domingo, 26 de julho de 2009

"Maus chefes provocam ataques de coração"


Quando eu ainda estava no Brasil, a Isabel Stilwell publicou um artigo, cujo conteúdo, infelizmente, traduz uma verdade, facilmente reconhecida por milhões de pessoas (falando de Portugal e Brasil).

Basta ler com alguma atenção os comentários publicados na altura pelos leitores da directora do jornal Destak, para validarmos os impactos negativos quer do ponto de vista de criação de riqueza (e nos lucros das empresas), quer a nível de saúde (Qualidade de Vida) dos respectivos colaboradores.

Para criarmos empresas com um sistema imunitário forte que as permita ultrapassar de uma forma relativamente tranquila, fases como esta que vivemos actualmente, os accionistas com poder de decisão, devem, mais do que nunca, avaliar os seus executivos e ter a coragem de mudá-los sempre que sintam que determinados valores não estão a ser seguidos.

Abaixo, o excelente artigo:

"Faz muito bem em ir ao ginásio, seguir uma dieta regrada, em evitar tabaco, álcool e por aí adiante. O seu coração agradece. Mas se quer mesmo garantir a sua sobrevivência, e apesar da dificuldade em encontrar novos empregos, fuja a sete pés dos chefes incompetentes, irascíveis e injustos, porque o efeito desta gente sobre a sua saúde pode revelar-se mortal. Pelo menos é o que diz o estudo de uma equipa sueca que acompanhou mais de 3 mil trabalhadores homens, com idades entre os 18 e os 70 anos.

A primeira tarefa pedida às cobaias foi a de que avaliassem a competência e o carácter de quem geria o seu trabalho. Depois, durante uma década, a sua saúde foi sendo avaliada, registando-se neste período 74 casos de empregados vítimas de problemas cardíacos graves, nalguns casos até fatais. Do estudo à lupa de todo este trabalho, foi possível perceber que existe, de facto, uma relação directa entre a doença e os maus chefes.

Era esse o factor de risco que todos tinham em comum, e que assumia mais peso do que factores de risco como o tabaco, ou a falta de exercício. Perceberam também que os efeitos secundários dos chefes maus era independente do tipo de trabalho desempenhado, da classe social a que pertenciam, das habilitações que possuíam e inclusivamente do dinheiro que tinham na sua conta bancária.

Descobriram, ainda, que o efeito que um incompetende a mandar provoca é cumulativo, ou seja, se trabalhar para um idiota aumenta em 25% a probabilidade de um enfarte, essa probabilidade crescia para 64% se o trabalhador se mantivesse naquela situação por mais de quatro anos.

A explicação é relativamente simples: quando alguém se sente desvalorizado, sem apoio, injustiçado e traído, entra em stress agudo que leva à hipertensão e a outros distúrbios que deterioram a saúde do trabalhador. Daí a importância do apelo que estes especialistas fazem de que as estruturas estejam atentas e «abatam» rapidamente os chefes que não merecem sê-lo."

Caro leitor, se está pensando que então não vale a pena melhorar o seu estilo de vida, desengane-se, porque se além de ter um mau chefe, tiver, por exemplo, maus hábitos alimentares, se for sedentário, dormir poucas horas, etc, não se esqueça que a probabilidade da sua bomba relógio estourar por algum lado, aumenta consideravelmente.

E mais, talvez não esteja em condições para mudar de emprego (se é que vai mudar!), ou seja enfrentar o "chefe", mas certamente pode começar a ter hábitos mais saudáveis, tais como os Recursos Humanos tem uma palavra a dizer sobre tudo o acima falado.


Abraços saudáveis

Um comentário:

ecila disse...

Concordo em absoluto, pena que eles nao mencionem o nome dos investigadores porque gostava de ler o artigo original. Terás por acaso essa informacao?