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sexta-feira, 18 de junho de 2010

"Refluxo gastro-esofágico"


Como gostei do conteúdo do texto, porque sei que aborda um tema que afecta muitas pessoas e por vezes com consequências graves e porque está provado que mudanças positivas nos hábitos alimentares e de não sedentarismo podem ter um impacto importante na sua prevenção, deixo-vos com o link do artigo com o título mencionado em epígrafe (clique aqui para lê-lo).

Não consigo copiar o texto (não autorizado!) e por isso ele tem que ser lido na versão original com uma letra um pouco mais pequena.

Boas decisões e mudanças de hábitos!

Abraços saudáveis

terça-feira, 15 de junho de 2010

"Cadê o charme da mulher brasileira?"


Excelente, o artigo escrito pela Cristiane Segatto, repórter especial da ÉPOCA, que também se aplica ao charme da mulher portuguesa e que aqui publico na íntegra.

"A indústria tenta associá-lo ao cigarro. Seria uma conversa apenas absurda se não fosse cruel

  Reprodução
PROPAGANDA DE CIGARRO
Uma foto reveladora de um tempo que, felizmente, já passou

Não faz muito tempo estava na praia com meu marido quando ele chamou minha atenção para essa foto. Ele tinha certeza de que algum dia eu daria um jeito de escrever sobre ela. Acertou. Naquele feriadão, o Dante procurou nas prateleiras lá de casa um livro que combinasse com praia. Decidiu reler Ela é carioca: uma enciclopédia de Ipanema, do jornalista Ruy Castro. Quer companhia melhor para um dia de sol e preguiça? Pois, então. A foto, publicada no livro, integrava a campanha publicitária de lançamento do cigarro Charm. Nos anos 70, foi espalhada nos outdoors das grandes cidades com a frase: “No Brasil tôda mulher tem Charm”.


Vinte e cinco mulheres famosas posaram para as lentes do célebre fotógrafo da revista Life David Zingg. Todas com um cigarro entre nos dedos. Consegui reconhecer Danuza Leão, Leila Diniz, Elke Maravilha e Clementina de Jesus (que, segundo Ruy Castro, não era fumante). Não encontrei a legenda dessa foto em lugar nenhum. É uma pena. Adoraria poder identificar cada uma das celebridades. Se alguém reconhecer alguma delas, por favor, conte pra gente.

É curioso observar os padrões de comportamento ditados pelo marketing e a influência dele sobre nossas escolhas. A indústria tabagista conseguiu convencer algumas gerações de mulheres de que para ser linda, sensual, charmosa e, pricipalmente, livre era preciso fumar.

Esse convencimento não é feito no plano racional. Nesse plano, seria quase impossível convencer uma mulher a fumar. A mensagem não colaria simplesmente porque o cigarro é incompatível com a vaidade feminina. Como convencer alguém a comprar um produto que, antes de matar, destrói a beleza? Se quisesse ser fiel aos atributos de sua marca, a indústria teria que anunciar algo assim: “fume esses cigarros por duas décadas e, aos 40 anos, você terá a pele de um maracujá e os dentes de um cão sem dono.”

Como esses atributos são invendáveis, a indústria vende o intangível. Vende uma aura, uma atitude, uma imagem. Para fazer essa imagem colar, usou (por várias décadas) o cinema, os editoriais de moda, os outdoors. A partir da aprovação de várias restrições à propaganda de cigarro, a indústria passou a adotar outros recursos para conquistar a juventude: patrocina eventos bacanas, distribui amostras grátis, entre outras coisas.

Um dia desses fui almoçar no shopping e parei para tomar um café. Ao lado do caixa, uma mocinha promovia uma marca nova. Quando ela me ofereceu uma amostra grátis, levei um susto. E respondi como se estivesse vendo um ET. “Você está me oferecendo cigarro? Cigarro? Esse tipo de promoção ainda existe? Isso é permitido?”

Sinceramente não sabia que a lei ainda permite esse tipo de ação promocional. Com tanto conhecimento disponível sobre os males do cigarro (para ficar só em um exemplo, confira aqui como ele pode provocar AVC em mulheres jovens) e com o sucesso das leis antifumo, aquela cena me pareceu deslocada no tempo e no espaço. Enquanto olhava a moça, minha mente voltou à porta da escola da minha infância. Experimentei uma espécie de déjà vu. Já contei essa história aqui, mas vale a pena voltar a ela.

Quando eu tinha 12 anos e estudava numa escola pública da Freguesia do Ó, fui abordada por uma dessas mocinhas. Isso mesmo. Naquele tempo a indústria do tabaco se sentia autorizada a viciar crianças na porta da escola, no meio da tarde. A moça que promovia uma marca nova me entregou uma amostra-grátis com três cigarros. Sozinha, escondida no quintal de casa, resolvi experimentar. Achei o gosto horrível e desisti.

Foi a única vez que coloquei um cigarro na boca. Por sorte, achei a experiência péssima e escapei de ser fumante. Muitas outras garotas não escaparam. Por que aceitei tão facilmente o convite da promotora se cresci num ambiente livre do cigarro? Meus pais nunca fumaram, meus amigos não fumavam e meus professores nunca fumaram na frente dos alunos.

Fiz isso pela mesma razão que leva tantas meninas a experimentar cigarro ainda hoje. Queria ser gente grande (com 12 anos ???), dona do meu nariz. “O adolescente quer ser adulto. Como só os adultos podem fumar, ele acha que o cigarro é sinal de que não é mais criança”, diz Valéria Cunha, chefe da divisão de controle do tabaco do Instituto Nacional do Câncer (Inca).

Oferecer cigarros a crianças é evidentemente uma ilegalidade. Mas essa prática é menos ocasional do que eu imaginava. A pesquisa Vigescola, uma iniciativa da Organização Mundial da Saúde para monitorar o uso de cigarros pelos adolescentes, flagrou o problema no Brasil. A pesquisa foi realizada em 2002 e 2003 com estudantes de 13 a 15 anos de escolas públicas e privadas. Vários alunos relataram ter recebido cigarros de representantes da indústria. Em Fortaleza, 13,9% dos alunos tiveram acesso ao cigarro dessa forma. O índice foi de 12,9% em Boa Vista e acima de 10% em Porto Alegre, Vitória e Palmas.

É espantoso que isso aconteça no Brasil em pleno século XXI, não é? As estratégias da indústria para conquistar a garotada é uma das grandes preocupações da OMS. No dia 31 de maio, a entidade promoveu o Dia Mundial Sem Tabaco. O tema deste ano é o marketing direcionado ao público feminino, principalmente às adolescentes e às jovens.

A OMS investigou o tabagismo entre os jovens em 151 países. Em metade deles, a parcela de garotas fumantes é semelhante à verificada entre os meninos. Em alguns países, já há mais fumantes adolescentes do sexo feminino do que masculino. Quem fuma na adolescência tem grandes chances de continuar fumando na idade adulta. Para combater a imagem de glamour que a indústria ainda tenta associar ao cigarro, a OMS está divulgando cartazes como este:

  Reprodução
O poster imita a capa de uma revista de moda e traz a chamada: “Chique? Não, câncer de garganta”.

Em muitos círculos sociais, fumar está fora de moda. Não em todos, infelizmente. Sempre que o assunto é estilo e bom gosto, Danuza Leão costuma ser ouvida. Na foto dos anos 70, Danuza é a linda moça no centro da primeira fila. Veste camiseta verde e vermelha. Danuza foi modelo, socialite e hoje publica ótimas crônicas na Folha de S. Paulo. No ano passado, ela escreveu um texto que reflete a decadência que o tabagismo vive - e a que ele causa. Reproduzo aqui o texto exemplar de Danuza.

Nos anos 40, todos os filmes mostravam os atores e atrizes fumando, e isso fazia parte do glamour da época. Lembro da cena de um filme em que o ator punha dois cigarros na boca, acendia os dois e passava um deles para a atriz com quem contracenava. Quanta burrice; quanta ignorância. Eu também fui burra e ignorante durante anos, e apesar de ter sido alertada por tanta gente, só parei de fumar no tranco, isto é, quando meus pulmões pediram socorro (...) Está aí uma coisa de que me arrependo muito: ter sido fumante. (...) A indústria é poderosa, mas está se ferrando no mundo todo; e tomara que se ferre mais ainda. Que vergonha eu tenho do tempo em que me achava moderna e rebelde e fazia a apologia do fumo. E que raiva eu tenho de mim mesma, quando quero andar mais rápido e não consigo, porque minha respiração falha.”

Aqui na revista convivo com muitas moças inteligentes. A emancipação feminina já havia sido conquistada há muito tempo quando essas meninas nasceram. Ser ou não ser livre é uma questão que nunca esteve no horizonte delas. Em relação aos costumes, elas são livres. Nasceram livres. A independência pela qual batalham é financeira. E batalham com as armas certas: com disciplina, talento e conhecimento. Nunca precisaram do cigarro para demonstrar coisa alguma. São lindas, sensuais e charmosas. O charme das brasileiras continua a estar onde sempre esteve: na alegria, na espontaneidade, na beleza mestiça e na disposição diária de avançar e ser feliz. O cigarro não tem nada a ver com isso.

Você concorda? Discorda? Tem alguma experiência ou opinião sobre o cigarro? Conte pra gente. Queremos ouvi-la."

Que as palavras da Cristiane Segatto, possam ser a gota de água para que muitas mulheres (charmosas) brasileiras e portuguesas (especialmente as mais jovens) tomem a decisão de reduzir/eliminar o hábito de fumar e, todos nós, façamos algo mais para que a indústria do tabaco não continue a lucrar impunemente com a nossa (ausência) de saúde/vida!

Abraços saudáveis

domingo, 16 de maio de 2010

Doces para os nossos filhos com Nicotina com o "ok" do FDA ?

Aos meus leitores que são pais, peço a atenção especial para as palavras do Dr. Sérgio Vaisman:


"Preste atenção neste novo absurdo: em breve, as prateleiras de guloseimas para crianças nos Estados Unidos PODERÃO ser invadidas por uma verdadeira “armadilha” que tem impressionante SEGUNDA INTENÇÃO. Imagine que vários tipos de doces poderão ser acondicionados em embalagens coloridas e atraentes ás crianças mas com uma inovação que trará sérias conseqüências a longo prazo, interferindo na saúde e podendo, até, provocar mortes futuras. Não se trata apenas de um doce mais rico em açúcar ou gordura hidrogenada mas de produtos derivados do TABACO.É isso mesmo! A grande indústria do tabaco teve a irresponsabilidade de produzir embalagens de muitos desses produtos para terem aparência e sabor atraentes como se fossem balas ou doces comuns com o firme propósito de atingirem as crianças para que possam se acostumar com os elementos contidos no cigarro, principalmente a NICOTINA. Todos sabemos que a nicotina pode ser considerado um veneno e que seus efeitos dentro de um corpo infantil pode provocar resultados devastadores. Poderá causar náuseas e vômitos além de situações mais graves como convulsões, falência respiratória e MORTE. Esses produtos do tabaco colocarão muitas crianças a um passo do vicio do tabagismo devido ao “envenenamento” provocado pela nicotina.Os produtos são atraentes pois possuem os sabores procurados normalmente e que são principalmente de menta e outros sabores que se assemelham aos já existentes TIC-TAC, M&M etc. Com estes conservantes químicos adicionados aos produtos infantis pela CAMEL ORBS (que estão sendo testados em 3 grandes cidades americanas),você poderá presenciar um aumento espantoso do número de viciados nos próximos anos. É um seríssimo problema à saúde das crianças. Aí você pode perguntar:”como é possível isso acontecer num pais tão desenvolvido como os Estados Unidos?”. É claro que não tem cabimento uma coisa dessas nos Estados Unidos ou em qualquer outro lugar do mundo se considerarmos as boas intenções nas medidas de prevenção de doenças mas, infelizmente, a realidade é outra. O que interessa é a “grana” que isso pode produzir. Dane-se a saúde!!!O que importa é que a indústria do cigarro vai reagir contra todas as campanhas anti-tabagistas do mundo e se sairá muito bem.

Após alguns gritos da sociedade, o FDA resolveu rever as pesquisas desses produtos (fazendo um grande favor, não é?) e promoveu alguns encontros para limitar, provavelmente, a comercialização dos mesmos que, neste momento está proibida, até segunda ordem (conforme podemos ver ao visitar o site oficial do FDA na seção TOBACCO PRODUCTS).


Conhecendo este tipo de noticia, como poderemos acreditar nas propagandas de produtos alimentícios, refrigerantes, sucos industrializados e mesmo remédios se tomamos conhecimento de uma situação que só não é rotulada de CRIMINOSA porque está sob a tutela do mais conhecido órgão de liberação de medicamentos e remédios conhecido como FDA?

É complicado ou não é? O que esperar daqui pra frente?"

Temos que ser nós, sociedade civil, a não permitir que alguém faça isto (e tantas outras coisas!) com as nossas crianças.

Boas decisões e ...

Abraços saudáveis

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Fumar - três acontecimentos que ontem se cruzaram comigo !


Tenho falado pouco no meu blog sob a questão do tabaco porque acredito que a solução para que se fume menos ou para quem quer deixar de fumar, passa por uma abordagem mais abrangente do que ler algo de uma forma isolada.

No entanto, ontem, três acontecimentos distintos mas sobre o mesmo tema, cruzaram-se com a minha pessoa e senti de vontade de partilhar o seguinte com os meus leitores:

Ouvi uma frase interessante do professor Fernando Pádua, médico cardiologista que dizia algo parecido com:

"O tabaco é o único produto de consumo que mata metade das pessoas que o consomem"

Dá que pensar, principalmente quando pensamos nos nossos filhos e se eles nos vêem a fumar, com certeza aumenta a probabilidade de virem a seguir o mesmo caminho!

Os meus leitores habituais sabem que diariamente faço cerca de 15.000 passos, boa parte deles em Lisboa, e faz-me mesmo, muita confusão, ver tantas mulheres a fumar perto da porta do local de trabalho. O que se passa em Portugal, para que, segundo a minha percepção do dia a dia, as mulheres estarem a fumar mais que os homens? Vocês que são tão sensatas em tanta coisa, acabaram por seguir e ultrapassar-nos neste hábito tão "pouco simpático" !!!

E por fim, li ontem o seguinte na edição "gigante" da revista SÁBADO (No 313):

"Se já sabia que deixar de fumar engorda, agora ficou a saber-se que não deixar também. De acordo com um estudo da Universidade de Navarra, que acompanhou 7.565 pessoas durante 50 meses, o excesso de peso afecta em primeiro lugar os que deixam de fumar, depois os que fumam e, por fim, os que nunca fumaram."

Se com este artigo, conseguir fazer com pelo menos um adulto (e quem sabe indirectamente os seus filhos!) deixe de fumar, já ficou minimamente satisfeito com o resultado alcançado.
Alguém me que dar esse prazer?

Boas decisões e...

Abraços saudáveis

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Morte subita em Portugal - 27 mortes /dia ou 10.000 / ano (no Brasil a proporção é relativamente idêntica - 250.000 mil mortes /ano).


Caro leitor,

Sabe quantas pessoas morrem de morte súbita em Portugal? A maior parte daqueles a quem perguntei, acreditava que fossem números muito menores, mas estamos a falar de 27 mortes /dia ou 10.000 / ano (no Brasil a proporção é relativamente idêntica - 250.000 mil mortes /ano).

No meu Programa Global de Qualidade de Vida, os meus clientes sabem que face a este triste cenário, existem três coisas básicas que podemos (devemos) fazer:

- melhorarmos o nosso Estilo de Vida (principalmente alimentação, não sedentarismo e tabaco) para lograrmos alcançar um nível de saúde que minimize a probabilidade de acontecimentos inesperados
- mantermos uma rotina periódica de consultas e exames médicos
- criarmos uma protecção financeira pessoal (familiar), incluindo uma carteira de seguros de vida e acidentes pessoais, capaz de manter o nível de vida do respectivo cônjuge e ou filhos

Ainda precisamos saber mais sobre as causas das mortes subitas, mas deixo-vos com alguns trechos retirados de um artigo publicado no Expresso online (clique aqui para lê-lo na íntegra).

"(...) morte súbita, uma patologia ainda pouco conhecida da população mas que mata mais do que o cancro, o AVC e a sida juntos, segundo dados da Associação Portuguesa de Arritmologia.

(...)

"A definição de morte súbita e que gera estatísticas é a morte súbita cardíaca e que geralmente ocorre dentro de uma hora relativamente ao início de sintomas, o que não quer dizer que não tivesse havido já sintomas anteriores", disse o especialista.

No entanto, a morte súbita também pode ser "perfeitamente assintomática" e ser a "primeira manifestação", embora a maior parte seja antecedida de sintomas discretos e muitas vezes desvalorizados[nota importante].

(...)

Relativamente às causas possíveis, estão o enfarte e a doença coronária, o colesterol elevado e a hipertensão. Mas também há casos em que o coração é normal e o distúrbio é elétrico. São determinadas síndromes em que o defeito é ultraestrutural", adiantou João Primo.

Logo que tenham qualquer uma destas queixas, como dor no peito ou sensação de desmaio, os doentes devem consultar o médico de família, que poderá pedir um exame, aconselha o especialista, sublinhando que o electrocardiograma é um bom elemento de rastreio para prevenir morte súbita.

Má alimentação e tabaco

Embora a população idosa esteja mais em risco, João Primo alerta para a má alimentação e o tabaco, como importantes responsáveis deste tipo de patologia, e para a atenção acrescida que deve ter a população acima dos 40 anos com determinados comportamentos, como iniciar actividade física muito intensa e sem ter feito um exame prévio que habilite à prática desportiva.

(...)"


Boas decisões e faça a sua parte em tempo útil porque estamos a falar de algo que, infelizmente , não "acontece "só" aos outros!"

Abraços saudáveis

terça-feira, 27 de outubro de 2009

"(...) só informação não chega: a prova mais referida disso é que, se tal fosse verdade, os profissionais de saúde seriam todos muitíssimo saudáveis."


Recomendo a leitura do livro "JOVENS com SAÚDE, diálogo com uma geração" com coordenação da Margarida Gaspar de Matos e Daniel Sampaio.

Hoje publico alguns trechos muito interessantes retirados do final da "Introdução" do livro:

"(...) só informação não chega: a prova mais referida disso é que, se tal fosse verdade, os profissionais de saúde seriam todos muitíssimo saudáveis. Paralelamente à informação há que mudar mentalidades, crenças atitudes e comportamentos. E, claro, mudar o ambiente de modo a permitir a mudança, mantendo um estilo de vida saudável e agradável.
(...)
os próprios filhos/alunos (...) sabem, em geral, responder às questões O quê? e Porquê?
O que ainda falta (...) é Como? E esta continua a ser a grande questão: Como manter-se activo? Como comer de modo equilibrado? Como não ter comportamentos sexuais de risco? Como resolver situações de interacção social sem agredir e sem se deixar agredir? Como sair com os amigos e divertir-se sem consumir álcool ou drogas? Como encontrar alternativas ao consumo do tabaco? Como resistir à tentação ou ao apelo e disponibilidade do ambiente fisico e social?

Na resposta a esta questão - Como? - perfilam-se dois tipos de respostas: (1) por um lado, a acção sobre o ambiente: como diminuir o apelo do ambiente a esse risco (sedentarismo, excesso de peso, consumo de substâncias, violência, sexo desprotegido), e como potenciar ambientes e contextos favoráveis a um estilo de vida saudável; (2) por outro lado, a responsabilização e a competência individual, ajudando os jovens a auto-regular o seu comportamento na eventualidade de terem que fazer face a a estes riscos.

Em conversas que vamos tendo pelas escolas, alunos, pais e profissionais reflectem sobre estes assuntos e identificam problemas e soluções, mas depois não conseguem falar uns com os outros e juntar esforços e recursos.
Escrevemos este livro para facilitar este diálogo!"

... e humildemente falando, é o que tento fazer no meu projecto de Qualidade de Vida, onde este blog é apenas umas das ferramentas!

Abraços saudáveis

sábado, 15 de agosto de 2009

"(...) os portugueses (...)tratam-se bastante mal(...) [os seus hábitos] vão pedir facturinha no fim da vida."


Gostei muito do artigo do Luís Pedro Nunes, publicado na REVISTAÚNICA do jornal Expresso de hoje.

"(...) li esta semana que os portugueses vivem em média mais uma década do que há 30 anos. Só que estes dez anitos de bónus em vez de corresponderem a uma existência com hossanas rodeados de netos e a passarinhar são esticados em miséria material, entubados e esquecidos num corredor de centro de saúde. (...) A verdade é que, entre uma cigarrada e o orgulho de ser lambão, mesmo os portugueses informados e formados tratam-se bastante mal, orgulhosamente mal, durante grande parte da vida. Somos sempre os europeus com os indicadores de desenvolvimento mais terceiros-mundistas quer no consumo de tabaco, álcool, sal, níveis de colesterol, na prática de desporto, dos que se expõem ao sol sem protecção a horas perigosas. Bah, tudo tretas. Mas que vão pedir facturinha no fim da vida. É que, depois, quando a ciência os mantém vivos e ventilados, culpam a falência do Sistema Nacional de Saúde, o Sócrates, o preço dos medicamentos, o 24 de Abril.
A verdade é que o português anda mirrado, pouco saudável. Aparentamos ter mais uns dez anos sobre a década extra da vida que ganhámos sem merecer.
Acabamos a morrer aos 90 com cara de 100 e stressados por não ter marchado logo aos 80."

Faço votos (e tento dar o meu pequeno contributo nesse sentido) para que, a pouco e pouco, mais portugueses e brasileiros, ganhem consciência da importância de respeitarem mais a sua própria saúde e a dos seus filhos.
Os próprios ganhariam em Qualidade de Vida e as empresas e o "Estado Providência" reduziriam custos, podendo aplicar as verbas poupadas em algo mais produtivo!

Abraços saudáveis

quarta-feira, 13 de maio de 2009

STF rejeita ação contra lei antifumo em São Paulo


Mais um passo importante dado em prol da saúde de todos aqueles que vivem/trabalham/visitam São Paulo (Brasil). Para ler a notícia na íntegra e ou ver o respectivo vídeo, no site G1 da Globo, pode clicar aqui.

"(...)
O Supremo Tribunal Federal rejeitou na noite desta terça-feira (12) a ação da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes contra a lei antifumo em São Paulo.
(...)
“Parece incrível, mas a lei estadual atropela diversos princípios constitucionais”, argumenta o diretor jurídico da Abrasel (Associação Brasileira de Restaurantes e Empresas de Entretenimento), Percival Maricato.

O governo paulista rebateu os argumentos. Disse que está amparado num tratado da Organização Mundial da Saúde, referendado pelo congresso brasileiro. E que a saúde dos não-fumantes é prioridade.

“Essas associações esquecem que o Brasil assinou um tratado internacional que está em vigor e que é mais recente, no qual o país se compromete a adotar medidas contra a contaminação do tabaco em ambientes fechados. Portanto, a lei tem toda base para ter validade”, diz o secretário de Justiça de São Paulo, Luiz Antônio Marrey.
(...)

Um restaurante da cidade já se antecipou à lei e proibiu o fumo até na área aberta. Para a dona, Maria Rita Marracine, a restrição ao cigarro não vai trazer prejuízo.

"Isso é uma tendência global, essa restrição ao cigarro todo mundo sabe que é prejudicial à saúde. Então era uma questão de tempo. Só isso", afirma. "

Tenho a certeza que mais donos de restaurantes pensam como a Maria Rita Marracine, que com certeza quer e merece ter um negócio lucrativo, mas onde as verdadeiras prioridades são respeitadas, isto é primeiro a saúde (nossa e principalmente dos outros) e depois o (nosso) lucro.

Abraços saudáveis

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

"(...) tabaco (...) de repente, pode produzir um coágulo de sangue que (...)!"


Acredito que a mensagem abaixo, retirada deste link, possa ser a gota de água para que alguns dos meus leitores encontrem forças para fazerem o que for preciso para deixarem de fumar.

Coração Saudável

O cardiologista de renome Valentí Fuster, respondeu às perguntas dos Colaboradores do Grupo Santander sobre como cuidar do nosso coração e da nossa saúde.

Valentin Fuster, director da Unidade de Cardiologia de Monte Sinaí (Nova Iorque) e presidente do Centro Nacional de Investigações Cardiovasculares (Espanha), ofereceu uma aula magistral sobre prevenção da saúde cardiovascular no Auditório da Cidade Financeira. No final da sua intervenção, ofereceu-se para responder a todas as perguntas ou questões que os empregados de todo o Grupo lhe quiseram fazer.
(...)

CARDIOLOGIA (em geral)

15. O tabaco, sem outros factores de risco, de que forma influi nas patologias do coração? Como modifica a expectativa de prognóstico de vida?

O problema do tabaco é que, de repente, pode produzir um coágulo de sangue que poderá levar ao enfarte do miocárdio. O mais importante é que o tabaco actua como um explosivo. Em qualquer momento, pode danificar-se uma artéria ao fumar. Mas ao mesmo tempo, a parte positiva é que, quando se deixa de fumar, o risco diminui rapidamente. O tabaco, por si mesmo, é um dos riscos mais importantes de doença cardiovascular e de acidentes agudos.”
(...)

Abraços saudáveis,


quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Mensagem com 3 anos mas ainda tão actual (infelizmente!)

Propositadamente, para relembrar o Dia Mundial contra o Cancro (câncer) de 2009, usei um post de 2006 publicado no Portal da Saúde (Ministério da Saúde), porque considero que está actualíssimo (excepto os números que agora devem ser mais altos), ao sugerir uma das principais medidas que todos devemos tomar quanto a esta questão:

"Celebra-se, a 4 de Fevereiro, o Dia Mundial contra o Cancro em mais de 80 países. "Cancro na Criança" é o tema de 2006.
(...)
O cancro afecta 160 mil crianças a nível mundial, o que equivale a mais de 400 casos por dia, tendo-se tornado a segunda causa da mortalidade infantil. Segundo Fernando Leal da Costa, Coordenador Nacional para as Doenças Oncológicas e especialista em oncologia médica, "no nosso país, em cada ano esperam-se 400 caso de cancro em pessoas dos 0 aos 19 anos. (...)"

Na opinião de Leal da Costa, "o esforço empenhado na educação das crianças e adolescentes, para comportamentos saudáveis e prevenção do cancro, será sempre recompensado no futuro. É nas crianças que temos a maior probabilidade de sucesso na prevenção do tabagismo, na criação de bons hábitos alimentares e outros comportamentos saudáveis. Até porque as crianças podem ser um excelente veículo de conhecimentos e de formação dos pais e mais uma fonte de motivação para que estes se comportem melhor".
(...)"

Pena que, três anos depois desta mensagem, ainda pouco tenha sido feito no que respeita à efectiva mudança de hábitos alimentares e não sedentarismo dos nossos filhos, parte dos quais, entre outros problemas, acabarão por contrair, por causa do seu actual estilo de vida, algum tipo de cancro.

Abraços saudáveis,

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

"na minha (sala), sou eu que mando!"

Até hoje (desde meados de 2006), não tinha escrito nada sobre os malefícios do tabaco, porque todos já sabemos que mata fumantes ativos e passivos. Mas um comentário em especial, do Presidente Luís Inácio Lula da Silva, que na altura do seu pronunciamento me passou despercebido, me leva a publicar algo em nome da defesa da saúde de milhões de brasileiros.

Fumando cigarrilha durante a entrevista concedida no Palácio do Planalto, o Presidente Lula afirma:

“Eu defendo, na verdade, o uso do fumo em qualquer lugar. Só fuma quem é viciado.”

Ao ser questionado sobre um decreto que proíbe o fumo no Planalto, o presidente respondeu: “Menos na minha sala. Eu, se for na sua sala, certamente não fumarei porque respeito o dono da sala. Mas, na minha, sou eu que mando”.

Com base nestas afirmações feitas pelo Presidente da Republica (independentemente de qualquer ideologia política), gostaria muito de saber se ele manteria a mesma situação se um filho seu passasse pela seguinte (terrível) situação:

Terra Magazine - O Sr (médico oncologista Riad Younes) . possui 25 anos de experiência no tratamento de doenças causadas pelo fumo. Conte um caso que o impressionou.
Riad Younes -
O primeiro caso na minha vida médica que me chamou atenção sobre o vício do cigarro, a dificuldade de largar o cigarro e a tragédia que isso pode causar ocorreu quando eu estava em treinamento na residência, no meu primeiro plantão em UTI no Hospital das Clínicas, que foi numa UTI cirúrgica. Eu já era médico formado há três anos e meio. Quando chego nesse meu primeiro plantão, eu ouço um paciente gritando lá do fundo. Perguntei o que era aquilo para o outro médico de plantão e ele "ah, isso aqui é assim todo dia". Eu fui lá ver o paciente. Ele devia ter uns 40 anos de idade, jovem, e ele estava gritando querendo que alguém acendesse um cigarro para ele. Na verdade, esse paciente tinha sido operado, era a quinta operação dele e nas primeiras operações foi preciso amputar as duas pernas na altura do joelho. Depois amputaram o braço esquerdo na altura do cotovelo e dessa vez tinham amputado o braço direito. Ele tinha uma doença conhecidíssima causada pelo cigarro, que obstrui as artérias dos braços e das pernas.

Como chama essa doença?
Tromboangeíte obliterante. Então, esse paciente perdeu uma perna mas continuou fumando, perdeu a outra e continuou fumando, perdeu um braço, perdeu o outro... Ele ficou, coitado, um tronco com quatro tocos pendurados nele, gritando por cigarro por não conseguir acender o cigarro porque não tinha mais mão. Eu fiquei chocado. Fui tentar conversar com ele e ele disse "não fala comigo, eu quero um cigarro, não quero nem saber". Veja você o tamanho do problema.

Num outro comentário sobre a (triste afirmação do Presidente Lula), pode-se ler:

“Achei uma atitude autoritária, até porque a sala não é dele, já que o prédio é público. Se o projeto for aprovado, nem mesmo o presidente está acima da lei, não é mesmo.”

Acreditam que quem pensa assim sobre a questão do tabaco, está convicto de que a saúde da população brasileira, é algo que deva estar no topo das prioridades dos nossos governantes?

Abraços saudáveis,