quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Ser cauteloso em excesso não cura ninguém (pelo contrário!)

No meio desta turbulência pela qual passa a economia global, queria escrever algo sobre uns exercícios que todos podem fazer para maximizarem a probabilidade de conseguirem ter uma coerência cardíaca (variação normal e saudável dos batimentos do coração) que tanto contribui para a manutenção de um equilíbrio saudável, nestes momentos de alto stress para muitos.

Para além dos livros que tenho em casa, fiz a minha pesquisa no Google (uma das ferramentas que me permite viver no meio do campo!!!) e foi muito curioso ler os comentários de alguns médicos "cautelosos" num artigo da Folha de São Paulo do ano de 2003 (para ler o artigo na íntegra, clique aqui:

Os métodos de autocura (...) ainda são encarados com ceticismo pela comunidade médica brasileira. "(...) técnicas de relaxamento e exercícios físicos são abordagens muito saudáveis, mas inespecíficas. Não dá para dizer que são tratamentos para depressão ou para transtornos de ansiedade", afirma Luiz Alberto Hetem, 41, psiquiatra e professor de pós-graduação em saúde mental da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto.

"(...) não há como avaliar um método de cura apenas com resultados "do tipo 'eu tenho tratado pacientes assim e isso tem funcionado'", além de, é claro, existir a necessidade de um diagnóstico preciso sobre a gravidade de cada quadro.

Para Antônio Carlos Camargo de Carvalho, 56, cardiologista e coordenador do curso de pós-graduação da área na Unifesp, é quase uma utopia tentar que um cidadão do mundo moderno, voluntariamente, consiga coordenar seus batimentos cardíacos com toda a agitação que o rodeia. Nos casos de estresse, ele acha que o coração merece mais cuidados que exercícios respiratórios. "Alguns dos meus pacientes fazem ioga, exercícios de relaxamento. Tudo isso é benéfico, mas não é e nunca seria o tratamento único."

Ou seja, pela leitura do artigo em causa (e tantos outros!) a mensagem leva obrigatoriamente a que muitos leitores nem tentem, por exemplo, respirar melhor porque nem os médicos acreditam nisso.

As perguntas/comentários que faço são os seguintes:

- fazer exercícios simples de respiração tem alguma contra-indicação? Ninguém diz que só por se respirar melhor as pessoas se curam, mas que ajuda ao tal equilíbrio, é uma verdade incontestável há muito e muitos anos.

- por que ir pelo lado da dúvida em vez de incentivarmos a pouco e pouco, as pessoas a acumularem bons hábitos onde a sinergia entre eles é que vai fazer a diferença? Por esse raciocínio, os mesmos médicos deveriam colocar em causa a importância de caminharmos ou bebermos água porque "é quase uma utopia tentar que um cidadão do mundo moderno, voluntariamente, consiga" estar saudável só com estas duas coisas!

Humildemente falando, sugiro a todos os médicos "mais cautelosos" a se debruçarem mais sobre os resultados concretos da chamada medicina tradicional e a incentivarem os seus pacientes a adotarem práticas que, no mínimo, não terão qualquer efeito colateral e quem sabe, junto com um novo Estilo de Vida, os consigam colocar no patamar dos considerados cidadãos saudáveis.

Ser cauteloso em excesso não cura ninguém (pelo contrário!). Vamos juntar o conhecimento científico com o Bom Senso que técnicas milenares nos ensinaram a ter.

Abraços saudáveis

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