domingo, 13 de abril de 2008

Homocisteína versus Colesterol - noções importantes para você trocar idéias com o seu médico (2a parte)



“(...). Schulb (Dr. Jacob Schulb) notou (1995) que a maioria dos pacientes com níveis elevados de homocisteína também possuíam níveis reduzidos de ácido fólico e vitaminas B12 e B6 em seus corpos.
Outro grande estudo de caso-controle, o European Concerted Action Project, indicou que, quanto mais alto o nível de homocisteína, maior o risco de ataque cardíaco. O que outrora se consideravam níveis normais de homocisteína foram vistos, de súbito, como níveis altamente perigosos.

De maior importância ainda para os pesquisadores foi o fato de que, quando encontravam níveis elevados de homocisteína em pacientes que também possuíam outros grandes fatores de risco (hipertensão, colesterol elevado ou hábito de fumar), o risco de doenças vasculares aumentava drasticamente. Os resultados desses exames clínicos proporcionaram evidências de que, quanto melhor nosso nível de homocisteína, melhor.

De uma hora para a outra, os pesquisadores admitiam como fato que a homocisteína era realmente um fator independente de doenças cardiovasculares. (...) Hoje a evidência médica é incontestável: a homocisteína pode ajudar a causar doença arterial coroniana, AVCs e doenças vasculares periféricas.

Pode-se entender agora por que mais de metade das pessoas que sofrem ataques cardíacos tem níveis normais de colesterol. Por que foram necessários 25 anos desde que o Dr. McCully apresentou sua hipótese sobre a homocisteína para que a comunidade médica lhe desse atenção? O Dr. Charles Henneckens, professor na Faculdade de Medicina de Harvard e chefe de medicina preventiva no Brigham and Women`s Hospital, cita um exemplo paralelo. “Já há alguns anos que sabemos dos grandes benefícios da aspirina no tratamento de (pacientes) que sofreram ataques cardíacos agudos e de sobreviventes de ataques cardíacos, e nós, todavia a subutilizávamos”, ele diz. “Em um encontro recente do comitê consultivo da FDA, gracejei que, se a aspirina tivesse metade da sua eficácia, mas fosse dez vezes mais cara e vendida sob prescrição, talvez as pessoas a levassem mais a sério”.

Bem, ao menos as companhias farmacêuticas levariam a aspirina mais a sério, e compartilhariam, sem duvida, esses benefícios à saúde com os médicos. A situação no caso é similar. Como a aspirina, os suplementos de vitamina B podem, ao custo de alguns centavos por dia, reduzir efetivamente a maioria dos níveis elevados de homocisteína. ”É inegável que não há interesse comercial suficiente para apoiar pesquisas sobre homocisteína”, diz o Dr. Stampfer, “já que ninguém vai ganhar dinheiro com ela”.

Dê uma olhada na quantidade de dinheiro que a comunidade médica e a indústria farmacêutica ganharam reduzindo o colesterol com drogas sintéticas. Bilhões e bilhões de dólares entrando todos os anos. Você já se perguntou quem foi que o educou quanto aos riscos do colesterol alto? Quem está pagando aquele anúncio de página inteira (...) para lhe falar da importância de reduzir o colesterol? /as empresas farmacêuticas. Porque ninguém publicou um anúncio na TV ou nos jornais para informá-lo sobre a importância de reduzir sua homocisteína? Não se pode ganhar tanto dinheiro com a venda de vitamina B12, vitamina B6 e ácido fólico. É triste dizer, mas estamos encurralados nos efeitos em cascata da economia medicinal.(...)

O Dr. McCully dá sua opinião pessoal sobre essa medicina capitalista ao perguntar quem ganha mais em não informar as pessoas sobre os perigos da homocisteína. “Os avanços mais significativos na longevidade durante os últimos dois séculos foram conquistados pela saúde publica, e não pela medicina”, ele diz. “Mas a saúde publica é notoriamente não lucrativa. As pessoas não lucram evitando doenças. Elas lucram com a medicina – tratando doenças em estádios avançados e críticos”.
Existe um Nível Saudável de Homocisteína?

Diversamente do colesterol, do qual o corpo precisa para a produção de certas partes celulares e hormônios, a homocisteína não oferece beneficio algum à saúde. (...) Não há um limite abaixo do qual ela seja aceitável. Seu nível de homocisteína deve ser o mais baixo possível. (...)
Você precisa que seu nível de homocisteína reduza-se ao menos para 9, caso não possua sintomas de doenças cardiovasculares; e para menos de 7 se já tiver indícios de doenças cardiovasculares ou possuir outros fatores de risco de doenças cardíacas.”


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