domingo, 25 de maio de 2008

Se o nosso corpo fizesse o mesmo barulho que a minha impressora

Dois acontecimentos esta semana me levam a “conversar” com os meus leitores, sobre a eterna falta de gestão de prioridades que quase todos praticamos no dia a dia.

A impressora que tenho em casa, começou a fazer um barulho diferente e de imediato tomei a decisão de levá-la para conserto. O técnico explicou que eram restos de papel (sujeira) que iam ficando acumulados e que poderiam ter quebrado um ou mais “dentes” da roda dentada se não tivesse parado a máquina.

Na sexta feira o senador Jefferson Péres, considerado por muitos, um dos últimos baluartes da ética no Senado Federal, morreu de infarto fulminante e um dos jornalistas afirma com um ar de estranheza, que ele não bebia, não fumava e caminhava regularmente (como se não bebermos, não fumarmos e caminharmos, fosse o suficiente para sermos considerados saudáveis!).

O que tem a morte do senador a ver com a avaria da minha impressora?
Estupidamente, desculpem-me a expressão, mas a intenção é provocar cada um de vocês, estamos programados para atuar de imediato com um pequeno barulho na impressora e não damos a menor importância aos sinais que o nosso corpo vai dando ao longo do tempo (intestino preso, cansaço, irritação, aumento de peso, gripes, etc).

E ainda por cima, o corpo humano é uma “máquina” tão perfeita que vai agüentando “pancada” durante anos e anos, sem quebrar e muita dessa “pancada”, com pouco impacto sintomático direto, o que nos leva a pensar que a nossa saúde apesar do nosso estilo de vida, está boa.
Afirmações do tipo, “coitado de fulano, era tão jovem e saudável e morreu de repente, vitima de um infarto fulminante”, são um equivoco, porque para que tal aconteça, na grande maioria dos casos, o que verdadeiramente aconteceu, foi negligenciarmos a manutenção do nosso corpo.

Voltando ao exemplo, que utilizo para lograr mudar a atitude de alguns dos meus leitores (querer mudar todos de uma só vez, infelizmente, em pleno século XXI, ainda é uma utopia!), se o corpo do senador Jefferson Péres, fizesse o mesmo barulho que a minha impressora, quando acumulasse “sujeira” (nas artérias, no intestino, etc), com certeza, ele ainda estaria conosco por muitos mais anos, uma vez que o corpo humano pode muito bem viver cem ou mais anos, com saúde, se HOJE, começarmos a pensar mais nele do que na impressora que temos em casa ou no escritório.

Que a morte do senador Jefferson Péres signifique o inicio de mudança de estilo de vida de muitos de nós.

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