sexta-feira, 5 de junho de 2009

"treine a mente e mude o cérebro" (1a parte)


Da interessantíssima leitura do livro "treine a mente e mude o cérebro" de Sharon Begley, retiro alguns trechos (ao longo do tempo voltarei a este livro!) que deixam claro aquilo que a nossa mente (pensamento), pode fazer pelo cérebro.

Gostava muito que os meus leitores tivessem a noção que também temos que fazer "ginástica" regular com o nosso cérebro (de uma forma adequada) para que ele próprio se torne mais saudável e possa gerar impactos muito positivos na nossa Qualidade de Vida:

"(...) O cérebro pode, de facto, ter seus circuitos alterados. Pode expandir a área conectada para mexer os dedos, formando novas conexões para sustentar a destreza de um exímio violonista. Pode ativar fios condutores há muito tempo inativos e passar novos cabos, como um eletricista que reforma o sistema elétrico de uma velha casa, de modo que regiões que antes viam possam, em vez disso, sentir ou ouvir. Pode silenciar circuitos que antes crepitavam com as actividades aberrantes que caracterizam a depressão, e cortar conexões patológicas que mantêm o cérebro no estado ó-meu-deus-há-algo-errado que caracteriza o transtorno obsessivo-compulsivo. Em resumo, o cérebro adulto mantém grande parte da plasticidade do cérebro em desenvolvimento, inclusive o poder de consertar regiões danificadas; de criar novos neurônios; de rearranjar regiões que antes desempenhavam determinada função, para assumirem uma nova tarefa;
(...)
Igualmente revolucionária é a descoberta sobre como o cérebro muda. Nossas ações podem literalmente expandir ou contrair diferentes regiões do cérebro, derramar mais fluídos em circuitos silenciosos e reduzir a irrigação em outros mais barulhentos.
(...)
a própria estrutura de nosso cérebro (...) reflete a vida que levamos. Como areia de uma praia, o cérebro guarda as pegadas das decisões que tomamos, das capacidades que desenvolvemos, das ações que realizamos.
Mas também há indícios de que a modificação da mente pode acontecer sem qualquer interferência do mundo externo. Ou seja o cérebro pode mudar de acordo com os pensamentos que nós temos.
(...)
Pensando de maneira diferente sobre pensamentos que ameaçam enviá-los de volta ao abismo do desespero, pacientes com depressão produziram atividade numa região do cérebro e silenciaram outra, reduzindo o risco de recaída. Algo tão aparentemente sem substância quanto um pensamento tem a capacidade de agir de volta diretamente ao cérebro, alterando conexões neuroniais de uma maneira que pode levar à recuperação de uma doença mental e, talvez, a uma capacidade maior de empatia e compaixão."

Já imaginaram, com esta nova percepção, aquilo que podemos fazer com o nosso cérebro?

Abraços saudáveis,

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