre as praticas de criação de gado nos Estados Unido. Vejam abaixo alguns comentários dele:

Os animais criados para o corte viram seu estilo de vida passar por uma revolução nos anos que se seguiram à Segunda Guerra. (...) deixando fazendas amplamente dispersas (...) para viver em novas cidades animais densamente povoadas. Esses lugares são tão diferentes de fazendas ou ranchos que um novo termo foi cunhado para batizá-los: CAFO, sigla para Confined Animal Feeding Operation (Manejo Alimentar de Animais em Confinamento).(...) Apesar do pouco tempo decorrido desde a sua criação, as CAFOS já deram uma razoável contribuição para aumentar o número de problemas ambientais e de saúde: água e ar poluídos, resíduos tóxicos, novos e mortais agentes patogênicos. (...)

Uma das situações mais impressionantes que o esquema de confinamentos causa é (parafraseando Wendell Berry) pegar essa solução elegante (fazendas mistas , à moda antiga!) e dividi-la claramente em dois novos problemas: um problema de fertilidade na fazenda (que precisa ser corrigido com fertilizantes químicos) e um problema de poluição, no próprio confinamento (que raramente pode ser remediado).

No local onde o gado é alimentado, esse absurdo biológico, característico de todas as CAFOS, é combinado com um segundo absurdo. Aqui, animais que a muito custo foram adaptados pelo processo de seleção natural para viver do capim precisam agora ser adaptados por nós – a um custo considerável para a saúde deles, para a saúde da terra e, em última análise, para a saúde dos consumidores – para viver do milho, pela única razão de que ele oferece as calorias mais baratas à disposição (...).

Na época do meu avô, as vacas eram abatidas com quatro ou cinco anos. Nos anos 1950, (...) elas eram mortas com dois ou três anos. Agora chegamos lá com 14 ou 16 meses. Fast-food de verdade. O que faz com que um novilho passe de 36 quilos para 500 quilos em 14 meses são enormes quantidade de quantidades de (...) e um arsenal inteiro de novos medicamentos.
(...) os animais (...) são confinados num cercado e “adestrados” (...) habituando-se assim gradualmente a comer o que para eles é uma dieta nova e antinatural.
(...) um confinamento , contudo, parece muito com uma cidade pré-moderna, fervilhante e imunda, com esgotos a céu aberto, ruas de terra e um ar viciado, tornado visível pela poeira.(...)

O único motivo pelo qual as cidades animais contemporâneas não são tão castigadas pelas pestes como suas contrapartidas humanas medievais resume-se a uma anomalia histórica: o antibiótico moderno.(...)

Num depósito colado à fábrica, encontram-se tonéis contendo vitaminas líquidas e estrogênio sintético ao lado de recipientes repletos com 50 libras de antibióticos – rumensina e tilosina.
(...) todos esses ingredientes serão automaticamente misturados e então bombardeados para a fila de caminhões tanque que três vezes ao dia saem dali para manter os 14 quilômetros de gamelas onde se alimentam os animais (...).
(...)está comprovado que esta carne é menos saudável para nós, já que contém mais gordura saturada e menos ácidos graxo ômega-3 que a dos animais alimentados com capim. É cada vez maior o número de pesquisas sugerindo que muitos de nossos problemas de saúde associados ao ato de comer carne decorreriam na verdade do fato de os animais serem alimentados com milho. (Os povos que nos dias de hoje ainda vivem de coleta e caça não apresentam os índices de doenças cardíacas semelhantes aos nossos.) Da mesma forma que os ruminantes não parecem estar plenamente adaptados à alimentação com base no milho, os seres humanos , por sua vez, podem estar mal adaptados para se alimentarem dos ruminantes que comem milho.(...)
(...) fiquei algumas horas com o Dr. Mel Metzin, o veterinário da equipe, aprendendo mais do que qualquer comedor de carne deveria ficar sabendo a respeito da vida gastrintestinal da vaca moderna. O Dr. Mel (...), supervisiona uma equipe de oito veterinários que passam seus dias cavalgando pelas ruas poeirentas do complexo em busca de animais doentes para serem trazidos para um dos três “hospitais” para tratamento.(...) “Eles são criados para comer forragem”, explicou o dr. Metzin, e “nós estamos fazendo que comam grãos.”
“Não significa que não possam se adaptar”, prossegue, “e agora estamos apurando a espécie de modo a suportar melhor o confinamento.” (...) gado de corte dos dias de hoje está sendo selecionado por sua capacidade de comer grandes quantidades de milho e de convertê-lo em proteína sem ficar doente demais.(...) de acordo com vários cientistas (...) – encontram-se simplesmente doentes.

O inchaço é, ao que tudo indica, o problema mais sério que pode acontecer a um ruminante que se alimenta de milho. A fermentação no rúmen (segundo “estomago” da vaga preparado para digerir o capim) produz enormes quantidades de gás, que normalmente costuma ser expelido por meio de arrotos durante a ruminação. Mas quando a dieta amido de mais e fibras de menos, a ruminação corre o risco de parar, e a camada espumante que se forma no rúmen pode reter o gás. O rúmen se infla como um balão até pressionar os pulmões do animal. A não ser que alguma atitude seja prontamente tomada para aliviar a pressão (em geral um tubo é enfiado pelo esôfago do animal) ele acaba sufocando.

Uma dieta concentrada de milho também pode acabar provocando uma acidose na vaca. Ao contrário do que ocorre em nossos estômagos altamente ácidos, o ph normal de um rúmen é neutro. O milho o torna acídico, provocando uma espécie de azia bovina que em alguns casos pode matar o animal, mas que normalmente o deixa apenas doente. Animais acidóticos rejeitam sua comida, arquejam e salivam excessivamente, coçam e tentam tocar a barriga com os cascos e comem imundícies. Esse estado pode vir a causar diarréia, úlcera, inchaço, inflamação do rúmen, problemas no fígado e um enfraquecimento geral do sistema imunológico, que deixa o animal vulnerável a toda uma série de doenças típicas do ambiente de confinamento – pneumonia, coccidiose, enterotoxemia, pólio. (...)

O gado raramente vive das dietas dos confinamentos por mais de 150 dias, que bem pode ser o período máximo capaz de ser tolerado pelo seu sistema. “Não sei por quanto tempo é possível alimentar os animais com essa ração sem que surjam problemas”, disse o Dr. Metzin. Outro veterinário me disse que a dieta acabaria por “fazer explodir seus fígados”, matando-os. Com o passar do tempo, os ácidos terminam por corroer as paredes do rúmen, permitindo que bactérias entrem na corrente sanguínea do animal. Esses micróbios vão acabar no fígado, onde formam abscessos e comprometem o funcionamento do órgão. No matadouro, tem sido constatado que entre 15 e 30% das vacas dos confinamentos apresentam abscessos do fígado. O Dr. Mel me disse que em alguns cercados esse índice chega a 70%.

O que mantém saudável – ou saudável suficiente – um animal de confinamento são os antibióticos. (...) A maior parte dos antibióticos vendida hoje nos Estados Unidos acaba indo parar nos animais, uma prática que – fato amplamente admitido (exceto na agricultura) – está levando direto à evolução de novos micróbios super-resistentes a antibióticos.(...)
Perguntei ai Dr. Mel o que aconteceria se remédios como rumensina e tilosina fossem banidos da alimentação do gado, como defendem alguns especialistas em saúde pública. “Teríamos um alto índice de mortalidade (o atual gira em torno de 3% , (...)) e um gado de pior qualidade.

Simplesmente não poderíamos alimentá-lo de maneira tão intensa” O sistema inteiro teria de mudar – e desacelerar.
“Diabos, se desse a ele um monte de capim e de espaço, eu perderia o meu emprego”.
(...)

Sei que o texto foi longo (e como podem deduzir pelas reticências, me esforcei para cortar o não essencial para a compreensão da mensagem) , mas “Dificilmente obteremos uma explicação melhor sobre de onde vem a nossa comida” (The New York Times)

Entendem melhor agora, que os tempos são outros (não tem qualquer significado alguém dizer que o meu avô sempre fez isso e viveu com saúde até aos 80 anos!) e porque precisamos de ter uma dieta balanceada, que fortaleça o nosso sistema imunológico? Não é pieguice nem uma moda passageira, é uma necessidade que uns vão ter a sorte de vislumbrar primeiro e conseqüentemente viver com mais Qualidade de Vida.

domingo, 12 de agosto de 2007

"...observação do gesto do outro, o exemplo do qual somos testemunhas..."



Recebi da minha filha (e da minha mulher!), neste dia dos pais, o livro “aprendi com meu pai” (54 pessoas bem-sucedidas contam a maior lição que receberam de seu pai) de Luís Colombini, onde se pode ler o seguinte logo no inicio:

“Existem várias maneiras de aprender as coisas. A mais convencional dela é a do discurso pedagógico, a fala organizada que pretende nos ensinar o que precisamos saber. Mas aquela que nos marca de modo mais profundo e duradouro é sempre a da observação do gesto do outro, o exemplo do qual somos testemunhas e cujo significado reconhecemos visceralmente.”

Carlos Diegues (na Folha de S. Paulo, sobre Quase Tudo, livro de Danuza Leão

Para ter mais saúde, mais energia, bom humor, sentir-se bem com o que faz, conseguir gerar mais resultados positivos (de uma forma ética!), ser um melhor pai, mãe, parceiro (a), ser mais amigo, enfim ser melhor do que é hoje, procure ao seu redor alguém que, com os seus próprios olhos, sinta que já alcançou patamares mais elevados do que os seus, em um ou mais dos quesitos anteriores.

Procure quem irradie saúde e energia, quem pratica bom humor de uma forma natural, quem transforma inputs ruins e bons em matéria prima para outputs saudáveis, quem consegue acompanhar e ver o crescimento dos filhos e lhes proporcionar uma educação da qual se orgulhe, quem consegue conciliar trabalho e família, quem tem tempo disponível para ler, viajar, caminhar, se alimentar, dormir, etc e pergunte-lhes o que fizeram para conseguirem ser assim e comece a agir na mesma direção!

O signatário, uns tempos atrás, achava que ter este conjunto de características simultaneamente era uma utopia (ninguém está afirmando que, esporadicamente, não existam pedras a serem removidas do caminho!), mas atualmente, vê e vivência, algo parecido dia após dia, dentro e fora de casa e, felizmente, junto daqueles que acreditaram no que observaram (como nem tudo é perfeito, inúmeras vezes, com um complemento de “discurso pedagógico”).

Observe bons exemplos, tome uma atitude e comece a mudar para melhor.

sexta-feira, 30 de março de 2007

Importância dos suplementos versus remédios

Abaixo, alguns trechos do livro do Michael Janson, M.D. intitulado “A REVOLUÇÃO DAS VITAMINAS”, cuja leitura recomendo vivamente a todos os que queiram melhorar a SUA saúde e a daqueles que nos rodeiam.

“Estão ocorrendo mudanças significativas na área da saúde. Os médicos se interessam cada vez mais pelo uso de suplementos alimentares em alta dosagem no tratamento de prevenção de doenças. Na verdade, eles próprios estão tomando suplementos, embora ainda não os recomendem a seus pacientes. Uma pesquisa recente mostrou que 8 em 10 médicos admitiram tomar vitamina E.

Os pesquisadores ocasionalmente se vêem numa posição curiosa. Por exemplo, um pesquisador relatou em seus estudos o valor da vitamina E e, em seguida disse: “Não existe pesquisa suficiente para recomendar a vitamina E ao público em geral, mas eu próprio a estou tomando!” Por que você, como parte do público, precisa esperar que os cientistas e médicos dêem o seu aval para fazer o que eles já fazem?

Recentemente um colega me perguntou que dose de um determinado nutriente eu usaria em um paciente com insuficiência cardíaca. Ele tentara de tudo, e agora, após o fracasso do tratamento médico convencional, estava disposto a experimentar um suplemento alimentar. Espero que no futuro considere usar suplementos antes de o quadro do seu paciente se agravar tanto. Infelizmente, muitos médicos da corrente dominante ainda temem cair no ridículo diante de seus colegas se considerarem usar suplementos alimentares em vez da medicação habitual. Mas isso está mudando.”
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Quando confrontado com a toxicidade dos medicamentos aprovados pelo FDA, que matam muito mais pessoas todos os anos, o Dr. Kessler (responsável do FDA) replicou, num tom de quem desfia uma resposta decorada, que “metade dos nossos medicamentos é derivada de vegetais”. Essa é uma declaração evidentemente equivocada e planejada para confundir. Muitos produtos farmacêuticos são extratos de vegetais que foram alterados significativamente para que pudessem ser patenteados, e essa alteração costuma aumentar a sua toxicidade. Além disso, muitos deles são análogos sintéticos de produtos vegetais, não os vegetais em si. O Dr. Kessler poderia da mesma forma ter dito que os medicamentos são feitos de carbono, nitrogênio e oxigênio, embora tudo seja feito disso! Além disso, muitos dos medicamentos mais usados e onerosos são completamente sintéticos, não tendo nenhuma relação com vegetais.


Os antiinflamatórios, os medicamentos de combate ás úlceras e à ansiedade, os novos remédios cardíacos e os anti-hipertensivos não são produtos vegetais. Eles custam a muitos cidadãos americanos montes de dinheiro e causam diversos efeitos colaterais. Eles são necessários para muitos pacientes, mas são abusados amplamente. Isto ocorre parcialmente porque os médicos não tem acesso,em seu curso normal de trabalho, às informações sobre suplementos alimentares que devem ser divulgados amplamente. Isto reduziria a necessidade de medicamentos e aumentaria a saúde de todos os americanos, enquanto ao mesmo tempo reduziria a crise de saúde que enfrentamos agora.“

“(...)Muitas pessoas acham – e alguns nutricionistas conservadores concordariam com elas- que seguir uma dieta balanceada proporciona todas as vitaminas de que precisam. Isso simplesmente não é verdade.”

Abraços saudáveis