quinta-feira, 28 de outubro de 2010

"O que ajuda a ter sucesso na vida: conhecer e procurar melhorar as suas fraquezas ou conhecer e desenvolver os seus pontos fortes?" (última parte)

... continuação

"Quando um colaborador é confrontado com algo de negativo no seu desempenho, uma resposta emocional negativa tende a ocorrer. A amígdala, o orgão responsável pela memória emocional, é activada; e perante o contexto de perigo, o processo fisiológico do "stress" desencadeia-se, conduzindo a descargas hormonais como a adrenalina e o cortisol, que geram o desconforto típico das emoções negativas e conduzem a uma inibição cortical. Ou seja, o indivíduo bloqueia, já deixa de ter acesso às funções corticais superiores à resolução criativa de problemas, ao raciocínio lógico-dedutivo, competências frequentemente esperadas para resolver "o problema" que lhe é apresentado. Em vez disso, o colaborador activa os seus mecanismos de defesa e vê-se apenas capaz de responder com base na experiência anteriormente aprendidas de e tomadas automáticas.
Há, contudo, uma aprendizagem importante com que o confronto com o o fracasso lhe permite fazer: Medo. O medo de fracassar outra vez e voltar a passar pelos sentimentos negativos que as descargas hormonais do "stress" o fizeram vivenciar. É este medo que o levará a produzir mais comportamentos defensivos nas experiências seguintes, e que reduzirá a sua proactividade. É o sentimento de não ter sido capaz que reduzirá o seu sentido de competência.
(...)
Richard Branson, (...) é conhecido entre os seus colaboradores como "Dr. Yes", isto porque, (...) apresenta constantemente uma atitude positiva perante qualquer dificuldade, estimulando os seus colaboradores a contornarem o "não", procurando a resposta que leve ao "sim, é possível"
(...)
É reconhecido que desde a Segunda Guerra Mundial o campo da psicologia se tem focado sobretudo em resolver as fraquezas e a tratar as perturbações psicológicas. Os estudos sobre o funcionamento cerebral e o papel da felicidade na optimização do capital humano - que tem ocorrido nas últimas duas décadas - deu origem ao emergir do movimento da "Psicologia Positiva", que promete uma revolução no papel das organizações e, em particular, no papel do líder.

Deste espera-se uma liderança transformacional e o estímulo da motivação intrínseca dos indivíduos que compõem as suas equipas, alicerçando a sua acção no reforço e no desenvolvimento do talento, através do "feedback" positivo atento e constante, do aumento da autonomia, da introdução de práticas , sustentando a criatividade e encorajando a rede de trabalho.

Um grande desafio para os líderes da segunda década do século XXI: libertarem-se dos medos, descobrirem e desenvolverem as suas forças , desenvolverem uma atitude positiva relativamente às competências das suas equipas, serem hábeis a identificar o talento e a fazê-lo florescer, tornando-se mestres de uma comunicação assente na linguagem positiva e no entusiasmo, que ajude cada elemento a tornar-se autor da sua própria história de sucesso." (Fonte: revista Human)

Caro leitor, na sua empresa vive-se o clima mencionado nos primeiros dois parágrafos ou nos últimos quatro?

A sua resposta será um excelente indicador do (in)sucesso do projecto profissional do qual você faz parte.

Boas decisões (especialmente para os líderes!) e...

Abraços saudáveis

Nenhum comentário: