quarta-feira, 2 de abril de 2008

Homocisteína versus Colesterol - noções importantes para você trocar idéias com o seu médico (1a parte)


Recentemente, numa palestra sobre a Qualidade de Vida na terceira idade, um médico já tinha abordado esta questão, mas lendo um trecho do livro “O QUE O SEU MÉDICO NÃO SABE SOBRE MEDICINA NUTRICIONAL, PODE ESTAR MATANDO VOCÊ”, do Dr. Ray D. Strand (escrito em 2004), ficou mais fácil de replicar para os meus leitores.

“Você já ouviu falar de HOMOCISTEÍNA? Ou melhor ainda, seu médico já lhe recomendou um exame de sangue para verificar seu nível de homocisteína? Provavelmente não. Depois de ler este capitulo, garanto que você se perguntará por quê. Pouca gente já ouviu falar dessa substância, e um número ainda menor sabe que ela é uma ameaça tão grande quanto o colesterol no que se refere a doenças cardiovasculares.

Estima-se que o mero nível elevado de homocisteína no sangue seja responsável hoje por aproximadamente 15% de todos os ataques cardíacos e AVCs no mundo – o que significa 225 mil ataques cardíacos e 24 mil derrames por ano nos Estados Unidos. Além disso, há 9 milhões de pessoas com doenças cardiovasculares decorrentes de níveis elevados de homocisteína. Não preciso dizer que creio ser muito importante conhecermos mais sobre essa terrível assassina, especialmente quando se sabe que é possível corrigi-la pela mera ingestão de suplementos de vitamina B.

(...) a homocisteína é um subproduto intermediário que produzimos quando nosso corpo metaboliza (quebra) um aminoácido essencial chamado metionina. A metionina existe em grandes quantidades na carne bovina, nos ovos, no leite, no queijo, na farinha branca, em comida enlatada e em alimentos altamente processados. Apesar de necessitarmos de metionina para sobreviver, há um consumo enorme desse nutriente (...), como pode ser visto nessa lista de alimentos em que ele é encontrado.

A cisteína e a metionina são produtos benignos, não sendo nocivos de maneira alguma. Mas eis o nó da questão: as enzimas necessárias para romper a homocisteína em cisteína ou revertê-la em metionina precisam de ácido fólico, vitamina B12 e vitamina B6 para cumprirem sua função. Se tivermos deficiência de tais nutrientes, os níveis de homocisteína no sangue começam a subir.

Então, porque não ouvimos falar disso antes?(...)
A Coisa Certa – O Momento Errado
McCully (Dr. Kilmer McCully) publicou sua teoria sobre a homocisteína em diversos jornais médicos no fim dos anos 60 e inicio dos 70, sendo, a principio, saudado com grande entusiasmo. O Dr. Benjamim Castle, chefe de seu departamento, o apoiou plenamente, expondo seu trabalho a um prestigioso conselho de especialistas. Mas, em meados da década de 1970, a teoria da homocisteína, perdera muito do seu impulso.

(...) McCully lutou longamente e com muito empenho, mas acabou ficando sem tempo e sem dinheiro: em 1979 o novo chefe de departamento informou-o de que a universidade o estava dispensando (...)

Um antigo colega de classe de Harvard, então diretor do centro de arteriosclerose do MIT, designou as idéias de McCully como “absurdos aberrantes” e “uma fraude infligida ao público”.

O Dr. Kilmer McCully estava certamente adiante de seu tempo. Mas porque tanta hostilidade (eu cortei parte da história grave que fizeram com ele por falta de espaço!) para com um homem que só estava tentando descobrir a causa subjacente da principal assassina do mundo de hoje? Qual o motivo para tanto pessimismo e tamanhos ataques verbais? Poderiam as caríssimas pesquisas sobre colesterol na época ser a razão?

Naquela época, a teoria sobre os ataques cardíacos por colesterol vinha ganhando grande impulso, e a hipótese de Kilmer McCully desafiava abertamente seu futuro.
O dr. Thomas James, cardiologista, presidente da Divisão Médica da Universidade do Texas e da American Heart Association (Associação Americana do Coração) em 1979 e 1980, disse “Não se podia obter patrocínio para idéias que seguissem em direções opostas à do colesterol. Havia um desencorajamento intencional a seguir questões alternativas. (...)”

Com todas as teorias opostas silenciadas, a do colesterol avançou a passos largos. As companhias farmacêuticas começaram a ganhar os seus bilhões, e todos se convenceram de que os ataques cardíacos e derrames eram simplesmente o resultado do colesterol em demasia na corrente sanguínea. Você concorda que eles fizeram um bom trabalho vendendo essa idéia para a comunidade médica e o publico em geral?

(continua...)

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