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quinta-feira, 11 de agosto de 2011

"Santo Agostinho descarta a utilização do passado, presente e futuro"


Li hoje algures:

"Santo Agostinho descarta a utilização do passado, presente e futuro. O autor enfatiza que são três tempos presentes, pois “(…) estes três tempos estão na mente e não os vejo em outro lugar. O presente do passado é a memória. O presente do presente é a visão. O presente do futuro é a espera.”"

O parágrafo acima, valida bem, que o Projecto Memória, para além de uma ferramenta estratégica de comunicação, é uma ferramenta de gestão, ao contribuir, também, para a definição das grandes linhas estratégicas do presente e futuro das empresas.

Abraços saudáveis

sexta-feira, 24 de junho de 2011

"Desempregado vive de garimpar ouro em ruas de Nova York"

Publiquei hoje no Facebook:

Mais uma vez, a oportunidade de negócio estava à espera de alguém com iniciativa e as competências necessárias para agarrá-la e gerar valor com ela!
Clique aqui para assistir a um vídeo de 2 minutos, sobre um "desempregado [que] vive de garimpar ouro em ruas de Nova York"

Abraços saudáveis

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Projecto Memória - ferramenta estratégica de comunicação corporativa - notas soltas (12)

Frases de Steve Denning que gostei:

Storytelling is often the best way for leaders to communicate with people they are leading. Why? It is inherently well adapted to handling the most intractable leadership challenges of today – sparking change, communicating who you are, enhancing the brand, transmitting values, creating high-performance teams, sharing knowledge, taming the grapevine, leading people in to the future.

Abraços saudáveis

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Projecto Memória - ferramenta estratégica de comunicação corporativa - notas soltas (11)

Frases de Steve Denning que gostei:

"Storytelling is more than an essential set of tools to get things done: it’s a way for leaders – wherever they may sit – to embody the change they seek. Rather than merely advocating and counter-advocating propositional arguments, which lead to more arguments, leaders establish credibility and authenticity through telling the stories that they are living. When they believe deeply in them, their stories resonate, generating creativity, interaction and transformation."

Abraços saudáveis

quinta-feira, 7 de abril de 2011

"O paradoxo do sucesso empresarial"


Nesta nova etapa, que começa hoje em Portugal, vale a pena reflectir (e agir em conformidade!) sobre as sábias palavras do Professor Marins:

"Um paradoxo é uma declaração aparentemente verdadeira que leva a uma contradição lógica, ou a uma situação que contradiz a intuição comum. E como isso ocorre nas empresas?

Segundo o prof. Marins, quando as empresas são fundadas, geralmente por um empreendedor visionário, o objetivo empresarial é servir encantadoramente e surpreender seus clientes através de produtos e serviços de qualidade diferenciada, preço justo e atendimento excelente. Ganhar dinheiro é uma consequência do trabalho feito com excelência.

O paradoxo do sucesso empresarial aparece quando após alcançar o merecido sucesso, muitas empresas, começam a profissionalizar a gestão contratando executivos "experientes", que invertem os objetivos empresariais. Para eles "ganhar dinheiro" passa a ser a causa e não a consequência. O pior é que muitas vezes, os próprios empreendedores são "convencidos" pelos seus executivos de que aquela visão inicial da empresa, não é mais adequada à realidade do mercado.

O resultado desta inversão de valores é que em pouco tempo, clientes, fornecedores e a própria comunidade insatisfeitos e "traídos" pela mudança de postura da empresa, começam a abandona-la."

Abraços saudáveis

terça-feira, 5 de abril de 2011

Behind the Badge - Portland Police Bureau



Um excelente vídeo para qualquer líder empresarial, conseguir enxergar bem, a riqueza do activo tangível e intangível que são as Pessoas que com ele trabalham.

Em momentos menos fáceis, como os que vivemos em Portugal, é importante saber como conseguir incorporar a história de cada Pessoa da empresa (stakeholders relevantes) na definição da estratégia a seguir.

Abraços saudáveis

quinta-feira, 24 de março de 2011

"CRISE E COMPROMETIMENTO" - artigo positivo sobre o que fazer em momentos menos simpáticos!

Com as notícias de ontem (em Portugal), precisamos saber agir em tempo útil. Dentro da minha actual área de trabalho, deixo-vos com um artigo que gostei de ler e cujo conteúdo deve ser interiorizado pelos líderes do nosso tecido corporativo.

"Uma análise da história nos leva a ver que esta não é a primeira crise que os empresários brasileiros [leia-se portugueses!] enfrentam. Mas as oportunidades continuam para quem não se deixa abalar por acontecimentos como este.


As empresas se sentem compelidas a mudar radicalmente suas estratégias de negócio para enfrentar os desafios de manter ou ampliar seus mercados e aproveitar as oportunidades decorrentes desta mesma crise, atendendo as necessidades das novas demandas da sociedade.

Para isso, as empresas precisam de pessoas pró-ativas, que criem, ousem, inovem, tenham entusiasmo e se sintam motivadas pelos desafios que surgem a cada dia, que façam mais do que apenas cumprir ordens.


Mas, como ter atitude de comprometimento dos funcionários em meio a uma crise?

Valorizando o funcionário, para que ele mantenha a motivação, o comprometimento e perceba que o crescimento da instituição também depende dele.

Voltando-nos para a empresa que começou com o sonho de seu fundador e tem na sua cultura um dos alicerces de seu crescimento, é preciso manter este foco, promovendo o resgate de sua história, que é também a história das pessoas que participam de sua trajetória.


Os participantes desta trajetória podem rever o quanto o comprometimento com a cultura da empresa reflete hoje, positivamente, nos seus produtos e serviços, despertando neles o sentimento de pertença, o orgulhoso de fazer parte, de retomar a imagem idealizada por seu fundador.


Como diferencial de vantagem competitiva, criar um Centro de Memória valorizará as ações dos funcionários que construíram a empresa, mostrando seu crescimento, suas transformações e sua consolidação.

A construção desta trajetória proporciona a projeção social da empresa, não apenas como uma unidade de produção de bens e serviços, mas por sua atuação sócio-cultural fortalecida por sua imagem através da história."

(Fonte: Espaço Conhecimento - Brasil)

Boas decisões e...

Abraços saudáveis

quarta-feira, 23 de março de 2011

Uma história real de paixão, que supera a diferença! (imperdível)



Será que Portugal tem solução?
Vejam a história acima, para entenderem que, com as Pessoas certas e unidas, sempre há uma estratégia a seguir que consegue gerar resultados positivos.

"É um curta-metragem de uma agência Leo Burnett feito para o TMB, o Banco Militar da Tailândia, que lançou uma nova visão de sua marca chamada "Faça a diferença". O vídeo é falado em tailandês, com legendas em inglês, mas o assunto é universal, a paixão que supera obstáculos.

A beleza está no fato de a história ser real. Em 1986 um time de futebol de garotos que moravam numa vila flutuante, ao sul da ilha Koh Panyee, na Tailândia, adoravam assistir a partidas de futebol e queriam muito praticar o esporte. A vila flutuante ficava no meio do mar e não tinha sequer um centímetro quadrado de solo onde se pudesse construir um campinho, por isso, os esportes locais eram só corrida de barco e pescaria. Foi então que surgiu a ideia: um campo de futebol flutuante.

Os meninos tiveram muita dificuldade pra jogar futebol nessas condições. Primeiro que a bola sempre caía na água e eles tinham que mergulhar para pegá-la. Segundo que o campo ficava sempre molhado. E ainda tinha o problema dos pregos nos pés.

O resto você acompanha nas imagens. Eles transgrediram as regras e, criaram soluções baseadas na inteligência e na paixão e acabaram inspirando muita gente. Uma história que ficou pra sempre e fez a diferença." (Rosana Hermann)


Um bom exemplo de que, falar de histórias de Pessoas, é falar de futuro!

Abraços saudáveis

'A Beleza do Erro' - "(...) podemos estar gratos também aos maus momentos, pela lucidez que nos trazem como bónus"


Publiquei hoje no Facebook:

Conferência "A Beleza do Erro" (clique aqui para obter mais informações sobre este evento, a realizar no próximo sábado (dia 26) no Mude (Lisboa - Portugal).

Belo título que nos leva a reflectir sobre a importância de sabermos tirar proveito dos nossos erros (e dos outros).
Tem-se errado muito em Portugal, mas falta a humildade e capacidade de gestão para lidar com os inputs que daí surgem.

Três comentários que gostei muito e aqui partilho com os meus leitores:

"A BELEZA DO ERRO: Ideia interessante esta, quase redentora, a de que podemos estar gratos também aos maus momentos, pela lucidez que nos trazem como bónus" (Ana Rita Ramos)

"Belo nome, de facto. Remete para o depois, porque regra geral, a beleza não se vê no momento" (Ana Roque)

"É mesmo Ana. Há uma ideia magnífica de Charlie Chaplin: "A vida é uma tragédia quando vista de perto e uma comédia quando vista de longe." (Ana Rita Ramos)

Para quem está em Portugal, sabe que, no dia de hoje, a frase de Charlie Chaplin, aplica-se que nem uma luva!

Abraços saudáveis

sábado, 12 de março de 2011

"“Instead of changing the world through revolution, we can change the world through #innovation”"

Publiquei hoje no Facebook:

Num dia em que tantas pessoas (em Portugal) querem soluções, será que alguém quer agarrar esta oportunidade?

Clique aqui para acessar o link do programa lançado pelo governo Chileno.

Boas decisões e...

Abraços saudáveis

quarta-feira, 9 de março de 2011

"A Cortiça e o Futuro" - Guta Moura Guedes


Publiquei hoje no Facebook:

Mais uma das áreas onde Portugal tem tudo a ganhar (a propósito de um vídeo - clique aqui - com a Guta Moura Guedes sobre o tema mencionado em epígrafe)!

Tema importante, mas que fica incompleto por não ter mencionado a história e os resultados já alcançados de um empresa 100% portuguesas como é a Pelcor, que está a levar Portugal para os vários cantos do mundo, com os seus produtos em cortiça de alta qualidade e com aplicações (e design) surpreendentes!

Abraços saudáveis

terça-feira, 8 de março de 2011

A inteligente estratégia da Babel de Paulo Teixeira Pinto!


Publiquei hoje no Facebook:

"--Cada problema tem uma solução diferente, cada oportunidade tem uma fisionomia distinta,-- observa ele, que mergulhou a tal ponto na nova profissão que é, hoje, presidente da Associação Portuguesa de Editores eLivreiros. -- A Guimarães é uma coisa, a Verbo é outra. Mas essas são marcas ligadas à vida portuguesa. No Brasil começamos do zero, e não faria sentido criar, do zero, uma editora com divisões.
Costumo dizer que a Babel é uma editora de língua portuguesa, mas não uma editora portuguesa. A Babel não será, no Brasil, a filial de uma editora portuguesa, mas uma editora brasileira, com personalidade própria." (Paulo Teixeira Pinto - Babel)

Vale a pena ler o artigo da jornalista Cora Ronai (clique aqui ), para entendermos bem o que é a (inteligente!) estratégia da Babel para Portugal e Brasil.

Abraços saudáveis

domingo, 6 de março de 2011

"Julgar é mais importante que decidir"

Publiquei hoje no Facebook:

Excelente (pequeno) artigo sobre Gestão/Liderança! (clique aqui para lê-lo)

Abaixo um trecho do artigo:

‎"O que um líder deve fazer para que sua equipe tenha um bom julgamento?

Ele deve transmitir os valores da empresa para sua equipe. Se o grupo possui as mesmas bases de valor de seu gestor, mesmo com pouco tempo, todos terão a intuição alinhada para analisar e fazer um bom julgamento. Logo, uma boa decisão será tomada. É necessário ter uma base com valores, ideias e uma visão de motivação para tomar boas decisões. Se existe a certeza de que as pessoas envolvidas no processo têm valores fixos e a certeza que mobilizarão pessoas, então é possível ter um bom julgamento."

Tão "simples" e verdadeiro, mas, infelizmente, tão pouco praticado!

Abraços saudáveis

domingo, 27 de fevereiro de 2011

"Arquivo digital da Folha tem 100 mil visitantes na 1ª semana"

Publiquei hoje no Facebook:

Definitivamente, o Projecto Memória é uma ferramenta estratégica de comunicação corporativa que agrega valor aos vários stakeholders envolvidos!

Clique aqui para ler o artigo da Folha de São Paulo.

Abraços saudáveis

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Um vídeo de futebol para reflectirmos sobre o mundo corporativo!

Publiquei hoje no Facebook:

Excelente vídeo (clique aqui para assistir - menos de um minuto!) para fazermos, pelo menos 4 perguntas no mundo corporativo:

- o líder aprova e ou incentiva, o uso de práticas desleais para fazer crescer o seu negócio?
- o líder ao tomar conhecimento de um comportamento destes, age com firmeza, perante os vários stakeholders envolvidos?
- o líder e respectiva equipa, acreditam que esta (falta de!) estratégia, pode gerar resultados crescentes e sustentados?
- como fica a reputação da empresa, quando um dia, se descobre, a forma como se comporta no mercado?


Gerir empresas, é gerir Pessoas, e quem se quer diferenciar de forma positiva e sustentada, não pode pactuar com imagens destas na sua empresa (e não só!).

Abraços saudáveis

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

"O que ajuda a ter sucesso na vida: conhecer e procurar melhorar as suas fraquezas ou conhecer e desenvolver os seus pontos fortes?" (última parte)

... continuação

"Quando um colaborador é confrontado com algo de negativo no seu desempenho, uma resposta emocional negativa tende a ocorrer. A amígdala, o orgão responsável pela memória emocional, é activada; e perante o contexto de perigo, o processo fisiológico do "stress" desencadeia-se, conduzindo a descargas hormonais como a adrenalina e o cortisol, que geram o desconforto típico das emoções negativas e conduzem a uma inibição cortical. Ou seja, o indivíduo bloqueia, já deixa de ter acesso às funções corticais superiores à resolução criativa de problemas, ao raciocínio lógico-dedutivo, competências frequentemente esperadas para resolver "o problema" que lhe é apresentado. Em vez disso, o colaborador activa os seus mecanismos de defesa e vê-se apenas capaz de responder com base na experiência anteriormente aprendidas de e tomadas automáticas.
Há, contudo, uma aprendizagem importante com que o confronto com o o fracasso lhe permite fazer: Medo. O medo de fracassar outra vez e voltar a passar pelos sentimentos negativos que as descargas hormonais do "stress" o fizeram vivenciar. É este medo que o levará a produzir mais comportamentos defensivos nas experiências seguintes, e que reduzirá a sua proactividade. É o sentimento de não ter sido capaz que reduzirá o seu sentido de competência.
(...)
Richard Branson, (...) é conhecido entre os seus colaboradores como "Dr. Yes", isto porque, (...) apresenta constantemente uma atitude positiva perante qualquer dificuldade, estimulando os seus colaboradores a contornarem o "não", procurando a resposta que leve ao "sim, é possível"
(...)
É reconhecido que desde a Segunda Guerra Mundial o campo da psicologia se tem focado sobretudo em resolver as fraquezas e a tratar as perturbações psicológicas. Os estudos sobre o funcionamento cerebral e o papel da felicidade na optimização do capital humano - que tem ocorrido nas últimas duas décadas - deu origem ao emergir do movimento da "Psicologia Positiva", que promete uma revolução no papel das organizações e, em particular, no papel do líder.

Deste espera-se uma liderança transformacional e o estímulo da motivação intrínseca dos indivíduos que compõem as suas equipas, alicerçando a sua acção no reforço e no desenvolvimento do talento, através do "feedback" positivo atento e constante, do aumento da autonomia, da introdução de práticas , sustentando a criatividade e encorajando a rede de trabalho.

Um grande desafio para os líderes da segunda década do século XXI: libertarem-se dos medos, descobrirem e desenvolverem as suas forças , desenvolverem uma atitude positiva relativamente às competências das suas equipas, serem hábeis a identificar o talento e a fazê-lo florescer, tornando-se mestres de uma comunicação assente na linguagem positiva e no entusiasmo, que ajude cada elemento a tornar-se autor da sua própria história de sucesso." (Fonte: revista Human)

Caro leitor, na sua empresa vive-se o clima mencionado nos primeiros dois parágrafos ou nos últimos quatro?

A sua resposta será um excelente indicador do (in)sucesso do projecto profissional do qual você faz parte.

Boas decisões (especialmente para os líderes!) e...

Abraços saudáveis

domingo, 24 de outubro de 2010

"O que ajuda a ter sucesso na vida: conhecer e procurar melhorar as suas fraquezas ou conhecer e desenvolver os seus pontos fortes?" (1a parte)


Continuo a sentir necessidade de focar na saúde das empresas, para que tenhamos soluções concretas que contribuam para a criação de riqueza na actual e adversa conjuntura.

Na revista Human , li o artigo Liderança Postiva, intitulado "A verdadeira gestão do talento" de onde retirei os seguintes trechos:

"O que ajuda a ter sucesso na vida: conhecer e procurar melhorar as suas fraquezas ou conhecer e desenvolver os seus pontos fortes?"
(...)
A maioria das pessoas em todos os países estudados [pela Gallup International] mostrou focar-se essencialmente no seus pontos fracos.

A questão que ocorre é:"E isso resulta?" Não. Não é com o enfoque nas dificuldades que as pessoas tendem a obter os melhores desempenhos. Na verdade, a mesma instituição ao entrevistar milhares dos maiores gestores do mundo descobriu que estes perdem pouco tempo a tentar melhorar as principais dificuldades dos colaboradores das suas equipas, colocando enfoque naquilo que cada um faz melhor.
(...)
Quando o enfoque é colocado nos nossos sucessos, nos nossos pontos fortes e nas nossas virtudes, tendemos a sentir-nos mais autoconfiantes e valorizados, por isso somos mais proactivos, persistentes, sentimo-nos motivados para alcançar os nossos objectivos, tornando-nos portanto mais eficazes (Cameron, 2008; Cliffton/Harter, 2003).

A experiência diz-nos, contudo, que não é esta a prática corrente no contexto das nossas organizações. Segundo Henry (2004), "em termos de prática quotidiana, a maioria das organizações parece operar através de uma orientação negativa, ou seja, estruturas hierárquicas, orientação para a resolução de problemas e uma rede de competências para o desenvolvimento".

Uma das queixas mais habituais no que se refere ao papel dos líderes diz respeito justamente à ausência de "feedback" positivo. Por outro lado, os líderes vêem-se frequentemente como quem tem a responsabilidade de "corrigir" o que está mal nas suas equipas; de intervir necessariamente perante os erros, os problemas, as dificuldades; são muitas vezes o bombeiro e o polícia, numa atitude que promove essencialmente um papel curativo e menos preventivo, e ainda menos catalizador.

continua...

Abraços saudáveis

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Entrevista a Christophe de Dejours "Um suicídio no trabalho é uma mensagem brutal" - talvez o melhor artigo publicado no meu Blog!


No Blog Outro Portugal do Paulo Borges (vale a pena visitar) podemos ler na íntegra (clique aqui ) aquela que considero a melhor entrevista dos últimos tempos por parte do jornal Público, cujo tema, se colocado no patamar que merece e trabalhado por accionistas, executivos, governos, políticos e cada um de nós, poderá dar a origem a uma mudança de paradigma relativamente aos actuais modelos de gestão utilizados na maior parte dos países com resultados crescentes e sustentados.

Como a entrevista é grande, deixo aqui alguns trechos para que cada leitor possa validar que estamos a falar de um artigo de leitura obrigatória. Que cada um tenha coragem para o ler até até ao fim, incorporar o seu conteúdo, para o divulgar e promover e principalmente para o aplicar à sua própria realidade.

O mundo precisa de fazer as mudanças nele enunciadas!

"Nos últimos anos, três ferramentas de gestão estiveram na base de uma transformação radical da maneira como trabalhamos: a avaliação individual do desempenho, a exigência de “qualidade total” e o outsourcing. O fenómeno gerou doenças mentais ligadas ao trabalho. Christophe Dejours, especialista na matéria, desmonta a espiral de solidão e de desespero que pode levar ao suicídio.

Psiquiatra, psicanalista e professor no Conservatoire National des Arts et Métiers, em Paris, Christophe Dejours dirige ali o Laboratório de Psicologia do Trabalho e da Acção – uma das raras equipas no mundo que estuda a relação entre trabalho e doença mental. Esteve há dias em Lisboa, onde, (...) falou do sofrimento no trabalho. Não apenas do sofrimento enquanto gerador de patologias mentais ou de esgotamentos, mas sobretudo enquanto base para a realização pessoal.
(...)
O suicídio ligado ao trabalho é um fenómeno novo?
O que é muito novo é a emergência de suicídios e de tentativas de suicídio no próprio local de trabalho. Apareceu em França há apenas 12, 13 anos.
(...)
O que é que mudou nas empresas?
A organização do trabalho. Para nós, clínicos, o que mudou foram principalmente três coisas: a introdução de novos métodos de avaliação do trabalho, em particular a avaliação individual do desempenho; a introdução de técnicas ligadas à chamada “qualidade total”; e o outsourcing, que tornou o trabalho mais precário.

A avaliação individual é uma técnica extremamente poderosa que modificou totalmente o mundo do trabalho, porque pôs em concorrência os serviços, as empresas, as sucursais – e também os indivíduos. E se estiver associada quer a prémios ou promoções, quer a ameaças em relação à manutenção do emprego, isso gera o medo. E como as pessoas estão agora a competir entre elas, o êxito dos colegas constitui uma ameaça, altera profundamente as relações no trabalho: “O que quero é que os outros não consigam fazer bem o seu trabalho.”

Muito rapidamente, as pessoas aprendem a sonegar informação, a fazer circular boatos e, aos poucos, todos os elos que existiam até aí – a atenção aos outros, a consideração, a ajuda mútua – acabam por ser destruídos. As pessoas já não se falam, já não olham umas para as outras. E quando uma delas é vítima de uma injustiça, quando é escolhida como alvo de um assédio, ninguém se mexe…

Mas o assédio no trabalho é novo?
Não, mas a diferença é que, antes, as pessoas não adoeciam. O que mudou não foi o assédio, o que mudou é que as solidariedades desapareceram. Quando alguém era assediado, beneficiava do olhar dos outros, da ajuda dos outros, ou simplesmente do testemunho dos outros. Agora estão sós perante o assediador – é isso que é particularmente difícil de suportar. O mais difícil em tudo isto não é o facto de ser assediado, mas o facto de viver uma traição – a traição dos outros. Descobrimos de repente que as pessoas com quem trabalhamos há anos são cobardes, que se recusam a testemunhar, que nos evitam, que não querem falar connosco. Aí é que se torna difícil sair do poço, sobretudo para os que gostam do seu trabalho, para os mais envolvidos profissionalmente. Muitas vezes, a empresa pediu-lhes sacrifícios importantes, em termos de sobrecarga de trabalho, de ritmo de trabalho, de objectivos a atingir. E até lhes pode ter pedido (o que é algo de relativamente novo) para fazerem coisas que vão contra a sua ética de trabalho, que moralmente desaprovam.

Qual é o perfil das pessoas que são alvo de assédio?
São justamente pessoas que acreditam no seu trabalho, que estão envolvidas e que, quando começam a ser censuradas de forma injusta, são muito vulneráveis. Por outro lado, são frequentemente pessoas muito honestas e algo ingénuas. Portanto, quando lhes pedem coisas que vão contra as regras da profissão, contra a lei e os regulamentos, contra o código do trabalho, recusam-se a fazê-las. Por exemplo, recusam-se a assinar um balanço contabilista manipulado. E em vez de ficarem caladas, dizem-no bem alto. Os colegas não dizem nada, já perceberam há muito tempo como as coisas funcionam na empresa, já há muito que desviaram o olhar. Toda a gente é cúmplice. Mas o tipo empenhado, honesto e algo ingénuo continua a falar. Não devia ter insistido. E como falou à frente de todos, torna-se um alvo. O chefe vai mostrar a todos quão impensável é dizer abertamente coisas que não devem aparecer nos relatórios de actividade.

Um único caso de assédio tem um efeito extremamente potente sobre toda a comunidade de uma empresa. Uma mulher está a ser assediada e vai ser destruída, uma situação de uma total injustiça; ninguém se mexe, mas todos ficam ainda com mais medo do que antes. O medo instala-se. Com um único assédio, consegue-se dominar o colectivo de trabalho todo. Por isso, é importante, ao contrário do que se diz, que o assédio seja bem visível para todos. Há técnicas que são ensinadas, que fazem parte da formação em matéria de assédio, com psicólogos a fazer essa formação.

Uma formação para o assédio?
Exactamente. Há estágios para aprenderem essas técnicas. Posso contar, por exemplo, o caso de um estágio de formação em França em que, no início, cada um dos 15 participantes, todos eles quadros superiores, recebeu um gatinho. O estágio durou uma semana e, durante essa semana, cada participante tinha de tomar conta do seu gatinho. Como é óbvio, as pessoas afeiçoaram-se ao seu gato, cada um falava do seu gato durante as reuniões, etc.. E, no fim do estágio, o director do estágio deu a todos a ordem de… matar o seu gato.
(...)
O estágio era para aprender a ser impiedoso, uma aprendizagem do assédio.
(...)
Voltando ao perfil do assediado, é perigoso acreditar realmente no seu trabalho?
É. O que vemos é que, hoje em dia, envolver-se demasiado no seu trabalho representa um verdadeiro perigo. Mas, ao mesmo tempo, não pode haver inteligência no trabalho sem envolvimento pessoal – sem um envolvimento total.
(...)
Falou de “qualidade total”. O que é exactamente?
É uma segunda medida que foi introduzida na sequência da avaliação individual. Acontece que, quando se faz a avaliação individual do desempenho, está-se a querer avaliar algo, o trabalho, que não é possível avaliar de forma quantitativa, objectiva, através de medições. Portanto, o que está a ser medido na avaliação não é o trabalho. No melhor dos casos, está-se a medir o resultado do trabalho. Mas isso não é a mesma coisa. Não existe uma relação de proporcionalidade entre o trabalho e o resultado do trabalho.
(...)
Para além de que declarar a qualidade total é catastrófico, justamente porque a qualidade total é um ideal. É importante ter o ideal da qualidade total, ter o ideal do “zero-defeitos”, do “zero-acidentes”, mas apenas como ideal.

Em diabetologia, por exemplo, os gestores introduziram a obrigação de os médicos fazerem, para cada um dos seus doentes, ao longo de três meses, a média dos níveis de hemoglobina glicosilada A1c [ri-se], que é um indicador da concentração de açúcar no sangue. A seguir, comparam entre si os grupos de doentes de cada médico – é assim que controlam a qualidade dos cuidados médicos. [ri-se].

Só que, na realidade, quando tratamos um doente, às vezes o tratamento não funciona e temos de perceber porquê. E finalmente, o doente acaba por nos confessar que não consegue respeitar o regime alimentar que lhe prescrevemos, porque inclui legumes e não féculas e que os legumes são mais caros... Tem três filhos e não tem dinheiro para legumes. E então, vamos ter de encontrar um compromisso.

Da mesma forma, se um doente diabético é engenheiro e tem de viajar frequentemente para outros fusos horários, torna-se muito difícil controlar a sua glicemia com insulina. Mais uma vez, vai ser preciso encontrar um meio-termo. E isso é difícil.

Mesmo uma central nuclear nunca funciona como previsto. Nunca. Por isso é que precisamos de “trabalho vivo”. A qualidade total é um contra-senso porque a realidade se encarrega de fazer com que as coisas não funcionem de forma ideal. Mas o gestor não quer ouvir falar disso.

Ora, quando o ideal se transforma na condição para obter uma certificação, o que acontece é que se está a obrigar toda a gente a dissimular o que realmente se passa no trabalho. Deixa de ser possível falar do que não funciona, das dificuldades encontradas. Quando há um incidente numa central nuclear, o melhor é não dizer nada.

Isso é extremamente grave.
É. E em medicina passa-se a mesma coisa. Faz-se batota. Hoje, existem nos hospitais as chamadas “conferências de consenso” – acho que existem em toda a Europa – onde são feitas recomendações precisas para o tratamento de tal ou tal doença. E quando um médico recebe um doente, tem de teclar no computador para ver o que foi estabelecido pela conferência de consenso. O médico, que tem o doente à sua frente, pensa que essa não é a boa abordagem – porque sabe que o doente tem problemas com a mulher, com os filhos e não vai conseguir fazer o tratamento recomendado. Mas sabe também que se não fizer o que está lá escrito, e se por acaso as coisas derem para o torto, poderá haver um inquérito, a pedido da família ou de um gestor, e vão dizer que foi o médico que não fez o que devia. O problema da qualidade total é que obriga muitos de nós a viver essa experiência atroz que consiste em fazer o nosso trabalho de uma forma que nos envergonha.

Há muitos suicídios entre os médicos?
Cada vez mais. Há especialidades com mais suicídios do que outras – nomeadamente entre os médicos reanimadores. Em França é uma verdadeira hecatombe: é sabido que a profissão de anestesista-reanimador é das que têm maior taxa de suicídios. Nesta especialidade, os riscos de ser-se atacado em tribunal porque alguém morreu são tão elevados que os médicos se protegem seguindo as instruções. Mesmo que tenham a íntima convicção de que não era isso que deveriam fazer. Chegámos a esse ponto.

É uma situação insuportável e há médicos que não aguentam ver um doente morrer porque tiveram medo de que isso se virasse contra eles. “Fiz o que estava escrito e o doente morreu. Matei o doente.” Há cada vez mais reanimadores que se confrontam com esta situação. Ainda por cima os cirurgiões atiram sempre as dificuldades que encontram nas operações para cima do reanimador. Sempre. Cada vez que acontece qualquer coisa, é porque o anestesista não adormeceu bem o doente, ou não o acordou correctamente, ou não soube restabelecer a pressão arterial. O cirurgião nunca admitirá que falhou nas suturas e que por isso o doente se esvaiu em sangue.

Os médicos sempre foram considerados uma classe muito solidária…
Foram. Já não são. Eu trabalhei anos nos hospitais, e adorava trabalhar lá, porque existia um espírito de equipa fantástico. Éramos felizes no nosso trabalho. Hoje, as pessoas não querem trabalhar nos hospitais, não querem fazer bancos, tentam safar-se. São todos contra todos. Bastaram uns anos para destruir a solidariedade no hospital. O que aconteceu é aterrador.

O que é importante perceber é que a destruição dos elos sociais no trabalho pelos gestores nos fragiliza a todos perante a doença mental. E é por isso que as pessoas se suicidam. Não quer dizer que o sofrimento seja maior do que no passado; são as nossas defesas que deixaram de funcionar.

Portanto, as ferramentas de gestão são na realidade ferramentas de repressão, de dominação pelo medo.
Sim, o termo exacto é dominação; são técnicas de dominação.

Então, é preciso acabar com essas práticas?
Eu não diria que é preciso acabar com tudo. Acho que não devemos renunciar à avaliação, incluindo a individual. Mas é preciso renunciar a certas técnicas.
(...)
Mas sobretudo, a avaliação não deve ser apenas individual. É extremamente importante começar a concentrar os esforços na avaliação do trabalho colectivo e nomeadamente da cooperação, do contributo de cada um. Mas como não sabemos analisar a cooperação, analisa-se somente o desempenho individual.
(...)

Temos de aprender a pensar o trabalho colectivo, de desenvolver métodos para o analisar, avaliar – para o cultivar. A riqueza do trabalho está aí, no trabalho colectivo como cooperação, como maneira de viver juntos. Se conseguirmos salvar isso no trabalho, ficamos com o melhor, aprendemos a respeitar os outros, a evitar a violência, aprendemos a falar, a defender o nosso ponto de vista e a ouvir o dos outros.
(...)
Qual é a diferença entre taylorismo e fordismo?
Taylor inventou a divisão das tarefas entre as pessoas e a interposição, entre cada tarefa, de uma intervenção da direcção, através de um capataz. Há constantemente alguém a vigiar e a exigir obediência ao trabalhador. A palavra-chave é obediência. “Quando eu disser para parar de trabalhar e ir comer qualquer coisa, você vai obedecer. Se concordar, será pago mais 50 cêntimos pela sua obediência.” A única coisa que importa é a obediência. O objectivo é acabar com o ócio, os tempos mortos.

Só muito mais tarde é que Ford introduziu uma nova técnica, a linha de montagem, que é uma aplicação do taylorismo. Na realidade, não é o progresso tecnológico que determina a transformação das relações sociais, mas a transformação das relações de dominação que abre o caminho a novas tecnologias.

O toyotismo [ou Sistema Toyota de Produção] utiliza um outro método de dominação, o ohnismo [inventado por Taiichi Ohno (1912-1990)], diferente do taylorismo. É um método particular que extrai a inteligência das pessoas de uma forma muito mais subtil que o taylorismo, que apenas estipula que há pessoas que têm de obedecer e outras que mandam.

No ohnismo, trata-se de fazer com que pessoas beneficiem a empresa oferecendo a sua inteligência e os conhecimentos adquiridos através da experiência. Para o fazer, nos anos 1980, introduziu-se algo de totalmente novo: os chamados “círculos de qualidade”.

O sistema japonês foi realmente uma novidade em relação ao taylorismo, porque ensinou as pessoas a colaborar sem as obrigar a obedecer – dando-lhes prémios, pelo contrário. Quando uma sugestão de uma pessoa dá lucro, a empresa faz o cálculo do dinheiro que a empresa ganhou com a ideia e reverte para o trabalhador uma parte desse lucro. Trata-se de prémios substanciais.

Mas há uma batota: os círculos de qualidade podiam durar horas, todos os dias, reunindo as pessoas a seguir ao trabalho para alimentar a caixinha das ideias. Todos se envolviam porque, por um lado, uma ideia que permitisse melhorar a produção valia-lhes chorudos prémios, mas também porque quem participava neles tinha um emprego vitalício garantido na empresa.

O sistema foi exportado para a Europa, os EUA, etc. porque durante uns tempos, a qualidade melhorou de facto. Mas a dada altura, as pessoas no Japão trabalhavam tanto que começou a haver mortes por karoshi [literalmente “morte por excesso de trabalho”].

O que é o karoshi?
É uma morte súbita, geralmente por hemorragia cerebral (AVC), de pessoas novas que não apresentam qualquer factor de risco cardiovascular. Não são obesos, não sofrem de hipertensão, não têm níveis de colesterol elevados, não são diabéticos, não fumam, não são alcoólicos, não tem uma história familiar de AVC. Nada. A único factor que é possível detectar é o excesso de trabalho. Estas pessoas trabalham mais de 70 horas por semana, sem contar as horas passadas nos círculos de qualidade. Ou seja, são pessoas que estão literalmente sempre a trabalhar. Mal param de trabalhar, vão dormir. As descrições de colegas que foram fazer inquéritos no Japão são aterrorizadoras.

O mundo do trabalho no Japão é alucinante. Há raparigas que entram nas fábricas de electrónica, por exemplo, e que são utilizadas entre os 18 e os 21 anos – porque aos 21 anos, já não conseguem aguentar as cadências de trabalho.

As famílias confiam-nas às empresas por esses três anos, durante os quais elas se entregam de corpo e alma ao trabalho. E nalguns casos, a empresa compromete-se a casar a rapariga no fim dos três anos. É mesmo um sistema totalitário. E mais: essas jovens trabalham 12 a 14 horas por dia e depois vão para uns dormitórios onde há uma série de gavetões – cada um com cama e um colchão –, deitam-se na cama e fecha-se o gavetão. Dormem assim, empilhadas em gavetões. Três anos… em gavetões… é preciso ver para crer.
(...)
Uma empresa que defendesse os princípios da liberdade, da igualdade e da fraternidade conseguiria sobreviver no actual contexto de mercado?

Hoje, estou em condições de responder pela afirmativa, porque tenho trabalhado com algumas empresas assim. Ao contrário do que se pensa, certas empresas e alguns patrões não participam do cinismo geral e pensam que a empresa não é só uma máquina de produzir e de ganhar dinheiro, mas também que há qualquer coisa de nobre na produção, que não pode ser posta de lado.
(...)
E, entre os empresários, há pessoas assim – não muitas, mas há. Pessoas muito instruídas que respeitam esse aspecto nobre. E, na sequência das histórias de suicídios, alguns desses empresários vieram ter comigo porque queriam repensar a avaliação do desempenho. Comecei a trabalhar com eles e está a dar resultados positivos.

O que fizeram?
Abandonaram a avaliação individual – aliás, esses patrões estavam totalmente fartos dela. Durante um encontro que tive com o presidente de uma das empresas, ele confessou-me, após um longo momento de reflexão, que o que mais odiava no seu trabalho era ter de fazer a avaliação dos seus subordinados e que essa era a altura mais infernal do ano. Surpreendente, não? E a razão que me deu foi que a avaliação individual não ajuda a resolver os problemas da empresa. Pelo contrário, agrava as coisas.

Neste caso, trata-se de uma pequena empresa privada que se preocupa com a qualidade da sua produção e não apenas por razões monetárias, mas por questões de bem-estar e convivialidade do consumidor final. O resultado é que pensar em termos de convivialidade faz melhorar a qualidade da produção e fará com que a empresa seja escolhida pelos clientes face a outras do mesmo ramo.

Para o conseguir, foi preciso que existisse cooperação dentro da empresa, sinergias entre as pessoas e que os pontos de vista contraditórios pudessem ser discutidos. E isso só é possível num ambiente de confiança mútua, de lealdade, onde ninguém tem medo de arriscar falar alto.

Se conseguirmos mostrar cientificamente, numa ou duas empresas com grande visibilidade, que este tipo de organização do trabalho funciona, teremos dado um grande passo em frente."

Caro leitor, ao ler este artigo até aqui, já deu um passo importante e com certeza ficou com vontade de fazer algo mais! Se 5% de nós acreditarmos que é possível, teremos a base intelectual suficiente para fazermos mudanças profundas na nossa sociedade com impactos positivos para nós e principalmente para as gerações mais novas!

Abraços saudáveis

sábado, 16 de janeiro de 2010

Cônsul do Haiti no Brasil - pessoa errada no lugar errado!


Postei esta manhã na rede social Facebook:

Antes de tomar o pequeno almoço, tenho o hábito de ver o que se passa no mundo e hoje comecei o dia a chorar (literalmente falando) de ALEGRIA com um final FELIZ de um impressionante resgate de uma enfermeira grávida que esteve 70 horas debaixo das ruínas no Haiti. VALE A PENA ver este vídeo de 6 minutos (clique aqui para assistir) .

Pensei para comigo que, neste mundo moderno, ainda existe suficiente capacidade para nos emocionarmos e sentirmos vontade de sermos solidários com outros, o que me dá muita esperança de, em conjunto, conseguirmos criar sociedades mais justas e onde todos possam viver com o mínimo de dignidade.

Mais tarde vi com os meus próprios olhos uma pessoa errada no lugar errado. O vídeo com pouco mais de 3 minutos que pode ser visto, clicando aqui deixa claro que a selecção de pessoas para funções chave em empresas, organismos públicos, Ong`s, etc tem de uma vez por todas, ser gerida de uma forma estratégica, não só na definição do perfil ideal do candidato, mas também no respectivo processo da própria selecção.

Como é que (é o que pode ver no vídeo!) o cônsul do Haiti no Brasil pode dizer que "a desgraça de lá [seu próprio país onde ele tem 100 familiares dos quais não tem qualquer notícia!] está sendo uma boa para a gente aqui (pausa) fica mais conhecido aqui [o Haiti!]."?

Não tenho dúvida que boa parte da crise que atravessamos actualmente, tem como causa principal, a prepotência de muitos destes (ir)responsáveis que sempre colocam os seus interesses à frente dos interesses dos cidadãos, clientes e até accionistas.

É fundamental em qualquer tipo de decisão, a dose certa de emoção (positiva). Pergunto aos meus leitores, que tipo de carga emotiva o referido cônsul e outros como ele, podem alguma vez colocar ao serviço daquilo para que são pagos?

Que exista coragem política para colocar as pessoas certas nos lugares certos!

Abraços saudáveis