quarta-feira, 11 de maio de 2016

“Belém ainda estava muito longe da capital, isolada, e os pastéis apenas eram conhecidos pelas pessoas da zona. Só quando a cidade começou a ligar-se a Belém por via do eléctrico e dos barcos a vapor, é que a sua fama se estendeu aos alfacinhas”


No dia 13 de Agosto de 2012, publicámos no Facebook, no mural do Projeto Memória :

Histórias dos 175 (agora 179) anos de pastéis de Belém

“Esta receita original, que ninguém consegue imitar, era confeccionada pelos monges do Mosteiro dos Jerónimos, que os confeccionavam e vendiam à então parca população de Belém. Com as revoluções liberais, em 1837, os monges e as freiras viram-se expulsos dos seus conventos e abadias, e, segundo reza a lenda, Domingos Rafael Alves, um comerciante com olho para o negócio que possuía uma antiga refinaria de açúcar onde ainda é hoje a loja dos pastéis de Belém, terá comprado a cobiçada receita ou empregado o monge que o detinha, não se sabe ao certo.


“Belém ainda estava muito longe da capital, isolada, e os pastéis apenas eram conhecidos pelas pessoas da zona. Só quando a cidade começou a ligar-se a Belém por via do eléctrico e dos barcos a vapor, é que a sua fama se estendeu aos alfacinhas”, conta Miguel, um dos actuais responsáveis da fábrica.



Um dia, escorraçaram um grupo de chineses que se tinham apresentado, como uma equipa de repórteres da China, mas que afinal, eram espiões industriais. Um dos chineses, numa visita à fábrica, de repente, começou a tirar uma amostra de um pastel com uma seringa e um tubo de ensaio.



Apenas cinco pessoas conhecem o segredo. Os seus detentores nunca viajam juntos, apesar da fórmula estar patenteada, escrita e guardada em lugar seguro.” 

via Vanessa Fidago, revista Domingo

Abraços saudáveis

Nenhum comentário: