Publiquei no Facebook, no mural do Projeto Memória :
“Amadeo Souza- Cardoso, nasce no norte de Portugal. O seu pai, homem culto e viajado, é um grande negociante de vinhos. Sob o olhar protector e autoritário de sua mãe, vive uma infância calma e cedo é considerado um “menino prodígio”. Com
dez anos pinta dois Pierrots nas portas de um armário da sala de jantar – um deles “abraçado a uma enorme lata de biscoitos, o outro equilibrado numa banqueta, a tentar martelar no teclado de um piano”.
Aos 19 anos parte para estudar Arquitetura na Escola de Belas-Artes em Lisboa. Mas depressa chega a conclusão - não gosta nem do que se ensina na escola, nem gosta da capital. Paris é o seu sonho e, no ano seguinte, abandona o curso é para lá que parte. Em Paris integra uma colónia artística portuguesa e dedica-se a prática da caricatura, chegando a publicar alguns desenhos na imprensa portuguesa. A partir de 1908, Amadeo concentra-se exclusivamente na sua pintura, com declarada oposição familiar, sobretudo do pai, que mais tarde acabará por aceitar
Quando expõe suas obras no Porto as reações são de escândalo. Além dos insultos, Amadeo sofre uma agressão física e tem de receber tratamento no Hospital da Misericórdia do Porto. Quando a obra é exposta em Lisboa, repete-se o escândalo. Amadeo, desta vez já preparado, diverte-se com os comentários que escuta. Entretanto, Almada Negreiros organiza um jantar opulento. Muitos artistas, muitos intelectuais, fazem questão de estar presentes e de demonstrar até que ponto a sua obra é apreciada. Entre esses está Fernando Pessoa.
Na primavera de 1918 Amadeo e a família vão para a casa de férias em Espinho, norte de Portugal, para fugir ao contágio da gripe espanhola que assolava o país. Mas, poucos meses depois, com apenas 31 anos, morre vitima desta gripe.”
Fonte Carlos Loures
Abraços saudáveis
Nenhum comentário:
Postar um comentário