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sábado, 25 de abril de 2009

"Dietistas defendem que falta de dinheiro não é motivo para comer mal"

Na sequência de conversas que tenho tido com algumas pessoas sobre o impacto da actual crise nos seus hábitos alimentares, resolvi publicar um artigo publicado no blog "Marketing de Peso", cujo conteúdo, de uma forma geral, concordo.

"A falta de dinheiro devido à crise não é motivo para as famílias deixarem de ter uma alimentação boa, defendem os dietistas, que apontam várias soluções saudáveis. "Não é preciso comer carne [principalmente esta!] e peixe diariamente ao almoço e jantar", explicou a presidente da Associação Portuguesa dos Dietistas, atribuindo a estes alimentos um preço elevado.

Esta opinião é corroborada pela dietista Maria Fernanda Fogaça, que considera que há um consumo muito excessivo de proteínas na alimentação. "As nossas necessidades de proteínas são de um grama por cada quilo e por dia, sendo que só metade devem ser de origem animal", referiu, adiantando: "100 gramas de carne ou de peixe têm 20 gramas de proteínas".

Considerando o elevado preço do peixe e da carne, as duas dietistas defendem um menor consumo daqueles tipos de alimentos. Graça Raimundo aconselha, por exemplo, a confecção de feijoadas, "com pouca gordura", jardineiras ou caldeiradas, pratos que levam menos quantidades de carne e peixe.

"Posso substituir a carne de avestruz ou o bife da vazia por carne de aves, que são mais económicas e também posso substituir a carne e o peixe por ovos e leguminosas, nomeadamente o feijão ou o grão", referiu, aconselhando também a compra de fruta da época e hortaliças. Para esta dietista, esta altura de crise económica poderá também servir para recuperar hábitos antigos, como seja o aproveitamento de restos de comida como o pão para fazer migas ou açordas.

Outro aspecto em que as duas profissionais concordam é na ideia de que se devem evitar os pequenos-almoços fora de casa. "Criou-se muito o hábito de se tomar o pequeno-almoço fora de casa. Acaba por se comer folhados e bolos em vez do pão", disse Maria Fernanda Fogaça, adiantando que também se pode aproveitar o momento para não gastar dinheiro em produtos com açúcar [estamos a falar do dia a dia e não das excepções] . "São truques que podemos fazer e que estão ao nosso alcance e tem a ver com a organização e gestão dos nossos recursos", sintetizou Graça Raimundo.

Para além destas "dicas", outras mais poderá seguir no seu dia a dia, mas primeiro que tudo, o que cada um tem a fazer é acreditar que é importante mudar alguns hábitos alimentares de uma forma sustentada. A partir daqui, tudo fica mais fácil!


Abraços saudáveis

quarta-feira, 22 de abril de 2009

"Lei que proíbe gordura trans nas escolas é aprovada em SP"


Fico satisfeito em ver (notícia publicada pela Redação Terra) os nossos políticos (o Brasil é a minha segunda "casa"), fazerem algo de positivo pela saúde das crianças/jovens das escolas no Estado de São Paulo:

Lei que proíbe gordura trans nas escolas é aprovada em SP

A Assembléia Legislativa de São Paulo aprovou em votação um Projeto de Lei que proíbe a venda de produtos com gordura trans nas cantinas de escolas públicas e privadas do Estado. Pelo projeto, não podem ser vendidos salgados de massas ou massas folhadas, frituras em geral, biscoitos recheados, salgadinhos e pipocas industrializados, refrigerantes e sucos artificiais, balas, pirulitos e gomas de mascar e qualquer outro produto com gordura trans, de alto teor calórico ou de poucos nutrientes. O texto não especifica qual será o teor calórico permitido.

O projeto determina ainda que sejam colocados à disposição dos estudantes pelo menos dois tipos de frutas pela cantina. Deve ainda ser fixado um painel com informações sobre os benefícios da adoção das medidas da lei.

Quem não cumprir as determinações pode pagar multa e até ter fechada a cantina temporariamente. A lei segue para o governador José Serra, que pode sancioná-la ou vetá-la.

Segundo o texto da deputada Patrícia Lima (PR), o objetivo da lei é combater o "sobrepeso, obesidade, dislipidemia, diabetes, hipertensão, problemas hepáticos, doenças arteriais, sem falar na baixa auto-estima, discriminação social, entre vários outros problemas" nas escolas."

Agora falta o governador José Serra aprová-la e os respectivos pais aproveitarem estas novas regras para ajudarem os seus filhos a fazerem uma reeducação alimentar, onde mantenham o prazer naquilo que comam mas agora de uma forma (mais) saudável.

As crianças/jovens acabarão por agradecer esta nova etapa das suas vidas, bem como o orçamento das famílias e do Estado de São Paulo, com a redução progressiva nas despesas da saúde.

Que o espírito desta iniciativa se propague rapidamente e novas soluções surjam ao longo do tempo!

Abraços saudáveis

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Cereal para criança tem sódio e açúcar demais, diz pesquisa

A Folha de São Paulo publicou ontem o resultado da análise de 18 produtos com maior presença no mercado de alimentos infantis, feita pela Pro Teste (não publico o link porque é preciso ser assinante do UOL ou da própria Folha para se conseguir acessá-lo).

“a maioria dos produtos contêm açúcar e sódio em excesso e poucas fibras” (...)

Uma porção de 30 gramas de sucrilhos de chocolate da Kellogg's (uma tigelinha), por exemplo, tem 205 mg de sódio.
Uma criança de um a três anos deve consumir, por dia, no máximo 225 mg desse mineral -ou seja, uma única porção equivale a 90% das suas necessidades diárias. Para um adulto, essa quantidade de sódio representa 10% das necessidades.
Na avaliação da Pro Teste, todos os cereais matinais também têm açúcar em excesso -de 5,5 a 13 gramas por porção.
De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), o ideal é que uma criança de até três anos consuma, no máximo, 14 gramas por dia de açúcar.
Uma porção do sucrilho sabor banana, por exemplo, tem quase toda a quantidade diária de açúcar recomendada para uma criança nessa faixa etária.
Presente no sal e base para conservantes, o sódio em excesso está ligado à hipertensão arterial e a problemas renais. Já muito açúcar tem relação com obesidade e diabetes tipo 2.

Fibras
Dos cereais analisados, dez marcas apresentaram menos de três gramas de fibras para cada 100 gramas do produto -três gramas é a quantidade mínima para um alimento ser considerado fonte de fibra. Os cereais Corn Flakes (todos os sabores) e Chokos tiveram o pior desempenho no teste: possuem menos de 0,01% de fibra, ou seja, praticamente nada.
Um outro problema apontado pela Pro Teste -que envolve os cereais analisados e a maior parte de alimentos consumidos pelo público infantil- é a falta de adequação da tabela nutricional à faixa etária a que o produto se destina.
A pesquisadora de alimentos da Pro Teste, Fernanda Ribeiro, explica que o percentual diário recomendado de cada nutriente é calculado para uma dieta de 2.000 quilocalorias, que corresponde à necessidade calórica de um adulto, não de uma criança.
A dieta de uma criança de um a três anos, por exemplo, deve ser de 1.050 calorias, segundo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). De quatro a seis anos, esse valor sobe para 1.450 e, de sete a dez anos, para 1.750. "O ideal seria que essas informações fossem apresentadas de acordo com a faixa etária. Seria muito mais útil aos pais", avalia a pesquisadora.

"Isopor food"
O nutrólogo e cardiologista Daniel Magnoni orienta que as pessoas escolham o cereal matinal pelo menor índice de sódio e açúcar e maior presença de fibras solúveis. "O ideal é misturar com um iogurte light, enriquecido com cálcio, e muita fruta", diz ele.
Para Magnoni, os pais não devem se impressionar pelas vitaminas e sais minerais contidos no rótulo dos produtos. "Isso a criança consegue por outras fontes. O que não pode é ficar comendo essa quantidade de sódio e açúcar e quase nenhuma fibra. Isso é o que chamamos de "isopor food", cuja única função é aumentar as taxas de obesidade infantil." (...)
De acordo com o pediatra e professor da Faculdade de Medicina da USP, Mário Cícero Falcão, o brasileiro consome muito açúcar e os pais educam a criança a gostar do alimento muito doce. "O cereal que a criança mais gosta é aquele com mais açúcar. É a conjunção do paladar brasileiro com a indústria", afirma Falcão.
Na opinião do pediatra, os brindes distribuídos com os cereais impulsionam o consumo. "Os brindes são uma grande arma antiética. Tem sempre o alimento processado, com valor biológico inferior e pouco nutriente acompanhado do brinde. Por que não vender uma maçã com o personagem da moda?"

Espero com este artigo, fazer com que os meus leitores pais, invistam um pouco mais na reeducação alimentar dos seus filhos. Não é fácil no meio de tanta pressão, mas FAZÊ-LO, demonstra um ato de amor!


Abraços saudáveis,

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

"O câncer se nutre de açúcar"

Hoje estava a escrever sobre um artigo publicado na Folha de São Paulo, intitulado "Cereal para criança tem sódio e açúcar demais, diz pesquisa" (não coloco o link porque para acessá-lo é preciso ser-se assinante da UOL ou da própria Folha), quando decidi publicá-lo amanhã, porque entenderão melhor a minha preocupação, depois de lerem um trecho de um texto (da autoria do médico David Servan-Schreiber) que enviei esta manhã para uma amiga minha:

"O câncer se nutre de açúcar

(...) o metabolismo dos tumores cancerosos é amplamente dependente do seu consumo de glicose. De fato, o scanner PET (tomografia por emissão de pósitorns), normalmente utilizado para detectar cânceres, não faz senão medir as regiões do corpo que consomem mais glicose. Se uma região se distingue das outras por um consumo excessivo, há uma forte probabilidade de que se trate de um tumor.
(...) A secreção de insulina é acompanhada da liberação de uma outra molécula, chamada IGF (insulin-like growth factor), cuja característica é estimular o crescimento das células. Em suma o açúcar nutre e faz os tecidos crescerem rapidamente.
Paralelamente, a insulina e o IGF têm também como efeito comum dar uma chicotada nos fatores de inflamação, que também eles, agem como adubos a favor dos tumores.
Sabe-se hoje em dia que os picos de insulina e a secreção de IGF, estimulam diretamente não apenas o crescimento das células cancerosas, mas também sua capacidade de invadir os tecidos vizinhos. Mais ainda, pesquisadores que inocularam células de câncer de mama em camundongos mostraram que eles reagiram muito pior à quimioterapia quando o sistema insulina estava ativado pela presença do açúcar.(...)"

O que andam a fazer conosco e cada um a si próprio e aos próprios filhos, quando desde cedo temos o hábito de ingerir quantidades de açúcar (e não só!) muito acima das consideradas saudáveis?

Peço aos meus leitores para PARAREM um minuto para pensarem sobre esta questão.

Abraços saudáveis