quarta-feira, 13 de agosto de 2008

A importância de mastigarmos bem os alimentos

Por diversas vezes já tenho falado sobre a importância de mastigarmos bem os alimentos, mas com certeza a explicação técnica dada pela nutricionista Vanessa Ary, esclarecerá melhor os meus leitores:

Quando sabemos a razão de alguma coisa conseguimos realizar com muito mais vontade e facilidade, por isso é importante aprendermos um pouco mais sobre a mastigação, uma das dicas mais básicas de nutrição, mas que muitas pessoas ainda não seguem por falta de informação ou hábito.

Sempre ouvimos que precisamos comer devagar, mastigar bem os alimentos, de preferência 30 vezes, mas nunca entendemos o porquê.

Como já sabemos (mas às vezes esquecemos), estômago não tem dente! Portanto é você quem deve ajudá-lo a digerir os alimentos desde a boca, já que a digestão do carboidrato, por exemplo, começa com a saliva!

A mastigação correta aumenta a superfície de contato do alimento com as enzimas digestivas, auxiliando a digestão e, conseqüentemente, a absorção dos nutrientes.

Mastigue tanto quanto cada alimento necessite para ser engolido. Você saberá o quanto. Podem ser 15 ou 40 vezes, depende de cada tipo de alimento. Uma carne demora muito mais tempo para ser mastigada do que uma batata, por exemplo.

O que acontece quando não se mastiga bem os alimentos:

  • A refeição acaba muito rápido, não dando tempo suficiente para a informação chegar ao cérebro. Conclusão: Você come o dobro, pois ainda não se sentiu saciado e meia hora depois sente que comeu demais;

  • Seu intestino não reconhece alimentos mal digeridos, pois só reconhece NUTRIENTE. Se pedaços de alimentos chegam mal digeridos ao seu intestino, a absorção dos nutrientes fica comprometida, já que o alimento deveria ter sido quebrado até virar um nutriente absorvível (glicose, aminoácido ou lipídeo) que seria reconhecido por receptores intestinais;

  • Alimentos não mastigados ou não digeridos são identificados pelas células intestinais como “corpos estranhos”, fazendo com que o organismo libere uma substância chamada histamina, que causa inflamação do organismo e acaba gerando outros sintomas e complicações;

  • Aparecem sintomas como: azia e outros transtornos digestivos, gases, problemas intestinais, sonolência após a refeição, inchaço, dificuldade de emagrecimento, etc.

Portanto, comece já a exercitar os maxilares!

Abraços saudáveis

2 comentários:

kateboy disse...

Olá e parabéns pelo seu blog, que apenas comecei a ler há alguns dias.
Sou portuguesa, mas a viver em Londres há cerca de 3 anos (tenho 29 anos, 1,63m e peso 48Kg).
Preocupo-me bastante com a minha saúde e com a alimentacao, que considero ser umas das melhores armas que possuímos para nos mantermos mais saudáveis - e talvez das mais fáceis de controlarmos sozinhos.
Tenho Sindroma do Intestino Irritável, que ando a tratar com um nutricionista, e por causa de algumas restricoes alimentares (trigo, centeio, camarao, cogumelos, laticínios pioram os meus sintomas e por isso tento evitar...) a minha dieta poe em causa a quantidade de calorias que ingiro diariamente.
Nao ingerindo calorias suficientes, as vezes tento compensar comendo alguns alimentos gordos, como batatas fritas, maionese, nozes...mas penso que nao será o mais apropriado, podendo originar acumulacao de gorduras "más" a volta dos orgaos.
O meu problema é ingerir alimentos suficientes durante o dia, mas ao mesmo tempo nao comer demasiado a cada refeicao, comer uma alimentacao saudável e evitar os alimentos que pioram os meus sintomas e a conselho do nutricionista nao ingerir alimentos após as 7h30 da tarde...
Gostaria que deixasse algum comentário relativo a alimentos que possuam bastantes calorias, mas que nao sejam maus para a saúde.
Obrigado.

João Marques disse...

Bom dia Sofia,

Agradeço as suas palavras simpáticas! Veja abaixo, as orientações recebidas da nutricionista Vanessa Lobato (*):

O que aconselho é o consumo de alimentos que contenham uma densidade energética alta (bastante calorias em uma pequena porção), mas que além de calorias contenham nutrientes essenciais para o corpo. Como por exemplo as oleaginosas: castanhas do Brasil e de caju, amêndoas, nozes, amendoim, pistache, semente de girassol – preferencialmente todos na forma in-natura, sem terem sido fritas e/ou sem adição de sal; outra opção seriam a frutas secas/desidratadas, como: banana desidratada, damasco seco, ameixa seca e uva-passa; Tem ainda a opção de acrescentar às frutas in-natura gérmen de trigo, mel, granola; Nos sucos, pode acrescentar suplementos nutricionais sem lactose para aumentar o valor energético e de nutrientes.

Lembre-se que é difícil errar no consumo de alimentos provenientes direto das natureza.
Evite “pecar” no excesso de industrializados para aumentar a ingestão calórica, pois alimentos como batata frita, maionese, frituras em geral, possuem sim alto valor calórico, mas proveniente de uma gordura de má qualidade, e além disso não proporcionam nenhum nutriente benéfico à saúde.

Opção de alimentos: Quinua, Bebidas a base de soja, Doces de frutas concentrados sem adição de açúcares e adoçantes, Suco de uva orgânico, Azeite extra-virgem nas refeições almoço e jantar, adicioná-lo após a refeição estiver pronta.

Espero que as informações da Vanessa de alguma forma lhe sejam úteis e teriamos muito gosto em voltar a receber notícias suas, com os resultados obtidos, ok?

Abraços saudáveis

João

(*)Vanessa Lobato
Nutricionista
Celular: 55-11-9491-1165
E-mail: vanessa.lobato@uol.com.br

Atendimento Nutricional Personalizado (Porque você é único)