quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Acreditam que a Procter&Gamble afirma que a batata Pringle não é batata?!


É por situações destas que eu digo que é um crime (atentado grave intencional contra a saúde de todos nós) aquilo que muitas empresas praticam no seu dia a dia sob a (suposta!) cegueira das autoridades que deveriam em primeiro lugar, defender os legítimos interesses das respectivas populações.

Tal como a minha mulher escreveu hoje em BRASILIS, "A noticia é velha, aconteceu em maio deste ano (...)", mas só agora tomei conhecimento dela e para o efeito que pretendo, contínua actualíssima, senão vejamos:

Pringles:

"As batatas fritas Pringles são sinônimo de salgadinhos sequinhos e crocantes. Graças a seu processo exclusivo de fabricação (...)"

A frase acima, escrita ao lado de uma foto de uma criança a tirar uma pringle da caixa, está publicada no site da Procter&Gamble (P&G) do Brasil.

"A multinacional defendia que as populares "Pringles" não podem ser consideradas batatas, já que somente 42% de sua composição é realmente batata (o resto seria gordura e farinha). Por isso, as "Pringles" não deveriam estar na lista de aperitivos e a Procter & Gamble não precisaria pagar o IVA."

O parágrafo acima explicita bem o argumento apresentado pela P&G no Reino Unido para tentar não pagar o IVA.

Repararam na diferença das mensagens destinadas a públicos distintos?

Para o consumidor final (incluindo crianças!) estamos a falar de batatas produzidas com base num processo exclusivo da P&G. Por causa da batalha judicial travada no Reino Unido, ficamos a saber que o tal processo exclusivo significa adicionar 58% de gordura e farinha virando algo que com certeza prejudica a nossa saúde e que, segundo o fabricante, nem batata é!


Ainda hoje assisti a um programa (sobre o qual em breve publicarei algo) sobre o diabetes, onde foi falado que actualmente existem 285 milhões de diabéticos no mundo (esse número em apenas dezasseis anos passará para 380 milhões) e a cada dez segundos morre uma pessoa por causa desta doença.

Enquanto isso, as empresas de produtos processados (não todas e não só!) continuam a ganhar dinheiro vendendo "batatas" que afinal não são mais do que...

Boas decisões sobre as vossas compras de supermercado, especialmente pensando na saúde (Qualidade de Vida) dos vossos filhos.

Abraços saudáveis

Um comentário:

Margarida Pedroso Ferreira disse...

Desde que o meu filho nasceu (e também por ter trabalhado na industria alimentar) habituei-me a ler regularmente os rótulos, listas de ingredientes e outras informações constantes... mas é incrível como poucas pessoas fazem o mesmo...