terça-feira, 6 de novembro de 2007

Manter os filhos (sobrinhos, netos) afastados das drogas também é Qualidade de Vida


A ABQV (Associação Brasileira de Qualidade de Vida), mais uma vez está de parabéns pelo conteúdo e capacidade pedagógica dos palestrantes convidados para o 8º encontro mensal dos seus associados.

Dedicando uma parte do meu tempo a estudar temas de alguma forma relacionados com Qualidade de Vida, fiquei literalmente chocado com o nível de consumo de drogas no Brasil em geral e nas crianças e adolescentes em particular (considerando o álcool e o tabaco como drogas, que o são, poucos pais conseguem atualmente, ter as crianças longe desta problemática!).

Para os meus leitores, das brilhantes intervenções, vou destacar, algumas sugestões apresentadas pela jornalista Izilda Alves, coordenadora da Campanha Jovem Pan pela Vida,contra as Drogas, dadas a uma mãe, que, preocupada com a sua filha de 9 anos, lhe perguntou, como poderia evitar que esta viesse a fazer parte das estatísticas divulgadas:

- não adianta blindar carros e fazer muros altos porque a droga entra através de um colega dos nossos filhos
- onde tem família unida, não entra droga
- preparar os filhos para dizerem não, exige que se criem limites dentro de casa
- explicar claramente aos filhos, os efeitos danosos causados pelas drogas
- explicar á criança/adolescente que se ela não fizer a parte dela, a mãe/pai (tios, avós, irmãos) vão sofrer muito (não é só um problema dela!)
- saber e ouvir mais os filhos
- levar os colegas dos nossos filhos para dentro de nossas casas. Aquelas crianças/adolescentes que se drogam , fazem tudo para esconder essa pratica dentro da própria casa, mas acabam por ficar mais soltos em casa dos colegas (e nós conseguimos dessa forma detectar comportamentos suspeitos e agir em conformidade)
- ser mais mãe (e pai!) do que amiga(o)
- quando cruzarem com um bêbado, expliquem aos vossos filhos que ele nem sempre foi assim e que muito provavelmente tinha uma vida comum, igual á nossa!
- levar os filhos a um centro de narcóticos para que eles saibam o que acontece a quem usa drogas
- pai e mãe devem falar a mesma linguagem (estarem sintonizados)
- traficante entra onde há liberdade sem limites e sem regras (reforça a importância do 3º ponto)
- estar muito junto dos filhos e abrir as portas para os amigos (reforça o 7º ponto)
- se mesmo assim o filho experimentar, explicar que ele cometeu um ato ilícito e que os pais não compactuarão com esse tipo de comportamento
- incentivar a pratica de desporto (e outros hábitos saudáveis!) ajuda muito
- criança/adolescente tem que ter noção que não pode fazer e ter o que quiser (valida os 3º e 12º pontos)

Segundo a Dra Luizemir Lago, médica psiquiatra e sanitarista e Diretora do CRATOD (Centro de Referencia do Álcool, Tabaco e Drogas da Secretaria de Estado da Saúde), que falou em seguida sobre a importância de termos um “Ambiente Livre de Cigarro, enfatizou que a droga começa com o tabaco (“já que fumo, então também posso e tenho curiosidade de experimentar outras drogas”, pensam as crianças/adolescentes).

Dedico este artigo á minha filha Carolina de 4 anos, que espero, tal como os filhos (sobrinhos, netos) dos meus leitores, saibam escolher o melhor caminho no meio de labirintos perigosos, mas também com saídas que lhes permitirão desfrutar uma vida saudável, prazerosa e cheia de desafios para enfrentarem e solucionarem de acordo com a sua própria personalidade.

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