terça-feira, 9 de março de 2010

Nos casos agudos ou de emergência, os médicos podem ser uns verdadeiros heróis


Os meus leitores sabem que defendo uma mudança profunda de "estratégia" no combate às doenças crónicas que matam ou prejudicam gravemente milhões de pessoas todos os anos com enormes custos em várias esferas para além da financeira.

No entanto a medicina ocidental nas questões agudas, nomeadamente situações de emergência, consegue fazer verdadeiros milagres e por isso, a minha sincera homenagem aos médicos que salvam vidas e ou melhoram a Qualidade de Vida de tantas pessoas (famílias) em situações extremas.

Quer ver um exemplo? Aqui vai (publicado na REVISTAÚNICA em 13 Fev último):

"Esfaqueado no coração

O cirurgião cardio-torácico Adelino Leite-Moreira estava de apoio ao Serviço de Urgência do Hospital de São João, no Porto, quando foi chamado à Sala de Emergência. Tinha acabado de ser admitido um jovem de 16 anos, vitima de uma agressão com a arma branca. "Quando cheguei perto do doente, ele acabara de desfalecer. Apresentava sinais de hemorragia abundante e o local da agressão fazia suspeitar que o coração pudesse ter sido atingido. "Sem tempo a perder, o médico decide transportar o jovem para o bloco operatório e procede, de imediato, à abertura do tórax. O diagnóstico é preocupante: a facada tinha sido no pior sítio possível, o ventrículo esquerdo, responsável por bombear o sangue para todo o corpo. O cirurgião debate-se para controlar a hemorragia e reanimar o paciente. Consegue controlá-lo tapando o buraco no coração com o próprio dedo e, ao mesmo tempo, inicia uma massagem cardíaca directa, comprimindo o coração com a mão, para que este volte a funcionar. Vencida esta fase crítica, Leite-Moreira enfrenta outro problema: precisar de dar pontos no coração para fechar a ferida, mas não pode retirar o dedo, que está a controlar a hemorragia. De improviso, decide substituir o dedo por por um tubo de algália, com um balão na extremidade, o que lhe permite dar os pontos que precisa para coser a ferida no coração. A intervenção é um êxito e o jovem sobrevive sem sequelas.
(...)
Se o doente tivesse demorado mais uns minutos a chegar ao hospital, ou tivéssemos demorado mais dois ou três minutos a agir, não teria sobrevivido."

Este médico foi um verdadeiro herói!

Faço votos para que os médicos TAMBÉM coloquem todo o conhecimento PRESENTE e futuro e a vontade de curar/salvar vidas que naturalmente têm, em prol da procura de soluções para as doenças crónicas já mencionadas neste artigo.

Outro objectivo deste texto é fazer com que, em caso de doença ou acidente grave, saibamos manter um mínimo de tranquilidade porque faz sentido ter ESPERANÇA que alguém conseguirá manter-nos vivos e com a possibilidade de, num curto espaço de tempo, voltarmos a poder desfrutar de Qualidade de Vida.

Abraços saudáveis

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