quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Cuide do seu intestino ("cérebro desconhecido") e seja mais feliz!


Extratos do capítulo “O Resgate de um Órgão-chave” do livro “O Cérebro Desconhecido” do Dr. Helion Póvoa que todos deveríamos ler:

Os dados conhecidos hoje sobre o sistema gastrintestinal são impressionantes. Nada menos do que 80% do nosso potencial de imunidade se concentra na mucosa do intestino, que é ainda um grande produtor de hormônio de crescimento, o maior trunfo moderno do combate aos sintomas do envelhecimento. (...)

Quanto à serotonina, pesquisas recentes demonstraram que este neurotransmissor está intimamente relacionado com a digestão e a absorção. Isso porque sua secreção depende fundamentalmente da boa absorção pelo intestino de alguns minerais, especialmente o zinco, que vão garantir a síntese das substâncias precursoras da serotonina.

Enquanto os tratamentos clássicos da depressão procuram fazer, por meios artificiais, que a serotonina atue por mais tempo no cérebro dos deprimidos, terapias modernas preferem outro caminho: garantir que o organismo recupere a sua capacidade de fabricar a serotonina, conduzindo novamente o indivíduo ao bem-estar e à felicidade. Este caminho passa, certamente pela integridade do sistema gastrintestinal.

Acredita-se hoje que a depressão é uma bola de neve de deficiências nutricionais, que vão impedindo a fabricação de serotonina, noradrenalina, dopamina, e demais neurotransmissores que são responsáveis pelo nosso bom humor. É possível que muitas pessoas que hoje vivem à base de antidepressivos necessitem na verdade de uma profunda investigação sobre suas condições de digestão e absorção.(...)

Entretanto, precisamos de serotonina não apenas para evitar a depressão, mas também para encontrar soluções para os nossos problemas, selecionar as melhores amizades, manter um trabalho prazeroso e enxergar na vida os seus aspectos mais positivos. Isso é a inteligência emocional, que é na realidade o maior fator preventivo da depressão.(...)

É interessante notar também que o próprio desenvolvimento científico, com sua ênfase nos processos curativos em detrimento das práticas preventivas, fez com que certas doenças acabassem dissociadas do seu órgão gerador, principalmente quando este era o intestino. O remédio pronto na farmácia, acabou tomando o lugar de práticas mais simples de cura, como mudar a dieta alimentar.(...)

A adaptação ao modelo industrializado, pobre em nutrientes e rico em substâncias artificiais, pode ter rompido em muitas pessoas, mecanismos importantes da digestão e da absorção. A doença é o resultado desse rompimento.(...)

Acredito que em breve nossa medicina se verá obrigada a repensar muitos dos seus conceitos, aproximando-se finalmente da sabedoria oriental, que sempre afirmou estar no intestino a origem de todas as doenças. Somos o que comemos, e a nossa própria aparência reflete o tipo de dieta que adotamos - a aparência da nossa pele é um bom termômetro. É a obesidade, porém, o sinal mais claro de que há algo errado na forma como lidamos com as questões gastrointestinais.(...)

Afinal, não são as doenças – que, como acreditam os orientais, começam no intestino – os maiores obstáculos para a felicidade? (...)

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