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quinta-feira, 5 de novembro de 2009

"Massagem cardíaca deve ser priorizada em socorro"

A globo.com publicou uma recomendação que me parece bastante útil:

"Dentro de dois meses, o mundo inteiro vai receber uma recomendação nova para a hora de prestar os primeiros socorros.

Vamos ver na reportagem de Monalisa Perrone. A todo momento, o som da emergência. Se o caso é uma parada cardíaca esqueça a respiração boca a boca. A nova orientação médica é fazer a massagem toráxica.

Pesquisas americanas recentes mostram que a massagem aumenta em três as chances de vida. “Ela é a única que pressiona o fluxo sanguíneo. Se você interromper para fazer a respiração boca a boca, você vai interromper o fluxo sanguíneo. E se você interrompe o fluxo sanguíneo, você não está dando sangue para o cérebro e a possibilidade de a pessoa falecer é muito maior”, explicou o cardiologista Sérgio Timmerman.

A compressão no tórax deve ser feita sem interrupções até a pessoa voltar a dar sinais de vida. Cada minuto da parada cardíaca reduz em 10% a chance de sobrevida. A partir do quarto minuto, o comprometimento cerebral pode ser de 50%.

Priorizar a massagem cardíaca numa situação de emergência, vai ser uma orientação mundial a partir do ano que vem. Luiz só sobreviveu porque recebeu na massagem na sala de espera do hospital.

“Eu sei q eu voltei à consciência no meio do corredor do pronto-socorro com uma enfermeira em cima da maca me fazendo massagem cardíaca. Ela parou e eu perguntei o que estava acontecendo”, contou o empresário, Luiz Eduardo Moraes.

Quase 20 anos de salvamento nas ruas mostraram para Aguinaldo o poder de uma massagem cardíaca.

“É eficaz. A evidência mostra que aumenta a chance e é indescritível tanto pra equipe como pra nós, que atendemos no local, na sala de uma pessoa que parou o coração, você voltar lá e ver aquela pessoa sentada no sofá e conversando com você”, disse o coordenador de resgate Agnaldo Pispico."

Clique aqui para assistir a um vídeo de menos de 2 minutos onde pode assistir à aquilo que deve fazer em caso de emergência.

É importante absorvermos este tipo de conhecimento quando tudo está bem, para que, em caso de necessidade, possamos actuar da forma mais eficaz possível.

Abraços saudáveis

domingo, 26 de julho de 2009

"Maus chefes provocam ataques de coração"


Quando eu ainda estava no Brasil, a Isabel Stilwell publicou um artigo, cujo conteúdo, infelizmente, traduz uma verdade, facilmente reconhecida por milhões de pessoas (falando de Portugal e Brasil).

Basta ler com alguma atenção os comentários publicados na altura pelos leitores da directora do jornal Destak, para validarmos os impactos negativos quer do ponto de vista de criação de riqueza (e nos lucros das empresas), quer a nível de saúde (Qualidade de Vida) dos respectivos colaboradores.

Para criarmos empresas com um sistema imunitário forte que as permita ultrapassar de uma forma relativamente tranquila, fases como esta que vivemos actualmente, os accionistas com poder de decisão, devem, mais do que nunca, avaliar os seus executivos e ter a coragem de mudá-los sempre que sintam que determinados valores não estão a ser seguidos.

Abaixo, o excelente artigo:

"Faz muito bem em ir ao ginásio, seguir uma dieta regrada, em evitar tabaco, álcool e por aí adiante. O seu coração agradece. Mas se quer mesmo garantir a sua sobrevivência, e apesar da dificuldade em encontrar novos empregos, fuja a sete pés dos chefes incompetentes, irascíveis e injustos, porque o efeito desta gente sobre a sua saúde pode revelar-se mortal. Pelo menos é o que diz o estudo de uma equipa sueca que acompanhou mais de 3 mil trabalhadores homens, com idades entre os 18 e os 70 anos.

A primeira tarefa pedida às cobaias foi a de que avaliassem a competência e o carácter de quem geria o seu trabalho. Depois, durante uma década, a sua saúde foi sendo avaliada, registando-se neste período 74 casos de empregados vítimas de problemas cardíacos graves, nalguns casos até fatais. Do estudo à lupa de todo este trabalho, foi possível perceber que existe, de facto, uma relação directa entre a doença e os maus chefes.

Era esse o factor de risco que todos tinham em comum, e que assumia mais peso do que factores de risco como o tabaco, ou a falta de exercício. Perceberam também que os efeitos secundários dos chefes maus era independente do tipo de trabalho desempenhado, da classe social a que pertenciam, das habilitações que possuíam e inclusivamente do dinheiro que tinham na sua conta bancária.

Descobriram, ainda, que o efeito que um incompetende a mandar provoca é cumulativo, ou seja, se trabalhar para um idiota aumenta em 25% a probabilidade de um enfarte, essa probabilidade crescia para 64% se o trabalhador se mantivesse naquela situação por mais de quatro anos.

A explicação é relativamente simples: quando alguém se sente desvalorizado, sem apoio, injustiçado e traído, entra em stress agudo que leva à hipertensão e a outros distúrbios que deterioram a saúde do trabalhador. Daí a importância do apelo que estes especialistas fazem de que as estruturas estejam atentas e «abatam» rapidamente os chefes que não merecem sê-lo."

Caro leitor, se está pensando que então não vale a pena melhorar o seu estilo de vida, desengane-se, porque se além de ter um mau chefe, tiver, por exemplo, maus hábitos alimentares, se for sedentário, dormir poucas horas, etc, não se esqueça que a probabilidade da sua bomba relógio estourar por algum lado, aumenta consideravelmente.

E mais, talvez não esteja em condições para mudar de emprego (se é que vai mudar!), ou seja enfrentar o "chefe", mas certamente pode começar a ter hábitos mais saudáveis, tais como os Recursos Humanos tem uma palavra a dizer sobre tudo o acima falado.


Abraços saudáveis

domingo, 24 de maio de 2009

"Empresas pagam bônus a funcionários mais saudáveis"


Desde finais de 2008 é notório que os responsáveis de empresas portuguesas e brasileiras, têm relegado para segundo plano, o investimento (relativamente pequeno) na saúde dos seus funcionários (estou a falar da gestão da saúde e não apenas da gestão da doença!), acreditando que no contexto actual esta não é umas das prioridades com que têm que se preocupar.

A notícia publicada na revista Época, deixa claro que nos Estados Unidos, onde a própria "crise" teve início, os dirigentes das empresas, já pensam de forma diferente e até, pensando no lucro das empresas, já pagam "bônus a funcionários mais saudáveis".

Abaixo, alguns trechos do artigo em causa:

"Cresce o número de empregadores que adotam programas que incentivam – financeiramente – funcionários a adotar bons hábitos alimentares e praticar mais exercícios físicos.

Fazer exercícios físicos e ter uma alimentação balanceada estão virando uma questão de trabalho. Muitas empresas nos Estados Unidos estão pagando um bônus salarial a funcionários que adotarem hábitos saudáveis. Longe de estarem preocupados com a saúde pública, os empregadores querem reduzir os gastos com saúde e aumentar a produtividade.

O número de grandes empresas que estão investindo dinheiro para “subornar” seus funcionários a ser mais saudáveis é crescente, segundo pesquisa divulgada pela empresa de recursos humanos Watson Wyatt e um grupo sem fins lucrativos chamado National Business Group on Health (NBGH). O estudo investigou como as companhias estão investindo no bem-estar dos trabalhadores. De acordo com o levantamento, hoje 58% das empresas do mercado oferecem programas de bem-estar. Em 2007, a porcentagem era de 43%. Também cresceu a quantidade daquelas que pagam para os funcionários deixarem maus hábitos, como o sedentarismo e a alimentação desregrada. Em 2008 eram 53%, este ano, são 61%.

As empresas que ainda não têm esse tipo de programa estão planejando tomar alguma medida. Um estudo da empresa de consultoria Towers Perrin mostra que, entre as empresas sem programas de bem-estar, 33% delas pretendem iniciar um e 23% delas disseram que vão implantar um ou aumentar o bônus para funcionários que deixarem de lado a pizza para aderir à salada.

Os custos de saúde para as empresas que incentivam os bons hábitos diminuíram em 31% nos últimos cinco anos, segundo a Towers Perrin. Isso foi possível porque foi menor o gasto com doenças como as ligadas ao coração e o diabetes.

De acordo com a pesquisa de um grupo americano sem fins lucrativos, o Wellness Councils of America, para cada dólar que uma empresa gasta para que seus funcionários fiquem mais saudáveis, três dólares serão economizados com seguro-saúde.

A empresa de informática IBM tem um programa de saúde que ajuda os funcionários a largar o cigarro e perder peso, além de incentivar os hábitos saudáveis para os filhos de empregados. Em entrevista à revista americana Time, a diretora da área de bem-estar, Joyce Young, disse que a empresa economizou cerca de US$ 100 milhões em três anos de programa, como resultado de aumento de produtividade e economia com seguro de saúde. "

Caros leitores, definitivamente estamos a falar de uma parceria "win-win", onde podemos até pagar "bônus a funcionários mais saudáveis", mas com certeza existem outras alternativas com resultados efectivos e sustentados.
Por todas as razões e mais alguma, é importante, principalmente para a perenidade do próprio negócio, a implementação de políticas concretas nesta área!

Abraços saudáveis

sexta-feira, 24 de abril de 2009

"Dar de mamar protege a mãe"


Nunca é demais publicar artigos sobre a importância da amamentação, incluindo os benefícios para as próprias mães.

Destaco alguns trechos do editorial de hoje (para o ler na íntegra, clique aqui) do jornal Destak, escrito pela Isabel Stilwell:

"Vivemos com o nosso corpo, mas não lhe passamos cartão (...)"

Da mesma maneira que encontram cada vez mais futuras mães que pedem uma cesariana, não por terem medo da dor, mas porque toda a ideia do parto as repugna. O mesmo sentem as enfermeiras que contam que há muitas mulheres que se recusam a dar de mamar, genuinamente angustiadas com aquela nova «função física».

(...)

Mas embora a irracionalidade e o medo raramente se combata através de argumentos lógicos (era tão fácil se fosse só assim), talvez a ciência possa ajudar um bocadinho.

Se está prestes a ter um filho saiba que um novo estudo publicado no Journal of Obstetrics, e citado pela BBC, veio revelar que as mulheres que dão de mamar, para além de beneficiarem o bebé, estão a reduzir o seu próprio risco de sofrer de problemas cardíacos, cancro do peito e do ovário e osteoporose.

Para além de que recuperam muito melhor a forma física pós-parto, porque a verdade é que até agora ninguém conseguiu ser mais inteligente do que a própria natureza."

Abraços saudáveis

domingo, 22 de fevereiro de 2009

"Viva o sal"

Não sou um especialista sobre o impacto dos diversos tipos de sal no nosso organismo, mas gostei muito do que a "A Raposinha", escreveu no seu artigo com o título mencionado em epígrafe.

Ficaria contente, se o que estou a (re)publicar agora, servisse de ponto de partida para a troca de ideias com os meus leitores, sobre como melhorarmos, de uma forma efectiva (pensando em saúde e no prazer das nossas refeições), a nossa dieta, na questão específica do uso (do tipo certo e quantidade) de sal.

Abraços saudáveis

sábado, 21 de fevereiro de 2009

"Portugal e hipertensão arterial: uma relação fatal" (3a parte)

continuação...

"De pequenino se torce...
a hipertensão

A Sociedade Portuguesa de Hipertensão (SPH) parece ter encontrado uma fórmula de sucesso para convencer crianças e jovens a mudarem de comportamentos. Para o Dr. Pedro Cunha, da SPH, "o trabalho com as crianças passa por duas vertentes completamente distintas: a mudança de comportamentos e atitudes para que elas tenham uma vida futura mais saudável e, transformar essas crianças e jovens em aliados na transmisão de mensagem que queremos passar para os adultos".

Apesar do sucesso, o médico reconhece as vicissitudes de trabalhar com uma população-alvo tão especial:

"É bastante complicado convencer os jovens a ter um estilo de vida diferente daquele que estão habituados. A aposta tem de começar em idades mais tenras, por isso, temos tido acções de formação em escolas para crianças com idades entre os 5 e os 12 anos. Temos procurado passar a mensagem com a utilização de personagens que lhes são queridas e com as quais se identificam. Adaptamos a mensagem e o meio em relação ao destinatário, neste caso , as crianças, fazendo-as perceber a importância de fazer uma alimentação saudável e de praticar exercício físico."

Além desta opção de conjugar a mensagem e o meio ao seu destinatário, há também um outro método de sensibilizar uma população mais adolescente para esta mensagem.

"Uma forma de chegar aos adolescentes passa por mostrar-lhes exemplos de pessoas que eles conhecem e que sofrem de HTA, o que, realmente, não é difícil já que temos quatro milhões de hipertensos. Muitas crianças e jovens têm contacto, através de uma familiar ou de um conhecido, com as consequências da HTA", alerta Pedro Cunha.

Quando os jovens estão sensibilizados para esta realidade dos perigos da HTA tornam-se aliados valiosos.

"Basta lembrarmo-nos do efeito que a campanha do tabaco tem tido, com casos de pais a queixarem-se de que os filhos escondem os maços de tabaco ou lhes partem os cigarros. O objectivo é termos a mesma reacção e participação com a HTA."

O médico defende que "as crianças podem servir como veículos de informação e têm sido verdadeiros agentes de mudanças, nomeadamente no seio da familiar".

Assim, o especialista assume a convicção de que "estas duas vertentes de acção (motivar as crianças a mudarem os seus comportamentos e fazer delas aliadas na transmissão da informação), podem ser muito interessantes para quem que mudar a face da Saúde Pública nacional".

Caso contrário, as consequências para o nosso País podem ser bem complexas.

"Somos os campeões dos AVC na Europa Ocidental. Para mudar esta realidade temos de ir à sua génese e é aqui que entram as crianças. Vários estudos demonstram a co-relação que existe entre a obesidade infantil e o desenvolvimento de HTA. Atendendo a que os valores de pressão arterial nos jovens têm vindo a aumentar década após década e que os casos de obesidade infantil também têm disparado - num estudo divulgado pela União Europeia, Portugal foi apontado como um dos países com mais casos de crianças obesas dos 7 aos 11 anos - , o número de 4 milhões de hipertensos poderá vir a subir assustadoramente", alerta Pedro Cunha, em jeito de conclusão."

Abraços saudáveis

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

"Portugal e hipertensão arterial: uma relação fatal" (parte 2)

continuação...

"Estamos a criar uma geração de doentes"

Além das questões de política, Luís Martins aponta o dedo aos comportamentos.

"Um adulto saudável deve ingerir cerca de seis gramas de sal por dia. Os portugueses consomem em média 12. Atendendo a que crianças com quatro ou cinco anos têm uma alimentação idêntica à dos adultos, significa que estão a ingerir as mesmas 12 gramas diárias. Um miúdo dessa idade deveria, no máximo, ter uma a duas gramas diárias de sal na sua comida. Com esta atitude estamos a criar uma geração de doentes. Pela má alimentação, aliada à falta de exercício fisíco, vão ser obesos. Pelo excesso de sal, vão ser hipertensos. Hipertensão e obesidade dá origem a diabetes. E temos a tríade mortal."

O futuro, segundo o médico, a manter-se o status quo, antevê-se negro.

"Além desta realidade, convém não esquecer a questão monetária. Ao vivermos até mais tarde, vamos ter uma percentagem cada vez maior da população em idade não contributiva, bem pelo contrário, que será subvencionada através do sistema de reformas. Se além disso ela for cada vez menos saudável, significa que vamos ter um povo grandemente consumidor de recursos do País. Ou seja, cada vez mais pessoas no lado da despesa, que pela idade, quer pela doença, e teremos, no outro lado, cada vez menos pessoas a contribuirem."

Mas, acima de todos os argumentos, a prevenção é uma questão de comportamento.

"A genética desempenha o seu papel, mas a obesidade, a diabetes e a hipertensão (a tríade mortal) têm todas a mesma origem: os hábitos de vida", conclui.

continua....

Abraços saudáveis

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

"Portugal e hipertensão arterial: uma relação fatal"

Podia-se ler no caderno "saúdepública", parte integrante do Expresso do passado dia 31 de Janeiro:

"Os números não mentem e são preocupantes: 40% dos portugueses são hipertensos e mesmo que medicados, a grande maioria não tem a situação controlada. Somos o país desenvolvido onde mais se morre de acidente vascular cerebral (AVC). patologia intimamente ligada à hipertensão arterial (HTA).

"Temos uma situação que tem piorado nos últimos anos. Todas as estatísticas mostram que continuamos com cerca de 40% da população hipertensa e há um desconhecimento grande acerca desta doença", começa por lamentar o Prof. Luís Martins, presidente da Sociedade Portuguesa de Hipertensão (SPH).

"Depois, a grande maioria dos doentes hipertensos medicados não está controlada. Andamos a gastar dinheiro com fármacos para tratar a HTA sem termos os benefícios que deviamos" , refere.

Como consequência desta realidade, a nossa principal causa de morte é o AVC, patologia que tem uma relação directa com a HTA.

O médico refere que "Portugal é o único país desenvolvido em que acontece a singularidade de se morrer mais de AVC do que doença coronária. Em 2005 morreram três a quatro pessoas por hora de AVC".


Cabe a cada um de nós tomar em linha de conta um conjunto de questões preponderantes para prevenir esta realidade.

"O controlo da pressão arterial, da ingestão de sal, a prática de actividade física, impedir a obesidade e o controlo de diabetes são factores intimamente ligados à doença vascular, à hipertensão e ao AVC", esclarece Luís Martins.


Prevenção versus doença

Um dos aspectos que o presidente da SPH lamenta é o facto de canalizarmos muitos dos nossos recursos para a doença e não para a prevenção.

"(...) Não está em causa tratar os doentes, mas também é preciso canalizar recursos para a prevenção. Só asim é que vamos ter, daqui a 20 ou 30 anos, uma sociedade mais saudáveis," refere, lamentando ainda:


"Não é justo que, enquanto contribuintes para o orçamento geral do Estado, estejamos a suportar as cirurgias da obesidade quando essa patologia é uma questão individual. Cabe a cada um controlar os seus hábitos e não, a posteriori, colocar o ónus em todos nós quando, na grande maioria dos casos, a doença surge por uma questão de manutenção prolongada de maus comportamentos."


Ainda a propósito desta realidade, Luís Martins Lembra que os "países da OCDE, em 2006, gastaram 97% do seu orçamento da Saúde com a doença e 3% com a prevenção".


É uma questão política e o presidente da SPH lança duras criticas a quem está no centro da decisão:


"Enquanto se obtiverem mais dividendos políticos tratando de lista de espera ou as questões do doente A ou B, em vez de se ter uma responsabilidade e noção de Saúde Pública, nada vai mudar. Há uma cultura de decisão espartilhada pelos ciclos eleitorais."

As consequências deste comportamento, segundo Luís Martins, estão à vista:
"Basta ver os esforços que vários titulares da pasta do Ministério da Saúde têm feito ao longo dos últimos anos para reduzir a despesa e a verdade é que esta aumenta sempre. (...)"."

continua....

Abraços saudáveis



quinta-feira, 23 de outubro de 2008

"Com medo da fita métrica"

Li hoje no avião que me trouxe de São Paulo para Curitiba, um artigo intitulado "Com medo da fita métrica", publicado no jornal "salavip - congonhas hoje" onde no final estava escrito:

" Alerta - a gordura abdominal é reconhecida por 58% dos médicos como fator de risco significativo para doença cardíaca. No entanto, 45% reportaram nunca ter medido circunferência da cintura de seus pacientes. 59% dos pacientes sob risco de doença cardíaca dizem que nunca foram informados por seu médicos sobre a relação entre gordura abdominal e aumento no risco desenvolver doenças cardíacas"

Bem sei que hoje acordei ás 4 horas da manhã e estou um pouco cansado, mas alguém me consegue explicar por é que um percentual tão elevado de médicos, ainda não dá a devida importância, a esta questão tendo em conta que , segundo o mesmo artigo:

"(...) o aumento da medida da circunferência é um importante fator de risco para doenças cardíacas (que matam 17 milhões de pessoas por ano no mundo)
(...)
Segundo a Organização Mundial (OMS), a previsão até 2010 é de que a doença cardíaca será a principal causa de óbito nos países desenvolvidos. Um outro fator que contribui para a epidemia da DCV é a prevalência de diabetes - que até o ano de 2025, de acordo com a Federação Internacional de Diabetes, deve aumentar cerca de 72 %."

Porque não vai buscar a fita métrica à caixa de costura e tira as sua próprias medidas?

Mulheres - cintura abaixo de 80 cm
Homens - cintura abiaxo de 94 cm

Se os SEUS valores estiverem acima destes, sugiro-lhe fortemente que tome VOCÊ a iniciativa de falar com o seu médico, para que ele o(a) ajude a mudar o seu Estilo de Vida, de uma forma tranqüila mas sustentada.

Não queira fazer parte da estatística pouco simpática!

Abraços saudáveis,

domingo, 19 de outubro de 2008

"No longo prazo, nenhuma nação é mais saudável do que as suas crianças, ou mais rica do que os seus agricultores"

Para bem dos seus filhos e do próprio país, sugiro fortemente que reservem 20 minutos do vosso tempo, para assistirem a um vídeo da Chef Ann Cooper (entre outras coisas, é a responsável pelo cardápio da escolas em Berkeley, California).

Sendo impossível passar a mensagem com a mesma força por esta via, deixo apenas alguns tópicos, salientando que todos os números apresentados, se referem aos EUA:

- é vital para a sobrevivência das nossas crianças (e da humanidade), ensiná-las sobre a relação entre um planeta saudável, comida saudável e crianças saudáveis

- não podemos mais continuar a ingerir pesticidas, hormônios e antibióticos (70% dos antibióticos produzidos são usados nos animais que nó comemos!!!) nas quantidades em que o fazemos. Cada americano "come" 2,3 kilos de pesticidas por ano.

- em menos de 200 anos, passamos de 95% para menos de 2% de agricultores

- estamos a ficar doentes (hipertensos, diabetes, câncer) e muitos morrendo prematuramente

- no espaço de (apenas!) 10 anos, 40 a 45% dos jovens, antes de terminarem os estudos, podem vir a ser dependentes da insulina

- no ano 2000, os americanos gastaram USD 50 bilhões com a dieta de quem tinha AIDS, USD 110 bilhões com fast food e menos de metade deste montante com vegetais

- a indústria alimentícia americana gasta mais em publicidade por criança do que qualquer outro país (USD 17 bilhões)

- quem vai ensinar as nossas crianças como é uma galinha (pergunta feita, mostrando os chicken nuggets em forma de estrela, girafa,...)?

- se não alimentarmos bem as nossas crianças, em uma ou duas gerações, elas não conseguirão pensar, não serão inteligentes e só estarão doentes

- 1 em cada 4 refeições das crianças, são feitas em locais que vendem fast food
- 1 em cada 4 refeições das crianças, são feitas no carro
- 1 em cada 4 refeições das crianças, são feitas em frente da TV

- ensinarmos as nossas crianças a comer bem em casa é tão importante como o trabalho que é preciso fazer nas escolas

- temos que dar às nossas crianças. as ferramentas para elas salvarem o planeta

- estamos a gastar menos de USD 5 por hora com o sistema de educação enquanto pagamos USD 10/15 por hora a uma baby sitter (é muito pouco!)

- precisamos de fazer parcerias privadas para R&D, distribuição, ....

- nós conseguimos fazer as mudanças necessárias (mas temos de FAZÊ-LAS!)

- também temos que colocar as crianças fazendo mais exercício

- temos que ensinar as pessoas a cozinhar porque com todas as facilidades da comida processada, já não sabem mais como fazê-lo!

- "In the long view, no nation is healthier than its children, or more prosperous than its farmers" (President Harry Truman, on signing the 1946 National School Lunch Act)

No longo prazo, nenhuma nação é mais saudável do que as suas crianças, ou mais rica do que os seus agricultores (Presidente Harry Truman, 1946)

Tal como venho alertando os meus leitores, não dá mais para ficarmos de mãos cruzadas e para além das escola e em casa, eu acredito muito no papel das empresas como canal privilegiado para contribuir para a mudança de hábitos dos seus colaboradores e respectivas famílias (filhos inclusos).

Abraços saudáveis,


domingo, 28 de setembro de 2008

Sr. Edmund Klotz, não nos faça pensar que considera os brasileiros bobos!

Caros, leitores, como é possível que o "chefe dos chefes" das indústrias de alimentação brasileiras, nos diga que:

- “(...) os fabricantes concordam que é preciso tirar a gordura trans dos alimentos, mas não aceitam que o governo imponha prazos.” Se outros países já a aboliram e estando em causa a saúde pública de milhões de brasileiros, os representantes da indústria, podem afirmar categórica e unilateralmente que não aceitam? Será que aceitam arcar com todas as responsabilidades decorrentes dessa decisão?

- "Ninguém está querendo envenenar ninguém. Esperamos descobrir a solução para a gordura trans em algum momento. Mas hoje não dá para falar em prazo". Se acredita que não estão envenenando ninguém, porque estão procurando uma solução? Será que eu li errado?

- “Klotz, no entanto, diz não ter certeza se as gorduras trans realmente são prejudiciais à saúde”. Em breve irei escrever sobre alguns tabus que existem sobre a gordura do ponto de vista da nossa saúde, mas Sr Edmund Klotz, sobre a gordura trans dos alimentos industrializados, derivada dos óleos vegetais , já só tem duvidas, quem ganha dinheiro com ela!

- "A ciência pega um monte de rato e enche de margarina, o bicho morre entupido e conclui-se que a gordura trans faz mal. Pode até fazer mal, eu não sei." Sr. Edmund Klotz, está chamando de bobos os brasileiros? Ou será que o lucro para si está acima de qualquer outro valor, como por exemplo o direito à VIDA (saudável) dos SEUS clientes (que pagam as suas contas!)? Ou será que nesse dia comeu muitos produtos com gordura trans e começou a disparar frases hipócritas como esta?

Sr. Edmund Klotz, abaixo um resumo do que faz a gordura trans produzida pelas indústrias que lidera (caros leitores, entenderam porque somos nós que temos que tomar as rédeas da situação? Pensem nisto, cada vez que virem os vossos filhos, comerem alguns dos 70% de biscoitos vendidos no Brasil):

“A gordura trans aumenta o LDL (colesterol ruim) e diminui o HDL (colesterol bom) no sangue. Essa combinação causa aterosclerose, um perigoso acúmulo de placas de gordura na parede dos vasos sangüíneos. Isso, em casos extremos, resulta em ataque cardíaco e AVC (acidente vascular cerebral), os males que mais matam no Brasil.”

Depois de lerem o que escrevi acima (podem ler a entrevista publicada na Folha de São Paulo clicando aqui ), vejam onde encontrei o mesmo Sr. Edmund Klotz (é irônico não acham?):

“PRAZER DE ESTAR BEM”

O programa “Prazer de Estar Bem”, cujo objetivo é conscientizar os 180 mil alunos do Sesi e do Senai de São Paulo sobre a necessidade da alimentação saudável e da prática regular de atividades físicas foi lançado no dia 20 de outubro pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, Paulo Skaf, e pelo presidente da SBC, Antonio Felipe Simão.

A cerimônia, no Centro Cultural Fiesp, teve como oradores o vice-presidente e coordenador do Comitê da Cadeia Produtiva de Agronegócios da Fiesp, João
Guilherme Sabino Ometto,
o presidente da Associação Brasileira da Indústria Alimentícia e Coordenador do Comitê da Cadeia Produtiva de Alimentação da Fiesp, Edmundo Klotz e os presidentes da SBC e da Fiesp, o último dos quais disse que a iniciativa “demonstra mais uma vez a responsabilidade social do Sesi e da Fiesp e que a produção da indústria, que move o Brasil, é fruto do trabalho das pessoas e, portanto, proporcionar mais saúde é levar qualidade de vida a essas pessoas e igualmente uma tarefa nossa”.

Ao discursar, por sua vez, o presidente da SBC disse que “gostaria de abraçar o coração de todos os presentes” e disse que a importância da parceria vai resultar em benefício para a saúde do coração das crianças brasileiras.

O “Prazer de Estar Bem”, que já está sendo implementado em 285 escolas do Sesi e do Senai, consiste em palestras, apresentação de vídeos educativos, oficinas e orientação sobre funções dos alimentos e montagem de cardápios equilibrados. O programa inclui ainda estímulos à prática esportiva e idéias sobre como transformar as simples tarefas cotidianas em atividades físicas que contribuam para a melhoria da qualidade de vida. No total, 210 mil cartilhas com sugestões sobre os dois temas serão distribuídas.

Para
Felipe Simão, tornou-se um problema de saúde pública a obesidade a qual, quando aliada ao sedentarismo resulta, a longo prazo, em problemas cardíacos os quais são responsáveis por 300 mil óbitos a cada ano, no País. Por isso mesmo a SBC se sente responsável pela divulgação de informações que levem o jovem à adoção de hábitos mais saudáveis, pois a prevenção e não o tratamento é que se constitui no grande caminho para reduzir os problemas cardiovasculares cada vez mais presentes na população brasileira.

Sr. Felipe Simão, aplaudimos e incentivamos totalmente a SBC nesta iniciativa, mas por favor peça ao seu colega palestrante, Sr. Edmund Klotz, para acabar com a gordura trans, em nome dessas mesmas crianças.

Abraços saudáveis,

domingo, 21 de setembro de 2008

O que será preciso fazer para que mais pessoas nos “ouçam”?

Estou a fazer um trabalho de acompanhamento numa Clinica de Fisioterapia e o que eu vejo todos os dias? Para além de alguns jovens que estão na fase de tratamento de um braço ou uma perna, na seqüência de uma vida mais agitada própria da idade, vejo inúmeros adultos, recuperando de derrames, onde perderam total ou parcialmente os movimentos de um ou mais membros, mulheres recuperando de diversas fraturas, fruto de quedas ou pancadas simples com os seus ossos fragilizados pela osteoporose diagnosticada pelos respectivos médicos. Vejo também mulheres acompanhando diariamente os maridos, que tiveram os derrames já mencionados, onde perdem horas todos os dias, para os transportarem para a clinica e de volta para casa, ajudá-los a sentarem-se, a tirar-lhe os sapatos, etc (isto na clinica, pois em casa ainda têm de acumular à sua rotina normal - se é que não tiveram que largar os empregos para ajudá-los, como dar-lhes banho, a vestir, etc.).

Quando tenho oportunidade de conversar um pouco com alguns destes pacientes, é impressionante, como chegamos sempre à mesma conclusão. Todos levavam uma vida sedentária, tinham uma dieta não saudável, para além do stress do dia a dia, pelas razões que todos conhecemos.

E agora o que vai fazer para recuperar e evitar novas recaídas, pergunto eu a cada um deles?

"Agora, o doutor(a) disse que para além desta fisioterapia, tenho que me alimentar melhor, tomar cálcio, magnésio e vitamina D para fortalecer os ossos (dizem elas), manter alguma atividade física regular, tentar viver de uma forma um pouco mais tranqüila e pensar um pouco mais em mim, (...)"

Caros leitores, caímos sempre no mesmo e os números não mentem e infelizmente não param de crescer (números de pessoas com algum tipo de doença que poderia muito bem ser evitada, os gastos com saúde, horas de emprego ou de lazer perdidas, mulheres reféns das condições físicas e mentais dos maridos – o contrário não é tão comum de ver!!!!).

Todos sabemos que a nossa saúde e a da nossa família deveria estar no topo das nossas prioridades, mas a grande maioria de nós ainda acredita que isto só acontece aos outros (mesmo que tenha conhecidos com câncer, diabetes, hipertensão, osteoporose, obesidade ou no mínimo sobrepeso (por enquanto!!!) e que por agora, tem que dar prioridade ao trabalho).

Para aqueles que ainda não ouviram o signatário ou outros que têm igualmente como missão mudar para melhor, o estilo de vida do maior número possível de pessoas, PAREM UNS MINUTOS, depois de lerem esta mensagem e FAÇAM algo antes que chegue a vossa vez ou a dos vossos filhos, pais, cônjuge, etc.

RHs, não aceitem como normal, terem pessoas “não saudáveis” nas vossas empresas. Existem soluções que podem melhorar e muito, a Qualidade de Vida delas, muitas sem custos e podem ter a certeza que para além dos próprios colaboradores beneficiados (e respectivas famílias), a diretoria e os acionistas vão gostar muito de ver uma equipe mais produtiva gerando mais RESULTADOS e mais motivada para defender a camisa da empresa que os ajudou a mudar o seu Estilo de Vida.

Será que agora, mais alguns dos meus leitores vão passar para o lado de cá (de quem pratica e usufrui, de uma forma tranqüila, sem radicalismos e ao seu ritmo, uma vida mais saudável)?

Abraços saudáveis,

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

os pais humanos sabem escolher os alimentos adequados para os filhos...?

Hoje escrevi o seguinte, num fórum, onde o tema central é a comparação entre o lixo do planeta e os produtos tóxicos ou no mínimo que nos fazem mal à saúde e estão dentro do nosso corpo (principalmente via alimentação):

“Depois de ler os 3 parágrafos abaixo....

O Dr. Jame Ludwing, que estava estudando a vida do albatroz na ilha de Midaway, no Pacífico, a muitas milhas dos centros povoados, fez uma descoberta espantosa.

Quando começou a recolher o conteúdo do estômago de oito filhotes de albatrozes mortos, encontrou: 42 tampinhas plásticas de garrafa, 18 acendedores e restos flutuantes que em sua maioria, eram pequenos pedaços de plástico.

Esses filhotes haviam sido alimentados por seus pais que não conseguiram fazer a distinção dos desperdícios no momento de escolher o alimento.

.... pergunto:

e os pais humanos sabem escolher os alimentos adequados para os filhos ou estão a entupi-los com outro tipo de "plásticos" (muitos deles tóxicos ou que provocam no mínimo obesidade, diabetes, hipertensão, etc)?

e você leitor, sabe distinguir os alimentos na hora de ir ao supermercado ou ao restaurante?”

Abraços saudáveis

domingo, 14 de setembro de 2008

"Os médicos precisam ajudar os pacientes a mudar o estilo de vida. Muitos não sabem como fazer isso e não oferecem ajuda"

Segundo um artigo publicado no passado dia 12 na Folha de São Paulo pela jornalista Cláudia Collucci (não incluo o link porque só assinantes da Folha ou do UOL podem acessar - quem quiser lê-lo na integra, posso enviar por e-mail), a Associação americana sugere o uso de remédios para os "pré-diabetes".
Gostaria de acreditar que no Brasil, os médicos usem o bom senso de priorizarem a mudança do estilo de vida face ao uso dos remédios (exceto para caso de alto risco, mesmo!). Pela leitura do artigo fico em duvida sobre o que efetivamente será feito e por isso apelo aos meus leitores que leiam com atenção os seguintes trechos do que foi publicado:

Ainda não há evidências científicas de que tratamento previna a doença; segundo médico da entidade, primeira recomendação é perder peso

No Brasil, não há um consenso sobre o tratamento da pré-diabetes, mas a tendência é que os médicos sigam as recomendações americanas, diz o endocrinologista Marcos Tambascia, da Unicamp, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes. A pré-diabetes é caracterizada por uma elevação no nível de glicose (glicemia em jejum entre 100 mg/dL e 125 mg/ dL ou com valores entre 140 mg/dL e 199 mg/dL duas horas após uma sobrecarga de glicose), mas não o suficiente para ser classificada como diabetes.

A principal polêmica está na indicação de remédios para reduzir a glicemia. Ainda não há evidências científicas de que isso vá prevenir a doença, até porque, na diabetes tipo 2, a principal causa é a obesidade.

Segundo Daniel Einhorn, vice-presidente da Associação Americana de Endocrinologistas Clínicos, a primeira recomendação para os pré-diabeticos é a redução do peso entre 5% e 10%, exercícios de 30 a 60 minutos cinco dias por semana e uma dieta pobre em gordura e rica em fibras. Ele afirma que os medicamentos (metformina ou acarbose) devem ser indicados só aos pacientes de alto risco, ou seja, os que pioram a taxa de glicemia ou que têm doença cardiovascular já associada.

O médico Amélio de Godoi Matos, do Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia, da PUC-Rio, diz que muitos pacientes desistem de usar a acarbose porque um dos efeitos colaterais são flatulências. A metformina também está associada a desconfortos gastrointestinais, como a diarréia.

Outra recomendação dos americanos é que os pré-diabéticos façam testes anuais de tolerância à glicose e de microalbuminúria (que medem a quantidade de albumina na urina; a presença da substancia é o primeiro sinal de um dano no rim).

"Estamos dizendo que, sim, reconhecemos a pré-diabetes e que é preciso olhar com atenção para ela. Certas drogas têm o seu lugar se a dieta e o exercício não reduzirem os níveis de açúcar no sangue", disse.

Na avaliação do médico Ruy Lyra, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, é preciso mais evidências para afirmar se o tratamento medicamentoso do pré-diabético trará benefícios.

"Em geral, a resistência à insulina está ligada à obesidade.

Seria mais lógico reduzir o peso porque, além da diabetes, estaremos prevenindo outros eventos cardiovasculares."

Para David Marrero, pesquisador da Universidade de Indiana (EUA), o consenso é só um primeiro passo. "Os médicos precisam ajudar os pacientes a mudar o estilo de vida.

Muitos não sabem como fazer isso e não oferecem ajuda."

Abraços saudáveis,

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Em tempos de crise faz sentido "cortar" na saúde em primeiro lugar?

Vejam como é uma questão cultural e contraditória, em momentos de maior aperto financeiro, as pessoas cortarem gastos (eu considero investimentos) em coisas que lhes fazem bem à SAÚDE.

Uma pesquisa feita na Grã-Bretanha divulgado pela Blood Pressure (para lê-la na íntegra clique aqui), diz-nos que:

“a população está cortando gastos com frutas e legumes caros e academias de ginástica. E alguns dizem estar consumindo mais álcool hoje do que antes da crise.

A longo prazo, a pressão alta, que pode ser resultado de má alimentação e falta de exercício, pode elevar o risco de ataques cardíacos e derrames.

O estudo indica que os gastos com um estilo de vida saudável são os primeiros a ser cortados em períodos de dificuldade financeira.

Resultados

Cerca de 33% dos 2,7 mil adultos entrevistados nunca ou raramente comem a quantidade recomendada de frutas e legumes.

Outros 16% dos participantes disseram que vão ter de diminuir os gastos com esses produtos nos próximos seis meses - e 15% disseram que já fizeram isso.

Um quinto (20%) dos entrevistados disse que está diminuindo as idas à academia neste ano por causa de pressões financeiras.

E agora vejam o porquê de vos ter dito que é algo contraditório e que afinal a escassez do dinheiro não justifica todos esses cortes no que nos faz bem:

Curiosamente, a paixão dos britânicos por comida para viagem - geralmente cara e pouco saudável - não foi afetada: mais de três quartos (75%) dos participantes compram regularmente comida para viagem ou refeições prontas em supermercados.

"O efeito duplo da crise financeira e da falta de cuidado com a saúde a longo prazo sobre o estilo de vida está colocando a nação sob risco", acrescentou.

Pessoalmente acredito que a grande maioria da pessoas pode ser mais saudável com o mesmo ou até com um orçamento menor (e ainda poupam na farmácia, na gasolina, etc). Retornemos à pesquisa para entendermos melhor:

Dicas

Uma porta-voz da entidade beneficente British Heart Foundation, ligada à saúde cardíaca, afirmou que é perfeitamente possível manter um estilo de vida saudável e economizar dinheiro.

"Se você não pode mais pagar a academia, use as calçadas", aconselhou a porta-voz. "Integrar caminhadas energéticas à sua rotina diária é bom para o seu coração e é gratuito - e também vai ajudar a aliviar o estresse adicional que você pode estar sentindo neste momento."

"Quando for às compras, lembre-se de que frutas e legumes congelados e enlatados oferecem os mesmos benefícios para o seu coração que os frescos", acrescentou (neste ponto não concordo totalmente mas podemos escolher frutas da época, comprar nas feiras locais, etc).

"Deixar de fumar e respeitar os índices recomendados para o consumo de álcool também vai ajudar seu coração e seu bolso", concluiu.

E termino perguntando em que momento da vida é fundamental estarmos mais saudáveis, quando temos tudo ou quando precisamos estar bem para trabalhar mais, arranjar novos desafios profissionais, para evitarmos gastos extra com remédios, consultas, etc?

Abraços saudáveis,

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Gordura abdominal pressiona os rins que respondem com aumento da pressão arterial

Hoje escrevi o seguinte sobre gordura abdominal (creio que a minha fonte na altura foi o médico Michael Roizen), numa troca de idéias sobre mudanças de comportamento:

Quando armazenamos gordura abdominal, prejudicamos entre outras coisas, os rins, figado e outros orgãos vitais. Acumulando gordura no interior da "cápsula renal", pressionamos o rim que vai responder, "pedindo" mais pressão arterial porque está sendo comprimido pela gordura". Conclusão, ele vai liberar hormônios que causam aumento daquela (pressão arterial). Perguntei ao destinatário das minhas palavras e pergunto agora aos meus leitores:

Vale a pena, colocarmos os nossos órgãos sobre este tremendo estresse? Para além da células de gordura, acumularem muito mais substancias toxicas, etc, etc

Reflitam sobre isto e criem condições para a vossa "máquina" funcionar de forma tranquila e saudável , para que possam usufruir de uma boa energia, boa disposição, bom humor e ao mesmo tempo diminuirem/eliminarem surpresas desagradáveis.

Abraços saudáveis