sexta-feira, 17 de julho de 2009

"Férias sem dramas à mesa"


Definitivamente, a Isabel Stilwell (directora do jornal Destak) representa uma fonte riquíssima sobre artigos que nos ajudem a melhorar a nossa Qualidade de Vida!

" Ao passear pelo site da revista Psychology Today, tropecei num artigo fabuloso, fantástico, extraordinário, que dizia exactamente aquilo que nunca fui capaz de exprimir com tanta veemência. Aliás, fui logo atrás do título «Parem de obrigar a minha filha a comer!», a frase que sempre ambicionei que os meus pais tivessem dito, e que repeti timidamente, entre chuvas de olhares reprovadores. Mergulhei no texto, e não resisto a deixar-lhe as partes mais relevantes, porque se é uma mãe obcecada pela comida, vai poder «corrigir-se» a tempo de permitir-se, a si e aos seus filhos, umas férias sem tantos conflitos, e se é constantemente criticada por não ligar às refeições dos seus meninos, fica aqui com munições para contra-argumentar.

Se é uma mãe obcecada pela
comida, vai poder «corrigir-se» a tempo das férias

Pamela Cytrynbaum confessa que já está farta da tirania do Clube do Prato Limpo, contra o
qual luta desde que a filha é pequena. Este Verão, mais uma vez, voltou a escrever a carta que envia sempre que a criança vai para um campo de férias, para a escola, ou para alguma actividade onde possam militar activistas daquela seita. Diz a carta, que é enfiada na lancheira para que vá directa às mãos de quem supervisiona as suas refeições, que a Leah (nome da filha) não tem que comer mais do que aquilo que lhe apetece. Isto porque, explica, considera importante que a filha respeite o que o corpo lhe pede, em vez de afogar os sinais de fome e de saciedade, que são fundamentais para uma alimentação saudável ao longo da vida. Sossega o educador dizendo-lhe que os pais não protestam se o cesto do almoço não voltar vazio.

Segundo Pamela Cytrynbaum, os activistas do Clube do Prato Limpo, que pertencem a todas as idades, raças e gerações, segundo tem podido constatar, não forçam as crianças a comer porque acham que elas precisam de comer para serem saudáveis, mas por uma «constelação de crenças», nomeadamente porque usam a comida como recompensa ou castigo («Se não te portares bem não comes sobremesa»), porque associam à comida um juízo moral (há alimentos bons e maus, e comer salada, batatas fritas, ou um bife não é «ser bom» ou «ser mau») e, muito importante, porque para muitos adultos que cresceram em ambientes de carência alimentar real, «deitar fora» é uma opção que não podem aceitar. Numa próxima geração, já haverá mais gente como a mãe de Leah que tiveram a experiência contrária, ou seja, de como o excesso de comida e de interferência dos pais em redor da alimentação, dinamitaram a comida, tornando-a a primeira causa/arma de tantas doenças do comportamento
alimentar, cada vez mais comuns.

Os pais devem insisitir com os filhos que se sirvam apenas do que sentem vontade de comer

A mãe de Leah defende que deve haver regras, e que os pais têm direito a proibir determinados alimentos se acharem que têm açúcar amais, por exemplo, mas a explicação para os colocar na lista negra deve ser simples e bem fundamentada: «Isso não porque faz apodrecer os dentes.» Sugere, ainda, que se os pais e educadores se afligem quando o prato não está vazio, devem insistir com os filhos que se sirvam apenas do que sentem vontade de comer, e se voltem a servir se essa dose não chega. Mas, conta desesperada, tudo falha quando, como aconteceu em casa de uns amigos da filha, são os pais que servem a cada uma dose que consideram que lhes é necessária. Aí são os pais, e não os filhos, «que têm mais olhos do que barriga».
"

Abraços saudáveis

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