segunda-feira, 30 de junho de 2008

Perfil ideal do profissional de RH (na área da Gestão da Saúde)



Na seqüência da minha participação de um Café Palestra organizado pela ABRH-PR, que teve como palestrante, a Dra.Antonieta Medeiros, gerente medicada Aon Consulting, senti vontade de escrever algo sobre o perfil ideal do(a) responsável de Recursos Humanos em geral e da área de benefícios em particular, de qualquer empresa que se preocupe com resultados específicos na área da saúde (como é óbvio estamos falando do binômio saúde do colaborador versus custos diretos e indiretos nesta área):

1- ter uma visão estratégica sobre o que fazer com os talentos (e respectivos familiares) que atuam na empresa, partindo de um diagnóstico atual, definir um objetivo sobre como queremos vê-los no final de um determinado período de tempo e saber escolher o melhor caminho para lá chegar.
2- ser suficientemente humilde para ter a certeza que precisa procurar um parceiro com know-how suficiente (inclusive para medir e apresentar resultados), porque hoje em dia a gestão desta área tem muitas particularidades técnicas, onde uma decisão errada pode custar muito dinheiro à empresa
3- possuir a coragem de enfrentar resistências, tabus, interesses dispares e diferentes dos do acionista que no fundo lhe paga o seu salário e respectivos benefícios e apresentar à diretoria aquilo que deve ser feito (com garra e convicção)
4- acreditar e procurar um parceiro que saiba trabalhar com Comunicação Corporativa (dependendo da consultoria de benefícios selecionada, poderá ser a mesma!) que consiga gerar um clima interno de confiança sobre as melhores opções a seguir em cada momento, seja na escolha do médico, do programa de nutrição, etc.
5- sentir paixão e orgulho pelas funções que desempenha, noção da enorme responsabilidade que tem em mãos e a sua importância para os resultados sustentados da empresa como um todo.
6- ter a noção clara que vai desenvolver um projeto pró-ativo de saúde e não apenas um sistema semi-passivo de gestão de doença, onde atua para maximizar o resultado e não para minimizar o prejuízo.

Alguns exemplos:
1- hoje tenho “X% de diabéticos”, “Y%” de obesos, “X% de sobrepeso”, “W% com algum tipo de depressão”, etc, etc e vou querer que estes ratios passem para..... . E aqueles que se mantiverem com o diagnóstico atual deverão ter conseguido mudar o seu estilo de vida (definir quais) e ter o seguinte acompanhamento médico (que fique claro que não estou falando em demitir quem está doente, mas manter saudável quem ainda o está e diminuir/eliminar o grau de doença de quem já a possui)
2- e 4) usando um exemplo bem colocado pela Dra. Antonieta Medeiros, se um médico quer colocar exclusivamente uma prótese alemã de R$ 45.000, quando existem próteses nacionais de R$ 9.000 com a mesma qualidade, ter uma consultoria credível (a confiança nestas consultorias vale muito dinheiro!) que tenha meios técnicos de validar que o colaborador em nada ficará prejudicado com a prótese nacional (com certeza aquele médico terá outros interesses que não o bem estar do colaborador e a saúde financeira da empresa!) e que leve este a entender (muitas vezes em conjunto com os familiares) que todos têm a ganhar com a escolha da prótese mais barata, inclusive ele próprio, ao contribuir para a perenidade das atuais coberturas do plano de saúde da empresa.
3- Coragem para substituir o atual corretor, que trabalha com a empresa porque já o faz há vários anos (coitado dele, se o tiver que mandar embora!), porque foi sugerido por um diretor “importante” , porque é um corretor amigo (e como vou lidar com ele no final de semana), para não comentar outras razões menos simpáticas (hoje em dia, precisamos de consultorias profissionais que tragam resultados e que possam ser medidos
5- e 6) apresentar verdadeiros projetos, onde mais importante do que um programa muito bonito e bem elaborado seja implementar algo que leve os colaboradores (e familiares) a efetivamente mudarem o seu estilo de vida e conseguir medir o impacto dessas mudanças nos resultados da empresa e na Qualidade de Vida de cada um.

Senhores presidentes e diretores, procurem profissionais de RH com estas características e aqueles que já os tenham, incentivem-nos a desenvolver ações na linha do que atrás mencionei (não se esqueçam de praticar políticas salariais compatíveis com esta procura de resultados!), porque vos garanto que os acionistas vão gostar dos impactos no valor da empresa e vai ser muito simpático ir trabalhar todos os dias num local de trabalho onde se respire saúde, boa disposição, criatividade, fidelização ao empregador, sucesso, etc.

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