sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

"Encarar a doença com otimismo"


Ontem dia 4, comemorou-se o dia mundial contra o cancro e do que tenho "absorvido" sobre este tema, deixo aqui umas notas soltas sobre aquilo que considero importante cada um de nós ter consciência:

- é verdade que existe uma determinada % de pessoas (20% ???) que contrai esta doença por razões genéticas, mas a grande maioria de nós (80% ???) tem o "poder" de eliminar/reduzir essa probabilidade, ou seja cada um pode fazer a sua parte para ter uma vida mais saudável

- exercício físico (não sedentarismo), alimentação (mais) saudável, gestão natural do bom humor (anti stress), são alguns dos meios de prevenção mais eficazes para esta doença (e tantas outras)

- empresas, escolas, orgãos publicos, etc, são meios que podem de uma forma ímpar, contribuir para a divulgação e promoção da mudança de Estilos de Vida que reforcem o sistema imunitário de milhões de pessoas. Para além da questão da saúde em si, teriamos a poupança de milhões de euros ao longo dos anos.

- notícias "boas" para quem já tem ou venha a ter algum tipo de cancro:

a) o optmismo com que se encare esta realidade, com certeza terá um impacto importante na evolução da doença em si

b) mesmo nesta altura a adopção (mesmo que tardia) de um Estilo de Vida mais saudável continua a ser uma ferramenta fundamental para vencer essa luta (acompanhada da respectiva equipa médica)

c) em muitos locais, com certeza será acompanhado por uma equipa multidisciplinar que colocando o respectivo paciente no centro e no mesmo patamar que ela própria (equipa médica), dará uma confiança e maior "tranquilidade" ao paciente em si. Em outras palavras, tudo é hoje muito mais humanizado.

d) as probabilidades de cura para um grande tipo de cancros são cada vez mais elevadas e tanto mais elevadas quanto mais cedo descobrirmos que os temos (fundamental rastreio e exames de rotina em tempo útil !)

e) uma palavra de apreço (muito) especial para as equipas de voluntários(as) que são de um valor inestimável durante toda esta fase menos boa. Em muitos casos, os pacientes acabam por se tornar "melhores" pessoas e desfrutam a "2a parte" das suas vidas com muito mais prazer e intensidade

f) o cancro do colo do útero já pode ser curado (não sei se sempre?!)?deixando a mulher com com capacidade para engravidar (apesar de ainda existirem muitos médicos que desconhecem os novos tratamentos já disponíveis em Portugal desde 1998). Futuras mães, ouçam várias opiniões se ouvirem algo diferente do que aqui escrevi

g) frequentemente, o peito de uma mulher pós tratamento do cancro de mama, fica mais bonito, segundo a opinião dos médicos, das próprias pacientes e parceiros, o que aumenta muito a manutenção de uma elevada auto estima de quem passa por isto

h) existem esquemas de protecção financeira pessoal (familiar) que de uma forma bastante acessível, permitem nestes momentos, focarmos a nossa atenção na saúde sem termos que nos preocuparmos com o pagamento das contas.

Em jeito de resumo, os números de casos de cancro, a sua taxa de crescimento e o facto de cada vez mais atingirem pessoas mais novas são sinais claros que cada um de nós tem que fazer algo diferente para melhor, no que toca aos hábitos do seu dia a dia (o tal Estilo de Vida).

Mas dentro daqueles, cujo destino acabe por pertencer a esta estatística, tenham esperança (ou melhor ainda a certeza) que tudo vai acabar bem e vivam cada momento como parte de um aprendizado, com o apoio de todos os atrás mencionados e respectivas famílias e, com certeza, conseguirão no final do "processo" sentir que cresceram como seres humanos!

Parte do que escrevi hoje, foi inspirado no programa Sociedade Civil (mais uma vez a Fernanda Freitas a entrar-nos pelas nossas casas com temas interessantíssimos e trabalhados de uma forma positiva e didáctica!) intitulado "Encarar a doença com otimismo".

Relembro que já tenho escrito neste Blog, artigos sobre o exemplo digno de registro do médico francês David Servan-Schreiber (basta colocarem o nome dele no campo de pesquisa do meu Blog).

Abraços saudáveis (mais do que nunca!)

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