sábado, 21 de novembro de 2009

"Entre a música e dor, o cérebro prefere musica"


Para quem tenha ou conheça alguém que sofra de algum tipo de dor crónica ou aguda, publico hoje uma reportagem feita pela Globo Repórter sobre musicoterapia, a qual com certeza, em muito contribuirá para amenizar aquelas (dores) ou dito de outra forma, proporcionar momentos mais ou menos prolongados de Qualidade de Vida.

Abaixo alguns trechos do artigo que poderá ler na íntegra clicando aqui (que inclui um vídeo com poco mais de 7 minutos):

"(...)
Pacientes relatam que terapia ajuda a esquecer a dor. Alguns até deixaram de tomar remédio. Em crianças, a música diminui de 4 a 10 dias o tempo de internação na unidade de tratamento intensivo.
(...)
Música na vida da gente tem várias funções: vai da mais leve distração até a mais profunda emoção, toca na nossa mente, mexe com o nosso corpo. Ninguém é imune à música. Por isso, a musicoterapia é tão eficaz. Está com raiva da dor? Descarrega!
A música é um afiado e afinado instrumento para enfrentar a vida e a morte.

O Conservatório Nacional de Música no Rio de Janeiro foi o primeiro do Brasil a formar terapeutas, ainda no início da década de 1970. Do popular "quem canta seus males espanta" a sofisticadas pesquisas, se descobriu a íntima relação entre coisas que são da mesma família: dor, sentimento, sensibilidade, emoção, música. (...)

"(...) A dor é muito solitária, e a musica traz companhia. A mais eficiente forma de despistar a dor é a música. Entre música e dor, o cérebro prefere música", diz a musicoterapeuta Marly Chagas.

Porque a escolha é fácil. A música nos derrete, amolece (...)

Em graus diferentes, a melhora é clara: da água para o vinho, do silêncio para uma sinfonia! O que era um coral de "ais" vira uma orquestra de bem-estar.

"(...) A dor sempre está presente, mas temos um espaço muito grande de alívio. Para quem sente uma dor crônica, cinco horas de alívio são uma maravilha", diz o aposentado Moacir Domingos Vasconcelos.

"Agora fico quase um mês sem tomar remédio", comemora o aposentado José Valente Batista.

"Desde o dia em que fiz musicoterapia não senti mais dor e tenho dormido bem à noite", afirma a dona de casa Joana Martins Lisboa.
(...)
"Uma face modificada, um sorriso, é isso que nos dá ânimo e certeza de continuar. São esses resultados que nos fazem acreditar que a música é saúde, e a doença é uma dissonância", define a musicoterapeuta Kelly Fae.

A música nos toca em vários níveis, penetra os dois lados do cérebro: o consciente e o inconsciente. A mistura de harmonia, letra e melodia nas mãos, na voz de um terapeuta, é como um bisturi preciso, que faz o cérebro do paciente operar milagres.
(...)
Acompanhar o trabalho de musicoterapia no Instituto do Câncer é emocionante. Não existem palavras para descrever – e sim canções. E nessa hora se descobre o quanto Roberto Carlos é um doutor.

E a música acalma muito antes do que se imagina. (...)

"Na UTI neonatal, a música diminui de 4 a 10 dias o tempo de internação da criança. Ela age no sistema nervoso (...)

É no despertar dessa vibração, desse instinto de vida, de luta e superação, que reside o poder da musicoterapia. E como dizia o velho sambista, para que rimar amor e dor?

"O sonho é de que, no futuro, haja música em todos os hospitais. Alguns hospitais em São Paulo têm a musicoterapia efetivamente implantada. Ea música é um recursos barato. E se ajuda a aliviar a dor e reduz o consumo de medicamentos, estamos falando de uma questão interessante do ponto de vista econômico. Acho que a música tem um caminho promissor para o cuidado da saúde da população brasileira", constata a pesquisadora Eliseth Leão, da Sociedade Brasileira do Estudo da Dor.
(...).

E em Portugal qual em que estágio está a musicoterapia nos nossos hospitais ou em qualquer outro lugar onde esteja alguém com dor crónica e ou aguda?

Abraços saudáveis

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