quinta-feira, 21 de março de 2013

A confecção do adereço foi feita às escondidas, com sobras de materiais das oficinas em que trabalhou. Roubo de matérias-primas era punido com a morte.



Publiquei no Facebook, no mural do Projeto Memória :


Há alguns anos, Marcel Suillerot caminhava pelo antigo campo de concentração a norte de Berlim, onde esteve preso entre 1943 e 1945, quando de repente dá de frente com uma pulseira que tinha perdido há 64 anos. O objecto estava exposto numa vitrine do museu, ao lado de uma escova de cabelos e de um boné. Na placa de latão presa à correia de couro, Marcel gravou o seu nome, a data de nascimento e o seu número de prisioneiro. A confecção do adereço foi feita às escondidas, com sobras de materiais das oficinas em que trabalhou. Roubo de matérias-primas era punido com a morte. 

Em 1944 Marcel teve que se desfazer do objecto, ao ser tratado de difteria na enfermaria do campo de concentração. A peça retornou ao Memorial Sachsenhausen em 1982 como doação, feita por um antigo prisioneiro do campo cujo nome permanece desconhecido. Marcel foi preso em França nos finais de 1941 e condenado à prisão por distribuir panfletos, sendo mais tarde deportado para Sachsenhausen, junto com outros 1,6 mil franceses.

Imagem: Carta escrita por Marcel e a identificação como prisioneiro

Abraços saudáveis

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