sábado, 11 de outubro de 2008

Coerência Cardiaca é fundamental para a nossa saúde - parte 2

"Entre o nascimento, quando é maior, e o momento que antecede a morte, quando é mais fraca, a variabilidade de nosso ritmo cardíaco decresce 3% ao ano. Isso significa que a nossa fisiologia perde a sua flexibilidade pouco a pouco e acha cada vez mais difícil se adaptar às variações em nosso ambiente físico e emocional. Essa perda de variabilidade é um sinal de envelhecimento. Quando a variabilidade declina, isso se deve em parte, ao fato de não estarmos mantendo nosso breque fisiológico, o "tônus" saudável de nosso sistema parassimpático. Como um músculo que não é usado, esse sistema atrofia progressivamente com o passar dos anos. Enquanto isso, nós jamais paramos de usar nosso acelerador - o sistema simpático. Assim, após décadas operando desse modo, nossa fisiologia se assemelha a um carro que consegue, de repente ganhar velocidade ou descer na banguela, mas que se tornou virtualmente incapaz de se ajustar a curvas na estrada. O declínio na variabilidade do ritmo cardíaco se correlaciona com todo um conjunto de problemas associados ao stress e ao envelhecimento: pressão alta, insuficiência cardíaca, complicações derivadas da diabetes, infarto do miocárdio, arritmias, morte súbita e até câncer.(...)
Quando a variabilidade cessa, quando o coração não mais responde às nossas emoções e, especialmente, quando ele não pode mais "desacelerar" adequadamente, a morte está próxima.

Um dia na vida de Charles(quarenta anos, gerente de uma importante loja de departamentos e que há meses vem sofrendo de palpitações e que concordou em gravar a variabilidade do seu ritmo cardíaco durante 24 horas):

11horas da manhã - calmo, concentrado e eficiente, estava escolhendo fotos para um catálogo. Seu ritmo cardíaco demonstrava uma coerência cardíaca saudável. Então ao meio dia, seu ritmo cardíaco virou um caos, além de ter aumentado cerca de doze batidas por minuto. Naquele exato momento, ele estava se dirigindo ao escritório do presidente. Um minuto depois, seu coração batia ainda mais rápido e era o caos total. Esse estado prevaleceu durante duas horas: tinham acabado de lhe dizer que a estratégia de desenvolvimento que passara algumas semanas preparando era "inútil".
Na sua sala, o caos cessou e deu lugar a uma relativa coerência. Naquele momento, Charles estava ocupado revisando um projeto no qual acreditava muito. Em um engarrafamento a caminho de casa, sua irritação acarretou outro episódio de caos. Em casa, ele abraçou a esposa e filhos, e isso foi seguido de uma fase de dez minutos de coerência. Porque somente dez minutos? Porque depois disso Charles ligou a televisão para assistir ao noticiário."

Caros leitores, vão comparando a história do Charles com o vosso dia a dia para podermos chegar a algumas conclusões!

continua...

Abraços saudáveis

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