segunda-feira, 12 de maio de 2008

Quando somos determinados e FAZEMOS, até o pão libera cheiro e sabor


Neste dia de todas as mães brasileiras, queria escrever uma coisa simpática e veio-me à cabeça o prazer que tenho tido com o meu café da manhã e passo a explicar. Quando nos mudamos no passado mês de abril de São Paulo para a Grande Curitiba, um dos pontos que pesou contra a mudança, foi o perdermos a possibilidade de usufruirmos do pão maravilhoso que diariamente comprávamos na www.padariaartesanal.org (recomendo a todos os meus leitores paulistanos que o experimentem).

Chegados ao meio do campo e a quarenta quilômetros de uma outra padaria charmosa que já descobrimos em Curitiba, (a Provence que também recomendo) começamos a procurar soluções e aí valeu a máxima do nosso programa de Qualidade de Vida, que diz que o importante é FAZER!

A minha mulher Sandra começou a procurar receitas de pão saudável e com a ajuda da nossa empregada Sandra (sua xará), após várias experiências, o resultado foi um pão (com aveia, gergelim, linhaça, quinua real, centeio, trigo integral, ...) que, ainda não tendo a consistência inicial de um pão como o feito nas duas casas atrás mencionadas, depois de bem tostado na torradeira, e, por exemplo, com doce de morango, libera um cheiro e um sabor que, juntamente com os meus shakes variados e saborosos que garantem ao meu organismo, uma boa parte dos nutrientes essenciais que ele necessita, adicionados da muito “simpática” vista do campo da minha sala de jantar, que inclui várias espécies de aves, fazem do meu café manhã, um dos momentos mais prazerosos (e saudáveis!) do dia.

E o engraçado é que, apesar do nosso amadorismo, as visitas que já tivemos em casa, acabam por pedir a receita que já está sendo usada em São Paulo, em Curitiba e acredito que no dia em que vos escrevo, em Portugal. Para todos aqueles que não tenham acesso a pão saboroso e saudável perto de casa e tenham condições de fazê-lo em casa (se não tiverem quem o faço por vocês, podem fazer uma quantidade maior no final de semana, uma vez que é maravilhoso na forma de torrada – e o ato de fazê-lo é uma ótima terapia anti-estresse e ajuda a criar uma conscientização maior dos ingredientes que devermos consumir no nosso dia a dia), vai o humilde conselho de colocarem um bom café da manhã, como uma das prioridades do dia. Comer em pé, não comer nada ou apenas café preto e pão francês ou algo parecido, é meio caminho andado para a escassez de energia que tanta falta faz, para enfrentar mais um dia!

E, tal como a Danuza Leão na sua coluna de hoje na Folha de São Paulo, não resisto a (re)publicar um belíssimo texto, cuja autoria é atribuída a Charles Chaplin e que demonstra bem o que é o “paraíso mãe”:

"A coisa mais injusta sobre a vida é como ela termina. Eu acho que o verdadeiro ciclo da vida está todo de trás pra frente.
Nós deveríamos morrer primeiro, nos livrar logo disso. Daí viver num asilo, até ser chutado pra fora de lá por estar muito novo, ganhar um relógio de ouro e ir trabalhar. Então você trabalha 40 anos até ficar novo o bastante para poder aproveitar a sua aposentadoria.

Aí curte tudo, bebe bastante álcool, faz festas e se prepara para a faculdade. Vai para o colégio, tem várias namoradas, vira criança, não tem nenhuma responsabilidade, se torna um bebezinho de colo, volta pro útero da mãe, passa seus últimos nove meses de vida flutuando, e termina tudo num grande orgasmo. Não seria perfeito?"

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