Mudarmos o nosso estilo de vida atual é a melhor forma de acabarmos com o padrão doentio das modelos

O site G1 (www.globo.com ) publicou na semana passada, um estudo realizado pelo setor de nutrologia do Hospital do Coração (HCor) de São Paulo, no qual os hábitos alimentares de 26 meninas, de 14 a 24 anos, foram avaliados por dois meses e as conclusões foram:

As modelos brasileiras estão gravemente desnutridas e têm deficiência de músculos, proteínas, vitaminas, ferro e cálcio e mesmo reconhecendo a necessidade de uma dieta balanceada, preferem passar fome e ainda querem emagrecer mais.

Poucas modelos devem ler os meus artigos, mas a razão pela qual escrevo sobre elas é porque o seu comportamento acaba por ser uma conseqüência daquilo que nós acreditamos serem os padrões de beleza ideais e aí sim, acredito que talvez muitas das minhas leitoras, gostassem de ter um corpo parecido com os daquelas.
Oponho-me frontalmente a esta visão e até como homem, faço questão de desmistificar alguns conceitos.

Ser muito magro nada tem de saudável e as modelos, para além dos problemas mencionados no estudo, também têm celulite e gordura não desejável (o nosso corpo necessita de gordura, mas gordura saudável e na proporção correta). Então, por favor, não acreditem no que vêem na televisão (na televisão as pessoas parecem mais gordas!) e nas revistas, onde quase tudo é artificial e o glamour das roupas, dos cenários, etc, nada tem a ver com o mundo real.

Ter uma alimentação balanceada, com pelo menos uma boa parte dos nutrientes essenciais que necessitamos diariamente, nos torna mais saudáveis e uma pessoa saudável, naturalmente erradia uma beleza mais contagiante. Incentivo as minhas leitoras a deixarem de “fechar a boca” (diferente de moderarem aquilo que possam comer em excesso!) por causa da balança.

Continuo defensor que sobrepeso e obesidade (principalmente a médio longo prazo) prejudicam a nossa saúde, mas exagerarmos no sentido oposto, também acarreta problemas graves para o nosso corpo e mente.
Ser uma magra saudável, onde o nosso corpo está nutrido e o nosso corpo gasta energia via uma atividade física adequada nada tem a ver com ser uma modelo doente, onde as questões do dinheiro e da ascensão social são preponderantes.

Mulheres, se o que atrás escrevi não é suficientemente convincente, acreditem que nós homens, apreciamos , no aconchego de nossas casas, algo mais do que uma magreza doentia (nas colunas sociais tudo é cor-de-rosa).
Neste quesito, os homens têm mais sorte porque o padrão de beleza dos modelos masculinos é semelhante àquele que valorizamos no quotidiano das nossas vidas (mulheres, imaginem ver homens de pele e osso a desfilar nas passarelas!).

Vamos melhorar o nosso estilo de vida, para que a sociedade como um todo, crie um padrão de beleza, onde cada um com o peso que considere saudável, se sinta bem consigo próprio. Ao agirmos desta forma, o mundo da moda, adaptar-se-á a esta nova realidade e de uma vez por todas acabaremos com o sofrimento das modelos e não mais pensaremos em querer ser como elas são nos dias de hoje.

E por ultimo uma razão muito mais relevante que a mera questão estética. Hoje em dia está provado que uma alimentação saudável é fundamental para a saúde do nosso cérebro e quem não gosta de ter ao seu lado uma mulher bonita, mas principalmente, bem disposta, culta, criativa, inteligente, pró-ativa, etc.