quinta-feira, 12 de setembro de 2013

"Criou-se, também, um hábito popular de “vestir” as formigas como personagens, prática que ficou conhecida como artesanato típico da cidade. Um dos principais “artesãos de formigas” era o francês Jules Martin, pintor e arquiteto idealizador do Viaduto do Chá, marco histórico da capital paulista. Ele montava presépios de formigas e os comercializava em pequenos recipientes de madeira, menores do que caixas de fósforos."


Publiquei no Facebook, no mural do Projeto Memória :


No final do século XIX, a cidade de São Paulo enfrentou uma infestação de tanajuras ( saúvas). Os paulistanos encontraram, então, um jeito de reduzir a abundância de formigas - comê-las! Torrados e salgados, os insetos eram vendidos por vendedores ambulantes, como petisco. Criou-se, também, um hábito popular de “vestir” as formigas como personagens, prática que ficou conhecida como artesanato típico da cidade. Um dos principais “artesãos de formigas” era o francês Jules Martin, pintor e arquiteto idealizador do Viaduto do Chá, marco histórico da capital paulista. Ele montava presépios de formigas e os comercializava em pequenos recipientes de madeira, menores do que caixas de fósforos. Uma dessas embalagens de tanajuras vestidas, da Casa Jules Martin, está no acervo do Museu do Ipiranga, em São Paulo.

As tanajuras eram consumidas pelos índios brasileiros fritas em salmoura e misturadas com farofa. Essa tradição foi passada para os sertanejos e tropeiros. Actualmente em algumas regiões do nordeste do Brasil a tradição mantêm-se. 

Na imagem: Formigas vestidas de Jules Martin, em ilustração da revista “Le Nature”, de 1888. Fonte: Jornal Estadão

Abraços saudáveis



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