quarta-feira, 25 de novembro de 2009

"Médicos de família levam mais de 18 mil crianças a ler"


Do jornal Diário de Notícias da passada segunda feira, publiquei ontem uma notícia difícil de aceitar e hoje publico uma outra muito gratificante, como poderão ver abaixo (cliquem aqui para lerem o artigo na íntegra, do qual selecionei alguns trechos).

Esta é a tal visão holística que sempre defendo e procuro praticar e onde os profissionais de saúde têm uma papel relevante.

"Plano envolve 132 centros de saúde e destina-se a meninos dos seis meses aos seis anos. Permite avaliar o desenvolvimento e incentivar a leitura

Martim Gomes de 17 meses entrou no Centro de Saúde de Sete Rios bem-disposto, mas na sala de consultas começou a fazer birra. Só acalmou quando lhe puseram um livro nas mãos. A criança brincou e folheou as imagens durante toda a consulta. E quando o médico acabou de o ver nem a mãe lhe conseguiu tirar o livro.

Mais de 18 400 crianças tiveram no ano passado consultas médicas nos centros de saúde para incentivar a leitura. O projecto, que envolveu 121 centros de saúde e 731 médicos de família, destina-se a meninos dos seis meses aos seis anos e tem como objectivo avaliar o desenvolvimento e familiarizar os mais novos com a leitura.

O programa, nasceu em 2008 de uma parceria entre o Plano Nacional de Leitura, a Associação Portuguesa de Médicos de Clínica Geral e da Sociedade Portuguesa de Pediatria. Desde aí o número de unidades abrangidas não parou de crescer. Atinge agora 132 centros de saúde de todo o País e potencialmente centenas de milhares de crianças.

"O projecto foi integrado em consultas de vigilância, em que fazemos a verificação da saúde da criança, cuidados preventivos, o estímulo e aconselhamento à leitura, dando aos pais instrumentos para cuidar da saúde dos filhos", explica Risério Salgado médico de família do Centro de Saúde de Oeiras, o primeiro onde o projecto arrancou. "É fácil observar a interacção das crianças com os livros. É um instrumento que fortalece a relação entre pais e filhos", acrescenta.

(...)

Jessica, de nove anos, passa horas a ler-lhe histórias e ele está sempre com atenção. Começou a gostar mais de ler, não só em casa mas também na escola, e até os professores notaram a diferença de comportamento.

Segundo o especialistas, são inúmeras as vantagens do contacto com livros para o crescimento das crianças, quer na introdução do gosto pela leitura quer na integração escolar ou na transmissão de valores.

"Ajuda na aprendizagem da língua portuguesa. Ela está ao fim-de-semana com o irmão a ler e a brincar", confirma a mãe.

A introdução de livros nas consultas, tem uma componente técnica de reforço da leitura e de aprendizagem da linguagem, mas também de distracção e alívio da dor, explica a enfermeira Ana Maria Araújo, de Sete Rios. Torna o atendimento pelos médicos mais fácil.

(...)"

Vamos apoiar, incentivar e procurar multiplicar iniciativas como esta!

Abraços saudáveis

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