Publiquei há poucas semanas no Facebook, no mural do Projeto Memória :
Há 260 anos, nascia a aclamada cantora lírica portuguesa Luísa Todi
Luísa começou a cantar aos 14 anos, mas foi Francesco Todi, seu marido e violinista, o responsável pela sua projecção internacional, o que a levou a ser aclamada nas cortes imperiais da Europa e nos grandes teatros. Foi amiga de Maria Antonieta – rainha da França, Catarina da Rússia, Frederico da Prússia, Napoleão Bonaparte, e dizem que na cidade de Bonn, Beethoven a ouviu cantar.
Finalmente, passados 22 anos de ausência retornou a Portugal, para as festas da celebração do nascimento da filha do regente português, mais tarde D. João VI, casado com D. Carlota Joaquina. Mas, Luísa precisou de uma autorização especial para cantar em público, o que era então proibido às mulheres na corte de D. Maria I.
Apesar da sua fama o acolhimento do meio português foi fraco. Sabe-se que cantou também na casa de um burguês abastado e pelos vistos informado do prestígio da grande cantora portuguesa, cuja carreira era tida em destaque fora de Portugal. Luísa tinha a capacidade de cantar com a maior perfeição e expressão em francês, inglês, italiano e alemão.
Em 1803, ficou viúva e alguns anos depois, perdeu as suas famosas jóias no trágico acidente da Ponte das Barcas, por ocasião da fuga das invasões francesas em Portugal, pelos exércitos de Napoleão. Viveu em Lisboa de 1811 até ao final da vida, com dificuldades financeiras e praticamente cega.
Fonte: Maria Correia
Imagem: Pintura feita por Vigée-Le Brun em 1785
Abraços saudáveis
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