quinta-feira, 17 de junho de 2010

" direito ao nosso corpo mental..."


Deixo-vos hoje com um artigo que ajuda a reflectir sobre aquilo que achamos que somos versus o que somos na realidade.

A nossa Qualidade de Vida (ou ausência dela) depende do somatório de muitas pequenas coisas e, sem dúvida, a Isabel Stilwell, directora do jornal Destak, é alguém que dá um contributo importante para que cada um, consiga enxergar melhor no meio de tanta informação disponível, aquilo que pode ter algum impacto positivo a nível pessoal/familiar.

Aqui fica o editorial da edição de ontem, intitulado "O direito ao nosso corpo mental..."

"O nosso corpo mental não corresponde ao nosso corpo físico. Se calhar a si parece-lhe uma verdade lapalissiana, mas a mim esta descoberta tem-me ocupado o cérebro nas últimas semanas. É claro que sabia que as pessoas a quem é amputada uma perna continuam não
só a imaginá-la lá como a sentir dores como se ela realmente lá estivesse, e tendo sido adolescentes, e vivendo com eles à volta, também não me passou despercebida aquela fase em que os pobres andam às turras com a cabeça e os braços por todo o lado, porque ainda não se
«visualizam» as suas novas medidas, tanto em altura como em largura, mas só agora interiorizei este conceito. E me pus a pensar nas suas consequências.

Sabia que o cérebro, mesmo o dos homens, sim senhora, é mais leve que o melhor computador portátil no mercado? E agora feche os olhos e imagine-o. O seu, ou o de alguém que admira e vai ver que imagina uma sala de máquinas gigante, cheia de gente que corre de um lado para o outro a certificar-se de que está tudo a funcionar bem.
Agora feche os olhos de novo e imagine o coração, depois compare com uma imagem em tamanho real e vai ver a diferença. Finalmente, e se é mulher (suponho que os homens podem fazer um exercício semelhante), desenhe mentalmente um útero e dois ovários. Aposto que são gigantes, ou não acolhessem a sua imagem de mulher, e ainda o de uma incubadora capaz de acolher os bebés que teve e os que sonhou ter. E se, quando os abrir, lhe mostrarem um ovário real, que nem chega aos 3 centímetros, o tamanho de uma amêndoa, é provável que não queira acreditar.
Um estudo divulgado ontem nos EUA revelou mesmo que aparentemente o cérebro tem a tendência para que nos vejamos mais largos do que somos, alteração que podia explicar doenças como a anorexia, Infelizmente nem todos os médicos têm consciência desta discrepância entre o corpo real e o mental, e muito menos do valor simbólico de cada parte que nos compõe. E nós estamos habituados a entregarmo-nos aos «especialistas» convencidos de que a nossa visão é menos valiosa do que a deles. Mas não é, e temos todo o direito de a fazer prevalecer ou pelo menos respeitar."

Boa leitura, um bom momento de reflexão, em especial para que se revejam "mais largos" e, principalmente, boas decisões sobre o que fazer com o eventual novo conhecimento sobre si próprio que agora adquiriu!

Abraços saudáveis

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