Não tenho informações suficientes para opinar sobre a necessidade da Groundforce despedir mais de 300 colaboradores, mas não posso terminar a semana sem comentar o seguinte:
- A gestão da Comunicação (interna e externa), incluindo a gestão da reputação de qualquer empresa, tem a obrigação ética, moral e até comercial (porque sai caro ignorar este princípio), de respeitar aquilo que, supostamente (fico com dúvidas neste caso!) , é o seu principal Activo - os colaboradores que nela trabalham.
- Dou o benefício da dúvida, porque ainda só ouvi uma das partes envolvidas, que o despedimento colectivo anunciado, tenha chegado aos respectivos destinatários por email e ou, no caso de um dos colaboradores que estava no dentista, pela televisão que havia no consultório.
- Não se despede ninguém por email, à distância, sem que nenhum responsável da empresa tenha dado a cara (a ser verdade porque, como já referi, até ao presente momento, ainda não ouvi qualquer esclarecimento sobre o sucedido por parte dos responsáveis da empresa)
- Pergunto se os responsáveis por este despedimento, tem conhecimento do TAP Group`s Code of Ethics (clique aqui para visualizá-lo) e, em caso positivo, se o seu conteúdo foi feito para embelezar (ou dito de outra forma, para enganar os diversos stakeholders) a moldura mostrada aqueles, que de alguma forma, têm algum tipo de relação profissional com a empresa?
- Incentivo fortemente, a que os responsáveis da Groundforce, apareçam e nos dêem a sua versão dos acontecimentos. Ao fazê-lo, quem sabe, todos, incluindo os próprios colaboradores agora despedidos, possam entender e aceitar as decisões que tomaram. Caso não o façam, considero que estamos perante uma equipa de executivos, que de executivos pouco têm, e são o espelho de tantos outros, que, ao não saberem ou não quererem gerir BEM, as empresas para as quais foram contratados, levaram Portugal para o caos em que se encontra.
Pergunto, a ser verdade, se os responsáveis da Groundforce sabem o preço que vão pagar por agirem assim:
- quanto cusata a vontade daqueles que agora saem, em prejudicar a empresa da melhor forma que souberem?
- quanto custa, a desmotivação, o receio, a falta de saúde, etc, nos colaboradores que ainda ficam?
- quanto custa, o impacto negativo que naturalmente vai criar em futuros clientes?
- quanto custa o impacto negativo junto das instituições que financiam a sua actividade (se fazem isto assim, qual o grau de idoneidade que está por trás dos números que apresentam para conseguirem crédito?)?
...
Termino com uma mensagem de esperança, porque, se aqueles que têm poder para tal, colocarem à frente das nossas empresas, gestores que saibam agregar valor a todos os seus stakeholders, Portugal tem todas as condições para sair deste buraco financeiro e proporcionar uma melhor Qualidade de Vida a todos os que neles acreditam e trabalham para esse fim.
Abraços saudáveis
Um comentário:
A fé e a esperança são as últimas a morrer... coragem é necessária!!!!
Cumprimentos
Isabel Moreira
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