sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

"Clarice Lispector começou a escrever logo que aprendeu a ler e falava vários idiomas, mas ela dominou como poucos a língua portuguesa. (...)"



Publiquei há dias no Facebook, no mural do Projeto Memória :

Há 92 anos nascia Haia (Clarice) Lispector

“Era uma vez uma família ucraniana que fugia da perseguição aos judeus durante a Guerra Civil Russa, até que num determinado dia, depois de percorrer várias aldeias, chega a cidade de Tchetchelnik e é ali que nasce o mais novo membro da família: Haia Lispector. A família avança com a fuga até chegar ao Brasil, quando Haia tinha dois meses de idade, onde por iniciativa do pai , quase todos na família mudam de nome e Haia, passa a ser Clarice.

Clarice Lispector começou a escrever logo que aprendeu a ler e falava vários idiomas, mas ela dominou como poucos a língua portuguesa. Quando tinha apenas 9 anos, sua mãe morreu após vários anos sofrendo com as consequências da Sífilis, supostamente contraída por conta de um estupro sofrido durante a Guerra, enquanto a família ainda estava na Ucrânia. Aos 15 anos, a família vai para o Rio de Janeiro. Clarice trabalhava então como secretária e cursava a faculdade de Direito. Aos 19 anos, a morte inesperada do seu pai afastou-a da religião judaica. Três anos depois, ela casou-se com o seu colega de turma Maury Gurgel Valente, pai de seus dois filhos e de quem viria a se separar alguns anos mais tarde. Maury foi aprovado no concurso de admissão na carreira diplomática e eles acabaram por viver em vários países, mas Clarice voltaria para o Rio de Janeiro.

Clarice Lispector, escritora, jornalista, vivia de uma maneira simples, ocupando-se dos afazeres domésticos e vendo televisão – novelas – como qualquer outra pessoa da época. No ano anterior ao da sua morte, quando conquistou o Prêmio Brasília pelo conjunto de obras publicadas, declarou comovida: “Foi uma dádiva de Deus, através dos seres humanos. Eu bem estava precisando desse dinheiro. Sinto-me um tanto humilde, por não merecer tanto. Disseram-me que quando nos conferem um prêmio é porque nos consideram aposentados. Mas eu não me aposentarei. Espero morrer escrevendo”.

Foi hospitalizada pouco tempo depois da publicação do romance A Hora da Estrela com câncer inoperável no ovário, diagnóstico desconhecido por ela. Faleceu no dia 9 de dezembro de 1977, um dia antes de seu 57° aniversário. Até à manhã de seu falecimento, mesmo sob sedativos, Clarice ainda ditava frases para sua amiga Olga Borelli. “
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Para quem quiser saber mais sobre a sua obrahttp://www.claricelispector.com.br/obras.aspx

Fonte: Jornal do Brasil
Foto: Site oficial Clarice Lispector


Abraços saudáveis


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