sábado, 2 de maio de 2009

"A difícil arte de viver o momento"


Mais uma vez gostei bastante das palavras escritas da Isabel Stilwell, directora do Destak:

"Passamos a vida a preocupar-nos com o que, a maior parte das vezes, nem chega a acontecer. Uma vida mais plena, mais calma e mais feliz obriga a aprender a viver o presente.

Não sei o que se passa na nossa cabeça, mas a verdade é que viver o momento, gozar o presente, é das experiências mais difíceis de atingir. É como se estivéssemos que estar sempre alerta, sempre à defesa, imaginando as armadilhas que nos podem surgir pela frente, preparando-nos para aquilo que em 99% dos casos nunca vai existir. Já Mark Twain dizia: «Experimentei dificuldades terríveis ao longo da minha vida. A maioria delas nunca chegou a acontecer.»

Se estamos a trabalhar, sonhamos com as férias, mas quando chegamos às férias, ou simplesmente ao ginásio, ou mesmo ao Spa, não conseguimos afastar a imagem da nossa secretária apinhada de papéis até cima. Acontece o mesmo quando decidimos passar um fim de semana sem os nossos filhos, só para descobrir que gastamos o precioso tempo a preocuparmo-nos se eles estão bem.

Não é por acaso que a arte de viver o momento leve anos a aperfeiçoar, e exija tanto treino como outra «modalidade» qualquer.Mas quem consegue focar-se no presente, garante que é mais feliz, mais autoconfiante, mais empático, e sofre menos da pressão daqueles impulsos que nos levam a comer desenfreadamente quando estamos ansiosos, a ter crises de ansiedade, a sentir uma enorme dificuldade de concentração. A revista Psychology Today dedicou ao assunto um dossiê inteiro e aqui ficam algumas das suas muitas sugestões...
a que não resisti a acrescentar as minhas:

Fique onde está –Não é um ficar só físico. Para além do seu corpo, a sua mente tem que ficar também consigo. Respire fundo e tome consciência da sua respiração e do seu corpo. Tome consciência de si. Observe o momento, e sinta-se testemunha do que vê, sente, cheira. Não julgue, não pense se é bom ou mau, experimente e sinta, recomendam os especialistas. Se os seus pensamentos começarem a fugir, repita para si mesma «Agora», o agora é que importa.

Quando o milagre acontece- Há momentos especiais que acontecem, sem que os tenha planeado. Como quando a sua filha, já com 18 anos, vem ter consigo e se deixa ficar, como quando era bebé, e a adormecia sobre o seu peito, o som do seu coração a sossegá-la, o som mais antigo que alguma vez ouviu.Que importa se o jantar está por fazer, ou se ainda lhe falta engomar a roupa? São estes pequenos e fugidios «encontros» que carregam as pilhas e nos dão uma reserva de felicidade.

Não afaste a tristeza - Temos a tendência para procurar afastar os maus pensamentos, as coisas que nos fazem tristes. Não resista, aceite-os, porque só assim perdem a força, e começam, suavemente, a doer menos. Se perdeu alguém, se está zangado com o seu marido/mulher/filhos/amigos aceite esses sentimentos. Não se agarre à desilusão, à raiva, ao desgosto, mas também não os empurre para longe. Deixe que a tristeza a invada suavemente. Chore e liberte as toxinas acumuladas.

Saboreei o que está a viver– Tente fazer tudo mais devagar, tomando consciência de cada movimento, em lugar do habitual três emum, em que se senta, come o pequeno-almoço a correr, enquanto faz um telefonema. Quando toma um duche, tire prazer de cada gota
de água, quando bebe uma chávena de chá, sinta o seu sabor, quando se senta para conversar com uma amiga, desligue o telefone, e viva aquele encontro. Quando o medo do futuro vier ter
consigo, diga-lhe que vá dar uma curva, porque a única coisa que importa é o presente."

Viva o presente com mais Qualidade de Vida praticando os ensinamentos acima!

Abraços saudáveis


Nenhum comentário: