sexta-feira, 14 de novembro de 2008

A história de Jill e Terry (parte 2)


"Aos poucos, na cozinha
, fui me afastando das carnes pesadas e de carboidratos como macarrão e batata e preferindo coisa mais leve, como peixe, cereais, leguminosas, saladas, sopas, hortaliças e frutas, nozes e frutas secas para beliscar.

Como cozinheira e autora que escreve sobre comida, descobri que, longe de ser restritivo, nosso novo estilo de vida me obrigou a ser mais criativo e natural na cozinha, encontrando jeitos de tornar o prato cremoso sem creme de leite e crocante sem frituras. Não é só a comida que pode ficar mais leve, é o todo o jeito de cozinhar: as técnicas e ferramentas que usamos, os ingredientes principais e a apresentação final. Com isso aprendi vários truques, como transformar bananas num sorvete cremosíssimo sem usar creme de leite, ovos nem açúcar, (...)

Estudei as publicações de nutricionistas modernos, ignorei a maior parte e só absorvi o senso comum. Como comer bem 80% das vezes, deixando os outros 20% para as travessuras. O bom senso também nos diz para evitar o que o supermercado chama de comida com "baixo teor de gordura", em geral cheia de sal e adoçantes artificiais, para ter gosto de alguma coisa, e entender que, embora nozes, peixes gordurosos e abacate contenham muita gordura, trata-se de uma gordura saudável, que ajuda o organismo a absorver outros nutrientes que nos fazem bem. Sem ela, não se obtêm os benefícios. É por isso que as dietas da moda fazem mal.

Também aprendi a cozinhar em quantidades menores do que antes, para evitar montes de sobras. (...) Também reduzimos o ímpeto à mesa, com a instituição de uma regra simples: só buscar mais comida no prato quando não houvesse nenhuma na boca. É a câmara lenta instantânea, que dá ao cérebro tempo suficiente para enviar ao corpo a mensagem "estou satisfeito".
(...)
Restringir a bebida a um aperitivo depois do trabalho e um vinho no jantar foi para ele [Terry] um passo enorme. Mas funcionou. Devagar e sempre, no no decorrer de dois anos, Terry perdeu 38 kg, um pouco de cada vez. O cinto apertou um furo depois, dois, três, até que foi preciso comprar um cinto novo. O médico monitorou o colesterol, a pressão arterial e o nível de ácido úrico, e ficou tão contente como se fosse com ele mesmo. O meu peso logo se estabilizou no que parece ser meu estado natural, e a antiga energia voltou. Com o tempo, descobrimos que estamos comendo menos, andando mais, bebendo mais água e aproveitando muito mais a vida. Também é bom acordar de manhã e não deixar a balança decidir por mim o meu estado de espírito."

Continua...

Abraços saudáveis,

Nenhum comentário: