quarta-feira, 18 de novembro de 2009

"O que a chuva faz às crianças"


Mais uma abordagem interessante da Isabel Stilwell, directora do jornal Destak que nos leva a pensar até que ponto as nossas rotinas diárias, prejudicam a nossa saúde e a dos nossos filhos!

"Descobertas feitas em visitas a escolas de Lisboa:

1. Em muitas das nossas escolas as crianças não vão para o recreio quando chove. Nem quando estão constipadas, ou espirram duas vezes. E como a maioria das escolas não tem recreios tapados, há dias seguidos no Inverno em que os meninos não deixam as quatro paredes da escola, para dali seguirem para as quatro paredes de casa. Depois os adultos queixam-se que não conseguem ficar quietos ou, pior, decidem que são hiperactivos e procuram alguém que os medique. Na Noruega, só não brincam lá fora nos intervalos quando a temperatura desce abaixo dos menos 15 graus centígrados - temos um clima invejável e vivemos com medo de uns pingos…

2. Diz uma professora do ensino básico: «Os pais geralmente deixam os filhos à porta de carro e depois vêm buscá-los de carro novamente, por isso não trazem galochas nem gabardinas, e muitos deles não sabem sequer segurar num guarda-chuva. Como é que os posso levar à rua assim? Por isso, quando chove, até visitas já marcadas temos que desmarcar.»

3. A carrinha da escola, pergunto ingenuamente. Resposta: «As escolas públicas de Lisboa não têm transportes próprios e nas grandes cidades as parcerias com a Câmara são raras. Algumas escolas conseguem alugar, mas para isso os pais têm que pagar, e muitos não podem. Por isso não se vai.»

4. Uma nova norma do Ministério da Educação estipula, ao que parece, que não há passeios sem uma professora e uma auxiliar por classe. Sensato, no mínimo. Único problema, dizem-me, é que o quadro das auxiliares foi reduzido, e mesmo as vagas não são preenchidas. Por isso os meninos não saem…"

Nunca tinha reparado nesta questão (marcada a bold - negrito em brasileiro) mas aproveito para comentar o seguinte:

A minha mulher normalmente e às vezes o signatário, levamos sempre a nossa filha Carolina a pé para a escola (por isso não corremos o risco acima apresentado!) que fica a menos de cinco minutos de nossa casa. Frequentemente, saímos ao mesmo tempo que uma vizinha nossa que também tem um filho a estudar na mesma escola.

Entre o entrarem no carro, chegarem lá, estacionar e saírem do carro, significa chegarem ao mesmo tempo que nós. Basta olhar para mãe e filho para concluirmos que uma caminhadinha diária só lhe poderia fazer bem (pelo menos sempre que o tempo esteja bom!) e não é para chegarem mais rápido que vão de carro nem para seguir directo para o trabalho (a mãe depois volta para casa!).

É um exemplo daquilo que não se faz para melhorarmos a saúde (Qualidade de Vida) da nossa própria família e que acabará por se reflectir no Estilo de Vida do próprio filho da nossa vizinha.

Abraços saudáveis

Nenhum comentário: