domingo, 20 de janeiro de 2008

6 potinhos! E não é que funcionou com o dinheiro que o avô lhe deu?


“Papai, pode-me trocar esta nota que o vovô me deu, para eu colocar um dinheirinho nos potinhos e poder comprar umas figurinhas da Princesa Encantada este mês?”
Esta frase da minha filha Carolina que tem apenas quatro anos, valida a importância dos pais, desde cedo, ensinarem, incentivarem e darem o exemplo de hábitos saudáveis na área da gestão dos nossos recursos financeiros.

Como sabem, depois de vários anos como executivo tradicional, dedico-me hoje a estudar, vivenciar e divulgar, praticas que nos proporcionem uma maior Qualidade de Vida, onde, na área financeira, o objetivo seja conseguirmos chegar ao final de cada mês no azul e, gradualmente, conseguirmos o colocar o dinheiro a trabalhar para nós (invertendo aquilo que acontece com a grande maioria que trabalha para ganhar dinheiro!).

E como cobaia de tudo aquilo que sugiro aos meus clientes, eu e a minha mulher Sandra, resolvemos compartilhar com a Carolina, algo que o T. Harv Eker, sócio e presidente da Peak Potencials Training, uma das mais bem-sucedidas empresas de treinamento pessoal nos Estados Unidos e Canadá, propõe que cada um de nós faça, no seu livro “Os segredos da mente milionária”:
- abrir uma conta (ou ter um pote em casa) de Liberdade Financeira onde colocamos 10% dos nossos rendimentos (pensando na aposentadoria)
- abrir uma conta (ou ter um pote em casa) da Diversão, onde colocamos outros 10% (dinheiro para nos divertirmos sem a consciência pesada e que deve ser gasto até ao dia 30 de cada mês, inclusive para comprar figurinhas da Princesa Encantada)
- abrir uma conta (ou ter um pote em casa) de poupança para despesas de longo prazo com outros 10%
- abrir uma conta (ou ter um pote em casa) para a nossa instrução financeira, onde alocamos mais 10% (temos que investir constamente na nossa educação)
- abrir uma conta (ou ter um pote em casa) para pagar as nossas necessidades básicas, a qual receberá 50% dos nossos ganhos
- abrir uma conta (ou ter um pote em casa) para podermos doar os últimos 10%.

Vamos pensar em conjunto:
A realidade da grande maioria dos nossos leitores é gastar praticamente tudo o que entra em casa, com o pagamento de despesas básicas. O que eventualmente sobra, dividem em geral, entre pagamentos de prestações de despesas de longo prazo e diversão. Neste cenário, pedir que amanhã, reduzam as despesas básicas para 50% do rendimento disponível no inicio de cada mês, é um esforço hercúleo, pouco razoável de sugerir que alguém o faça da noite para o dia. Nestes casos, a sugestão é arranjar os 6 potinhos, definir objetivos de médio/longo prazo e ir, numa tendência crescente, e disciplinada, se aproximando dos valores apresentados pelo autor.

Mas se cada um educar os seus filhos a adotar esses princípios (acredito que estes conceitos deveriam fazer parte da grade curricular das escolas, desde os primeiros anos!) enquanto estes ainda não tem despesas fixas, quando ganharem a primeira mesada, salário, dividendos, etc, já ajustarão as suas despesas de uma forma automática de tal forma, que seja considerado normal, seguirem um plano que lhes permita alcançar a tão almejada independencia financeira de uma forma ética e tranqüila, permitindo-lhes adotar estilos de vida mais saudáveis (menos estresse, melhor qualidade na alimentação, investir mais em prevenção, mais leitura, viagens, poderem doar – sabe muito bem dar algo a quem efetivamente necessite, etc)

A Carolina já tem os 6 potinhos! E não é que funcionou com o dinheiro que o avô lhe deu?

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