quarta-feira, 4 de março de 2009

"MPF quer suspensão da venda de brinquedos em redes de fast food"


Li ontem um artigo no canal de notícias da Globo, G1 (Brasil), que contribui para que cada um de nós que tem filhos, acredite que o Bom Senso, pode demorar a chegar, mas mais tarde ou mais cedo, acabará por prevalecer sobre o interesse financeiro de uma minoria.

Publico aqui alguns trechos mais relevantes:

"MPF quer suspensão da venda de brinquedos em redes de fast food

Para procurador, venda induz crianças à alimentação pouco saudável.
(...)
O autor da recomendação acredita que a venda de brinquedos, atrelada a kits com lanche, batata frita e refrigerante, faz as crianças adotarem um hábito alimentar pouco saudável. Segundo ele, os brinquedos são usados para alavancar a venda de alimentos de baixo valor nutritivo.

(...) o público infantil não completou sua formação crítica e, portanto, não identifica o objetivo da promoção.

(...) As lanchonetes têm 10 dias, a partir do recebimento, para responder. Caso a decisão seja pela continuidade da venda, o procurador pode entrar com uma ação civil pública. (...)

Outro lado

(...)

Além disso, o McDonald’s completa que “seu cardápio tem nutritivas e variadas opções de escolha, inclusive no menu infantil, como cenoura palito, água de coco, salada de frutas e maçã”. (...)"

Com base neste último parágrafo, gostaria que os respectivos responsáveis do Mc Donald`s me respondessem:

- do total de crianças que são atraídas por causa dos brinquedos, quantas pedem as tais "cenoura palito, água de coco, salada de frutas e maçã"?

- quando escrevem barbaridades deste tipo, acreditam sinceramente que toda a população é desprovida do mínimo de sentido crítico e vai acreditar que afinal, o Mc Donald´s é uma opção saudável para os respectivos filhos?

Abraços saudáveis,

4 comentários:

Unknown disse...

Bom Artigo João!
E de grande importancia!

Quantos "alimentos" pouco saudaveis, cheios de gordura saturada, sal ou açucar, etc, não comem as crianças por causa dos cromos, brinquedos ou afins que vêm em anexo?

Beijinhos
Inês Gil Forte

Anônimo disse...

Ora aí está um ponto importante!
Vi há pouco tempo num documentário sobre crianças obesas uma jovem americana (com sobrepeso) que coleccionava todas - TODAS - as ofertas da McD, pelo que comia aquela suposta comida (não sei o que chamar-lhe) com uma frequência impressionante. A quantidade de bonecada que preenchia um enorme armária era uma metáfora do seu excesso de peso.

Luis F Amaro disse...

Antes de mais, obrigado pelo blog e pela pertinência do seu tema.

Mas, quando chegamos aqui, tenho algum medo porque começa a soar a proibição e não a educação. E, é tão mais fácil proibir que formar.

Eu próprio sou pai e sei que não é uma tarefa fácil, mas não quero que ninguém me substitua na educação e formaçao do meu filho que, por opção, não come MacD e outras fast foods, mas conhece-as.

João Marques disse...

Caro Luis Amaro,

Agradeço o seu comentário sobre o qual acrescento o seguinte:

A minha filha Carolina também vai, esporadicamente, ao McDonald`s, mas ela sabe bem que é uma opção não saudável e por isso só pede para lá ir de vez em quando.

O que deveria ser proíbido, é a forma como nos vendem alguns ingredientes (ou determinadas composições deles), não só pelos ingredientes em si, mas pelo conteúdo da mensagem que fere os mais elementares princípios de ética corporativa, onde à partida, em nomes de lucros para alguns poucos, se prejudica a saúde de milhões de pessoas. E esta realidade, não podemos de forma alguma continuar a aceitar de braços cruzados.

Espero que com esta resposta, tenha ficado claro que o caminho é a educação das nossas crianças (e dos pais quando necessário) ao mesmo tempo que defendemos o uso do Bom Senso nas relações entre empresas e os seus clientes.

Abraços saudáveis,

João Marques Carvalho