quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Coerência Cardiaca é fundamental para a nossa saúde - parte 1


Depois do meu comentário de ontem, volto então a escrever um pouco sobre "coerência cardíaca", socorrendo-me do médico David Servan-Schreiber no seu livro CURAR.

"(...) o stress é possivelmente um fator de risco muito maior para as doenças cardíacas do que o fumo. Também descobriram que um episódio de depressão seis meses antes de um infarto do miocárdio é um indicador mais acurado de risco de morte do que a maioria de outros exames cardiológicos.
Quando o cérebro emocional não está funcionando bem, o coração sofre e se desgasta. Mas a mais espantosa descoberta de todas é que essa relação funciona em mão dupla. O funcionamento correto do nosso coração acaba por influenciar nosso cérebro também.(...)
Um método simples e eficaz disponível para todos nós parece criar as condições essenciais para que haja harmonia entre o coração e o cérebro. (...) Para compreender como ele funciona, primeiro precisamos examinar, como o sistema cérebro-coração funciona. (...)
O sistema nervoso autônomo é constituido de dois ramos, começando no cérebro emocional e se espalhando pelo corpo. O ramo "simpático" libera adrenalina e noradrenalina regulando as reações de "luta ou fuga". Sua atividade acelera o coração. O outro ramo, chamado parassimpático, libera um neuro transmissor diferente, que promove estados de relaxamento e calma. Ele faz o coração bater mais devagar.
Nos mamíferos, esses dois sistemas - o acelerador e o breque - estão constantemente em equilíbrio.(...)
Para negociar as guinadas imprevisíveis da existência,precisamos tanto do breque como de um acelerador. Eles precisam estar funcionando muito bem, e têm de ser igualmente fortes para se contrabalançar caso a necessidade ocorra.
De acordo com o pesquisador norte americano Stephen Porges, PhD., da Universidade de Maryland, o equilíbrio delicado entre os dois ramos do sistema nervoso autônomo possibilitou aos mamíferos desenvolver relações sociais cada vez mais complexas no curso da evolução. As mais complexas entre elas parecem ser os relacionamentos amorosos, sobretudo a fase particularmente delicada do namoro. Quando um homem ou uma mulher, por quem estamos interessados, olha para nós e o nosso coração começa a bater loucamente, ou ruborizamos, é porque nosso sistema simpático pisou no acelerador, talvez demais. Se inspirarmos profundamente para recuperar nosso equilíbrio e continuar a conversa, acabamos de pisar ligeiramente no breque parassimpático. Sem estes ajustes constantes, o namoro seria caótico. Esse é o caso com adolescentes que têm dificuldade em dominar o equilíbrio de seu sistema nervoso central."

continua....

Abraços saudáveis,

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