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quarta-feira, 30 de junho de 2010

"Labrador avisa menina diabética quando taxa de açúcar se altera"



O título do artigo que publico hoje, retirado da Folha de São Paulo, fala por si!
Os meus leitores mais assíduos já sabem o que eu penso sobre os cães, mas este artigo vem corroborar que o Homem ainda tem muito que aprender com estes seres tão especiais que constantemente nos dão lições em diversas matérias.

"Um cão labrador treinado para detectar a queda do nível de açúcar no sangue de seres humanos vem ajudando uma menina britânica de seis anos a evitar entrar em coma por causa de diabetes.

A cadela Shirley é um dos dez cães treinados pela entidade beneficente Cancer & Bio-detection para alertar diabéticos quando sua condição se deteriora e mora há quatro meses com a pequena Rebecca Farrar, que tem diabetes tipo 1.

"Ela salva a minha vida", diz Rebecca, que é a primeira criança a receber um cachorro para detectar sua doença. "Ela é minha melhor amiga."

Shirley é capaz de sentir uma mudança de odor exalado pelo corpo de Rebecca quando sua taxa de açúcar cai ou sobe a níveis alarmantes.

O cheiro não é detectado por seres humanos e é um sinal emitido pelo corpo antes de outros mais aparentes, como palidez.

Ela então começa a lamber os braços e as pernas da menina para alertá-la. Desta forma, a menina ou sua mãe têm condições de tomar providências para evitar um colapso.

Alerta precioso

"Shirley percebe (a queda no nível de açúcar) bem rapidamente e começa a lamber as mãos e pernas de Rebecca até ela tomar uma Coca-cola ou ingerir açúcar, que elevam seus níveis de açúcar novamente. Quando a taxa está muito alta, Shirley também sente e dá o alerta", explica a mãe de Rebecca, Claire.

A mãe lembra de um episódio em que ninguém percebeu que a taxa de açúcar de Rebecca estava caindo até Shirley dar o precioso alerta.

"Nós não tínhamos ideia de que ela estava com a taxa de açúcar baixa. Ela estava dançando em um clube com seu irmão-gêmeo, Joseph, e quando os dois voltaram à mesa para tomar algo, Shirley começou a lamber as mãos de Rebecca. O kit de primeiros-socorros estava embaixo da mesa e Shirley foi até lá e pegou um exame de nível de açúcar", conta Claire.

"Ela deu o exame a Rebecca e começamos a desconfiar que tinha algo de errado. Fizemos o teste, e o nível estava bem baixo. Se eu não tivesse Shirley, Rebecca teria entrado em colapso. E quando isso ocorre, ela entra em um sono tão profundo que se tentamos colocar açúcar em sua boca, ela engasga."

A presença de Shirley na casa também tornou a vida de toda família mais fácil.

"Ela tinha um colapso a cada dois dias. Às vezes eu a socorria apenas pouco antes de ela entrar em um colapso muito sério, outras vezes eu tinha de chamar a ambulância", conta Claire.

"Mas agora temos Shirley e ela detecta a queda no nível de açúcar antes de Rebecca perceber o problema."

Claire conta que também consegue ter noites de sono mais tranquilas, sem medo de a filha ter algum problema durante a noite, como ocorria antes de Shirley dormir ao lado da cama de Rebecca.

A entidade beneficente que deu Shirley à família treina cachorros para detectar todo tipo de doença, incluindo câncer.

"O que nós descobrimos nos últimos cinco anos é que cães são capazes de detectar doenças humanas pelo odor. Quando a nossa saúde altera, temos uma pequena alteração no odor do corpo. Para nós é uma mudança mínima, mas para o cachorro é fácil de notar", diz ClaireGuest, da organização Cancer & Bio-detection."

Abraços saudáveis

terça-feira, 20 de abril de 2010

"Leite Materno Deve Ser Sempre Prioridade" - "metade das mulheres desistem de dar mama durante o primeiro mês!!!"

Não é a primeira vez que publico algo sobre a importância do leite materno ser a 1a opção e como gostei bastante do que li no Blog "PARA A VIDA" sobre esta matéria, aqui fica mais uma nota para aquelas mães que mesmo podendo amamentar (pelo menos nos primeiros 6 meses), se sintam tentadas a usar outras opções por uma questão "logística".

"As vantagens da amamentação são inúmeras e reconhecidas por todos, quer para o bebé, quer para a mãe. Por isso, deve ser considerado sempre como uma prioridade.

“O leite materno é qualquer coisa de extraordinário. É diferente, é um alimento vivo, tem células, protege as crianças contra as infecções de uma maneira altamente eficaz”, considera o especialista do serviço de neonatologia do Hospital S. Francisco Xavier, António Honrado Lucas, exemplificando: “é impossível um bebé de dois meses, enquanto alimentado a peito, ter uma gastrite”.

O leite materno é um alimento vivo, completo e natural e as suas vantagens são múltiplas e reconhecidas, quer para o bebé, quer para a mãe. “Em termos psicológicos, até a mãe fica mais segura, sente que está a contribuir para a saúde do seu bebé”, acredita António Honrado Lucas. É consensual que a duração ideal do aleitamento materno exclusivo é de seis meses, “embora nos tempos que correm, a Organização Mundial de Saúde (OMS) aceite os três meses”.
De acordo com os especialistas, o leite da mãe tem um efeito protector entre outros, sobre as alergias, infecções gastrointestinais, respiratórias, urinárias e diabetes. Por outro lado, António Honrado Lucas acrescenta que algumas situações frequentes nestas fases, nomeadamente as cólicas abdominais, podem ser minimizadas: “embora, as cólicas sejam uma questão multifactorial, que tem que ver com o meteorismo ou o stress do bebé, sem dúvida que a amamentação é benéfica, tornando o problema menos frequente”.
Ao mesmo tempo, para a mãe facilita uma involução uterina mais precoce e associa-se a uma menor probabilidade de cancro da mama. A enfermeira do Centro de Saúde da Parede, Adelaide Órfão e responsável pela Associação de Aleitamento Materno de Portugal – Mama Mater acrescenta mais algumas das vantagens.

“O leite da mãe transmite um património vivo e, por isso, para além do ponto de vista fisiológico, induz o equilíbrio neurológico, a maturação e modulação do próprio crescimento do bebé, (que compreende o desenvolvimento do intestino e que diminui todo o número de doenças associadas), e o próprio bem-estar que se reflecte na mãe”.

Alguns estudos revelam que mais de 90 por cento das mães portuguesas iniciam o aleitamento, se bem que quase metade das mulheres desistem de dar mama durante o primeiro mês de vida do lactente. É com o intuito de contribuir para aumentar as taxas de amamentação em Portugal que existe a Mama Mater.
(...)
A mãe tem menos depressão pós-parto. E do ponto de vista do pai, a grande maioria, é a favor de que as suas mulheres amamentem, pois sentem que os bebés ficam bem entregues se tiverem a oportunidade de mamar o leite da sua própria mãe”, adianta Adelaide Órfão, e conclui que o bebé fica efectivamente mais apto, “com as suas competências desenvolvidas e operacionalizadas”."




Mãe, todos em casa têm algo a ganhar com o facto de você decidir que vai amamentar os seus filhos durante pelo menos os primeiros 6 meses!

Boas decisões e...

Abraços saudáveis

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Usar um "quadradinho" de chocolate negro com o seu café em vez do tradicional pacote de açúcar ou adoçante!


Publiquei hoje no Facebook, o seguinte comentário, na sequência de uma ideia simpática de juntarmos em casa os pacotes de açúcar que não usarmos quando tomamos café fora (leia desta ideia na íntegra, clicando aqui ):

"[Paula Nogueira], gostei da sua ideia (...) e aqui fica uma dica para quem ainda sente falta do açúcar.

Na minha mochila (eu ando muito a pé e normalmente sempre com ela) costumo ter chocolate preto (com % ALTA de cacau) e antes de (ou simultaneamente) um café, como um "quadradinho" que é suficiente para adoçar de uma forma mais saudável e tomar aquele com muito prazer!..."

Sem nos apercebermos, esta pode ser uma pequena mudança no nosso Estilo de Vida, com consequências muito positivas na nossa saúde a médio e longo prazo.

Logisticamente falando, sei que é muito mais fácil para as mulheres que na sua grande maioria, andam sempre com a sua carteira (já ficarei satisfeito se algumas das minhas leitoras encararem este desafio!), mas apelo à criatividade dos homens que realmente colocam como verdadeira prioridade, a sua própria saúde!

E não se esqueçam da sugestão da Paula Nogueira sobre o que fazerem com os pacotes de açúcar que agora fiquem por usar (mas já pagos!)

Abraços saudáveis

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

O infeliz comentário de Keiji Fukuda (OMS) sobre a gripe A!


Na sequência da acusação feita por Wolfgan Wodarg, chefe de saúde do Conselho da Europa de que fabricantes de medicamentos e vacinas da gripe, influenciaram a decisão da Organização Mundial de Saúde a declarar uma pandemia relativamente à gripe A (leia a notícia completa aqui, retirada do blog do Eduardo Homem de Carvalho - tem dados interessantes!), li hoje o seguinte no jornal OJE:

"OMS refuta falsa pandemia

A Organização Mundial de Saúde (OMS) qualificou ontem de "irresponsáveis", "historicamente inexactas" e cientificamente incorrectas "as acusações de que a pandemia da gripe A foi uma "farsa" e que a agência sobredimensionou a sua gravidade. (...) essas alegações são também uma falta de respeito (...) as 13.000 pessoas que morreram da doença"

A resposta da OMS é tão ridícula que eu deixo alguns números para os meus leitores sentirem qual das partes parece mais lúcida nesta questão.

Causa Número de mortes/ano (no mundo)

Gripe A 13.000 (dez meses)

Gripe "normal" 40.000 a 200.000

Tabaco 5.000.000

Diabetes 3.150.000


Acredito que os números falem por si. Bilhões de dólares gastos com vacinas, remédios, etc que poderiam muito bem ter sido canalizados (uma boa parte!) para uma verdadeira gestão saúde e não para a gestão de uma falsa pandemia.

Exigirmos explicações sobre o que verdadeiramente se passou, é algo mais do que legítimo.

Abraços saudáveis

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

"Entrevista com o cirurgião cardíaco Dr Mehmet Oz"


Um ex-colega meu mandou-me a entrevista abaixo publicada na revista Veja (Brasil).
Por abordar um tema ao qual todos deveríamos dar mais atenção, porque o seu conteúdo é rico em sugestões que podemos incorporar no nosso dia a dia e ainda por estar numa linguagem simples e acessível até mesmo aos mais "distraídos" nestas matérias, resolvi publicá-la na íntegra.

Entrevista com o cirurgião cardíaco Dr Mehmet Oz

Breve biografia

Dr.Mehmet Oz nasceu em Cleveland, Ohio (EUA), dos pais turcos. Ele é casado e pai de quatro filhos. Ele se formou da Harvard Univesity em 1982, depois fez mestrado e MBA na Universidade de Pennsylvania.

Ele é autor de mais de 350 publicações e vários livros. Em maio de 2005 estava na lista de New York Times Bestseller. Alguns livros e publicações dele junto com o colega Michael F. Roizen são:

Veja - Existe uma fórmula para se manter jovem por mais tempo?
Oz - Sim. Há catorze agentes principais envolvidos no envelhecimento. Sete retardam o processo, como os antioxidantes, e sete nos enfraquecem, como a atrofia muscular. É preciso manter esses agentes sob controle. O primeiro passo para alcançar esse objetivo é pensar não na possibilidade de ficar doente, mas na necessidade de manter o organismo saudável. Deve-se tirar o foco da prevenção dos males e direcioná-lo para a preservação da saúde. Se ninguém mais morresse de câncer e de doenças cardiovasculares, a expectativa de vida média do ser humano subiria apenas nove anos. Isso mostra que, para aumentar consideravelmente a expectativa de vida, não basta evitar doenças. É preciso cuidar do corpo para que ele não enfraqueça. Quando uma pessoa envelhece, doenças potencialmente fatais, como o câncer e o infarto, não aparecem de imediato. Antes que elas se instalem, o corpo torna-se mais frágil e vulnerável.

Veja - O que fazer para evitar que o corpo se torne frágil e vulnerável?
Oz - Meu novo livro, You Staying Young (Você Sempre Jovem, ainda sem previsão de lançamento no Brasil), trata exatamente desse tema. Os exercícios físicos são uma ferramenta essencial. Eles combatem o primeiro sinal do envelhecimento, que é a perda de força muscular.. Outros recursos importantes são alimentar-se bem e meditar. Uma boa recomendação é a prática do tai chi chuan, exercício oriental que combina equilíbrio, coordenação motora e também meditação. Se todos adotassem essas medidas, a vida média da população poderia subir para 110 anos. Quanto à alimentação, não podem faltar nutrientes como o resveratrol da uva e o licopeno do tomate, que são poderosos antioxidantes. O principal, mas também o mais difícil, é controlar a quantidade dos alimentos. De qualquer forma, todo mundo deve comer um pouco menos do que tem vontade.

Veja - Fazer várias pequenas refeições por dia, como recomendam alguns médicos, faz bem para a saúde?
Oz - Deve-se comer de três em três horas. Se o intervalo é maior, a taxa de hormônio grelina, que estimula a fome, começa a subir. O problema é que, após uma refeição, ainda demora trinta minutos para que a taxa desse hormônio volte a baixar. Em conseqüência disso, acaba-se comendo mais do que se deveria. O mais importante, além de comer alguma coisa a cada três horas, é trocar as refeições grandes por pequenas, intercaladas por lanchinhos. Esse conceito não foi criado por mim. É o que mostram as pesquisas científicas.

Veja - O que o senhor considera refeições grandes e pequenas?
Oz - Uma refeição grande ultrapassa 1 000 calorias. Uma pequena tem, no máximo, 500. Quem consome por volta de 2 000 calorias diárias pode fazer duas refeições de 300 calorias cada uma e outra maior, de até 800. Os lanchinhos podem ter até 250 calorias.

Veja - O que deve ficar de fora do cardápio?
Oz - Existe uma regrinha fácil de ser usada, a regra dos cinco. Para isso, é preciso examinar o rótulo dos alimentos. Cinco ingredientes não podem estar entre os primeiros listados no rótulo. São eles: gorduras saturadas, gorduras trans, açúcar simples, açúcar invertido e farinha de trigo enriquecida. Dois desses nutrientes são gorduras, dois são açúcares. Os dois tipos de gordura podem estimular processos inflamatórios no fígado que forçam a produção de substâncias deletérias, como o colesterol. Também fazem com que o fígado fique menos sensível à insulina, aumentando o risco de diabetes. Os açúcares listados fazem mal por estimular a produção de insulina, o que aumenta o depósito de gordura corporal. O pior é que esses cinco itens são os mais comuns nas dietas atuais.


Veja - O cardápio básico do brasileiro, composto de arroz, feijão, carne e salada, é saudável?
Oz - A princípio, sim. Esse cardápio contém exatamente os nutrientes para os quais a digestão humana está preparada. Mas os brasileiros comem carnes muito gordas, o que é errado.. Antigamente, no mundo inteiro, quando os métodos de criação do gado eram mais simples, a porcentagem de gordura dos melhores cortes da carne bovina era, em média, de 4%. Hoje é de 30%. Outro problema dos hábitos alimentares do brasileiro é que ele come arroz em excesso, o que não traz nenhum benefício. Melhor seria adotar o arroz integral. Os alimentos integrais têm mais fibras, o que os mantém mais tempo no intestino e diminui a absorção de açúcar pelo organismo. Uma vantagem dos brasileiros é ter à disposição enorme variedade de frutas e vegetais maravilhosos, por preço razoável.

Veja - Os hábitos que o senhor propõe para prolongar a vida são relativamente simples, mas exigem controle estrito sobre as atividades do dia-a-dia. Como exercer esse controle?
Oz - A palavra-chave é automatizar. Ou seja, fazer desses hábitos uma rotina, sem precisar pensar muito neles. Acordar, escovar os dentes e passar o fio dental, para reduzir a quantidade de bactérias prejudiciais à saúde. Beber muito líquido ao longo do dia, principalmente água e chá verde.. Dormir ao menos sete horas por noite. Durante o sono se produz o hormônio do crescimento, essencial mesmo para quem já é adulto, pois prolonga a juventude. Caminhar meia hora por dia e praticar exercícios que façam suar três vezes por semana. Meditar cinco minutos diariamente, o que pode estar embutido na prática de ioga ou tai chi chuan. Evitar alimentos que estejam na regra dos cinco, que mencionei anteriormente. Uma última coisa: estreitar o relacionamento com as pessoas próximas e abster-se de julgá-las. Em vez de julgar os outros, é melhor tomar conta de si próprio.

Veja - Abster-se de julgar os outros ajuda a manter a juventude?
Oz - Sim, da mesma forma que resolver situações de conflito. O conflito não traz nada de positivo. É apenas desgastante. Costumo recomendar a meus pacientes que procurem as pessoas com quem mantêm uma relação de animosidade e tentem resolver o impasse. Essa é uma atitude para o bem-estar próprio. Não há nada de altruísta nela. É uma atitude egoísta.

Veja - O que o senhor acha das dietas para emagrecer que surgem e viram moda a cada seis meses?
Oz - Essas dietas fazem sucesso, mas são péssimas para a saúde. A alimentação não deve ser encarada como uma maratona para a perda de peso. Uma dieta que tenha como chamariz o emagrecimento rápido não é confiável. Comer menos do que o corpo necessita é uma agressão à fisiologia. Ou seja, aos processos químicos que fazem o organismo funcionar. Quando a fisiologia é desprezada, os resultados das dietas são transitórios.

Veja - Por que o senhor recomenda cuidados com o jantar?
Oz - Na verdade, há uma única regra a observar: deve-se jantar pelo menos três horas antes de dormir. Deitar logo após a refeição facilita o acúmulo de gordura, principalmente na cintura. Além disso, comer muito tarde prejudica o sono.

Veja - O senhor recomenda beber muita água durante o dia. Quanto se deve beber exatamente?
Oz - Deve-se beber uma quantidade suficiente para que a urina esteja sempre clara. Isso varia de um dia para o outro. Em dias quentes, sua-se muito e, por isso, é preciso beber mais água. Para quem não abre mão da cafeína, sugiro chá verde. Em lugar de quatro cafezinhos por dia, beba quatro copos de chá verde. Essa bebida concentra muitos antioxidantes e nutrientes bons para a saúde.

Veja - Muitos ambientalistas condenam o consumo de água engarrafada. Do ponto de vista da saúde, ela é melhor que a água da torneira?
Oz - Eu acho um erro beber água engarrafada. Há dois problemas principais com ela. O primeiro é que, se a garrafa plástica não for reciclada, pode contaminar os mares e os rios. Isso prejudica o meio ambiente e, indiretamente, a saúde. O plástico das embalagens vai parar nos peixes que comemos. O resultado é que 97% das pessoas apresentam resíduos de plástico no organismo, o que interfere no sistema hormonal. Esses resíduos estimulam os receptores de estrogênio, o hormônio feminino. Em excesso, o estrogênio pode causar câncer e outros problemas. As toxinas contidas no plástico também aceleram o envelhecimento. O segundo problema é que, como a água engarrafada não apresenta vantagens com relação à água da torneira, trata-se de um desperdício de dinheiro [pessoalmente acredito que sempre que possível deveríamos beber uma água com um PH entre 6,8 e 7].

Veja - O senhor recomenda exercícios físicos que provoquem suor. Exercícios leves são inúteis?
Oz - Essas recomendações visam à saúde cardiovascular. Para essa finalidade, apenas os exercícios moderados ou intensos, que fazem suar, apresentam benefícios. Mas os exercícios suaves e de baixo impacto têm valor. Mesmo a caminhada movimenta grandes músculos, como os das coxas e dos quadris, que consomem muita energia. Como o gasto calórico muscular é maior durante o exercício, a queima de calorias aumenta.

Veja - Os suplementos vitamínicos são criticados em muitos estudos científicos. O que o senhor acha deles?
Oz - Eles são eficazes, mas prometem mais do que cumprem. Na verdade, os médicos saem da faculdade sem conhecimentos suficientes sobre os suplementos e são forçados a tirar suas próprias conclusões. De modo geral, uma suplementação só é necessária quando as vitaminas não são obtidas naturalmente com a alimentação. Por outro lado, acredito que determinadas vitaminas podem melhorar a qualidade de vida e a longevidade. Entre elas estão as vitaminas A, B, C, D e E, além de cálcio, magnésio, selênio e zinco. A vitamina D é importantíssima, pois previne câncer e osteoporose. Principalmente nos países mais frios, onde a exposição solar é restrita, os suplementos são essenciais.

Veja - Além dos procedimentos já descritos nesta entrevista, o que mais o senhor faz para adiar o envelhecimento?
Oz - Minha receita principal de juventude é brincar com meus filhos. Também procuro descobrir coisas novas todos os dias. Aprendo ao conversar com os outros e, apesar de ser muito assediado para responder a perguntas, por causa de minha atuação na TV, prefiro perguntar, saber como é a vida das pessoas, como elas trabalham. Isso faz minha mente exercitar-se.

Veja - Nos últimos anos, o aperfeiçoamento do tratamento clínico fez cair o número de cirurgias cardíacas. Essa é uma tendência em outras especialidades médicas além da cardiologia?
Oz - Sem dúvida. Os recursos clínicos tornaram-se mais eficazes tanto para a prevenção de doenças quanto para seu tratamento. Por isso, assim como na cardiologia, a cirurgia deixou de ser a primeira opção em outras áreas. Há poucos anos, quando o paciente machucava o joelho, ia direto para a sala de operação. Agora, ele vai para a sala de fisioterapia. Essa tendência também é evidente nos casos de diverticulite, uma inflamação do intestino, que passou a ser tratada com o consumo de fibras. O mesmo acontece com pacientes que apresentam doença arterial obstrutiva periférica. Antes eles iam para a faca. Agora, recebem como orientação deixar de fumar e caminhar. Mesmo que sintam dor num primeiro momento, essa é uma maneira de estimular o crescimento de novos vasos sanguíneos para substituir os danificados.

Veja - O senhor já esteve no Brasil. Como foi sua experiência no país?
Oz - Visitei o Brasil há muitos anos, quando ainda era estudante de medicina. Fui ao Rio de Janeiro e conheci o doutor Ivo Pitanguy. Também fiquei deslumbrado com as frutas brasileiras e com as lojas de sucos. Elas misturam frutas e outros vegetais, uma combinação pouco convencional. Conheci o açaí, que até hoje está no meu cardápio. Compro açaí em Nova York mesmo. É um dos alimentos com maior concentração de antioxidantes. Planejo voltar ao Brasil em meados do ano que vem para gravar um programa. Quero muito ir à Amazônia e conhecer as plantas medicinais da região."

Caro leitor, se é daqueles que ainda tem muitas pequenas mudanças por fazer no seu Estilo de Vida, sugiro que escolhe duas ou três e comece a introduzi-las no seu dia a dia, ao seu ritmo, com prazer e respeitando o seu orçamento familiar.

Abraços saudáveis

terça-feira, 17 de novembro de 2009

DIABETES - US$ 376 bilhões o custo deste mal crônico em 2010 (11,6% da despesa com saúde no mundo)


Sábado passado (dia 14), foi o Dia Mundial do Diabetes.

Do que li e assisti, destaco um artigo publicado na Folha de São Paulo (clique aqui para lê-lo na íntegra) e um programa de televisão (Sociedade Civil com a Fernanda Freitas, para assistirem com calma, quando acharem importante reflectir sobre este tema- cliquem aqui para assistir a um vídeo que tem quase 1 hora e meia).

Abaixo destaco alguns trechos do artigo da Folha de São Paulo:

"Considerada a grande doença do século 21, o diabetes tem um elevado peso nas despesas dos sistemas de saúde, com um número atual de doentes ao redor de 285 milhões, podendo chegar aos 435 milhões em 20 anos se não forem adotadas medidas educativas e preventivas.
(...)
Por ano, 7 milhões de pessoas desenvolvem a doença, outros 4 milhões acabam morrendo e a cada 30 segundos um indivíduo sofre uma amputação.

Segundo os dados dos especialistas e organismos vinculados à luta contra o diabetes no mundo, a cada dez segundos uma pessoa contrai a doença que já é a quarta causa de mortes no planeta.

Custos

A FID (Federação Internacional de Diabetes) estima em US$ 376 bilhões o custo deste mal crônico para a economia mundial para 2010, o que equivale a 11,6% da despesa com saúde no mundo.
(...)
Para tentar reverter essa conta, a FID trabalha na prevenção. Entre as recomendações estão exames periódicos para identificar a doença e principalmente exercícios regulares, como uma caminhada diária de 30 minutos, que segundo os estudos reduzem o diabetes tipo 2 entre 35% e 40%."

Caros leitores, entenderam bem as proporções que o diabetes tomou? Se à caminhada juntarem bons hábitos alimentares, ganha a vossa saúde, a Qualidade de Vida das vossas famílias, o vosso bolso, o dos contribuintes de uma forma geral e as próprias empresas (valida que as empresas tm um papel relevante como incentivadoras e promotoras da mudança de Estilos de Vida dos seus colaboradores e respectivas famílias) que acabam por pagar uma conta alta, via seguros de saúde, perda de talentos, absenteísmo, etc.

Abraços saudáveis (mais do que nunca!)

domingo, 15 de novembro de 2009

Que o comportamento da Elizabeth Lambert se torne uma excepção face à realidade do dia a dia de todos nós!


Alguns acontecimentos graves:

Ontem à noite soube que morreu o namorado da irmã de um grande amigo meu, com um ataque cardíaco. Tinha apenas 40 anos.

Há 2 meses, um colega meu com apenas 33 anos, teve um AVC, do qual ainda não recuperou.

Várias pessoas com quem convivo, estão com depressão (mais ou menos profunda), doença terrível, com os quais poucos sabem lidar.

Por razões profissionais vejo clientes (alguns amigos pessoais), quase todos com menos de 50 anos, a validarem (ou mais grave ainda a tomarem conhecimento pela primeira vez!) através dos resultados de exames clínicos, que estão com colesterol alto, diabetes, tensão alta, etc.

As causas podem ser muitas, mas com toda a certeza o Estilo de Vida que temos actualmente é o grande responsável por boa parte desta falta de saúde. E é por acreditar naquilo que acabei de escrever que peço aos meus leitores para verem um vídeo de 39 segundos (clique aqui para assistir) que ilustra bem o seguinte:

Se o público aplaude e acha normal que uma jogadora pratique este tipo de violência, será que aquele está sendo o reflexo da sociedade em geral que permite comportamentos que deveriam ser inaceitáveis?

Se os responsáveis do clube permitem que a Elizabeth Lambert tenha o tipo de comportamento gravado no vídeo acima, será que o clube espelha a cultura de muitas empresas, onde (quase) tudo vale para que os resultados desejados se tornem realidade?

Como estará o nível de stress de uma jogadora que actua desta forma em campo? E o nível de stress daqueles que com ela têm de conviver no dia a dia?

As respostas a estas três perguntas e aquilo que fizermos para que as cenas da Elizabeth Lambert sejam consideradas uma excepção dentro e fora do campo (alargado ao mundo corporativo), tem tudo a ver, na minha humilde opinião, com os tristes factos com que abri este artigo.

Volto a salientar a importância de cada um redefinir as suas prioridades e fazer a sua parte para que possa respeitá-las de de uma forma continuada.

Muita paz para aqueles que se foram, votos de uma rápida recuperação para aqueles que não estão bem e...

Abraços saudáveis para todos

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Acreditam que a Procter&Gamble afirma que a batata Pringle não é batata?!


É por situações destas que eu digo que é um crime (atentado grave intencional contra a saúde de todos nós) aquilo que muitas empresas praticam no seu dia a dia sob a (suposta!) cegueira das autoridades que deveriam em primeiro lugar, defender os legítimos interesses das respectivas populações.

Tal como a minha mulher escreveu hoje em BRASILIS, "A noticia é velha, aconteceu em maio deste ano (...)", mas só agora tomei conhecimento dela e para o efeito que pretendo, contínua actualíssima, senão vejamos:

Pringles:

"As batatas fritas Pringles são sinônimo de salgadinhos sequinhos e crocantes. Graças a seu processo exclusivo de fabricação (...)"

A frase acima, escrita ao lado de uma foto de uma criança a tirar uma pringle da caixa, está publicada no site da Procter&Gamble (P&G) do Brasil.

"A multinacional defendia que as populares "Pringles" não podem ser consideradas batatas, já que somente 42% de sua composição é realmente batata (o resto seria gordura e farinha). Por isso, as "Pringles" não deveriam estar na lista de aperitivos e a Procter & Gamble não precisaria pagar o IVA."

O parágrafo acima explicita bem o argumento apresentado pela P&G no Reino Unido para tentar não pagar o IVA.

Repararam na diferença das mensagens destinadas a públicos distintos?

Para o consumidor final (incluindo crianças!) estamos a falar de batatas produzidas com base num processo exclusivo da P&G. Por causa da batalha judicial travada no Reino Unido, ficamos a saber que o tal processo exclusivo significa adicionar 58% de gordura e farinha virando algo que com certeza prejudica a nossa saúde e que, segundo o fabricante, nem batata é!


Ainda hoje assisti a um programa (sobre o qual em breve publicarei algo) sobre o diabetes, onde foi falado que actualmente existem 285 milhões de diabéticos no mundo (esse número em apenas dezasseis anos passará para 380 milhões) e a cada dez segundos morre uma pessoa por causa desta doença.

Enquanto isso, as empresas de produtos processados (não todas e não só!) continuam a ganhar dinheiro vendendo "batatas" que afinal não são mais do que...

Boas decisões sobre as vossas compras de supermercado, especialmente pensando na saúde (Qualidade de Vida) dos vossos filhos.

Abraços saudáveis

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

"Escolas distribuem frutas e legumes para promover bons hábitos alimentares"

Aqui está um exemplo positivo do que se pode fazer para melhorar o estilo de vida de milhões de crianças e por arrasto as respectivas famílias (fonte: Público)

"As escolas do 1º ciclo vão começar a distribuir frutas e produtos hortícolas às crianças, ao abrigo de uma portaria que visa contribuir para a promoção de hábitos de consumo de alimentos benéficos para a saúde.

A portaria, hoje publicada [12/out] em Diário da República, aprova o regulamento do Regime de Fruta Escolar, estabelecendo as regras nacionais no quadro de um programa europeu.

A Comissão Europeia lançou um novo programa de distribuição gratuita de frutas e legumes nas escolas para incutir melhores práticas alimentares entre os mais jovens.

Para além da distribuição de frutas e legumes, o programa exige aos Estados-membros a elaboração de estratégias que incluam iniciativas educativas e de sensibilização e a partilha de bons hábitos alimentares.

Portugal é um dos 24 Estados-membros que decidiram participar no primeiro ano do novo Regime de Fruta para as Escolas. A portaria, que entra em vigor esta terça-feira, fará arrancar o programa já na segunda quinzena de Outubro.

O Regime de Fruta Escolar aplica-se nos estabelecimentos de ensino público aos cerca de 500 mil alunos que frequentam o 1º ciclo dos agrupamentos de escolas e das escolas não agrupadas.

As necessidades e produtos a disponibilizar serão avaliados anualmente. Neste ano lectivo serão distribuídas maçãs, pêras, clementinas, tangerinas, bananas, cenouras e tomates.

Os montantes consignados para distribuição gratuita e para medidas de acompanhamento no ano lectivo de 2009-2010 são, respectivamente, de 4.899.371 e 265.295 euros.

Paralelamente, serão realizadas medidas de acompanhamento do programa, nomeadamente a organização de visitas a quintas, mercados e centrais hortofrutícolas, a instalação de canteiros nas escolas, o fornecimento de materiais didácticos e de folhetos às crianças e a realização de iniciativas que visem potenciar o regulamento junto dos agregados familiares das crianças.

Cerca de 22 milhões de crianças da União Europeia têm excesso de peso, mais de cinco milhões das quais são obesas, devendo este valor registar um aumento de 400 mil por ano.

Em Portugal, a prevalência da pré-obesidade e obesidade em idade pré-escolar, escolar e adolescente é de 31 por cento, com 10 por cento de casos de obesidade.

A patologia está relacionada com um maior risco de doenças e de mortalidade precoce. Nas doenças associadas destacam-se a diabetes tipo 2 e as doenças cardiovasculares."

Cabe agora aos pais com crianças no 1o ciclo, validarem, incentivarem, colaborarem, exigirem para que este projecto se torne realidade na escola ondes os respectivos filhos estudem e claro está, o complementem através do próprio exemplo.

Abraços saudáveis

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

"GRIPE A: Previna-a à mesa"


A última revista Focus, trás um artigo interessante sobre a forma de prevenção da GRIPE A, através de alguns alimentos. Este já é um caminho com o qual simpatizo e incentivo os meus leitores a fazer.

"GRIPE A: Previna-a à mesa

Erga uma barreira contra a doença adoptando a alimentação certa. O que come pode reforçar as suas defesas

(...)É em circunstâncias como esta, em que a saúde ocupa o primeiro lugar das preocupações da generalidade das pessoas, que a expressão "somos o que comemos" ganha especial importância. Sabe-se que a alimentação tem uma influência crucial no estado de saúde das pessoas e são contínuos os estudos científicos que provam os benefícios de certos alimentos. No caso da prevenção da gripe A, é especialmente importante assegurar uma alimentação saudável e apostar numa dieta que reforce o sistema imunitário e melhore a capacidade de resposta do organismo ao ataque de agentes externos. Faça a lista de compras de acordo com estes princípios e some pontos na luta contra a doença."( Gisela Afonso)

FORTALEÇA O SISTEMA IMUNITÁRIO

- Beba, pelo menos, um litro e meio de água por dia. Como os vírus vivem melhor em ambientes secos, manter as vias respiratórias húmidas inibem-nos de proliferar no nosso organismo. Opte pela água à temperatura ambiente e, de preferência, mineral.

- Junte bastante cebola e alho aos cozinhados, pois são reconhecidas as suas propriedades do sistema imunitário. Pela riqueza em essências sulfuradas, são também poderosos desinfectantes.

- Assegure a presença na ementa diária de alimentos ricos em carotenos, como cenoura, damasco seco, beterraba, batata doce, espinafre e couve, uma vez que reforçam as defesas do organismo. São também importantes os que são ricos em zinco, considerado um componente fundamental do sistema imunitário. Encontra-o no fígado e nas sementes de abóbora.

- Beba chá de gengibre, Acredita-se que algumas das substâncias deste rizoma podem ajudar a combater o vírus da gripe

- Faça uma dieta essencialmente vegetariana, isto é, muito rica em legumes e fruta. Ricos antioxidantes, são óptimos aliados na protecção contra agressões externas.

- Os cogumelos shitake são um excelente antiviral, para além de serem adjuvantes no tratamento da diabetes, hipertensão, nível alto de triglicéridos e obesidade.

- Guarde sempre um lugar na alimentação para peixes como o salmão e a sardinha. Pesquisas em curso têm explorado a relação entre ómega 3, em que são ricos, e o sistema imunitário.

- Muitas das especiarias que compõem o caril têm propriedades antivirais. A pimenta -de-caiena, por exemplo é expectorante e ajuda a descongestionar os seios nasais. Por sua vez a capsaicina, responsável pelo gosto picante da pimenta vermelha, tem propriedades funcionais, como a dissolução de muco nos pulmões, expectorante, descongestionante, antioxidante e antibacteriana, entre outras.

EVITE

- Leite [haja alguém com coragem para afirmar isto!] - O seu consumo estimula a produção de muco e dificulta a cura, principalmente se esiver constipado ou tiver sinusite.

- Alimentos ricos em gorduras saturadas - Comer carnes vermelhas em excesso enfraquece o sistema imunitário."


Por que será que nos entopem a cabeça com a vacina e raramente nos ensinam a seguir o caminho da alimentação como forma de minizarmos, de forma saudável e com prazer (digam lá se todos os alimentos acima mencionados, não são saborosos?) ?

Abraços saudáveis

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Benefícios do Arroz Integral (o sabor é bom sim!)


Hoje ao almoço, falava com uns colegas sobre a importância de trocarmos alimentos refinados por integrais, arroz inclusive.
Dizia um deles que até sabe que o arroz integral é mais saudável, mas o sabor é muito pior!
Garanto aos meus leitores que ainda não tenham experimentado arroz integral, que hoje em dia, eu gosto muito mais de arroz integral do que do arroz branco (com raras excepções em alguns pratos específicos). O segredo está em saber cozinhar aquele!

Para que entendam o quão mais saudável é o arroz integral vejam o artigo abaixo, retirado do site "Papeando com a NUTROLOGIA" do médico Maximo Asinelli, que tem especialização em nutrologia, vigilância sanitária e epidemiologia...):

"O arroz integral só apresenta vantagens em relação ao arroz branco. Enquanto o integral tem grãos intactos, preservando assim à película e o gérmen, onde se encontra a maior concentração de nutrientes; o arroz branco polido não tem a película, por conseqüência tem menor valor nutricional.
Eu indico o arroz integral na maioria das dietas pelo fato de ter uma maior concentração de nutrientes. A película tem uma maior concentração de fibras insolúveis que estimulam o sistema gastrointestinal e diminuem a fome. Além disso, contém grande quantidade de vitamina B1 que é praticamente ausente no arroz branco.
O consumo regular do arroz integral traz muitos benefícios. Diminui os problemas intestinais como a constipação; melhora o metabolismo da glicose nos diabéticos; protege o sistema nervoso, devido à vitamina B1; melhora o metabolismo da contração muscular, sendo excelente para todos, e especialmente para atletas. É isento de glúten, portanto celíacos podem consumir.
Aumentar a quantidade de fibras é uma boa dica para quem deseja emagrecer, pois as fibras demoram mais tempo para serem digeridas, assim prolongam a sensação de saciedade. Mas, ao se aumentar a quantidade de fibras, deve-se aumentar também a quantidade de água.
Porém, é importante ressaltar que a quantidade da porção do arroz integral deve ser a mesma. Apesar de ter um valor calórico um pouco maior, tem o índice glicêmico menor. Portanto, não há alteração calórica significativa na dieta. Por ser um carboidrato, desse modo um alimento energético, deve ser consumido em porções que condizem com a necessidade de cada pessoa."

Passar a comprar arroz integral para consumo caseiro (não tem qualquer problema esporadicamente comermos arroz branco - falando de pessoas supostamente saudáveis) é um pequeno grande passo na mudança de hábitos alimentares que nos proporcionarão, a médio longo prazo (juntamente com outros novos hábitos que venhamos a adquirir!), uma melhoria significativa da nossa Qualidade de Vida.

Abraços saudáveis

quinta-feira, 30 de julho de 2009

O açúcar e os nossos olhos, o nosso corpo, a nossa Qualidade de Vida!


A tragédia dos seis doentes (em Portugal) em risco de cegueira, levou-me a publicar hoje, uma informação técnica (jornal Expresso) que pode levar os meus leitores a pensarem duas vezes sobre o seu próprio consumo de açúcar no dia a dia (em excesso é uma das causas da diabetes):

"O aumento do nível de açúcar no sangue associado à diabetes causa alterações nos vasos sanguíneos da retina, levando a perturbações da visão quando atingem a mácula, zona da retina onde se formam as imagens. Os sintomas diferem dependendo da evolução da doença.
Podem incluir visão desfocada ou baça, flashes e perda súbita de visão"

Se juntarmos a este pequeno texto o artigo aqui publicado no passado dia 2 de outubro de 2008, "O câncer se nutre de açúcar" , com certeza a tomada de consciência quanto à importância desta questão, se exponencia.

E chamo a atenção dos mais desatentos que o açúcar está "escondido" em muitos dos produtos que comemos e bebemos!

Boas decisões e,

Abraços saudáveis,

domingo, 24 de maio de 2009

"Empresas pagam bônus a funcionários mais saudáveis"


Desde finais de 2008 é notório que os responsáveis de empresas portuguesas e brasileiras, têm relegado para segundo plano, o investimento (relativamente pequeno) na saúde dos seus funcionários (estou a falar da gestão da saúde e não apenas da gestão da doença!), acreditando que no contexto actual esta não é umas das prioridades com que têm que se preocupar.

A notícia publicada na revista Época, deixa claro que nos Estados Unidos, onde a própria "crise" teve início, os dirigentes das empresas, já pensam de forma diferente e até, pensando no lucro das empresas, já pagam "bônus a funcionários mais saudáveis".

Abaixo, alguns trechos do artigo em causa:

"Cresce o número de empregadores que adotam programas que incentivam – financeiramente – funcionários a adotar bons hábitos alimentares e praticar mais exercícios físicos.

Fazer exercícios físicos e ter uma alimentação balanceada estão virando uma questão de trabalho. Muitas empresas nos Estados Unidos estão pagando um bônus salarial a funcionários que adotarem hábitos saudáveis. Longe de estarem preocupados com a saúde pública, os empregadores querem reduzir os gastos com saúde e aumentar a produtividade.

O número de grandes empresas que estão investindo dinheiro para “subornar” seus funcionários a ser mais saudáveis é crescente, segundo pesquisa divulgada pela empresa de recursos humanos Watson Wyatt e um grupo sem fins lucrativos chamado National Business Group on Health (NBGH). O estudo investigou como as companhias estão investindo no bem-estar dos trabalhadores. De acordo com o levantamento, hoje 58% das empresas do mercado oferecem programas de bem-estar. Em 2007, a porcentagem era de 43%. Também cresceu a quantidade daquelas que pagam para os funcionários deixarem maus hábitos, como o sedentarismo e a alimentação desregrada. Em 2008 eram 53%, este ano, são 61%.

As empresas que ainda não têm esse tipo de programa estão planejando tomar alguma medida. Um estudo da empresa de consultoria Towers Perrin mostra que, entre as empresas sem programas de bem-estar, 33% delas pretendem iniciar um e 23% delas disseram que vão implantar um ou aumentar o bônus para funcionários que deixarem de lado a pizza para aderir à salada.

Os custos de saúde para as empresas que incentivam os bons hábitos diminuíram em 31% nos últimos cinco anos, segundo a Towers Perrin. Isso foi possível porque foi menor o gasto com doenças como as ligadas ao coração e o diabetes.

De acordo com a pesquisa de um grupo americano sem fins lucrativos, o Wellness Councils of America, para cada dólar que uma empresa gasta para que seus funcionários fiquem mais saudáveis, três dólares serão economizados com seguro-saúde.

A empresa de informática IBM tem um programa de saúde que ajuda os funcionários a largar o cigarro e perder peso, além de incentivar os hábitos saudáveis para os filhos de empregados. Em entrevista à revista americana Time, a diretora da área de bem-estar, Joyce Young, disse que a empresa economizou cerca de US$ 100 milhões em três anos de programa, como resultado de aumento de produtividade e economia com seguro de saúde. "

Caros leitores, definitivamente estamos a falar de uma parceria "win-win", onde podemos até pagar "bônus a funcionários mais saudáveis", mas com certeza existem outras alternativas com resultados efectivos e sustentados.
Por todas as razões e mais alguma, é importante, principalmente para a perenidade do próprio negócio, a implementação de políticas concretas nesta área!

Abraços saudáveis

quarta-feira, 22 de abril de 2009

"Lei que proíbe gordura trans nas escolas é aprovada em SP"


Fico satisfeito em ver (notícia publicada pela Redação Terra) os nossos políticos (o Brasil é a minha segunda "casa"), fazerem algo de positivo pela saúde das crianças/jovens das escolas no Estado de São Paulo:

Lei que proíbe gordura trans nas escolas é aprovada em SP

A Assembléia Legislativa de São Paulo aprovou em votação um Projeto de Lei que proíbe a venda de produtos com gordura trans nas cantinas de escolas públicas e privadas do Estado. Pelo projeto, não podem ser vendidos salgados de massas ou massas folhadas, frituras em geral, biscoitos recheados, salgadinhos e pipocas industrializados, refrigerantes e sucos artificiais, balas, pirulitos e gomas de mascar e qualquer outro produto com gordura trans, de alto teor calórico ou de poucos nutrientes. O texto não especifica qual será o teor calórico permitido.

O projeto determina ainda que sejam colocados à disposição dos estudantes pelo menos dois tipos de frutas pela cantina. Deve ainda ser fixado um painel com informações sobre os benefícios da adoção das medidas da lei.

Quem não cumprir as determinações pode pagar multa e até ter fechada a cantina temporariamente. A lei segue para o governador José Serra, que pode sancioná-la ou vetá-la.

Segundo o texto da deputada Patrícia Lima (PR), o objetivo da lei é combater o "sobrepeso, obesidade, dislipidemia, diabetes, hipertensão, problemas hepáticos, doenças arteriais, sem falar na baixa auto-estima, discriminação social, entre vários outros problemas" nas escolas."

Agora falta o governador José Serra aprová-la e os respectivos pais aproveitarem estas novas regras para ajudarem os seus filhos a fazerem uma reeducação alimentar, onde mantenham o prazer naquilo que comam mas agora de uma forma (mais) saudável.

As crianças/jovens acabarão por agradecer esta nova etapa das suas vidas, bem como o orçamento das famílias e do Estado de São Paulo, com a redução progressiva nas despesas da saúde.

Que o espírito desta iniciativa se propague rapidamente e novas soluções surjam ao longo do tempo!

Abraços saudáveis

sexta-feira, 17 de abril de 2009

"Comer porcarias deixa as crianças (...) felizes!"


A revista Época publicou um artigo intitulado "Comer porcarias deixa as crianças mais gordas, mas felizes", (podem acessá-lo na íntegra clicando aqui), cuja leitura me leva a colocar as seguintes questões:

- até que ponto algumas destas "porcarias", já causam dependência nas nossas crianças?
- será que nós pais, dependemos destas "porcarias" para conseguirmos fazer com que os nossos filhos sejam naturalmente felizes (de uma forma sustentada!), sem o risco de entrarem em depressão?
- como classificarmos, do ponto de vista ético e até legal, os responsáveis pela produção e publicidade que incentivam as nossas crianças a comerem algo que lhe faz mal, mas passando mensagens publicitárias que, de forma inequívoca, deixam parecer que o consumo regular dessas tais "porcarias", está a contribuir para um verdadeiro Bem-Estar daquelas?

Pais, não deixem os vossos filhos viverem uma falsa felicidade!

Nota: acho importante mencionar que a ingestão esporádica destas tais "porcarias", não tem qualquer problema, mas infelizmente, a realidade dos números, nos diz que a tendência é para que uma dieta "normal", contenha um percentagem demasiado elevada (e crescente!) daquelas.

Abraços saudáveis,

terça-feira, 31 de março de 2009

"Pão branco x Pão integral"

Na sequência do artigo que publiquei no passado dia 24 de março, sobre o crescimento absurdo do número de diabéticos em Portugal (que reflecte, infelizmente a realidade de outros países, Brasil incluído), achei por bem, hoje, publicar uma explicação simples sobre a diferença ente Pão branco e Pão integral, que encontrei no site da Revista Corpore, no seguinte link.

“O pão integral difere do branco no tipo de farinha utilizada para fabricação. O pão integral é feito com farinha integral, o que preserva as vitaminas do complexo B, vitamina E, proteínas, minerais e fibras. Pelo alto teor de fibras, o pão integral ajuda na regularização do trânsito intestinal, redução da glicemia e dos níveis de gordura no sangue. De acordo com a especialista, vale lembrar que esses dois tipos de pães contêm carboidratos que funcionam como energético, portanto são calóricos. "Uma fatia de 100 gramas do pão branco, por exemplo, tem aproximadamente 40 calorias a mais do que a do integral. Outra diferença é que o pão branco causa um rápido aumento do nível de açúcar no sangue, o que é prejudicial às pessoas que sofrem de diabetes e também àqueles que precisam controlar o peso. Já o integral libera açúcar na corrente sanguínea de forma lenta, proporcionando maior saciedade", afirma Flávia Sguario.”

Com base nesta explicação, pergunto aos meus leitores, por que é que ainda vejo tanta gente (com acesso a pães integrais, quer do ponto de vista logístico, quer financeiramente falando), a comer Pão branco por rotina, quando os Pão integrais (muitos deles) são deliciosos e nos fazem tão bem?

Boa decisões quanto ao pão que levam para a mesa!

Abraços saudáveis,

terça-feira, 24 de março de 2009

"Diabetes já afecta um milhão de portugueses"


O tema, cuja notícia retirei deste link, infelizmente, já é conhecido de todos, mas a novidade é a alarmante taxa de crescimento que faz com que tenhamos antecipado em 16 anos, os números de diabéticos em Portugal, previstos para 2025.

"Em Portugal, quase um milhão de pessoas têm diabetes. De acordo com o estudo da prevalência da diabetes em Portugal, que é hoje apresentado, já atingimos o número de casos esperado só para 2025 - ou seja, 16 anos antes do que estava previsto. A continuar com esta evolução, é possível que, nessa altura, "tenhamos 20% da população com a doença", calcula José Manuel Boavida, o coordenador do Programa Nacional de Prevenção e Controlo da Diabetes.
Os números divulgados hoje mostram uma prevalência muito acima dos últimos dados conhecidos, do último Inquérito Nacional de Saúde (2005/6), que avançavam uma prevalência de 6,5% da diabetes. Luís Gardete, presidente da Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP), avança ao DN que "estes dados incluem os casos não diagnosticados, que rondam 40% do total".
"Muitas pessoas ainda não sabem que têm diabetes e apenas têm conhecimento disso quando já têm sintomas graves, como problemas oculares (retinopatia diabética) ou dos rins", explica.
Amanhã serão também conhecidos os dados sobre pré-diabetes, ou seja, sobre as pessoas que correm maiores riscos de vir a desenvolver a doença. "Se somarmos os pré-diabéticos ao número de pessoas com a doença, ultrapassamos largamente o milhão de casos", diz Luís Gardete Correia. Há muitas pessoas com alterações ao nível da tensão arterial, colesterol ou com excesso de peso que podem vir, ou não, a tornar-se diabéticas.
Parte deste crescimento deve-se ao aumento da esperança de vida - a doença afecta sobretudo pessoas mais velhas - aos maus hábitos alimentares e à ausência de exercício físico, associados à obesidade, hipercolesterolemia e outras doenças ligadas à diabetes.
Apesar de a maior subida de casos ser de diabetes tipo II, a tipologia mais frequente e associada aos estilos de vida, o mesmo responsável avança que no tipo 1 houve um ligeiro aumento.
Mais preocupante é o facto de esta doença afectar cada vez mais jovens, "entre os 20 e os 39 anos", refere, sem especificar o número de casos. "Este problema tem mesmo de ser combatido, porque já começa a ter relevância", avança.
O estudo foi desenvolvido pela Sociedade Portuguesa de Diabetologia, em conjunto com a Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal, Instituto de Higiene e Medicina Social da Faculdade de Medicina de Coimbra e com o apoio da Direcção Geral da Saúde. Foram realizados interrogatórios e exames em a 5167 pessoas em 122 lugares escolhidos aleatoriamente."

Abraços saudáveis,

sábado, 21 de fevereiro de 2009

"Portugal e hipertensão arterial: uma relação fatal" (3a parte)

continuação...

"De pequenino se torce...
a hipertensão

A Sociedade Portuguesa de Hipertensão (SPH) parece ter encontrado uma fórmula de sucesso para convencer crianças e jovens a mudarem de comportamentos. Para o Dr. Pedro Cunha, da SPH, "o trabalho com as crianças passa por duas vertentes completamente distintas: a mudança de comportamentos e atitudes para que elas tenham uma vida futura mais saudável e, transformar essas crianças e jovens em aliados na transmisão de mensagem que queremos passar para os adultos".

Apesar do sucesso, o médico reconhece as vicissitudes de trabalhar com uma população-alvo tão especial:

"É bastante complicado convencer os jovens a ter um estilo de vida diferente daquele que estão habituados. A aposta tem de começar em idades mais tenras, por isso, temos tido acções de formação em escolas para crianças com idades entre os 5 e os 12 anos. Temos procurado passar a mensagem com a utilização de personagens que lhes são queridas e com as quais se identificam. Adaptamos a mensagem e o meio em relação ao destinatário, neste caso , as crianças, fazendo-as perceber a importância de fazer uma alimentação saudável e de praticar exercício físico."

Além desta opção de conjugar a mensagem e o meio ao seu destinatário, há também um outro método de sensibilizar uma população mais adolescente para esta mensagem.

"Uma forma de chegar aos adolescentes passa por mostrar-lhes exemplos de pessoas que eles conhecem e que sofrem de HTA, o que, realmente, não é difícil já que temos quatro milhões de hipertensos. Muitas crianças e jovens têm contacto, através de uma familiar ou de um conhecido, com as consequências da HTA", alerta Pedro Cunha.

Quando os jovens estão sensibilizados para esta realidade dos perigos da HTA tornam-se aliados valiosos.

"Basta lembrarmo-nos do efeito que a campanha do tabaco tem tido, com casos de pais a queixarem-se de que os filhos escondem os maços de tabaco ou lhes partem os cigarros. O objectivo é termos a mesma reacção e participação com a HTA."

O médico defende que "as crianças podem servir como veículos de informação e têm sido verdadeiros agentes de mudanças, nomeadamente no seio da familiar".

Assim, o especialista assume a convicção de que "estas duas vertentes de acção (motivar as crianças a mudarem os seus comportamentos e fazer delas aliadas na transmissão da informação), podem ser muito interessantes para quem que mudar a face da Saúde Pública nacional".

Caso contrário, as consequências para o nosso País podem ser bem complexas.

"Somos os campeões dos AVC na Europa Ocidental. Para mudar esta realidade temos de ir à sua génese e é aqui que entram as crianças. Vários estudos demonstram a co-relação que existe entre a obesidade infantil e o desenvolvimento de HTA. Atendendo a que os valores de pressão arterial nos jovens têm vindo a aumentar década após década e que os casos de obesidade infantil também têm disparado - num estudo divulgado pela União Europeia, Portugal foi apontado como um dos países com mais casos de crianças obesas dos 7 aos 11 anos - , o número de 4 milhões de hipertensos poderá vir a subir assustadoramente", alerta Pedro Cunha, em jeito de conclusão."

Abraços saudáveis

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

"Portugal e hipertensão arterial: uma relação fatal" (parte 2)

continuação...

"Estamos a criar uma geração de doentes"

Além das questões de política, Luís Martins aponta o dedo aos comportamentos.

"Um adulto saudável deve ingerir cerca de seis gramas de sal por dia. Os portugueses consomem em média 12. Atendendo a que crianças com quatro ou cinco anos têm uma alimentação idêntica à dos adultos, significa que estão a ingerir as mesmas 12 gramas diárias. Um miúdo dessa idade deveria, no máximo, ter uma a duas gramas diárias de sal na sua comida. Com esta atitude estamos a criar uma geração de doentes. Pela má alimentação, aliada à falta de exercício fisíco, vão ser obesos. Pelo excesso de sal, vão ser hipertensos. Hipertensão e obesidade dá origem a diabetes. E temos a tríade mortal."

O futuro, segundo o médico, a manter-se o status quo, antevê-se negro.

"Além desta realidade, convém não esquecer a questão monetária. Ao vivermos até mais tarde, vamos ter uma percentagem cada vez maior da população em idade não contributiva, bem pelo contrário, que será subvencionada através do sistema de reformas. Se além disso ela for cada vez menos saudável, significa que vamos ter um povo grandemente consumidor de recursos do País. Ou seja, cada vez mais pessoas no lado da despesa, que pela idade, quer pela doença, e teremos, no outro lado, cada vez menos pessoas a contribuirem."

Mas, acima de todos os argumentos, a prevenção é uma questão de comportamento.

"A genética desempenha o seu papel, mas a obesidade, a diabetes e a hipertensão (a tríade mortal) têm todas a mesma origem: os hábitos de vida", conclui.

continua....

Abraços saudáveis

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

"Portugal e hipertensão arterial: uma relação fatal"

Podia-se ler no caderno "saúdepública", parte integrante do Expresso do passado dia 31 de Janeiro:

"Os números não mentem e são preocupantes: 40% dos portugueses são hipertensos e mesmo que medicados, a grande maioria não tem a situação controlada. Somos o país desenvolvido onde mais se morre de acidente vascular cerebral (AVC). patologia intimamente ligada à hipertensão arterial (HTA).

"Temos uma situação que tem piorado nos últimos anos. Todas as estatísticas mostram que continuamos com cerca de 40% da população hipertensa e há um desconhecimento grande acerca desta doença", começa por lamentar o Prof. Luís Martins, presidente da Sociedade Portuguesa de Hipertensão (SPH).

"Depois, a grande maioria dos doentes hipertensos medicados não está controlada. Andamos a gastar dinheiro com fármacos para tratar a HTA sem termos os benefícios que deviamos" , refere.

Como consequência desta realidade, a nossa principal causa de morte é o AVC, patologia que tem uma relação directa com a HTA.

O médico refere que "Portugal é o único país desenvolvido em que acontece a singularidade de se morrer mais de AVC do que doença coronária. Em 2005 morreram três a quatro pessoas por hora de AVC".


Cabe a cada um de nós tomar em linha de conta um conjunto de questões preponderantes para prevenir esta realidade.

"O controlo da pressão arterial, da ingestão de sal, a prática de actividade física, impedir a obesidade e o controlo de diabetes são factores intimamente ligados à doença vascular, à hipertensão e ao AVC", esclarece Luís Martins.


Prevenção versus doença

Um dos aspectos que o presidente da SPH lamenta é o facto de canalizarmos muitos dos nossos recursos para a doença e não para a prevenção.

"(...) Não está em causa tratar os doentes, mas também é preciso canalizar recursos para a prevenção. Só asim é que vamos ter, daqui a 20 ou 30 anos, uma sociedade mais saudáveis," refere, lamentando ainda:


"Não é justo que, enquanto contribuintes para o orçamento geral do Estado, estejamos a suportar as cirurgias da obesidade quando essa patologia é uma questão individual. Cabe a cada um controlar os seus hábitos e não, a posteriori, colocar o ónus em todos nós quando, na grande maioria dos casos, a doença surge por uma questão de manutenção prolongada de maus comportamentos."


Ainda a propósito desta realidade, Luís Martins Lembra que os "países da OCDE, em 2006, gastaram 97% do seu orçamento da Saúde com a doença e 3% com a prevenção".


É uma questão política e o presidente da SPH lança duras criticas a quem está no centro da decisão:


"Enquanto se obtiverem mais dividendos políticos tratando de lista de espera ou as questões do doente A ou B, em vez de se ter uma responsabilidade e noção de Saúde Pública, nada vai mudar. Há uma cultura de decisão espartilhada pelos ciclos eleitorais."

As consequências deste comportamento, segundo Luís Martins, estão à vista:
"Basta ver os esforços que vários titulares da pasta do Ministério da Saúde têm feito ao longo dos últimos anos para reduzir a despesa e a verdade é que esta aumenta sempre. (...)"."

continua....

Abraços saudáveis