sábado, 22 de março de 2008

Frugalidade criativa também é Qualidade de Vida!


Neste final de semana, onde muitas pessoas procuram de alguma forma “renascer” (depois da última tentativa fracassada do ano passado!), gostaria de falar um pouco sobre frugalidade, aproveitando-me do livro “DINHEIRO e VIDA de Joe Dominguez e Vicki Robin, que estou terminando de ler e que sugiro que faça parte da “short list” de livros a ler dos meus clientes e leitores.

“Na verdade, a riqueza que desfrutamos hoje é o resultado de séculos de frugalidade. (...) a cultura do consumidor de “quanto mais, melhor” é recente. (...) está mais do que na hora de fazer amizade com a palavra e com a prática.(...) Frugalidade significa desfrutar a virtude de obter um valor adequado para cada minuto da nossa energia vital (dinheiro) e de tudo o que usufruímos. (...) Frugalidade significa que devemos apreciar o que temos. Se você tem dez vestidos mas mesmo assim acha que não tem nada para vestir, você provavelmente é esbanjadora, mas se tem dez vestidos e tem tido prazer em usar todos durante vários anos, você é frugal. O desperdício não reside no número de bens que possuímos e sim no fato de deixarmos de desfrutá-los. O seu sucesso em ser frugal não é medido pelos tostões que você economiza e sim pelo seu grau de apreciação do mundo material. (...) As pessoas frugais,(...), obtêm valor de todas as coisas: um dente de leão ou um buquê de rosas, um único morango ou uma refeição requintada. (...)Ser frugal significa ter um coeficiente elevado de alegria para objetos.(...)

Existe uma palavra em espanhol que abarca tudo isso: aprovechar (aproveitar). Significa usar sabiamente uma coisa, sejam os zíperes de roupas muito usadas ou um dia de sol na praia. Significa extrair o pleno valor da vida, desfrutando todo o bem que cada momento e cada coisa tem a oferecer. (...) Não há nada mesquinho a respeito de aproveitar; é uma palavra suculenta, repleta de sabor e da luz do sol. Se ao menos “frugal” fosse tão doce.(...)
Outra lição que aprendemos com a definição de “frugal” no dicionário é o reconhecimento de que não temos de possuir uma coisa para desfrutá-la; precisamos apenas usá-la. Se estamos apreciando um item, seja ele nosso ou não, estamos sendo frugais. (...)

A frugalidade, portanto, também envolve aprender a compartilhar, enxergar o mundo como “nosso” em vez de como “deles” e “meu”. Além disso, embora não esteja explicito na palavra, ser frugal e ser feliz por ter o suficiente significa que mais coisas estarão disponíveis para os outros. Aprender a compartilhar eqüitativamente os recursos da terra situa-se no topo da política global, e um pouco de frugalidade criativa (...) poderia ajudar a promover esse equilíbrio.

Frugalidade é equilíbrio. (...) Ser frugal significa colher com eficácia a felicidade no mundo em que vivemos. Ser frugal é usar adequadamente, administrar sabiamente o dinheiro, o tempo, a energia, os espaços e os bens materiais. (...) A frugalidade é algo assim; nada é demais e não é muito pouco; é adequado. Nada é desperdiçado. Ou deixado sem uso. É uma máquina harmoniosa. Reluzente. Perfeita. Simples e ao mesmo tempo elegante. É a palavra mágica – suficiência. O ápice da Curva de Satisfação. O ponto inicial de uma vida de realização, aprendizado e contribuição para o bem-estar do planeta.

“Frugal, cara”. Esta é a maneira legal , bacana de dizer “impressionante” (...). Não estamos dizendo que você deve ser mesquinho, pão-duro, avarento ou satisfazer-se com o que tem. Estamos falando a respeito da frugalidade criativa, um estilo de vida no qual você obtém a máxima satisfação para cada unidade de energia vital despendida.”
Exemplo prático:

No principio do mês, a minha filha queria comprar um determinado brinquedo. Sabendo que em poucos dias, o destino dele seria, o baú que ela tem para arrumar aqueles brinquedos com os quais já praticamente não brinca (ou seja não o desfrutaria um tempo suficiente!), sugeri construirmos um brinquedo em casa e ela optou por um foguete que tinha visto fazer num programa de televisão. Foram momentos hilariantes e que ficarão registrados muito tempo na memória da Carolina e da nossa (pai e mãe).

Material usado – dois rolos de papel higiênico vazios, uma folha de papel A4 reciclado e um pouco de fita crepe. Quem ganhou com o nosso ato frugal? A Carolina, os pais e o meio ambiente! Frugalidade criativa também é Qualidade de Vida!

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