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sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Pode uma empresa ser idónea apenas na União Europeia?


O que devemos pensar sobre a idoneidade de empresas, ou melhor dos respectivos responsáveis, que nos dizem tranquilamente que (na Europa) respeitam escrupulosamente todas as leis da União Europeia que visam defender a saúde dos seus cidadãos?

Com que satisfação vão dormir, noite após noite, os executivos que vivem dos lucros provenientes, por exemplo, de uma criança indonésia que, com apenas dois anos, fumava 40 cigarros por dia?

"O caso do garoto chamou a atenção para os perigos das agressivas campanhas de marketing da indústria do tabaco voltada a mulheres e jovens em países em desenvolvimento como a Indonésia, onde a fiscalização é fraca e muitas pessoas desconhecem os males do cigarro."

Clique aqui para ler a notícia que retirei do site da Globo.


Abraços saudáveis (mais do que nunca!)

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Cinco sintomas do cancro a que devemos estar atentos em tempo útil!


Num dia triste para Portugal (com a morte ontem à noite do actor António Feio que sofria de uma cancro do pâncreas), deixo como homenagem a um homem que nos fazia BEM, a forte sugestão para que cada um de nós, esteja atento, em tempo útil, a um dos cinco sintomas, segundo o cirurgião cardíaco Mehmet Oz , que podem(o importante é despistar!) prenunciar a existência de um cancro no nosso corpo:

- perda repentina de peso (mais de 10% do peso do nosso corpo)
- inchaço, especialmente na barriga
- dores (no local do tumor) quando ingerimos álcool
- tosse crónica
- nódulos e ou alterações na superfície da pele (ex: tipo casca de laranja) dos seios

De uma forma tranquila e sem manifestações de hipocondrismo, precisamos de valorizar mais a nossa saúde e a dos nossos filhos!

Fomos ensinados a fazer a revisão periódica dos nossos carros e a "alimentá-los" com a "comida" adequada (gasolina/gasóleo), os técnicos tem planos de manutenção para as máquinas das nossas empresas e "alimentam-nas" (lubrificam-nas) nos prazos recomendados pelos fabricantes, mas somos negligentes com o nosso corpo, ao dormirmos pouco, ao colocarmos lá para dentro qualquer porcaria e depressa demais (sem mastigar e salivar como deve ser!), ao maximizarmos a probabilidade de sermos sedentários (vamos de carro para todo o lado e estacionamos mesmo à porta do local do destino, etc), ao não respirarmos como deve ser, ao sorrirmos pouco, ....

Que a morte do António Feio contribua para que muitos de nós nos tornemos melhores pessoas e com um sistema imunitário mais forte.

Abraços saudáveis

terça-feira, 15 de junho de 2010

"Cadê o charme da mulher brasileira?"


Excelente, o artigo escrito pela Cristiane Segatto, repórter especial da ÉPOCA, que também se aplica ao charme da mulher portuguesa e que aqui publico na íntegra.

"A indústria tenta associá-lo ao cigarro. Seria uma conversa apenas absurda se não fosse cruel

  Reprodução
PROPAGANDA DE CIGARRO
Uma foto reveladora de um tempo que, felizmente, já passou

Não faz muito tempo estava na praia com meu marido quando ele chamou minha atenção para essa foto. Ele tinha certeza de que algum dia eu daria um jeito de escrever sobre ela. Acertou. Naquele feriadão, o Dante procurou nas prateleiras lá de casa um livro que combinasse com praia. Decidiu reler Ela é carioca: uma enciclopédia de Ipanema, do jornalista Ruy Castro. Quer companhia melhor para um dia de sol e preguiça? Pois, então. A foto, publicada no livro, integrava a campanha publicitária de lançamento do cigarro Charm. Nos anos 70, foi espalhada nos outdoors das grandes cidades com a frase: “No Brasil tôda mulher tem Charm”.


Vinte e cinco mulheres famosas posaram para as lentes do célebre fotógrafo da revista Life David Zingg. Todas com um cigarro entre nos dedos. Consegui reconhecer Danuza Leão, Leila Diniz, Elke Maravilha e Clementina de Jesus (que, segundo Ruy Castro, não era fumante). Não encontrei a legenda dessa foto em lugar nenhum. É uma pena. Adoraria poder identificar cada uma das celebridades. Se alguém reconhecer alguma delas, por favor, conte pra gente.

É curioso observar os padrões de comportamento ditados pelo marketing e a influência dele sobre nossas escolhas. A indústria tabagista conseguiu convencer algumas gerações de mulheres de que para ser linda, sensual, charmosa e, pricipalmente, livre era preciso fumar.

Esse convencimento não é feito no plano racional. Nesse plano, seria quase impossível convencer uma mulher a fumar. A mensagem não colaria simplesmente porque o cigarro é incompatível com a vaidade feminina. Como convencer alguém a comprar um produto que, antes de matar, destrói a beleza? Se quisesse ser fiel aos atributos de sua marca, a indústria teria que anunciar algo assim: “fume esses cigarros por duas décadas e, aos 40 anos, você terá a pele de um maracujá e os dentes de um cão sem dono.”

Como esses atributos são invendáveis, a indústria vende o intangível. Vende uma aura, uma atitude, uma imagem. Para fazer essa imagem colar, usou (por várias décadas) o cinema, os editoriais de moda, os outdoors. A partir da aprovação de várias restrições à propaganda de cigarro, a indústria passou a adotar outros recursos para conquistar a juventude: patrocina eventos bacanas, distribui amostras grátis, entre outras coisas.

Um dia desses fui almoçar no shopping e parei para tomar um café. Ao lado do caixa, uma mocinha promovia uma marca nova. Quando ela me ofereceu uma amostra grátis, levei um susto. E respondi como se estivesse vendo um ET. “Você está me oferecendo cigarro? Cigarro? Esse tipo de promoção ainda existe? Isso é permitido?”

Sinceramente não sabia que a lei ainda permite esse tipo de ação promocional. Com tanto conhecimento disponível sobre os males do cigarro (para ficar só em um exemplo, confira aqui como ele pode provocar AVC em mulheres jovens) e com o sucesso das leis antifumo, aquela cena me pareceu deslocada no tempo e no espaço. Enquanto olhava a moça, minha mente voltou à porta da escola da minha infância. Experimentei uma espécie de déjà vu. Já contei essa história aqui, mas vale a pena voltar a ela.

Quando eu tinha 12 anos e estudava numa escola pública da Freguesia do Ó, fui abordada por uma dessas mocinhas. Isso mesmo. Naquele tempo a indústria do tabaco se sentia autorizada a viciar crianças na porta da escola, no meio da tarde. A moça que promovia uma marca nova me entregou uma amostra-grátis com três cigarros. Sozinha, escondida no quintal de casa, resolvi experimentar. Achei o gosto horrível e desisti.

Foi a única vez que coloquei um cigarro na boca. Por sorte, achei a experiência péssima e escapei de ser fumante. Muitas outras garotas não escaparam. Por que aceitei tão facilmente o convite da promotora se cresci num ambiente livre do cigarro? Meus pais nunca fumaram, meus amigos não fumavam e meus professores nunca fumaram na frente dos alunos.

Fiz isso pela mesma razão que leva tantas meninas a experimentar cigarro ainda hoje. Queria ser gente grande (com 12 anos ???), dona do meu nariz. “O adolescente quer ser adulto. Como só os adultos podem fumar, ele acha que o cigarro é sinal de que não é mais criança”, diz Valéria Cunha, chefe da divisão de controle do tabaco do Instituto Nacional do Câncer (Inca).

Oferecer cigarros a crianças é evidentemente uma ilegalidade. Mas essa prática é menos ocasional do que eu imaginava. A pesquisa Vigescola, uma iniciativa da Organização Mundial da Saúde para monitorar o uso de cigarros pelos adolescentes, flagrou o problema no Brasil. A pesquisa foi realizada em 2002 e 2003 com estudantes de 13 a 15 anos de escolas públicas e privadas. Vários alunos relataram ter recebido cigarros de representantes da indústria. Em Fortaleza, 13,9% dos alunos tiveram acesso ao cigarro dessa forma. O índice foi de 12,9% em Boa Vista e acima de 10% em Porto Alegre, Vitória e Palmas.

É espantoso que isso aconteça no Brasil em pleno século XXI, não é? As estratégias da indústria para conquistar a garotada é uma das grandes preocupações da OMS. No dia 31 de maio, a entidade promoveu o Dia Mundial Sem Tabaco. O tema deste ano é o marketing direcionado ao público feminino, principalmente às adolescentes e às jovens.

A OMS investigou o tabagismo entre os jovens em 151 países. Em metade deles, a parcela de garotas fumantes é semelhante à verificada entre os meninos. Em alguns países, já há mais fumantes adolescentes do sexo feminino do que masculino. Quem fuma na adolescência tem grandes chances de continuar fumando na idade adulta. Para combater a imagem de glamour que a indústria ainda tenta associar ao cigarro, a OMS está divulgando cartazes como este:

  Reprodução
O poster imita a capa de uma revista de moda e traz a chamada: “Chique? Não, câncer de garganta”.

Em muitos círculos sociais, fumar está fora de moda. Não em todos, infelizmente. Sempre que o assunto é estilo e bom gosto, Danuza Leão costuma ser ouvida. Na foto dos anos 70, Danuza é a linda moça no centro da primeira fila. Veste camiseta verde e vermelha. Danuza foi modelo, socialite e hoje publica ótimas crônicas na Folha de S. Paulo. No ano passado, ela escreveu um texto que reflete a decadência que o tabagismo vive - e a que ele causa. Reproduzo aqui o texto exemplar de Danuza.

Nos anos 40, todos os filmes mostravam os atores e atrizes fumando, e isso fazia parte do glamour da época. Lembro da cena de um filme em que o ator punha dois cigarros na boca, acendia os dois e passava um deles para a atriz com quem contracenava. Quanta burrice; quanta ignorância. Eu também fui burra e ignorante durante anos, e apesar de ter sido alertada por tanta gente, só parei de fumar no tranco, isto é, quando meus pulmões pediram socorro (...) Está aí uma coisa de que me arrependo muito: ter sido fumante. (...) A indústria é poderosa, mas está se ferrando no mundo todo; e tomara que se ferre mais ainda. Que vergonha eu tenho do tempo em que me achava moderna e rebelde e fazia a apologia do fumo. E que raiva eu tenho de mim mesma, quando quero andar mais rápido e não consigo, porque minha respiração falha.”

Aqui na revista convivo com muitas moças inteligentes. A emancipação feminina já havia sido conquistada há muito tempo quando essas meninas nasceram. Ser ou não ser livre é uma questão que nunca esteve no horizonte delas. Em relação aos costumes, elas são livres. Nasceram livres. A independência pela qual batalham é financeira. E batalham com as armas certas: com disciplina, talento e conhecimento. Nunca precisaram do cigarro para demonstrar coisa alguma. São lindas, sensuais e charmosas. O charme das brasileiras continua a estar onde sempre esteve: na alegria, na espontaneidade, na beleza mestiça e na disposição diária de avançar e ser feliz. O cigarro não tem nada a ver com isso.

Você concorda? Discorda? Tem alguma experiência ou opinião sobre o cigarro? Conte pra gente. Queremos ouvi-la."

Que as palavras da Cristiane Segatto, possam ser a gota de água para que muitas mulheres (charmosas) brasileiras e portuguesas (especialmente as mais jovens) tomem a decisão de reduzir/eliminar o hábito de fumar e, todos nós, façamos algo mais para que a indústria do tabaco não continue a lucrar impunemente com a nossa (ausência) de saúde/vida!

Abraços saudáveis

segunda-feira, 31 de maio de 2010

" David Servan-Schreiber: "A minha saúde é muito melhor do que antes de ter tido cancro" "

Via uma "amiga Facebook" tomei conhecimento de mais um artigo importante retirado do jornal Público com o médico David Servan-Schreiber.

"Todos somos portadores de células cancerosas, a partir de certa idade. Mas apenas uma pessoa em cada quatro vai morrer de cancro. Qual é o segredo das outras três? As suas defesas naturais, afirma o médico e cientista francês David Servan-Schreiber. E é possível estimularmos essas defesas naturais através do nosso estilo de vida, para prevenir ou lutar contra o cancro.


David Servan-Schreiber tem 49 anos e formou-se em Neuropsiquiatria pela Universidade de Pittsburgh, nos EUA. Aos 31 anos, soube que tinha um tumor maligno no cérebro. Mas ainda cá está e diz-se de óptima saúde. Sorte? Nada disso, explicou em duas conferências – uma para médicos, a outra para o público – durante o 3.º Congresso de Medicina Antienvelhecimento, que teve lugar há uma semana, em Cascais.

A luta de Servan-Schreiber contra a doença mortal com a qual convive há 18 anos levou-o a tentar desemaranhar o novelo dos inúmeros estudos científicos sobre o cancro e a tentar dar-lhe sentido, para perceber o que torna umas pessoas mais resistentes ao cancro do que outras. As suas respostas estão no livro Anticancro – Uma nova maneira de viver, editado em Portugal pela Caderno em 2008 e que se tornou um best-seller mundial.

Servan-Schreiber é um divulgador espectacular e convincente. Mas há ainda muita coisa por demonstrar cientificamente nas suas ideias. Até agora, tudo o que afirma baseia-se em estudos epidemiológicos ou em experiências in vitro e em animais. Mas argumenta que as mudanças de estilo de vida que preconiza não podem fazer mal nenhum – e que, se funcionarem, mais vale começar a aplicá-las já do que esperar.

Antes de escrever o livro receou que a sua abordagem desse falsas esperanças a outros doentes com cancro. Mas percebeu que o que acontece é que eles vivem numa situação de “falso desespero”, porque sentem que não têm qualquer controlo sobre a sua doença e a sua vida, e decidiu transmitir-lhes as suas “mensagens de verdadeira esperança”. Como um verdadeiro guru.

Você teve um cancro. Qual é a sua história?
Eu era um jovem médico universitário, cientista, director de um laboratório de estudo das emoções através de imagens do cérebro obtidas por ressonância magnética. Tinha 31 anos e era muito ambicioso. Num fim de tarde, o voluntário que devia submeter-se à experiência desse dia faltou e decidi ser eu a entrar no scanner para o substituir. Foi assim que descobri que tinha um cancro do cérebro. Tive muita sorte, porque o tumor foi apanhado muito cedo e fui operado bastante depressa.

Mas o cancro voltou.
Tudo correu bem até à recaída, há dez anos, em 2000. Dessa vez foi mais grave, porque o tumor era maior e mais agressivo. Tive de ser novamente operado e de fazer quimioterapia e radioterapia.

Foram a cirurgia e os outros tratamentos do cancro que lhe salvaram a vida das duas vezes.
Claro. Mas foi nessa altura que pensei que provavelmente isso não seria suficiente: as estatísticas de sobrevivência a este tipo de tumores não são boas. E decidi ver o que eu próprio podia fazer para reforça a capacidade de o meu corpo combater a doença.

No seu livro Anticancro descreve uma série de regras simples de estilo de vida que podem ajudar a combater a proliferação cancerosa. Quais são?
Ter atenção ao que comemos para que, se possível, a comida que ingerimos três vezes ao dia contribua para fazer abrandar a proliferação cancerosa. Como se tomássemos pequenas doses de medicamentos todos os dias. Não têm qualquer efeito tóxico – antes pelo contrário, só trazem benefícios para a saúde.

Também é preciso manter um certo nível de actividade física, pois isso estimula todas as capacidades promotoras da saúde do corpo – e em particular o sistema imunitário e a eliminação pelo organismo das substâncias cancerígenas. Por outro lado, temos de aprender a gerir melhor o nosso stress através de métodos simples de relaxação e de relacionamento com os outros. E, por último, devemos evitar ao máximo os produtos tóxicos cancerígenos.

Ao ler o seu livro, ficamos com a ideia de que ter um cancro para si foi quase uma coisa boa, que melhorou a sua vida.
Sem dúvida. E muitas pessoas que tiveram cancro dizem a mesma coisa – que agradecem ao seu cancro por lhes ter permitido pôr ordem na sua vida. Isso também acontece, aliás, às pessoas que sofreram um enfarte. É uma grande martelada, mas leva muitas pessoas a arrumar as suas vidas. Mas o que mais me espanta é que a minha saúde é muito melhor hoje do que antes de ter tido cancro. O meu estado de saúde é melhor aos 49 anos do que quando tinha 28 ou 29 anos.

Afirma que assistimos actualmente a uma epidemia de cancro, com maior incidência nos jovens do que no passado. Os médicos estão cientes disto, nomeadamente em relação ao cancro da mama. Quais são as causas desta epidemia?
Uma mistura de factores alteraram completamente o nosso estilo de vida a partir do fim da Segunda Guerra Mundial, em particular nas sociedades da Europa ocidental e da América do Norte. A nossa alimentação foi totalmente transformada, passámos a ter muito menos actividades físicas, as redes sociais e de amizade foram-se degradando – e reduzimos a nossa exposição ao sol (e, portanto, os níveis de vitamina D no organismo). Ao mesmo tempo, começámos a ser expostos a produtos químicos com uma intensidade sem precedentes. Juntos, todos estes factores criam um terreno propício à progressão do cancro no corpo humano. Não diria que provocam forçosamente o cancro, mas criam um terreno propício.

Fala-se muito da predisposição genética para o cancro e fica-se com a ideia de que há pessoas a quem calhou um “mau” número na lotaria genética. Um exemplo disso são os genes BRCA1 e 2, responsáveis pela maioria dos cancros hereditários da mama e do ovário. Mas, na sua opinião, o nosso destino não fica determinado à nascença. Acha mesmo que temos o poder de contrariar essa lotaria?
O que nos dizem estudos recentes é que, se as mulheres que têm mutações nesses genes não fizerem nada de particular, o seu risco de contrair cancro da mama é de 80 por cento. Mas também nos dizem que, quanto maior a quantidade de legumes na alimentação dessas mulheres, mais pequeno o risco.

E isso apesar das mutações: as participantes com mutações nesses genes que comiam as maiores quantidades de vegetais viram o seu risco de cancro da mama reduzido em 73 por cento em relação àquelas que comiam as quantidades mais pequenas. Cerca de 15 por cento dos cancros têm uma componente genética. Mas mesmo quando essa componente existe, os factores ligados ao estilo de vida desempenham um papel importantíssimo, tanto para fazer com que esses genes de cancro se expressem como para impedir a sua expressão.

Na alimentação, o que é que promove o cancro?
Para além do tabaco e do álcool, em primeiro lugar o açúcar e as farinhas brancas. É pena, porque as farinhas brancas são muito apetitosas. Mas no corpo elas transformam-se imediatamente em açúcar. Depois temos os óleos de girassol, soja, milho; a carne e os produtos derivados de animais criados com rações à base de soja e de milho (em vez de pastagens). Do lado dos contaminantes químicos, certos pesticidas, certos produtos químicos presentes nos perfumes e nos cosméticos (parabenos e fitalatos), o tetracloroetileno (o solvente da limpeza a seco) ou o bisfenol A (BPA), que é libertado pelos plásticos duros quando são expostos a alimentos ou líquidos quentes.

É uma agressão permanente...
É. Mas isso não quer dizer que todas as pessoas que tenham bebido uma chávena de chá aquecido no microondas numa caneca de plástico duro vão morrer de cancro, porque existem imensos factores que podem compensar esse efeito. Também fazem parte da equação, do equilíbrio, o facto de ser fisicamente activo, de comer com frequência legumes anticancro, de ter bons níveis de vitamina D no organismo e uma rede social de qualidade. São os desequilíbrios que fazem aumentar as probabilidades de o cancro se desenvolver.

Mas, apesar de todas estas mudanças supostamente perigosas de dieta e outras, a esperança de vida – e de vida com qualidade – aumentou nitidamente nas sociedades ocidentais. Isso não é paradoxal?
A esperança de vida que aumentou foi a das pessoas que nasceram antes de 1950. A esperança de vida das crianças que nascem hoje nos Estados Unidos é inferior à dos seus pais. E é a primeira vez na História da humanidade que isso acontece.

Aquilo a que chama alimentos “anticancro” – biológicos, em particular – continuam a ser mais caros do que os outros. Como comer “anticancro” quando se tem uma família para alimentar?
Não é totalmente verdade que os alimentos biológicos sejam muito mais caros. Tem mesmo havido estudos sobre a questão. Mas, sobretudo, é preciso passar para uma alimentação de tipo mediterrânico, com quantidades muito mais pequenas de produtos de origem animal. Basta cortar na quantidade de carne que comemos para poupar dinheiro. Se substituirmos a carne por lentilhas e feijões, garanto que o orçamento alimentar da família diminui. E não somos obrigados a comer apenas alimentos biológicos. É melhor, mas não é vital. Mais vale comer brócolos, mesmo que tenham resíduos de pesticidas, do que não comer brócolos nenhuns.

A carne não é importante para o crescimento das crianças?
As crianças vegetarianas têm um crescimento tão saudável como o das outras. A alimentação tem de fornecer proteínas, mas uma mistura de feijão e de arroz, por exemplo, fornece a mesma quantidade de proteínas que um bife.

Há uns anos, um grande estudo sobre suplementos de betacaroteno revelou-se não só decepcionante mas sugeriu mesmo que os comprimidos de beta-caroteno faziam aumentar a incidência de certos cancros. Por que é que os especialistas insistem neste tipo de estudos se, como já referiu, um único ingrediente não chega para combater o cancro?
A medicina procura sempre extrair um agente activo. O que eu tento mostrar é que isso não faz sentido. O cancro é um desequilíbrio entre inúmeros factores que o promovem e inúmeros factores susceptíveis de o travar. Se pretendermos utilizar apenas um ingrediente, o mais provável é que não observemos qualquer efeito.

Isso também vale para os ómega-3 [gorduras essenciais, contidas nomeadamente no peixe]? Explica que os ómega 3 são gorduras anticancro cruciais, mas sozinhos também não chegam?
Não, não chegam. É óbvio.

E o que é melhor, tomar um comprimido de ómega 3 ou ir buscar o ómega 3 aos alimentos?
Ir buscá-lo aos alimentos. O peixe, por exemplo, que contém muito ómega 3, também tem outras coisas muito úteis, como o selénio, o iodo, para além de ser uma boa fonte de proteína animal sem muitos dos inconvenientes da carne.

Considera o álcool como um agente de cancro, mas o vinho tinto como uma excepção. Mais vale engolir um comprimido de resveratrol [o ingrediente “anticancro” responsável pelos benefícios do vinho tinto], beber vinho tinto ou comer uvas pretas?
Há menos resveratrol nas uvas do que no vinho tinto, porque a fermentação contribui para extrair o resveratrol das uvas. É difícil dar uma resposta, porque a vantagem dos comprimidos é que não contêm álcool. Mas é um facto que um pouco de vinho tinto (mesmo pouco!) parece contribuir para a eliminação do cancro e favorecer a saúde em geral. E não devemos esquecer que o vinho tinto é também benéfico para a saúde cardiovascular. Mas mal ultrapassamos certas doses, verifica-se o efeito contrário: o vinho torna-se promotor do cancro.

Diz que as margarinas que fazem baixar o colesterol contribuíram para fazer aumentar não apenas a incidência do cancro, mas também a das doenças cardiovasculares. Não é o que costumamos ouvir.
Acontece que podemos fazer diminuir o colesterol e ao mesmo tempo aumentar os riscos de doenças cardiovasculares – e é o que este tipo de margarina faz [contém ómega 6, uma outra gordura essencial que, em níveis excessivos, tem sido apontada como promotora de doenças cardiovasculares e de cancro].

A questão do colesterol é muito complexa, mas o nível de colesterol é de facto menos importante do que o equilíbrio ómega 3/ómega 6, porque não temos medicamentos para mudar este equilíbrio – que depende, portanto, unicamente da nossa dieta –, mas temos medicamentos para diminuir o colesterol. Fala-se muito do colesterol e não o suficiente do equilíbrio ómega 3/ómega 6.

Se não devemos pôr nem manteiga nem margarina na nossa torrada do pequeno-almoço, o que é que nos resta?
Azeite. É delicioso. Mas comer pão também não é uma grande ideia.

Mesmo pão integral?
O pão integral também não é a melhor escolha, tem de ser multicereais. E, mesmo assim, é muito mais aconselhável comer muesli (ou uma mistura de cereais e frutas) com um iogurte biológico ou de soja. Isso é que contém muitas coisas que vão estimular a saúde do nosso corpo, não o pão.

Só deveríamos comer produtos frescos?
O que é preciso evitar são os chamados ácidos gordos trans – que são gorduras que não ficam rançosas e, por isso, são muito utilizadas na indústria alimentar. Mas isso, toda a gente o diz. E se consumirmos conservas, é melhor escolher as que vêm em boiões de vidro. Também podemos comer alimentos congelados.

Diz que os médicos continuam a transmitir aos seus doentes com cancro uma mensagem de “falso desespero”, ao dizerem que, em termos de estilo de vida, não há muito a fazer. Chegam a dizer que, para tal ou tal cancro, o doente pode continuar a fumar, porque isso não faz grande diferença. É possível mudar essa atitude “derrotista”?
É o que tento fazer. Nas minhas conferências, falo de um estudo que mostra uma redução de 68 por cento do risco de cancro da mama em mulheres que aprenderam a mudar o seu estilo de vida. Mas, mesmo quando há um ensaio como este, ninguém ouviu falar dele. Porquê? Porque ninguém convida os médicos a passar dois dias em Cascais, com todas as suas despesas pagas, para se inteirarem dos benefícios das frutas e dos legumes, do jogging ou das técnicas de relaxação. Há muito pouco dinheiro para fazer estudos quando não há nada que possa resultar numa patente.

Mas é preciso ter em conta que cada um destes elementos, isoladamente, pesa muito pouco na balança. Comer apenas brócolos não trava o cancro. Fazer jogging e mais nada não trava o cancro. É quando começamos a juntar todas estas coisas que obtemos resultados.

Existe uma pressão sobre os médicos por parte dos laboratórios farmacêuticos para não falarem de alterações do estilo de vida?
Não é preciso. Os laboratórios farmacêuticos não têm sequer de mexer um dedo, porque as barreiras que impedem que isto penetre a prática médica são muito efi cazes. Os médicos não recebem mais dinheiro por darem conselhos nutricionais aos seus doentes, antes pelo contrário, uma vez que acabam por passar mais tempo com cada doente.

Considera-se livre do seu cancro hoje?
Não.

E não pensa que, no fundo, teve sobretudo sorte – pelo facto de o seu tumor ter sido operável e de a quimioterapia e a radioterapia terem resultado?
Eu não sou uma experiência científica. O que digo no meu livro não se baseia no sucesso ou no fracasso do meu caso pessoal – e ainda bem. Não possuo nenhum método garantido a 100 por cento, não sei o que me irá acontecer daqui a três meses ou três anos. Mas isso não altera a validade do que digo. Tento pôr todas as chances do meu lado, mas em relação ao resto não tenho qualquer controlo. Claro que poderíamos dizer que tive sorte: quando olhamos para as estatísticas, há menos de dois por cento das pessoas com a mesma doença que eu e que estão hoje no mesmo ponto que eu.

O que faz actualmente?
Lancei um programa de investigação com o Centro de Estudo do Cancro MD Anderson de Houston [Universidade do Texas], para testar a minha abordagem através de medições biológicas. Queremos ver como é que as mudanças de estilo de vida modificam a natureza do terreno do corpo, fazendo com que as células cancerosas tenham menos hipóteses de proliferar. E estou a trabalhar num livro de receitas de cozinha, com indicações muito precisas em termos de alimentação. É que convém que o resultado seja saboroso.

Dicas
Alguns ingredientes do estilo de vida "anticancro", a consumir em simultâneo

  • Eliminar açúcar e farinhas brancas, promotoras de cancros. Num século, o consumo per capita de açúcares refinados passou de uns quilos por ano para 80 nos EUA, a maior parte dissimulada nos alimentos (uma lata de refrigerante açucarado contém 12 pacotes de açúcar). Substituir por farinhas integrais, arroz integral ou basmati, massa semi-integral, pão multicereais, lentilhas, feijão, chocolate preto, frutos vermelhos.


  • Restabelecer o equilíbrio ómega 3/ómega 6, gorduras essenciais que o organismo só pode ir buscar aos alimentos. No Ocidente, os óleos alimentares industriais e a mudança de alimentação do gado levaram a um excesso de ómega 6, promotor da proliferação celular e da inflamação (que o ómega 3 inibe). Alimentos que promovem o equilíbrio: carne, ovos e lacticínios "bio", leite e iogurtes de soja, azeite. Alimentos ricos em ómega 3: óleo de linhaça, sardinhas e atum (em azeite quando são de lata), salmão, etc.


  • Consumir muita fruta e legumes evitando os pesticidas. Servan-Schreiber prefere fruta e legumes "bio" no caso dos frutos vermelhos, uvas, pepinos, aipo, espinafres, feijão-verde, courgettes, etc. (se não forem "bio", podem ser lavados ou descascados para diminuir os resíduos). Brócolos, couves, tomates, cebolas, beringelas, ervilhas, abacates, mangas, ameixas, etc. estão menos contaminados. Certos frutos e legumes poderão ter uma acção anticancro específica (e variável conforme o cancro). O chá verde e o vinho tinto (um copo por dia) também. Convém ainda banir certos produtos cosméticos, arejar as peças de roupa após limpeza a seco, não aquecer os alimentos em recipientes de plástico duro e não beber água da torneira nas zonas de agricultura intensiva.


  • Saber pedir ajuda e gerir o stress. As redes de amizade deterioraram-se, pelo menos nos EUA, porque a mobilidade das pessoas aumentou. Os doentes com cancro que têm amigos chegados e maior apoio psicológico parecem, segundo alguns estudos, resistir melhor à doença. E diversas técnicas de relaxação permitem gerir o stress. O stress em si, explica o médico, não é responsável pela diminuição das defesas imunitárias; é-o indirectamente pela maneira como lidamos com ele. O mais prejudicial é o sentimento de impotência, de perda de controlo sobre a sua própria vida.


  • Manter bons níveis de vitamina D e evitar a sedentariedade. As pessoas trabalham muito menos no exterior, o que fez diminuir a actividade física e, nas regiões com pouco sol, dos níveis de vitamina D - vitamina que, explica Servan-Schreiber, tem uma acção anticancro. Muitos especialistas já aconselham andar a pé 30 minutos por dia, seis dias por semana. E, para compensar o défice em vitamina D, pode-se apanhar mais sol, tomar suplementos vitamínicos ou mesmo... engolir de vez em quando uma colher de óleo de fígado de bacalhau."

  • Boas decisões e...

    Abraços saudáveis

    quinta-feira, 13 de maio de 2010

    Fumar - três acontecimentos que ontem se cruzaram comigo !


    Tenho falado pouco no meu blog sob a questão do tabaco porque acredito que a solução para que se fume menos ou para quem quer deixar de fumar, passa por uma abordagem mais abrangente do que ler algo de uma forma isolada.

    No entanto, ontem, três acontecimentos distintos mas sobre o mesmo tema, cruzaram-se com a minha pessoa e senti de vontade de partilhar o seguinte com os meus leitores:

    Ouvi uma frase interessante do professor Fernando Pádua, médico cardiologista que dizia algo parecido com:

    "O tabaco é o único produto de consumo que mata metade das pessoas que o consomem"

    Dá que pensar, principalmente quando pensamos nos nossos filhos e se eles nos vêem a fumar, com certeza aumenta a probabilidade de virem a seguir o mesmo caminho!

    Os meus leitores habituais sabem que diariamente faço cerca de 15.000 passos, boa parte deles em Lisboa, e faz-me mesmo, muita confusão, ver tantas mulheres a fumar perto da porta do local de trabalho. O que se passa em Portugal, para que, segundo a minha percepção do dia a dia, as mulheres estarem a fumar mais que os homens? Vocês que são tão sensatas em tanta coisa, acabaram por seguir e ultrapassar-nos neste hábito tão "pouco simpático" !!!

    E por fim, li ontem o seguinte na edição "gigante" da revista SÁBADO (No 313):

    "Se já sabia que deixar de fumar engorda, agora ficou a saber-se que não deixar também. De acordo com um estudo da Universidade de Navarra, que acompanhou 7.565 pessoas durante 50 meses, o excesso de peso afecta em primeiro lugar os que deixam de fumar, depois os que fumam e, por fim, os que nunca fumaram."

    Se com este artigo, conseguir fazer com pelo menos um adulto (e quem sabe indirectamente os seus filhos!) deixe de fumar, já ficou minimamente satisfeito com o resultado alcançado.
    Alguém me que dar esse prazer?

    Boas decisões e...

    Abraços saudáveis

    terça-feira, 13 de abril de 2010

    "VENENO NO SEU PRATO - Utilidade e riscos dos aditivos alimentares" - 1a parte


    Do livro que estou a ler VENENO NO SEU PRATO - Utilidade e riscos dos aditivos alimentares, da DECO/PRO TESTE, achei interessante retirar alguns trechos soltos para levar os meu leitores a reflectirem sobre algo sobre o qual o consumidor comum pouco sabe:

    "Não deveriam também os consumidores questionar-se quanto às suas exigências? Porque não aceitar a modificação do sabor ou cor dum produto, em função da época do ano, em vez de recorrer a produtos normalizados pela utilização de aditivos?"

    "Regra geral, o uso de corantes e de intensificadores de sabor é inaceitável, porque são inúteis e quase sempre enganosos. Com efeito, este últimos pode por vezes disfarçar a utilização de matérias-primas de qualidade inferior ou com falta de sabor.
    E, infelizmente, este logros são frequentes."

    "(...) os fosfatos aumentam a retenção de água nos produtos de charcutaria (no fiambre são muito utilizados), pelo que o consumidor acaba por pagar água ao preço destes produtos;"

    "Como são elaboradas as directivas [sobre os aditivos na União Europeia] ?
    (...)
    Infelizmente, os consumidores não estão suficientemente representados em todo este processo de elaboração das directivas"

    "É difícil observar alguns efeitos animais de laboratório, como por exemplo, dores de cabeça ou estados depressivos. Além disso, as reacções individuais são mais variáveis no Homem do que em animais de laboratório que obedecem a numerosos critérios normalizados."

    "As experiências podem durar alguns meses ou prolongar-se durante toda a vida do animal. Portanto, não permitem simular a ingestão da substância em causa ao longo da vida do ser humano."

    e por hoje deixo-vos com algo que considero muito importante e que é tratado, quanto a mim, de uma forma premeditadamente negligente por parte das autoridades competentes e partes interessadas (no negócio!):

    "As experiências realizam-se com uma única substância de cada vez. No entanto, a nossa dieta comporta numerosos produtos alimentares, cada um dos quais pode conter um ou mais aditivos. Essa ingestão simultânea não poderá conduzir a um efeito cumulativo nocivo?"

    Resposta do signatário:

    Claro que sim! Porque será que não se fazem estudos com a tal utilização simultânea de aditivos no nosso organismo ?

    continua...

    Abraços saudáveis

    quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

    "Anti-transpirantes inibem o corpo de eliminar as toxinas através das axilas! [e ...]!


    Como tenho vindo a comentar ao longo do tempo, o reforço saudável do nosso sistema imunitário, passa por um conjunto de pequenas (grandes!) mudanças que precisamos fazer no nosso dia a dia.

    Hoje publico algo (recebido da Alexandra Azevedo) que no mínimo faz sentido e tem como objectivo, levar cada leitor a reflectir sobre se de facto, vale a pena passar apenas a usar desodorizantes e deixar de comprar anti-transpirantes.

    Aqui em casa já deixamos de usar este últimos há algum tempo!

    "(...) A principal causa de Câncer da Mama é o uso de anti-transpirantes!
    Sim, ANTITRANSPIRANTES.
    A maioria dos produtos no mercado são uma combinação de anti-transpirantes/ desodorizantes.
    Vejam bem os rótulos!
    DESODORIZANTE está bem, ANTI-TRANSPIRANTE, não.
    concentração das toxinas provoca a mutação das células: CÂNCER. Eis aqui a razão:

    O corpo humano tem apenas algumas áreas por onde pode eliminar as toxinas:atrás dos joelhos, atrás das orelhas, a área das virilhas e as axilas..
    As toxinas são eliminadas com a transpiração.
    Os anti-transpirantes, como seu nome diz, evitam a transpiração;
    portanto, inibem o corpo de eliminar as toxinas através das axilas.
    Estas toxinas não desaparecem por artes mágicas.
    Como não saem pelo suor, o organismo deposita-as nas glândulas linfáticas que se encontram debaixo dos braços.
    A maioria dos tumores cancerígenos do seio, ocorrem neste quadrante superior da área da mama.
    Precisamente onde se encontram as glândulas.
    Nos homens parece ocorrer em menor proporção, mas também não estão isentos de desenvolver Câncer da Mama por causa dos anti-transpirantes que usam,ao invés de água e sabão.
    A diferença está no fato de os anti-transpirantes usados pelos homens não serem aplicados diretamente sobre a pele; ficam, em grande parte,nos pêlos axiais.
    As mulheres que aplicam anti-transpirantes logo após rasparem ou depilarem as axilas, aumentam o risco devido a minúsculas feridas e irritações da pele, que fazem com que os componentes químicos nocivos penetrem mais rapidamente no organismo.
    (...)
    MSc. GABRIELA CASANOVA LARROSA,
    Prof. Assistente Dpto. De Biologia
    Celular e Molecular, Séc Biologia Celular
    Faculdade de Ciências, Universidade da República Oriental do Uruguay.
    Endereço: Igua 4225, Piso 7 - AlaSur - Cod Postal 11400
    Teléfono: (598-2) 525.86.18 al 21 (internos 145 y 218) Fax: (598-2)"

    Boas decisões e ...

    Abraços saudáveis

    terça-feira, 1 de dezembro de 2009

    Aprovação inédita por parte do FDA!


    Esta semana vou publicar mais dois artigos do Dr. Sérgio Vaisman.
    O de hoje fala de uma aprovação inédita por parte do FDA, como poderão ler abaixo.

    "Pela primeira vez na História, o FDA aprovou uma substância que NÃO é remédio fabricado e, consequentemente, não beneficia qualquer indústria de medicamentos pois, por se tratar de substância natural, não pode ser patenteada por uma só entidade.
    Para que este aval tenha sido dado pelo FDA, inúmeras pesquisas e estudos devem ter sido realizados para se chegar à constatação que este mineral, o selenio, possui importantes propriedades na prevenção de vários tipos de câncer. A razão disso ocorrer está no fato de ser um mineral com enorme propriedade ANTIOXIDANTE, isto é, capaz de lutar contra o excesso de radicais livres que atacam certas estruturas das células.
    Já faz muito tempo que se defende a importância de substâncias que provêm da Natureza como guardiães da SAÚDE. É bem verdade que nossos ancestrais se alimentavam com maior quantidade de nutrientes advindos da terra mas, à medida que o solo se tornou mais pobre em nutrientes, a suplementação vitamínica e mineral se faz necessária muitas vezes. No caso particular do selénio, houve o reconhecimento do maior orgão regulador e aprovador do uso de alimentos e medicamentos mas, sem qualquer dúvida, muitas outras substâncias naturais também serão reconhecidas no futuro como sendo incentivadoras de saúde e armas contra doenças.
    Neste mundo tóxico em que vivemos, a suplementação com nutrientes vitamínico-minerais pode ser a grande chave na prevenção de processos degenerativos , dentre eles, o câncer."


    Esta notícia pode parecer algo sem importância, mas termos um orgão oficial como o FDA a contribuir no sentido da criação de políticas que maximizem a probabilidade de garantirmos que os nossos corpos assimilem regularmente nutrientes essenciais e nas combinações/proporções adequadas é um passo gigante para a saúde de todos nós.

    Abraços saudáveis

    sexta-feira, 27 de novembro de 2009

    Pasta dentífrica Couto - tão perto de si (Portugal) e sem flúor!


    Entre os dias 10 e 21 de Abril deste ano publiquei 5 artigos sobre os "milagres" do Flúor no nosso organismo (para lerem os restantes artigos basta escreverem a palavra flúor no campo de pesquisa (canto superior esquerdo da página).

    Quem ler um ou mais destes artigos, de imediato compreenderá que sou defensor do uso de pastas dentríficas sem flúor. Os próprios médicos defendem que as crianças até aprenderem a não engolir a pasta que colocam na boca, façam o mesmo (infelizmente estas pastas são bastantes mais caras)

    Existem algumas pastas sem flúor para adultos, mas também tem preços mais elevados e é preciso saber onde comprá-las.

    Mas como às vezes, as boas soluções estão à frente do nosso nariz e nós nem nos apercebemos disso, foi com muita satisfação que descobri recentemente que a famosa pasta dentífrica Couto (genuinamente portuguesa), a que muitos ainda chamam "pasta medicinal Couto", não contém flúor na sua composição.

    Como devem calcular, os clientes fiéis desta marca não apresentam mais cáries ou outro tipo de problemas dentários, quando comparados com aqueles que, supostamente, beneficiam dos "milagres do flúor".

    Aqui fica a dica (fora de Portugal acredito que seja difícil!) bastante acessível (relembro que basta colocar um pouco de pasta na escova!) para quem queira uns dentes saudáveis sem prejudicar a saúde do corpo ( e mente) como um todo.

    O artigo Águas Fluoradas e Cáries Dentárias ajuda a visualizarem melhor esta questão do flúor no nosso organismo e a sua (in)eficácia no combate às cáries dentárias.

    Boas decisões e ...

    Abraços saudáveis

    terça-feira, 27 de outubro de 2009

    "(...) só informação não chega: a prova mais referida disso é que, se tal fosse verdade, os profissionais de saúde seriam todos muitíssimo saudáveis."


    Recomendo a leitura do livro "JOVENS com SAÚDE, diálogo com uma geração" com coordenação da Margarida Gaspar de Matos e Daniel Sampaio.

    Hoje publico alguns trechos muito interessantes retirados do final da "Introdução" do livro:

    "(...) só informação não chega: a prova mais referida disso é que, se tal fosse verdade, os profissionais de saúde seriam todos muitíssimo saudáveis. Paralelamente à informação há que mudar mentalidades, crenças atitudes e comportamentos. E, claro, mudar o ambiente de modo a permitir a mudança, mantendo um estilo de vida saudável e agradável.
    (...)
    os próprios filhos/alunos (...) sabem, em geral, responder às questões O quê? e Porquê?
    O que ainda falta (...) é Como? E esta continua a ser a grande questão: Como manter-se activo? Como comer de modo equilibrado? Como não ter comportamentos sexuais de risco? Como resolver situações de interacção social sem agredir e sem se deixar agredir? Como sair com os amigos e divertir-se sem consumir álcool ou drogas? Como encontrar alternativas ao consumo do tabaco? Como resistir à tentação ou ao apelo e disponibilidade do ambiente fisico e social?

    Na resposta a esta questão - Como? - perfilam-se dois tipos de respostas: (1) por um lado, a acção sobre o ambiente: como diminuir o apelo do ambiente a esse risco (sedentarismo, excesso de peso, consumo de substâncias, violência, sexo desprotegido), e como potenciar ambientes e contextos favoráveis a um estilo de vida saudável; (2) por outro lado, a responsabilização e a competência individual, ajudando os jovens a auto-regular o seu comportamento na eventualidade de terem que fazer face a a estes riscos.

    Em conversas que vamos tendo pelas escolas, alunos, pais e profissionais reflectem sobre estes assuntos e identificam problemas e soluções, mas depois não conseguem falar uns com os outros e juntar esforços e recursos.
    Escrevemos este livro para facilitar este diálogo!"

    ... e humildemente falando, é o que tento fazer no meu projecto de Qualidade de Vida, onde este blog é apenas umas das ferramentas!

    Abraços saudáveis

    sexta-feira, 23 de outubro de 2009

    Um pouco de história e algumas informações importantes sobre o duche


    Aqui está um tema aparentemente inocente, mas sobre o qual podemos seguir alguma regras para termos mais saúde (Qualidade de Vida). Relembro que o grau que possamos ter desta última, depende muito do número de pequenas coisas que fazemos para reforçar o nosso sistema imunitário.

    Artigo lido no site Saúde UOL, de onde tirei os seguintes trechos:

    "(...)
    Antes da água encanada e aquecedores de água tornarem-se comuns em nossos lares, tomar banho era praticamente um sacrifício. Para tomar banho era preciso buscar água e aquecê-la no fogo antes de despejá-la em uma banheira. O processo era bastante inconveniente (e isso ainda acontece em alguns países subdesenvolvidos), e os membros da mesma família frequentemente usavam a mesma água para tomar banho, além de lavar roupa com essa água antes que ela fosse jogada fora.


    Temos que agradecer ao engenheiro norueguês Edwin Ruud por ter inventado o aquecedor de água, em 1889. No projeto de Ruud, um interruptor acionava o aquecedor de água assim que uma torneira fosse aberta, produzindo água quente sob demanda [fonte: Ruud em inglês]. Essa mesma era viu a introdução de uma série de novos designs de chuveiros. Fabricantes de chuveiros lançaram uma grande variedade de duchas, porém, a grande maioria tinha um sistema ruim – a água que caía do chuveiro ia para o ralo e recirculava para o chuveiro mais uma vez.
    O advento da água encanada uniu essas duas invenções. O hotel Tremont, em Boston, foi o primeiro no mundo a ter água encanada, em 1829. Já o arquiteto Isaiah Rogers foi quem fez o design do protótipo para todo o sistema de encanamento que viria a seguir [fonte: Plumbing and Mechanical Magazine - em inglês]. Por volta do final da I Guerra Mundial, as famílias de classe média já contavam com banheiros dentro de suas casas. Nos anos 30, a comunidade rural americana teve a alegria de poder tomar banho diariamente [fonte: McKendree, Reinhardt and Ganzel - em inglês].

    Qualquer um que já tenha tomado um banho quente no final do dia sabe o quanto isso pode ser relaxante. A ciência foi em busca de dados que comprovassem essa teoria. Um estudo japonês examinou a prevalência de hormônios encontrados na saliva que servem como indicadores de estresse. O estudo mostrou um decréscimo significativo desses hormônios nas pessoas que haviam acabado de tomar banho [fonte: Toda, et al - em inglês].

    Uma vez que temos água encanada e quente em nossos chuveiros caindo sobre nossos ombros “estressados”, parece um desperdício não tomarmos banho frequentemente. Porém, quantos banhos seriam “demais” para a saúde da nossa pele? Provavelmente você toma banho todos os dias, mas será que com mais frequência do que deveria?

    Quantos banhos devemos tomar?

    Diz a sabedoria popular que... quanto mais banhos tomamos, mais limpos ficamos. Lavar-se com um bom sabonete e enxaguar logo em seguida com água quente deveria matar todos os germes presentes na pele. No entanto, estudos médicos indicaram exatamente o oposto. O uso de sabonete velho e liso (ao contrário de sabonetes antimicrobianos) não mata as bactérias presentes na pele. Além disso, o uso do sabonete pode transferir essas bactérias para o ambiente ao redor, como por exemplo, a área do chuveiro. Por esta razão, equipes médicas e pacientes não devem tomar banho imediatamente antes de entrar em um centro cirúrgico [fonte: Larson - em inglês].

    Ainda assim, tomar banho regularmente é o ideal para uma boa higiene pessoal. Tomar banho demais, porém, pode ter efeitos potencialmente prejudiciais para a pele.

    A camada mais externa da superfície de nossa pele (chamada de estrato córneo ou camada córnea) funciona como uma barreira feita de células mortas da pele. Essas células mortas da pele dão proteção para as camadas localizadas abaixo, com células saudáveis. A camada córnea é mais do que simplesmente células mortas - é também formada por lipídios que são compostos de gordura que ajudam a manter a pele úmida.

    Toda vez que você toma banho – especialmente banho quente – com sabonete e esfrega com uma esponja ou bucha, está prejudicando a camada córnea de sua pele. O sabonete e a água quente dissolvem os lipídios encontrados na pele. O fato de “esfregar” acelera ainda mais esse processo. Quanto mais banhos você toma, mais isso acontece e, menos tempo a sua pele tem para refazer sua produção natural de óleo. Além disso, a camada córnea da pele pode simplesmente desaparecer ao ser esfregada, expondo as células saudáveis da pele que estavam localizadas logo abaixo. Como resultado, a pele de quem toma banhos demais é geralmente seca, irritada e rachada.

    Outro problema relacionado a "muitos banhos" é o uso de toalhas. Apesar do ato de esfregar-se com uma toalha seca após o banho ser uma prática comum, ele danifica a pele. “Secar-se ao vento” é o que há de melhor para fazer após um banho, porém, se você não tem tempo para esperar a água “evaporar” ou não gosta de andar pelado pela casa, pode usar uma toalha. Apenas certifique-se de que ela seja macia e não se esfregue – dê pequenos tapinhas para enxugar-se.

    A química da pele é diferente de pessoa para pessoa, então, tomar banhos diariamente pode não ser tão prejudicial para uns como é para outros. Ainda assim, é recomendável “pular” uns banhos de vez em quando! Você também pode proteger a sua pele usando sabonetes macios e água morna no lugar de água muito quente. Melhor ainda – passe um hidratante em sua pele após o banho. Nós todos amamos nos sentirmos limpos, mas é preciso haver um equilíbrio entre pele limpa e saudável."


    Como tenho dito aos meus clientes, acredito que o prazer tenha que estar sempre presente no nosso programa de Qualidade de Vida e por isso, eu por exemplo, não consegui deixar de tomar banho com água quente, apesar de ter um bom hábito (e gosto muito) de acabar sempre com água fria. Agora aprendi a trocar de tempos em tempos o chuveiro (a peça por onde sai a água por que acumula muitas bactérias, principalmente se for de plástico!) e a não esfregar o meu corpo com tanta força e a usar mais "palmadas" para me lavar e secar de forma saudável.

    Abraços saudáveis

    sexta-feira, 16 de outubro de 2009

    "Mais saúde = Mais produtividade"


    É sempre bom tomar conhecimento do testemunho de outras pessoas (e principalmente de alguém como o Bruno Soalheiro, por quem tenho admiração pelo belo trabalho que faz na área de Qualidade de Vida!) por que valida as mais valias que podemos gerar no nosso dia a dia com a introdução gradual de pequenos grandes hábitos saudáveis!

    Leiam abaixo o seu artigo intitulado "Mais saúde = Mais produtividade"


    "A maioria dos artigos que escrevo costuma tratar de percepções e/ou experiências pessoais que busco extrapolar para um contexto genérico, tentando compartilhar com o leitor conceitos e sugestões à medida que os vivencio em minha própria vida e carreira; afinal, isto aqui é um blog, não um tratado científico. Por isto hoje um assunto simples, corriqueiro, mas que pode ter grande impacto em nossas vidas.

    Como ser humano cheio de falhas e imperfeições, noto constantemente que meu avanço e melhoria como profissional se solidificam não somente a partir das atitudes e comportamentos dos quais tomo conhecimento, mas sim a partir das atitudes e comportamentos que constantemente reforço. A diferença é enorme.

    É por isto que pequenos textos têm apenas o “potencial” de gerar alguma transformação na vida das pessoas. O que vai determinar de verdade a transformação é a constância com a qual colocamos em prática a informação útil que lemos, ou ouvimos por aí.

    Estes dias coloquei em prática, por acaso, um determinado conjunto de comportamentos simples que me impressionaram pelas mudanças gerada sem minha qualidade de vida e produtividade profissional. O fato é que resolvi fazer, por brincadeira, um período de “desintoxicação alimentar”. Parecia uma coisa boba, o assunto surgiu em conversa com um amigo nutricionista, e eu topei para ver.

    Pois bem. Durante 10 dias adotei, com dificuldade, o hábito de comer em menos quantidade e mais vezes por dia, ingerir sucos naturais, abster-me totalmente de álcool e “tira gostos” e evitar refeições logo antes de deitar. Já que estava no embalo da coisa resolvi colocar em prática também hábitos de “higiene do sono”, que havia lido dias antes na web. Passei a desligar a TV mais cedo( até parei de ver TV no quarto), e criei um ritual para a hora de me deitar. Não foi tão fácil, mas me surpreendi muito com os resultados.

    Ok, você pode dizer: __Que novidade! Todo mundo sabe disso!

    Sim, todos nós sabemos, mas praticamos? Levamos a sério? Relembramos com freqüência estes costumes?

    Sempre considerei que hábitos alimentares adequados e cuidados com o sono fossem benéficos, mas não imaginei que os resultados fossem tão grandes. Minha disposição, energia e concentração aumentaram drasticamente. A aparência melhorou e o cansaço durante o dia sumiu. A conseqüência foi mais bom humor e muito mais produtividade.

    A questão agora é: Será que continuarei? A recompensa do bem estar tem sido grande, mas confesso que abandonar a macarronada com o noticiário das dez não é tão simples para mim.

    Mas e você? É uma pessoa de hábitos muito mais saudáveis que eu, ou é alguém que está precisando revê-los e dar uma “desintoxicada” como tenho procurado fazer?

    Se for o segundo caso, junte-se a mim ( enquanto eu ainda resisto) e comece hoje a cuidar melhor da alimentação e do sono, colhendo os frutos.

    Meus frutos até agora têm sido mais prazer e mais resultados; não sei quais frutos você vai colher, mas se este texto for pelo menos uma semente que o ajude a melhorar sua qualidade de vida, o post de hoje já terá valido a pena!

    Até mais."

    Gostava muito de conhecer testemunhos dos meus leitores, sobre o impacto nas suas vidas de mudanças que tenham feito no seu Estilo de Vida.

    Abraços saudáveis

    quarta-feira, 7 de outubro de 2009

    É importante saber que óleo parcialmente hidrogenado é gordura trans!


    Compartilho com os meus leitores, a indignação explícita do Dr. Sérgio Vaisman, sobre as estratégias mais recentes para nos enganarem enquanto consumidores, sobre a questão da gordura trans.

    "Realmente revoltante e enfurecedor o tipo de pouco caso a que nos submetem as indústrias que produzem alimentos.Veja só o que me enraiveceu numa das últimas idas ao supermercado. Ao procurar comprar um molho de pimenta, verifiquei no rótulo do produto que havia OLEO PARCIALMENTE HIDROGENADO. Você sabe o que isto significa? Nada mais do que GORDURA TRANS. Já sabemos que a gordura trans é adicionada a todos os alimentos industrializados crocantes e suavizadores de textura, o que não é menos condenável, mas encontrar esse tipo de gordura num tempero eu considerei DEMAIS!

    De acordo com o FDA, “ relatórios científicos confirmam a correlação entre consumo de gorduras trans com aumento do risco de doenças das coronárias. Por esse motivo, nenhuma quantidade dessa gordura pode ser consumida com segurança.”

    Apesar dessa publicação, os órgãos oficiais, inclusive o próprio FDA, passaram a considerar uma quantidade tolerável de consumo para os seres humanos que se considera seguro. Ora, se NÃO se deve consumir pois FAZ MAL, como se considerar que exista um tanto capaz de não ser nocivo ao organismo? Isso também ocorreu quanto ao ASPARTAME, verdadeiro veneno que libera no organismo uma substância venenosa chamada METANOL que, a partir dos interesses em sua comercialização, passou a ser tolerado numa determinada quantidade. Da mesma maneira se fez com o mercúrio, metal pesado que se acumula no corpo e leva ao desenvolvimento de inúmeros problemas degenerativos graves mas, após pressões das indústrias, passou-se a criar uma quantidade tolerável pelo organismo e que se denomina SEGURA.

    A única quantidade segura de consumo de gordura trans é ZERO. Para piorar a situação, o FDA solicita aos fabricantes de alimentos que ressaltem nos rótulos dos produtos a gordura trans quando a quantidade exceder 0,5 gramas por porção servida. Abaixo disto, pode-se anunciar “NÃO CONTEM GORDURA TRANS”. Você acha isto justo? Não somos apenas ingênuos mas, sim OTÁRIOS!

    Todos os produtos que contêm gordura trans são realmente deletérios ao organismo e isso inclui TODOS os biscoitos crocantes, sorvetes cremosos, margarinas,maioneses prontas e muitos outros. Tantos são os produtos que dizem não conterem gordura trans mas ressaltam GORDURA HIDROGENADA na sua composição, o que é sinônimo de gordura trans. É para otários mesmo!

    Por esse motivo, a única arma que temos nessa luta de manutenção da saúde chama-se INFORMAÇÃO. Não faltam artigos e literatura abundante sobre esse tema e cabe a nós nos informarmos da melhor maneira. O prazer em comer é uma das coisas mais próprias do ser humano mas não devemos nos esquecer que induzimos nossos filhos a consumirem muito lixo que provêm de indústrias alimentícias e nos são propagadas como saudáveis.

    Os maiores FABRICANTES DE DOENÇAS atualmente estão entre os que industrializam alimentos “enriquecendo-os” com aditivos absolutamente maléficos ao corpo humano."


    Estima-se que se os consumidores esclarecidos e actuantes chegarem a 5% do total dos consumidores, conseguiremos parar com a colocação dos interesses económicos de alguns à frente da saúde (Qualidade de Vida) da população.

    Como executivo, sou defensor do sistema capitalista e da geração de lucros das empresas, como garante da melhoria crescente e sustentada das condições de vida de toda a população mundial, mas nunca ultrapassando limites do bom senso e do respeito pela vida (saudável!) das famílias, enquanto consumidoras dos respectivos produtos e ou serviços!

    Abraços saudáveis

    sábado, 3 de outubro de 2009

    Três fotos que explicam o sofrimento da nossa amiga durante 33 dias!


    Temos uma amiga brasileira que foi para Driffield (Inglaterra) para estudar inglês e ficou em casa de uma família tomando conta das duas crianças do casal que a recebeu. A experiência não correu bem por várias razões, mas uma das que acabou por ter mais impacto, foi o estilo de alimentação desta família de classe média (boa casa, carros, os dois trabalham, ...).

    Em vez de explicar o que eles comem dia após dia, semana após semana, mês após mês,...., resolvi publicar as 3 fotos abaixo que mostram o tipo de produtos alimentícios (e a quantidade, pensando na fruta!) que entram lá em casa (a nossa amiga esteve 33 dias com esse tipo de dieta e engordou 5 kgs).













































    Pergunto aos meus leitores:

    - onde estão as frutas, os legumes e as sopas?
    - onde está o peixe, os pães e massas integrais, etc?

    Como seria de calcular, ambos os adultos (especialmente ela!), sempre estão com uma dor de cabeça, uma indisposição, .... .

    Imaginem o prazer desta nossa amiga, quando hoje chegou nossa casa e teve o prazer de almoçar "comida de verdade"?

    Termino colocando mais uma questão para que possamos reflectir:

    Em pleno séc. XXI, onde a informação está à nossa disposição e à velocidade de um clic, por que é que uma família de classe média em Inglaterra, opta (sim felizmente eles podem escolher aquilo que querem comer!) por um tipo de alimentação industrializada que lhes retira o prazer da "boa mesa", com efeitos negativos e crescentes no estado de saúde de cada um dos membros, incluindo as duas crianças que irão crescer neste ambiente (acreditarão os pais que estão a fazer o melhor que podem pelos seus filhos?)?

    Abraços saudáveis

    domingo, 13 de setembro de 2009

    "O DOPING DOS POBRES - Promover saúde não é sufocar a dor da vida com drogas legais"


    Sem demérito para com todos os que aqui já citei, acredito que hoje publiquei aquele que considero ser o
    melhor artigo desde a criação do meu Blog.

    O conteúdo do artigo "O doping dos pobres", escrito pela Eliane Brum, colunista da revista Época, merece a nossa melhor atenção, por que retrata de uma forma ímpar, uma realidade que não pode mais ser ignorada.

    Vejam abaixo os trechos que considerei mais relevantes e cliquem aqui para poderem ler o artigo na íntegra (é um artigo longo mas acreditem que é de leitura obrigatória!).

    "Parte da minha família tem origem rural e lá está até hoje. Na roda de conversas, chimarrão girando de mão em mão, os tios com um cigarro de palha pendurado no canto da boca, ficava encasquetada com um comentário recorrente. Toda prosa começava com o preço da soja ou do trigo, evoluía para a fúria da geada do inverno daquele ano, quicava por quanto fulano e beltrano estavam plantando e, por fim, chegava ao ponto que me interessava.

    Eu era um toco de gente, mas sentada num banquinho ao pé dos adultos e do fogão à lenha, não havia nada que me arrancasse dali. Depois desses assuntos chatérrimos, que eu suportava com brios de filósofo estóico, finalmente minhas tias começavam a atualizar meus pais sobre as fofocas locais.
    Invariavelmente havia alguém que tinha descarrilado. Vinha então a voz meio sussurrada, em tom de sentença: "fulana sofre dos nervos".

    Pronto, estava tudo explicado. Menos para mim.
    Eu não entendia o que eram os tais dos nervos. Só sabia que eles eram os culpados por alterar a ordem daquele pequeno mundo rural. Depois de "atacadas dos nervos", pessoas até então trabalhadeiras, de repente, não achavam mais que acordar às 4h da madrugada para tirar leite de vaca e plantar soja era a vida que tinham pedido a Deus. Mulheres sensatas largavam as panelas e os filhos ao vento e recusavam-se a juntar o marido bêbado na bodega do povoado. Rebelavam-se. Por culpa dos nervos.

    (...) Naquelas noites, eu nem dormia. Parte por causa dos borrachudos que tinham esfolado a minha pele.
    Parte por causa do mistério dos ataques de nervos. Será que eu também tenho nervos?, matutava. De manhã, perguntava a um e outro, mas ninguém dava uma explicação convincente. Nervos eram nervos e pronto. E não eram assunto de criança.

    Cresci, apalpei outras geografias, mas revisito aquele mundo rural sempre que possível. Nas minhas recentes passagens por lá,
    descobri que os nervos desapareceram. Não há mais nervos em parte alguma. Agora há depressivos e vítimas de pânico. E, em vez de ataques de nervos, as pessoas têm crises de ansiedade. Antes, o contra-ataque se dava por um arsenal de chás e ervas de nomes estranhos. Mesmo na cidade, não tinha nada que o finado Chico não tratasse com alguma beberagem de cor estranha. Minha teoria pessoal é que não existia vírus ou bactéria ou até mesmo nervos capaz de suportar o cheiro daqueles troços. Mas o velho Chico morreu, não sei dizer se antes ou depois dos nervos. E agora tudo é tratado com comprimidos de cores variadas.

    Quando comecei minha aventura de repórter, no final dos anos 80, ainda encontrava referência aos nervos por onde andasse, fosse em zonas rurais de norte a sul, fosse na periferia das grandes cidades. Com o tempo, especialmente
    a partir dos anos 90, as mesmas queixas começavam a ser embaladas em termos médicos. Nos últimos anos, tenho ficado embasbacada ao entrevistar gente analfabeta que fala em depressão como se fosse o nome de alguém da família. A terminologia médica invadiu a linguagem em todas as classes sociais e regiões - e se inscreveu na cultura.

    (...) De uns tempos para cá, o que muita gente tem me mostrado são, adivinhem: "seus" medicamentos. Com um sentido diverso. Acreditam que, por ser jornalista, tenho um conhecimento que eles não têm, sou capaz de esclarecer suas dúvidas. Estou lá, sentada no único sofá ou na melhor cadeira da casa, quando acontece. Depois da prosa inicial, que no meu caso leva umas duas horas, já estamos todos bem à vontade. Então o pai ou a mãe ou a avó fazem sinal para a menina mais nova. E lá vem a criança carregando uma lata da cozinha. Deposita entre as minhas mãos, como uma hóstia. Olho e já sei o que vou encontrar: cartelas de comprimidos até a boca.

    Querem saber se faz bem mesmo. Se posso explicar como devem tomar. Se acho que o guri que só apronta na escola deveria tomar também. Me arrepio. Examino o conteúdo. Procuro as bulas. Boa parte são antidepressivos e tranquilizantes. Pergunto quem toma e por que toma. O avô porque não dorme, a mãe e a avó porque estão deprimidas, o pai porque é nervoso e o filho porque é "muito agitado". Com variações, claro. Mas em geral as deprimidas são as mulheres. Lembro que eram elas também as que mais sofriam dos nervos. Não que os homens não sofram, mas sinto que resistem mais antes de assumir publicamente que são "deprimidos". Em geral eles não dormem ou são "nervosos". Muitas vezes, os pais bebem álcool, os filhos são usuários de drogas.

    Com delicadeza, explico que não sou médica, que precisam procurar o posto de saúde. Respondem que a próxima consulta é só daqui a três meses. Descubro então que trocam de medicamentos. Quando acham que o seu não está resolvendo, tentam o do outro. Consciente da minha ignorância, afirmo apenas o que posso afirmar: não tomem o medicamento que é do outro nem dêem para as crianças. Semanas atrás uma mulher me perguntou se podia dar um tranquilizante para a sua sobrinha, de 9 anos, que estava muito agitada. Eu disse que de jeito nenhum, "é muito forte". Minutos depois, veio me contar com um sorriso. Tinha encontrado uma solução: "Dei só a metade".

    A medicalização da dor de existir não é nenhuma novidade. Antidepressivos e tranquilizantes estão disseminados em todas as classes sociais.
    Para boa parte das pessoas tomar uma pílula para conseguir "aguentar a pressão" é tão trivial quanto tomar um cafezinho. Mas penso que, se você é de classe média, tem mais acesso à informação, à terapia, a um tratamento mais competente. Tem mais acesso à escuta da sua dor.

    É importante fazer a ressalva. Não sou contra
    antidepressivos e tranquilizantes. Nem tenho autoridade para ser. Acho que medicamentos têm sua hora e seu lugar. Mas não é preciso ser médico para saber que, em geral, seu uso deve ser temporário, monitorado e acompanhado por outros recursos. Como psicoterapia e análise, em muitos casos. Ou seja, devem ser usados com muita parcimônia, critério e acompanhamento. E não como se fossem pílulas de açúcar, que podem ser tomadas por todos a qualquer sinal de dor psíquica.

    O que tenho visto é um doping social. Combate-se a maconha, o crack, até o cigarro, ótimo. Mas e as drogas médicas que estão pelos barracos e pelos palácios? São menos drogas porque dadas por um doutor?

    Minha percepção é de quem anda bastante por aí. Por ser repórter, tenho o privilégio de entrar por várias portas, escutar a narrativa de muitas e diferentes vidas. Para escrever este texto
    conversei com psiquiatras, psicólogos e psicanalistas que trabalham na rede pública de saúde. Queria ir além do meu testemunho. Seus relatos são mais assustadores que o meu.

    "Basta chorar", afirma uma psiquiatra muito conceituada. "Há poucos psiquiatras na rede pública, em qualquer parte do país. Em geral, as pessoas vão ao médico por algum outro motivo. Então choram. E o médico, seja qual for a sua especialidade, receita um antidepressivo ou um benzodiazepínico (tranquilizantes - ansiolíticos e hipnóticos). Meses depois a pessoa volta. E continua chorando. Aí ganha um mais forte. Ou ganha dois. E ela continua chorando. Mas tudo o que ouve é que é doente e tudo o que lhe dão são remédios. Só que ela continua chorando.".

    "As pessoas são levadas a acreditar que o remédio pode acabar com a sua dor, uma dor que tem causas muito concretas. Não resolve, claro. Um exemplo. Uma mulher tinha dois empregos, um de dia, outro de noite. O que ganhava não dava para pagar as contas. Os ônibus que pegava para chegar até esses empregos eram lotados. Ela vivia num barraco. Aí procurou o posto de saúde e lhe trataram com antidepressivos. Não adiantou. Deram-lhe outro medicamento. Nada. Um dia, sem nenhuma esperança ou recurso, ela tentou suicídio", conta uma psicóloga.
    "A questão é que não há promoção de saúde, porque isso implicaria se preocupar com projeto de vida, com perspectiva de vida, com melhoria das condições de vida. O que há é medicalização da vida. Vemos o tempo todo gente que foi viciada em ansiolíticos nos postos de saúde.".

    "A gente vê um monte de gente sofrendo. E sofrendo muito. Mas o atendimento funciona assim: está chorando?, toma um antidepressivo; não dorme?, pega um benzodiazepínico. É uma supermedicalização sem critério. As pessoas estão tomando remédios como se fossem bolinhos", afirma um psiquiatra. "Vivemos uma época de sedativo social. O médico não tem tempo de escutar, dá um remédio para que parem de chorar ou reclamar, e as pessoas vivem a fantasia de que são atendidas. Não funciona, claro. Elas continuam sofrendo. Então voltam e o procedimento se repete. E assim vai diminuindo a pressão social.".

    Vale a pena parar e refletir. Nossa época está produzindo gerações de anestesiados? A medicalização da dor psíquica é um fenômeno relativamente recente. Pelo menos nesta proporção, com essa enorme variedade de medicamentos disponíveis e muito mais sendo produzido em escala industrial e vendido em licitações para a rede pública em suas variadas instâncias. Cada comprimido de diazepam (benzodiazepínico), por exemplo, custa menos de um centavo para a rede pública. Bem mais barato, digamos, que uma sessão de psicoterapia.

    Se pensarmos que a medicação da população com antidepressivos e tranquilizantes se acentuou a partir dos anos 90, que tipo de sociedade teremos daqui, digamos, uma ou duas décadas? O que acontece com as pessoas quando têm a sua dor de existir abafada, mascarada, calada a golpes de pílulas? Não sei. Mas acredito que são perguntas que devemos nos fazer. Nós todos, não apenas os governantes ou os profissionais da saúde. Estamos vivendo uma mudança cultural das mais profundas. E não me parece que estamos suficientemente atentos a suas causas, significados e implicações. Que tipo de mundo e de gente estamos criando quando a resposta para toda dor é uma pílula?

    De novo,
    não sou contra o uso responsável de medicamentos. E me sinto bastante satisfeita por viver numa época em que é possível curar - ou pelo menos controlar - muitas doenças graças ao avanço da ciência. Mas não é disso que se trata. O que tenho testemunhado não é tratamento - mas doping. E do pior tipo, o legalizado, aquele que é travestido como promoção de saúde e promovido pelo Estado, sob a pressão da indústria farmacêutica. E, atenção: cada vez mais cedo. Em todas as classes sociais, as crianças começam a ser medicadas nos primeiros anos de vida, bastando para isso não ter um comportamento na escola considerado "normal".
    (...)
    A dor é parte da vida. O fascinante na espécie humana é que conseguimos transformar dor em criação. Elaboramos nossas muitas dores criando poesia, pintura, escultura, música, vestidos, bordados, artesanato, culinária, cinema, móveis, teatro, ciência, histórias. Cada um a sua maneira. Se em vez de elaborar a dor e transformá-la em expressão, tomamos comprimidos que conseguem apenas nos embotar por um tempo, o que estamos fazendo conosco e com o nosso mundo?

    Se você pega seis ônibus lotados por dia, trabalha 15 horas, é humilhado pelo seu chefe, mora num barraco e não tem dinheiro para pagar as contas, você está deprimido porque não tem mais forças para suportar esse cotidiano ou está doente porque não consegue dormir? Não. Não é preciso ser médico para saber que ninguém pode estar bem em condições de vida como essas. Sua alternativa não é se entupir de tarja-pretas, mas criar um jeito de lutar por uma vida melhor, pressionar o poder público, criar uma associação comunitária para exigir seus direitos, construir um projeto de vida com aquilo que é possível e brigar por aquilo que precisa se tornar possível.

    Ser ativo e ser parte é ter saúde. Não há nada mais doentio e aniquilador do que o sentimento de impotência. E, quando a questão é esta, tomar remédios como se sua dor não fosse legítima, não tivesse causas reais que precisam ser escutadas e transformadas, é acentuar o abismo da impotência. É o contrário de saúde. Por isso, fico muito preocupada quando entro nas casas e os moradores me mostram suas pílulas.
    (...)
    Penso que o conceito de saúde - e de saúde mental - não existe se não abarcar projeto de vida.

    (...)
    Para mim, a escrita foi a maneira que encontrei de elaborar a minha angústia, "os meus nervos". Acabei fazendo disso um projeto de vida.
    (...)
    Tudo o que vivi uso para escrever.
    E tudo o que vivi me ensinou a escutar. Quando entro na casa das pessoas como repórter e elas me mostram seus medicamentos, o que esperam de mim é que as escute. E é o que talvez eu faça de melhor. Fico horas em suas casas, apenas ouvindo. Escutando de verdade. A narrativa da vida é um reconhecimento da vida. A escuta da dor é um reconhecimento da dor. Se alguém que sofre procura um médico e, em vez de escutá-lo, ele o entope de comprimidos, o que aconteceu ali não é promoção de saúde, é promoção de doença. E o médico que se sujeita a isso pode estar tão doente quando aquele que o procura. O sistema de saúde não pode funcionar como um reprodutor de impotências. Uma linha de produção de impotências, que em vez de apertar parafusos, coloca bolinhas na boca. Como sabemos por pesquisas, é significativo o número de médicos que não apenas dopa, mas também se dopa.

    Promover saúde é promover vida. E a vida começa pela escuta da vida. É o que faço como contadora de histórias reais. Mas quando as pessoas me mostram uma lata de comprimidos, que todos tomam, da criança mais nova ao avô, não é de mim que elas precisam. Para não me sentir impotente, escrevo este texto. Na esperança de que alguém me escute."

    Eliane Brum, eu escutei e tenho a certeza que alguns dos meus leitores também! Muito obrigado pelo seu precioso testemunho!

    Para invertermos esta tendência perversa, cada um de nós tem que mudar de atitude e dar o seu pequeno contributo para que consigamos ter uma verdadeira gestão da saúde em prol das populações e não uma gestão da doença que apenas privilegie os interesses de alguns!

    Abraços saudáveis

    quarta-feira, 12 de agosto de 2009

    "Qual adoçante devo usar"


    Na sequência do artigo por mim publicado em fevereiro deste ano intitulado "Sabia que proibiram a venda do melhor adoçante para a SUA saúde?" é com satisfação que agora dou a conhecer aos meus leitores o que o Dr. Sérgio Vaisman nos diz sobre o Stévia, adoçante que no Brasil, tem, naturalmente, autorização para ser comercializado:

    "Qual adoçante devo usar

    O açúcar que sempre utilizamos é uma das grandes pragas da humanidade nos dias de hoje. Alem de contribuir para o aumento do peso, tem um papel importante como coadjuvante de muitos tipos de processos degenerativos. Por este motivo, varias tentativas foram feitas para se chegar ao adoçante mais próximo do ideal. Isto foi conseguido com a descoberta de STEVIA. Trata-se de uma folha originaria da China e também encontrada em Israel, Tailândia e alguns paises da América Central. O sabor adocicado provem de seu derivado químico chamado STEVOSIDEO que, em sua forma purificada, adoça de 100 a 200 vezes mais do que o açúcar comum.
    Sempre houve preocupações com efeitos colaterais dos adoçantes e vários estudos demonstraram que o que mais apresenta problemas é o ASPARTAME que, apesar de pouco calórico, não ajuda a emagrecer alem de comprovadamente produzir vários efeitos colaterais. Dentre todos, STEVIA é o que parece ser menos agressivo ao organismo embora pessoas mais sensíveis possam apresentar hipoglicemia (diminuição no nível de açúcar no sangue) ou queda de pressão arterial.
    Apesar de se ter produtos à base de STEVIA de varias marcas, ainda não se conseguiu um que tivesse o sabor puramente doce pois uma sensação residual de amargo pode permanecer. De qualquer forma, é considerada a substancia menos capaz de produzir efeitos desagradáveis ao organismo."

    Pensando na saúde de todos os portugueses, tenho esperança que, num relativo curto espaço de tempo, possamos comprar Stévia no nosso país!

    Abraços saudáveis

    quarta-feira, 1 de julho de 2009

    Por que nenhum fornecedor apresenta estudos das misturas que fazemos diariamente?


    No passado dia 18 de junho, o jornal GLOBAL notícias, publicou um artigo onde se lia:

    "A água do Alqueva está contaminada por insecticidas e pesticidas, cuja concentração pode fazer perigar a saúde humana e ultrapassa os limites europeus, revela um estudo de investigadores da Universidade de Aveiro. (...)"

    Agora chamo a atenção dos meus leitores para algo que considero preocupante e serve bem para ilustrar o que andamos (e andam!) a fazer com o nosso corpo:

    "Nalguns casos em que as concentrações se encontravam abaixo dos níveis de perigosidade indicados pela legislação europeia, "observou-se níveis de toxicidade elevada para algas testadas" (...)"

    E sabem porquê? Aqui quero fazer o paralelo com as misturas que diariamente fazemos através daquilo que comemos, que respiramos, que absorvemos através da pele, da boca (ex: pasta de dentes), etc.

    "Os autores do estudo, (...), recomendam que "seja prestada atenção ao facto dos valores máximos permitidos para os pesticidas individuais e para a soma de pesticidas não ter em consideração os efeitos da mistura dos químicos que podem, por exemplo, ser potenciados"."

    Explicando de uma forma mais simples (apesar de ter pouca lógica!), é como se um fornecedor de armas nos dizer que a arma (sem balas) não faz mal a ninguém e o fornecedor das balas, nos afirmar que estas só por si são inofensivas e nenhum dos dois se responsabilizar pelo facto de uma arma com balas, ser um objecto mortífero.

    Mostrem-me um estudo feito por aqueles que nos vendem todo o tipo de comida, mostrando a toxicidade da mistura de um hamburguer, com o refrigerante, as batatas fritas com sal, o aspartame no café, etc.

    Cada um apresenta estudos parcelares e nunca se consegue provar que grande parte das doenças ocidentais dos século XX / XXI tem a ver (outras causas existem!) com o que nos incentivam a consumir.

    É fundamental que cada leitor pare para pensar sobre as misturas que a respectiva família faz à mesa (e não só!) ao longo dos anos e reflectir se os respectivos fornecedores alguma vez o alertaram para os verdadeiros perigos em que todos incorremos.

    A solução é tornarmos o nosso sistema imunitário mais forte para conseguirmos combater à altura, a mistura de corpos "estranhos" que nos adentram várias vezes ao dia.

    Abraços saudáveis,

    quarta-feira, 24 de junho de 2009

    A importância de respirarmos BEM!


    Já tenho escrito algo sobre este tema, mas gostei da forma didática como está escrito o artigo na revista máxima de julho de 2009, intitulado "Respirar para a vitalidade", escrito pela Cristina Azedo. Leia alguns trechos abaixo;

    "(...)
    Quantas vezes lhe disseram que, para se acalmar, o melhor é respirar fundo?
    E, de todas em que seguiu este conselho conseguiu ou não aliviar o ânimo e controlar a energia? Se é certo que sim, porque não o faz no quotidiano?
    A resposta é simples: porque raramente se lembra que está a respirar.
    (...)
    Respirar lenta e profundamente é um dos melhores caminhos para atingir a serenidade, bem como aumentar a vitalidade do organismo.

    Fim dos resíduos tóxicos

    O primeiro passo para a conquista de uma respiração de qualidade é lembrar-se que pode controlá-la. (...) Chega de respirar levemente como quem tem medo de encher os pulmões. Ao fazê-lo usa apenas uma parte destes orgãos, levando a que resíduos tóxicos acumulados não sejam completamente expelidos. Resultado? Sintomas como fadiga, ansiedade, mão e pés frios, irritabilidade, falta de concentração, memória fraca ou dependência de estimulantes, como o café ou o açúcar, começam a fazer parte do quotidiano, sendo consequências típicas da privação diária de oxigénio.
    Uma respiração em profundidade estimula e massaja os orgãos internos, tonifica o diagrama e os músculos abdominais.(...) O que significa maior bem-estar geral. E poderá até aliviar problemas com dores de cabeça, asma ou sinutise.

    Encher a barriga

    Para respirar bem, não chega a parte superior da caixa torácica. Há que recorrer ao diafragma e aos abdominais. Ou seja, utilizar a barriga para receber o oxigénio. (...) O que quer dizer que a solução é treinar o nosso corpo para, de forma controlada, recuperar essa respiração natural.
    (...)


    PROTEGER O CORAÇÃO

    O neuropsiquiatra e investigador David Servan-Schreiber há muito que aconselha exercícios respiratórios como forma de prevenir os distúrbios cardíacos (...)."

    Abraços saudáveis